Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XI    Nº120    Fevereiro 2008

Propostas

GEO-RÚBRICA

Alunos aprendem em Monsanto

Subir ao “Monte-Ilha granítico de Monsanto” é um dos desafios que o Geopark Naturtejo propõe a alunos e professores durante este ano lectivo. Esta Saída de Campo Interdisciplinar insere-se nos Programas Educativos que a empresa de turismo NATURTEJO promove para escolas inseridas no seu território, constituído pelos municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, bem como para escolas nacionais e internacionais.

No Geopark Naturtejo, o primeiro geoparque incluído na Rede Europeia e Global da UNESCO, os alunos podem ainda realizar outras Saídas de Campo Interdisciplinares, como “Na Rota dos Fósseis em busca dos vestígios das Trilobites (Cruziana)”; “Os Fósseis de Penha Garcia e os Barrocais de Monsanto”; “O Monumento Natural das Portas de Ródão e o Vale do Tejo”; “A Floresta no Centro de Ciência Viva, os Segredos Escondidos no Vale Mourão e os Troncos Fósseis na Casa de Artes e Cultura do Tejo”. “A Geodiversidade à Volta da nossa Escola” é uma saída de campo especial, apenas dirigida para escolas inseridas no território do Geopark Naturtejo.

Estes programas educativos desenvolvidos pela Naturtejo, para este ano lectivo, dirigem-se a alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico, mas podem ser adaptados aos diferentes níveis de escolaridade, como o 2º Ciclo do Ensino Básico e o Ensino Secundário.

A saída de campo intitulada “No Monte-Ilha granítico de Monsanto” foca temas que fazem parte do programa curricular da disciplina de Ciências Naturais abordados ao longo de um trilho pedestre, uma actividade de exploração da Natureza, que é uma das que constam do programa da disciplina de Educação Física. As temáticas passíveis de abordar no âmbito da disciplina de História surgem como complemento acessório às abordagens efectuadas nas disciplinas anteriormente referidas. Assim, o Professor de História da Escola que acompanha a visita poderá analisar mais aprofundadamente os conteúdos pedagógicos sugeridos.

Durante cada programa, os alunos e professores são guiados por Monitores do Geopark Naturtejo que lhes poderão responder a perguntas, recorrendo a alguns exemplos concretos, in situ, e satisfazer a curiosidade de todos aqueles que se interessam pela geodiversidade e pelo património geológico.

A responsável pelos programas educativos no Geopark Naturtejo, professora Manuela Catana, descreve esta Saída Interdisciplinar: “Os alunos e professores, depois de chegarem à aldeia mais portuguesa de Portugal, iniciam o trilho que permite a ascensão até ao topo do Monte-Ilha (Inselberg), por entre o caos de bolas de granito, paisagem do tipo barrocal. Próximo do Castelo, contemplam as ruínas da Capela românica de S. Miguel, datada do séc. XII. Já no interior do Castelo Templário do mesmo século, têm uma vista deslumbrante sobre toda a paisagem envolvente e escutam a história de cercos de outros tempos. Rumam, agora, em direcção à aldeia histórica e apreciam a arte e engenho dos Monsantinos, patente na arquitectura das suas curiosas casas, em perfeita harmonia com a Natureza, atingindo o seu auge na “Casa de uma só telha”! Já dizia Cardoso Mata: “Nunca se sabe em Monsanto… se a casa nasce da rocha, se a rocha nasce da casa”.

Depois duma paragem para fazer piquenique, dar dois dedos de conversa com os simpáticos e pacientes Monsantinos, verem ou comprarem marafonas ou adufes, artesanato típico da aldeia, continuam a caminhada. Desta vez, partem do centro da aldeia e descem pelo trilho que os leva à base do Inselberg. Chegados ao destino, observam enormes bolas de granito, uma delas fendida que apresenta 15 m de altura e quase 4000 toneladas de peso! Em seguida, olham para o topo do Mons Sanctus e têm uma visão geral do caos de bolas que se estende ao longo da vertente do grandioso geomonumento. De repente, um aluno exclama: “Olhem está ali outra igreja românica e junto a ela há um campanário em cima de uma grande bola de granito! Como será que faziam quando queriam tocar o sino?”. Trata-se da igreja românica de S. Pedro de Vir-a-Corça e é hora de mais uma lenda ouvir: a de S. Pedro de Vir-a-Corça! O motorista do autocarro aguarda-os, é tempo de regresso a casa”.

 


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