Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XI    Nº120    Fevereiro 2008

Motor

QUATRO RODAS

Os promotores salvadores

Start Sign, Fulleventos, New Agency, Anda, Publiracing, são nomes que nada significam para os menos atentos acompanhantes do desporto automóvel. São, no entanto, os responsáveis pelo ressurgir em força de algumas competições.

Historicamente, em Portugal, e mesmo, na Europa, as competições eram tuteladas por federações, que se limitavam a calendarizar, criar regras e assegurar que as mesmas fossem cumpridas.

Com a globalização das comunicações, o espaço ocupado pelo desporto automóvel foi diminuindo, dando lugar a muitos eventos desportivos promovidos pelos próprios distribuidores de conteúdos. Para combater esta situação não restava mais do que seguir o modelo americano.

Na América, os principais campeonatos ou “séries” são organizados por empresas e não são tutelados por qualquer federação. O principal objectivo é criar um espectáculo com audiências para que todos saiam a ganhar. As marcas porque vêem os seus produtos a conquistar minutos na comunicação social, os organizadores porque podem aumentar as suas receitas e os pilotos, que assim conseguem patrocínios com mais facilidade.

Recentes análises de consultores referem por exemplo que na NASCAR, que gere as “séries” americanas com mais sucesso, existe uma lista de espera de patrocinadores que querem entrar neste campeonato.

Mas regressemos a Portugal. A nossa federação percebeu não estar vocacionada para encarar o desporto automóvel como um espectáculo, mas também sabe que se o mesmo assim não for entendido, não sobreviverá e inteligentemente, começou a ceder os direitos de promoção a entidades privadas. Não demorou para que aparecessem os primeiros resultados.

O caso mais notório é o do PTCC, Campeonato de Portugal de Circuitos. Neste caso a Full Eventos efectuou um trabalho magnífico, conseguindo ressuscitar um campeonato de velocidade, que, há já muitos anos, não existia no nosso País. Trata-se pois do caso mais sério que por cá temos, com o envolvimento de várias marcas, com corridas muito espectaculares e um grande retorno para as “brands” que apostaram em apoiar os promotores e os pilotos.

A um nível diferente, é de destacar o trabalho de “Mex” Machado na promoção do Open de Ralis, uma espécie de “divisão de honra” do automobilismo nacional. A sua empresa, START SIGN, corre o risco de conseguir colocar este campeonato com maior notoriedade que o Campeonato de Portugal de Ralis, beneficiando de algum cinzentismo na actividade da NEW AGENCY, que é a responsável pelo que tem sido o nosso principal campeonato de ralis.

Estou realmente muito curioso com o que vai acontecer em 2008, e pela primeira em muitos anos as minhas expectativas são elevadas.

A todos desejo os maiores sucessos, para que o desporto de que mais gostamos possa voltar à ribalta.

Paulo Almeida

 


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