Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XI    Nº120    Fevereiro 2008

Dossier
Instituto Politécnico da Guarda

IPG

Consórcio forte é importante

O Instituto Politécnico da Guarda excedeu as expectativas no que respeita à colocação de novos alunos na instituição. Com o ano lectivo já a decorrer, Jorge Mendes, presidente do IPG, traça ao Ensino Magazine o futuro da instituição. A elaboração dos novos estatutos é um dos objectivos imediatos, para o qual já foi eleita a assembleia estatutária. Mas os desafios do IPG passam também pela implementação de parcerias com outras instituições de ensino, como aconselha o Ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariano Gago. O presidente do IPG defende consórcios fortes entre as instituições.
 

A entrada de novos alunos para o IPG neste ano lectivo superou as expectativas?

Superou-as claramente. A nossa estimativa era termos uma taxa de ocupação da ordem dos 90 por cento e conseguimos 98 por cento. Ou seja, exceptuando os quatro grandes politécnicos do país, como Lisboa, Coimbra, Leiria e Porto, fomos o que teve maior número de entradas.
 

O ano lectivo arrancou já com a maioria dos cursos adaptados a Bolonha?

Todos os cursos das escolas superiores de Turismo, Tecnologia e Gestão e de Educação estão adaptados. A única em que isso não acontece é na Superior de Saúde, já que os critérios ainda não estão definidos a nível nacional.
 

E no que respeita ao segundo ciclo de formação?

Estamos a leccionar desde Outubro um mestrado em Gestão, com as variantes de administração pública e de contabilidade. Foi aprovado recentemente um mestrado em Computação Móvel, tal como o anterior na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, o qual arrancará no início do segundo semestre. O objectivo é que os alunos do Instituto Politécnico da Guarda possam prosseguir aqui os seus estudos ao nível do mestrado, pois temos todas as condições para o fazer. No caso de mestrado de Gestão, por exemplo, é provável que possamos alargar a outras duas áreas. Mas é importante sublinhar o seguinte: Nós neste momento temos quatro grandes tipos de função, a saber: as licenciaturas, - existentes em todas as escolas, os mestrados - só apresentámos propostas nas áreas em que temos um corpo docente formado para o fazer -, os cursos de especialização tecnológica - temos oito aprovados e em funcionamento cinco na ESTG, mas vamos ter mais quatro aprovados na Superior de Turismo, os quais são uma excelente base de recrutamento para o ensino superior -, e os Cursos de Especialização e de pós graduação.
 

E no caso dos doutoramentos estão previstos cursos conducentes a esse grau, através de parcerias com universidades?

Essa não é a nossa prioridade. Aquilo que perseguimos é, dentro dos graus que podemos ministrar, fazer um forte investimento nos nossos docentes, para que possamos ter mais mestrados em funcionamento. Nunca foi nossa preocupação a questão dos doutoramentos, porque nós, sozinhos, não os podemos leccionar. A Lei não o permite. Isso não significa que não façamos parcerias com universidades de forma a permitir que as pessoas desta região os possam fazer na Guarda.
 

O Ministro da Ciência e do Ensino Superior referiu ao Ensino Magazine que deveriam existir consórcios entre instituições. E que as instituições se deveriam entender entre si. Que passos já foram dados nesse sentido?

O senhor ministro nas reuniões que temos mantido tem-se referido também a essa questão. O Ccisp apresentou uma primeira possibilidade, no sentido de que os consórcios se possam fazer de acordo com as chamadas NUT's II. No nosso caso a NUT integra Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Viseu e Leiria. Isto não significa que não haja diferentes entendimentos. Como mero exemplo, Portalegre, que pertence a uma NUT do Alentejo, poderia fazer parte de um consórcio com Guarda, Castelo Branco e Viseu. Do mesmo modo, pode entender-se que Leiria, possa ter um consórcio com Santarém que pertence a uma outra NUT.
 

Esse tipo de consórcios vai permitir rentabilizar recursos...

Como afirmou o senhor ministro, os consórcios podem ser fracos ou fortes, consoante as competências que as instituições lhe queiram dar. Uma coisa são os acordos que se podem fazer com as instituições, no sentido de se ministrar esta ou aquela formação em conjunto. Mas um consórcio forte obriga a que, dentro da autonomia de cada instituição, tenha competências, por exemplo, para distribuir vagas e áreas de formação. Um consórcio forte pode também ter órgãos de gestão, que do ponto de vista financeiro podem gerir recursos financeiros e humanos entre as instituições.
 

E qual é o modelo que o Politécnico da Guarda defende?

Aquilo que os órgãos próprios decidirem. Pessoalmente defendo consórcios fortes. É altura de que, não perdendo a sua autonomia, as instituições formem consórcios fortes.
 

E há boas vontades das outras instituições de ensino?

As boas vontades existem. O que se passa é que nós crescemos todos numa lógica regional, para o bem e para o mal. Para o bem, porque desenvolvemos as nossas regiões. Para o mal, porque se trabalhou muitas vezes numa visão de "quinta", o que permitiu aproveitamentos vários, mesmo políticos - que são normais -, perdendo-se uma visão de conjunto do sistema. Há exemplos claros. Repetiram-se ofertas formativas, nalguns casos aceitáveis, como na enfermagem, mas já temos que reflectir se todos temos que ter marketing, recursos humanos ou turismo. Se temos uma escola de turismo de qualidade, como a que temos em Seia, faz sentido ter turismo e gestão hoteleira em Castelo Branco? Mas o inverso também é verdade. A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova tem uma grande tradição na área da gestão de recursos humanos e de marketing, pelo que se calhar também não faz sentido todos termos essas formações. Este tipo de discussão ou se faz dentro de um consórcio forte, com órgãos próprios com autonomia para decidir, ou então cada instituição irá "puxar a brasa à sua sardinha" que é aquilo que não deve acontecer.
 

E o que é que pode mudar com os consórcios?

Desde logo a oferta formativa, se racionalizada. As instituições têm que se especializar. O Politécnico da Guarda não pode ser bom em tudo, como os Politécnicos de Castelo Branco ou Leiria não podem ser bons em tudo. Por exemplo, falando do ensino agrário. Se calhar faz sentido fazer uma aposta forte em Castelo Branco e eventualmente outra instituição perder essa formação em detrimento da ESACB, apostando noutra que não exista em Castelo Branco. O mesmo sucede com as Artes, em que Castelo Branco tem uma forte aposta, ou com a Gestão Hoteleira, em que o nosso Politécnico tem a maior escola de Turismo da Região Centro. Com os consórcios pode haver uma gestão de recursos humanos e financeiros.
 

A revisão dos estatutos das instituições de ensino superior, de acordo com o novo regime jurídico, é uma prioridade para as instituições. Em que fase é que se encontra o processo no IPG?

A Assembleia está criada. Numa primeira fase foram eleitos os representantes dos professores e alunos, depois discutiram-se os princípios para convidar os membros da comunidade para a Assembleia. Esses elementos, Bento Leal (ex-presidente do IPG), Alfeu Sá Marques (ex-docente do IPG, actualmente professor em Coimbra), António José Teixeira (director da SIC, e natural a Guarda), Isabel Coelho (responsável pela sub-região de Saúde da Guarda) e o representante do NERGA irão tomar posse.
 

E quando é que os estatutos poderão estar revistos e aprovados?

Isso dependerá da forma como a Assembleia Estatutária quererá avançar. Há processos rápidos e mais lentos, com vantagens e desvantagens em ambos. Se a opção tomada for no sentido do processo ser mais veloz, pode mandatar o presidente do instituto a apresentar uma proposta, a qual será discutida. Mas a Assembleia poderá decidir discutir sete ou oito grandes eixos para a instituição, como por exemplo se vamos continuar com escolas ou optamos por departamentos, no caso de mantermos as escolas é importante definir se os directores são nomeados ou eleitos, se haverá só um ou mais conselho científicos, etc. Este será um processo mais correcto, embora demore mais. Acredito que no final de Junho o processo esteja concluído.

 

 

 

ESTG

Certificação de qualidade

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) recebeu, recentemente a certificação SGQ (Serviços Internacionais de Certificação), na sequência da implementação de um Sistema de Gestão de Qualidade, de acordo com as normas NP EN ISSO 901:2000.

Segundo o Director da ESTG, Constantino Rei, "este foi o culminar de um processo iniciado 2005 que visou a adequação dos procedimentos internos da Escola aos exigentes requisitos da norma NP EN ISO 9001:2000. O Sistema de Gestão de Qualidade agora certificado abrange a actividade fundamental da escola: formação graduada nas áreas das Tecnologias e da Gestão e formação pós-secundária".

De referir que, com esta certificação, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda garante rigor na qualidade dos seus serviços "afirmando-se como uma Escola moderna, perfeitamente integrada nas necessidades do tecido social e empresarial da região, e preparada para os novos desafios da inovação tecnológica", salienta o seu Director.

A Norma NP EN ISO 9001:2000 especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade no qual uma organização precisa demonstrar a sua capacidade para, ao mesmo tempo, fornecer produtos/serviços que satisfaçam os requisitos dos clientes e que cumpra as leis e regulamentação vigentes. A ISO 9001: 2000 tem também como objectivo melhorar a satisfação do cliente através de uma aplicação eficiente do sistema.

Ainda de acordo com o Director da ESTG, "este processo de certificação é extremamente ambicioso, integrando a quase totalidade dos serviços da Escola. Para uma melhor interacção entre os diversos serviços, um melhor controlo da execução dos objectivos e a perfeita comunicação entre os diferentes intervenientes da estrutura da instituição, o Sistema de Gestão de Qualidade Certificado foi criado com base num Sistema de Processos que interagem e se relacionam entre si."

O empenho da Direcção da Escola viabilizou a constituição de um grupo de trabalho, integrado por professores e funcionários, que durante mais de 2 anos reflectiu e trabalhou na redefinição dos seus processos, questionando através de uma forma construtiva a realidade existente, apontando propostas de melhoria em todas as áreas.

"Foi assim possível criar um clima de confiança e optimismo que se espera continue a criar em todos os colaboradores da escola e nos seus "clientes" um ambiente ainda mais positivo que conduza a Escola a um patamar de rigor, exigência e qualidade cada vez maior", acrescenta o Director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, para quem o "grande valor acrescentado que trouxe a implementação do SGQ, reside no facto das pessoas serem levadas a esquematizar aquilo que fazem. Ao racionalizarem os processos de trabalho, identificam-se, de uma forma quase natural, possíveis melhorias. A melhoria contínua é pois o lema da ESTG, sendo que a certificação agora obtida constitui apenas um passo neste processo que não tem fim, pois é sempre possível melhorar."

Com esta certificação de acordo com a NP EN ISO 9001:2000, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG vê reconhecido o esforço em assegurar a conformidade dos seus serviços, a satisfação dos seus alunos e a melhoria contínua da qualidade.

 

 

 

IPG

Jornadas de tecnologia e saúde

 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG), em colaboração com a Escola Superior de Saúde e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, vai promover, no dia 30 de Abril de 2008, as I Jornadas sobre Tecnologia e Saúde.

Atendendo a que a importância da utilização das tecnologias da informação na área da saúde é, hoje, inquestionável, a organização deste evento considera que a permanente evolução das tecnologias abre novas perspectivas para a aplicação de sistemas inovadores e para o recurso a equipamentos de última geração; por outro lado, nos meios académicos são desenvolvidos trabalhos de investigação que nem sempre têm a merecida visibilidade, sobretudo junto dos sectores empresariais capazes de promoverem a sua aplicação prática a uma escala alargada, com benefícios para o cidadão em geral.

Divulgar o que existe de mais expressivo ao nível das tecnologias aplicadas à saúde; estabelecer o diálogo entre investigadores e profissionais/estruturas de saúde (médicos, enfermeiros, administradores, técnicos, estudantes); dar a conhecer novos projectos; permitir uma maior interacção entre ensino superior e as empresas vocacionadas para as áreas referenciadas constituem os principais objectivos destas I Jornadas sobre Tecnologia e Saúde, integradas no ciclo de realizações iniciado com as Jornadas Interdisciplinares sobre Tuberculose.

No decorrer destas jornadas vão ser abordados temas como Telemedicina, Soluções de colaboração on line como drivers de produtividade na Saúde, o papel dos dispositivos médicos, Informatização de Serviços Hospitalares, A tecnologia ao serviço das pessoas, tecnologia e direito e a Medicina do Futuro, entre outros.

Estas jornadas vão decorrer no Auditório dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico da Guarda; haverá, na área adjacente ao Auditório, um espaço destinado a expositores/stands. As propostas para apresentação de comunicações devem ser enviadas à Comissão Organizadora das Jornadas até ao dia 27 de Fevereiro; as inscrições para a participação nas Jornadas podem ser feitas até 25 de Março de 2008. A reserva de espaço para expositores deverá ser feita até 4 de Março de 2008. Mais informações podem ser obtidas no sítio das jornadas em www.ipg.pt/tecnologia-saude2008 ou por correio electrónico para assessoria@ipg.pt .

 

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