Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XI    Nº130    Dezembro 2008

Politécnico

ANIVERSÁRIO DO INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

As realidades do Ensino Superior

"Desvalorizar a realidade que hoje se vive no ensino superior será, inevitavelmente, um erro trágico", considerou o Presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Jorge Mendes, no decorrer da sua intervenção na sessão solene de abertura do ano lectivo no IPG, que decorreu no passado dia 3 de Dezembro.

Jorge Mendes considerou que esta sessão "ocorre num contexto muito particular, marcado, por um lado, pelas profundas transformações legislativas e, por outro, pela crise económica e financeira".

No seu discurso, o Presidente do Politécnico da Guarda referiu que "o discurso gestionário onde conceitos como eficiência, eficácia e avaliação do desempenho estão omnipresentes, tem ajudado a difundir a ideia de que as instituições de ensino superior são mal geridas, tentando-se, de algum modo, justificar o progressivo desinvestimento no ensino superior."

Daí que, na sua perspectiva, "discutir o ensino superior, nomeadamente numa altura em que o futuro, pelo menos próximo, não se mostra risonho, não deixa de ser oportuno; ter consciência das dificuldades e da insatisfação de diversos segmentos sociais é, certamente, importante".

Aludindo aos novos estatutos do Instituto Politécnico da Guarda, Jorge Mendes afirmou, no decorrer desta sessão solene, que eles são um "bom exemplo de que é possível as instituições de ensino superior organizarem-se de forma diferenciada, conforme o seu contexto específico, abrindo a instituição à participação externa em órgãos centrais do IPG".

O programa desta sessão solene de abertura do ano lectivo, incluiu, para além da intervenção do Presidente do IPG, uma Oração de Sapiência subordinada ao tema Combate à pobreza e desenvolvimento regional. Estudo de caso (que foi proferida por D. Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda), a entrega de bolsas de mérito a alunos que tiveram aproveitamento escolar excepcional, a atribuição dos Prémios CGD e "Ensino Magazine" e a entrega de certificados de mérito a docentes e funcionários com mais de quinze anos de serviço no IPG.

Esta sessão decorreu no Auditório dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico da Guarda, a partir das 14h30.

 

 

 

Docente da Esald ganha prémio

A docente da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) Paula Sapeta recebeu, recentemente, dois primeiros prémios pelo poster científico "Cuidar em fim de vida: factores que interferem no processo interacção enfermeiro doente". O trabalho foi galardoado no IV Congresso Nacional de Cuidados Paliativos decorrido nos dias 16, 17 e 18 de Outubro no hotel Tivoli Almansor, Carvoeiro, e no 7º Congresso de Enfermagem Oncológica, realizado nos dias 15 a 18 de Novembro, na cidade do Funchal. O poster, que tem como co-autor Manuel Lopes, docente da Universidade de Évora, apresenta uma revisão sistemática da literatura com o objectivo de "identificar os factores que interferem no processo de interacção Enfermeiro-Doente, na situação particular de saúde que é o fim de vida, num contexto hospitalar destinado a doentes agudos".

Segundo Paula Sapeta e Manuel Lopes, "a partir dos resultados dos estudos em análise foi possível colocar em evidência que na interacção Enfermeiro-Doente, interferem factores decorrentes das dimensões (pessoais e/ou profissionais) de cada um dos actores, as quais por sua vez são influenciadas por variáveis decorrentes do contexto e cultura hospitalar, em particular, e do contexto social e cultural, mais vasto.

Alguns estudos colocaram em evidência a natureza emocional dos cuidados, que se tornam exigentes a todos os níveis, com particular ênfase para as estratégias e atitudes que a Enfermeira desenvolve para ajudar o doente e a família, garantindo "um refúgio e uma passagem segura"; "podemos aglutinar essas estratégias em dois conceitos centrais: a gestão pessoal da morte e a aliança terapêutica no cuidar, podendo assim minimizar os efeitos negativos da experiência vivida e da aridez dessa cultura organizacional. Se entendermos que é deste processo de interacção que podem advir os melhores contributos terapêuticos para o doente e para os seus familiares, então esta é uma área de excelência para o enfermeiro, o qual deverá aperfeiçoar os seus saberes, habilidades e competências, através da formação pré e pós-graduada, e na formação contínua, ao longo da vida. Dado que os estudos considerados na revisão provinham de países dos 5 continentes do mundo, é possível concluir que o medo e a negação da morte constitui a raiz das maiores dificuldades em lidar com o doente que se aproxima do fim, comum a todas as cultura ou religiões".


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