Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XI    Nº126    Agosto 2008

Politécnico

ANA MARIA VAZ, PRESIDENTE DO IPCB

Qualidade e exigência

A presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Ana Maria Vaz, mostra-se optimista quanto à fase de candidaturas ao ensino superior. Isso mesmo afirma ao Ensino Magazine.
 

No ano passado o IPCB conseguiu uma taxa de ocupação de 97% nos concursos normais de acesso ao ensino superior. Quais as perspectivas para este ano?

Esperamos que a procura continue a ser alta, já que mantemos os mesmos padrões e níveis de qualidade e exigência, bem como as elevadas taxas de empregabilidade. E essas serão algumas das razões para que o IPCB seja procurado. Por outro lado, as nossas ofertas formativas têm muita visibilidade e dão resposta àquilo que o país necessita.
 

Neste momento praticamente todos os cursos estão adaptados a Bolonha e há já alguns mestrados aprovados. A ideia passa por garantir aos alunos do IPCB a continuidade dos estudos na instituição?

Já temos mestrados a funcionar nas escolas superiores de Educação, Agrária, Tecnologia e de Artes Aplicadas. A aposta que o IPCB tem feito no corpo docente acaba por ter esse reconhecimento e os professores devem sentir-se orgulhosos de poderem ministrar essas pós graduações. No entanto, além dos cursos de mestrado aprovados, há outros que aguardam aprovação desde 2006, o que é lamentável. Isso verifica-se em áreas como as engenharias e formação de professores, educadores. Há mesmo um mestrado de línguas, proposto por 7 instituições e ainda não obtivemos resposta nenhuma da Direcção geral de Ensino Superior.
 

Mas é desejável que nos próximos anos a maioria das áreas já tivesse mestrados a funcionar?

Sim, até para os alunos poderem ter a possibilidade de prosseguirem aqui os seus estudos. Há muitas áreas que exigem o mestrado, pelo que vamos fazer tudo para que esses cursos sejam aprovados.
 

O novo ano lectivo fica marcado pela abertura do edifício da Escola de Saúde...

Sem dúvida. É uma escola que merecia instalações novas há muito tempo. Vai ser um ano de adaptação ao novo espaço, numa altura em que ministra vários cursos de excelência. A própria comunidade vai sair beneficiada, pois até aqui a escola não tinha condições físicas para o fazer.

Outra novidade diz respeito à integração dos cursos de turismo na sede da escola de Gestão, em Idanha-a-Nova...

Este ano todos os cursos vão funcionar em Idanha-a-Nova, os professores também ficam concentrados na vila raiana, o que rentabiliza recursos, e a própria comunidade estudantil fica junta. De qualquer modo, esta foi uma decisão que visa cumprir a Lei 62/2007. Optámos na altura por não mudar logo os cursos porque estávamos a meio do ano lectivo e os alunos tinham compromissos. Infelizmente não conseguimos abrir a Escola de Turismo no Fundão e como não podemos ter pólos a funcionar, não houve outra alternativa senão aquela.
 

Agora que a maioria das instituições superiores têm os estatutos concluídos, passa a haver abertura para a realização de parcerias entre instituições?

Já existe algum trabalho feito, nomeadamente com o Politécnico de Portalegre. As parcerias devem também estar relacionadas com as regiões em que se encontram. No caso de Portalegre vamos tentar avançar com pós-graduações ou mestrado na área da gestão. Mas para já está tudo numa fase preliminar. Quanto a consórcios, penso que ainda é muito cedo para se falar nisso, pois ainda não há regras definidas sobre isso. É mais prudente avançarmos com parcerias.

 

 

 

CASTELO BRANCO

Mestrado na Agrária

A Escola Superior Agrária de Castelo Branco acaba de apresentar o novo mestrado em Fruticultura Integrada. As candidaturas estão abertas até 12 de Setembro e as aulas começarão em Outubro. As candidaturas já se encontram abertas e podem ser feitas até 12 de Setembro. Esta é mais uma oferta formativa pós graduada de uma escola com experiência na matéria. No entender de Moitinho Rodrigues, director da ESA, o mestrado é uma mais valia “para a região e para o país, dando resposta às necessidades do mercado”. Uma posição semelhante é partilhada pela presidente do IPCB, Ana Maria Vaz, para quem esta oferta surge na sequência da forte aposta que a “escola tem desenvolvido junto do seu corpo docente, o qual é altamente qualificado”.

O novo mestrado, coordenado por António Ramos, destina-se a licenciados nas áreas de agronomia e ciências agrárias, ou outras desde que o curriculum vitae demonstre experiência profissional e preparação científica de base. De acordo com os responsáveis pelo curso, podem ainda candidatar-se os detentores de currículo escolar ou profissional que ateste capacidade para a realização deste ciclo de estudos.

O curso está dividido em quatro semestres, sendo os primeiros dois compostos por unidades curriculares e os restantes dedicados ao projecto final. O curso irá funcionar com um mínimo de 15 alunos e um máximo de 25.
 

SIG. Entretanto, Escola Superior Agrária de Castelo Branco poderá vir a ministrar um mestrado na área de sistemas de informação geográfica (SIG). A proposta já está a ser elaborada e está sustentada pelo sucesso da pós-graduação em sistemas de informação geográfica, cuja quarta edição começa em Outubro, e que no ano passado recebeu mais alunos formados por outras instituições do que formados pelo Politécnico de Castelo Branco, o que constitui um dos indicadores interessantes.

 

 

 

CASTELO BRANCO

Agrária garante trabalho

Os cursos relacionados com as ciências agrárias continuam a formar diplomados que não sentem grandes dificuldades em encontrar emprego. A opinião é de Moitinho Rodrigues, director da Escola Superior Agrária de Castelo Branco e é baseada em diversos estudos já realizados. “Os resultados não nos surpreendem. Os três estudos, um do Ministério do Ensino Superior, outro da Universidade do Minho e outro nosso, revelam que os cursos de ciências agrárias não estão em crise”.

O director da ESA diz que “a agricultura deve ser activa e desenvolvida com pessoas e técnicos qualificados que possam apoiar os agricultores. A nossa escola tem um Curso de Engenharia Agronómica que forma diplomados nessa área. Aquilo que se verifica é que há um aumento da procura de diplomados nessa área pelo mercado de trabalho e de novos alunos para o curso. Também ao nível do programa de Maiores de 23 anos há uma elevada taxa de procura para o curso”.

Por estas razões, diz Moitinho Rodrigues, é provável que “este ano possamos vir a ter novamente muita procura”. Outro dos aspectos salientados pelo director da Agrária diz respeito ao facto de “muitos alunos diplomados pela escola criaram a sua própria empresa. E isso é um dado importante, pois na ESA sempre procurámos incutir esse espírito empreendedor nos nossos alunos, já que aquela ideia de que os diplomados nestas áreas seriam absorvidos pelos serviços do Estado acabou”.

Uma das mais valias da Escola Superior Agrária diz respeito ao gabinete de apoio aos jovens diplomados na escola. “O Gabinete existe desde o início de 2007 e tem como objectivo procurar informação sobre ofertas de emprego nas áreas de formação da escola e divulgar essa oferta aos recém diplomados. Desta forma conseguimos demonstrar o interesse que temos para com os nossos diplomados, a vontade que temos em manter contactos com eles e, por último, conseguimos mostrar o interesse pelos nossos estudantes”.

 

 

 

COM A LUSÓFONA

Portalegre faz doutoramentos

O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) e a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias acabam de celebrar um protocolo de cooperação com vista a disponibilizar cursos de 2º e 3º ciclos de estudos, no IPP.

Os referidos mestrados e doutoramentos serão da responsabilidade científica daquela universidade, que assegura a sua organização. O acordo foi assinado no final de Junho. Para o presidente do IPP, Nuno Oliveira, “a Universidade Lusófona é um grupo que tem neste momento diferentes actividades a nível nacional e internacional, e manifestou o seu interesse em colaborar connosco. Deste modo poderemos facultar aos membros desta comunidade académica e à população desta região uma oferta formativa que vai até ao 3º ciclo”.

Manuel Almeida Damásio, presidente do Conselho de Administração do Grupo Lusófona, mostrou-se empenhado em concretizar o acordo, o qual “vai ao encontro dos nossos princípios e valores, pelo que queremos que ele se efective”. Com base no protocolo, a ULTH poderá recorrer aos docentes mais qualificados do IPP para a leccionação dos cursos. Manuel Damásio mostrou-se ainda interessado em acrescentar uma adenda ao protocolo, estipulando que a colaboração entre as duas instituições seja alargada a outros países de expressão portuguesa. Como forma de incentivar a valorização do corpo docente do IPP, o protocolo prevê a existência de quotas preferenciais de colocação, sendo aplicado um desconto não inferior a 50 por cento no pagamento das propinas de frequência dos cursos.

 

 

 

ELEIÇÕES PARA O POLITÉCNICO DE VISEU

Silva ou Sebastião, eis a questão

Daniel Marques da Silva e Fernando Lopes Rodrigues Sebastião são os dois candidatos às eleições para a presidência do Instituto Politécnico de Viseu, que decorrem a 30 de Julho, já depois do fecho desta edição do Ensino Magazine.

Ambos os candidatos se apresentam referindo que o Ensino Superior enfrenta um conjunto de desafios decorrentes da conjuntura política e económica, mas também numa altura em que é necessário reorganizar a rede nacional, acompanhar os progressos decorrentes da Declaração de Bolonha, apostar na qualidade da formação e na internacionalização, além de responder a uma conjuntura demográfica adversa.

Daniel Marques da Silva, de 50 anos, natural de Cepões, Viseu, é professor-coordenador da Escola Superior de Saúde de Viseu e desempenha actualmente as funções de vice-presidente do Instituto. A sua candidatura foi acompanhada de uma carta estratégica que assenta na melhoria da qualidade ao nível da formação inicial, formação pós-graduada e investigação, bem como no funcionamento interno e no apoio aos alunos. Visa ainda potenciar as infra-estruturas, estabelecendo parcerias ao nível empresarial e do ensino, valorizando a formação ao longo da vida e a mobilidade nacional e internacional.

Fernando Lopes Rodrigues Sebastião, 50 anos, natural de Mortágua, Distrito de Viseu, é professor coordenador de nomeação definitiva da Escola Superior de Tecnologia de Viseu e já se apresentou como candidato no acto eleitoral anterior, então por oposição ao ainda presidente do Instituto, João Pedro de Barros. Defende que o Politécnico deve privilegiar o ensino e a investigação, mas também o desenvolvimento económico, social e cultural da região. Propõe ainda o estreitar de relações com outras instituições, bem como uma gestão transparente e participada, com apoio efectivo às várias escolas que compõem a instituição. Visa ainda melhorar os apoios aos alunos, seja em termos de formação seja em termos sociais, além de apostar no desenvolvimento de acções inseridas numa lógica de formação ao longo da vida. Ao nível de reorganização, propõe a fusão do pólo da ESE em Lamego com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, numa lógica de racionalização de recursos.

 

 

 

BOLSA POR MÉRITO

Viseu distingue os melhores alunos

A Sala de Actos dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Viseu foi o palco escolhido para a entrega das Bolsas por Mérito relativo ao ano lectivo 2007-2008. A sessão foi presidida pelo presidente do Politécnico, João Pedro Barros, e contou com a presença dos contemplados acompanhados por familiares e amigos.

Na ocasião João Pedro Barros afirmou que esta é sempre “uma sessão que honra o Instituto e os alunos pois está-se a contemplar gente que se afirmou pela qualidade na sua formação”. Num mundo em mudança quem está “na Formação, já está em competição para ser dos melhores com vista a um exigente e competitivo mercado de trabalho”, reforçou.

Os alunos distinguidos foram Paulo Alexandre Sampaio e Castro (Animação Cultural), Pedro Miguel da Costa Ferreira (Artes Plásticas e Multimédia), Joana Andrea de Almeida Pereira (Ensino Básico – 1º Ciclo), Ricardo José Almeida da Cunha (Engenharia Informática), Susana da Conceição Oliveira Rita (Engenharia do Ambiente), Sérgio Manuel Duarte Correia (Engenharia Electrotécnica), Filipe Miguel Figueiredo Murtinheira (Engenharia Civil), José Paulo Ferreira Lopes de Moura e Sá (Turismo), Carlos Manuel de Jesus Rodrigues Almeida (Turismo), Fátima Cristina Gomes Pinho (Engenharia Zootécnica), Ânia Dias Carvalheira (Serviço Social) e Sara Patrícia Ferreira Miranda (Enfermagem). O valor de cada bolsa é de dois mil e 15 euros.

 

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