ANA MARIA VAZ, PRESIDENTE
DO IPCB
Qualidade e exigência
A presidente do Instituto Politécnico de
Castelo Branco, Ana Maria Vaz, mostra-se optimista quanto à fase de
candidaturas ao ensino superior. Isso mesmo afirma ao Ensino Magazine.
No ano passado o IPCB conseguiu uma
taxa de ocupação de 97% nos concursos normais de acesso ao ensino
superior. Quais as perspectivas para este ano?
Esperamos que a procura continue a ser alta, já que mantemos os mesmos
padrões e níveis de qualidade e exigência, bem como as elevadas taxas de
empregabilidade. E essas serão algumas das razões para que o IPCB seja
procurado. Por outro lado, as nossas ofertas formativas têm muita
visibilidade e dão resposta àquilo que o país necessita.
Neste momento praticamente todos os
cursos estão adaptados a Bolonha e há já alguns mestrados aprovados. A
ideia passa por garantir aos alunos do IPCB a continuidade dos estudos
na instituição?
Já temos mestrados a funcionar nas escolas superiores de Educação,
Agrária, Tecnologia e de Artes Aplicadas. A aposta que o IPCB tem feito
no corpo docente acaba por ter esse reconhecimento e os professores
devem sentir-se orgulhosos de poderem ministrar essas pós graduações. No
entanto, além dos cursos de mestrado aprovados, há outros que aguardam
aprovação desde 2006, o que é lamentável. Isso verifica-se em áreas como
as engenharias e formação de professores, educadores. Há mesmo um
mestrado de línguas, proposto por 7 instituições e ainda não obtivemos
resposta nenhuma da Direcção geral de Ensino Superior.
Mas é desejável que nos próximos
anos a maioria das áreas já tivesse mestrados a funcionar?
Sim, até para os alunos poderem ter a possibilidade de prosseguirem aqui
os seus estudos. Há muitas áreas que exigem o mestrado, pelo que vamos
fazer tudo para que esses cursos sejam aprovados.
O novo ano lectivo fica marcado pela
abertura do edifício da Escola de Saúde...
Sem dúvida. É uma escola que merecia instalações novas há muito tempo.
Vai ser um ano de adaptação ao novo espaço, numa altura em que ministra
vários cursos de excelência. A própria comunidade vai sair beneficiada,
pois até aqui a escola não tinha condições físicas para o fazer.
Outra novidade diz respeito à integração dos cursos de turismo na sede
da escola de Gestão, em Idanha-a-Nova...
Este ano todos os cursos vão funcionar em Idanha-a-Nova, os professores
também ficam concentrados na vila raiana, o que rentabiliza recursos, e
a própria comunidade estudantil fica junta. De qualquer modo, esta foi
uma decisão que visa cumprir a Lei 62/2007. Optámos na altura por não
mudar logo os cursos porque estávamos a meio do ano lectivo e os alunos
tinham compromissos. Infelizmente não conseguimos abrir a Escola de
Turismo no Fundão e como não podemos ter pólos a funcionar, não houve
outra alternativa senão aquela.
Agora que a maioria das instituições
superiores têm os estatutos concluídos, passa a haver abertura para a
realização de parcerias entre instituições?
Já existe algum trabalho feito, nomeadamente com o Politécnico de
Portalegre. As parcerias devem também estar relacionadas com as regiões
em que se encontram. No caso de Portalegre vamos tentar avançar com
pós-graduações ou mestrado na área da gestão. Mas para já está tudo numa
fase preliminar. Quanto a consórcios, penso que ainda é muito cedo para
se falar nisso, pois ainda não há regras definidas sobre isso. É mais
prudente avançarmos com parcerias.
CASTELO BRANCO
Mestrado na Agrária
A Escola Superior Agrária de Castelo
Branco acaba de apresentar o novo mestrado em Fruticultura Integrada. As
candidaturas estão abertas até 12 de Setembro e as aulas começarão em
Outubro. As candidaturas já se encontram abertas e podem ser feitas até
12 de Setembro. Esta é mais uma oferta formativa pós graduada de uma
escola com experiência na matéria. No entender de Moitinho Rodrigues,
director da ESA, o mestrado é uma mais valia “para a região e para o
país, dando resposta às necessidades do mercado”. Uma posição semelhante
é partilhada pela presidente do IPCB, Ana Maria Vaz, para quem esta
oferta surge na sequência da forte aposta que a “escola tem desenvolvido
junto do seu corpo docente, o qual é altamente qualificado”.
O novo mestrado, coordenado por António Ramos, destina-se a licenciados
nas áreas de agronomia e ciências agrárias, ou outras desde que o
curriculum vitae demonstre experiência profissional e preparação
científica de base. De acordo com os responsáveis pelo curso, podem
ainda candidatar-se os detentores de currículo escolar ou profissional
que ateste capacidade para a realização deste ciclo de estudos.
O curso está dividido em quatro semestres, sendo os primeiros dois
compostos por unidades curriculares e os restantes dedicados ao projecto
final. O curso irá funcionar com um mínimo de 15 alunos e um máximo de
25.
SIG. Entretanto, Escola Superior
Agrária de Castelo Branco poderá vir a ministrar um mestrado na área de
sistemas de informação geográfica (SIG). A proposta já está a ser
elaborada e está sustentada pelo sucesso da pós-graduação em sistemas de
informação geográfica, cuja quarta edição começa em Outubro, e que no
ano passado recebeu mais alunos formados por outras instituições do que
formados pelo Politécnico de Castelo Branco, o que constitui um dos
indicadores interessantes.
CASTELO BRANCO
Agrária garante
trabalho
Os cursos relacionados com as ciências
agrárias continuam a formar diplomados que não sentem grandes
dificuldades em encontrar emprego. A opinião é de Moitinho Rodrigues,
director da Escola Superior Agrária de Castelo Branco e é baseada em
diversos estudos já realizados. “Os resultados não nos surpreendem. Os
três estudos, um do Ministério do Ensino Superior, outro da Universidade
do Minho e outro nosso, revelam que os cursos de ciências agrárias não
estão em crise”.
O director da ESA diz que “a agricultura deve ser activa e desenvolvida
com pessoas e técnicos qualificados que possam apoiar os agricultores. A
nossa escola tem um Curso de Engenharia Agronómica que forma diplomados
nessa área. Aquilo que se verifica é que há um aumento da procura de
diplomados nessa área pelo mercado de trabalho e de novos alunos para o
curso. Também ao nível do programa de Maiores de 23 anos há uma elevada
taxa de procura para o curso”.
Por estas razões, diz Moitinho Rodrigues, é provável que “este ano
possamos vir a ter novamente muita procura”. Outro dos aspectos
salientados pelo director da Agrária diz respeito ao facto de “muitos
alunos diplomados pela escola criaram a sua própria empresa. E isso é um
dado importante, pois na ESA sempre procurámos incutir esse espírito
empreendedor nos nossos alunos, já que aquela ideia de que os diplomados
nestas áreas seriam absorvidos pelos serviços do Estado acabou”.
Uma das mais valias da Escola Superior Agrária diz respeito ao gabinete
de apoio aos jovens diplomados na escola. “O Gabinete existe desde o
início de 2007 e tem como objectivo procurar informação sobre ofertas de
emprego nas áreas de formação da escola e divulgar essa oferta aos recém
diplomados. Desta forma conseguimos demonstrar o interesse que temos
para com os nossos diplomados, a vontade que temos em manter contactos
com eles e, por último, conseguimos mostrar o interesse pelos nossos
estudantes”.
COM A LUSÓFONA
Portalegre faz
doutoramentos
O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP)
e a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias acabam de
celebrar um protocolo de cooperação com vista a disponibilizar cursos de
2º e 3º ciclos de estudos, no IPP.
Os referidos mestrados e doutoramentos serão da responsabilidade
científica daquela universidade, que assegura a sua organização. O
acordo foi assinado no final de Junho. Para o presidente do IPP, Nuno
Oliveira, “a Universidade Lusófona é um grupo que tem neste momento
diferentes actividades a nível nacional e internacional, e manifestou o
seu interesse em colaborar connosco. Deste modo poderemos facultar aos
membros desta comunidade académica e à população desta região uma oferta
formativa que vai até ao 3º ciclo”.
Manuel Almeida Damásio, presidente do Conselho de Administração do Grupo
Lusófona, mostrou-se empenhado em concretizar o acordo, o qual “vai ao
encontro dos nossos princípios e valores, pelo que queremos que ele se
efective”. Com base no protocolo, a ULTH poderá recorrer aos docentes
mais qualificados do IPP para a leccionação dos cursos. Manuel Damásio
mostrou-se ainda interessado em acrescentar uma adenda ao protocolo,
estipulando que a colaboração entre as duas instituições seja alargada a
outros países de expressão portuguesa. Como forma de incentivar a
valorização do corpo docente do IPP, o protocolo prevê a existência de
quotas preferenciais de colocação, sendo aplicado um desconto não
inferior a 50 por cento no pagamento das propinas de frequência dos
cursos.
ELEIÇÕES PARA O
POLITÉCNICO DE VISEU
Silva ou Sebastião,
eis a questão
Daniel Marques da Silva e Fernando
Lopes Rodrigues Sebastião são os dois candidatos às eleições para a
presidência do Instituto Politécnico de Viseu, que decorrem a 30 de
Julho, já depois do fecho desta edição do Ensino Magazine.
Ambos os candidatos se apresentam referindo que o Ensino Superior
enfrenta um conjunto de desafios decorrentes da conjuntura política e
económica, mas também numa altura em que é necessário reorganizar a rede
nacional, acompanhar os progressos decorrentes da Declaração de Bolonha,
apostar na qualidade da formação e na internacionalização, além de
responder a uma conjuntura demográfica adversa.
Daniel Marques da Silva, de 50 anos, natural de Cepões, Viseu, é
professor-coordenador da Escola Superior de Saúde de Viseu e desempenha
actualmente as funções de vice-presidente do Instituto. A sua
candidatura foi acompanhada de uma carta estratégica que assenta na
melhoria da qualidade ao nível da formação inicial, formação
pós-graduada e investigação, bem como no funcionamento interno e no
apoio aos alunos. Visa ainda potenciar as infra-estruturas,
estabelecendo parcerias ao nível empresarial e do ensino, valorizando a
formação ao longo da vida e a mobilidade nacional e internacional.
Fernando Lopes Rodrigues Sebastião, 50 anos, natural de Mortágua,
Distrito de Viseu, é professor coordenador de nomeação definitiva da
Escola Superior de Tecnologia de Viseu e já se apresentou como candidato
no acto eleitoral anterior, então por oposição ao ainda presidente do
Instituto, João Pedro de Barros. Defende que o Politécnico deve
privilegiar o ensino e a investigação, mas também o desenvolvimento
económico, social e cultural da região. Propõe ainda o estreitar de
relações com outras instituições, bem como uma gestão transparente e
participada, com apoio efectivo às várias escolas que compõem a
instituição. Visa ainda melhorar os apoios aos alunos, seja em termos de
formação seja em termos sociais, além de apostar no desenvolvimento de
acções inseridas numa lógica de formação ao longo da vida. Ao nível de
reorganização, propõe a fusão do pólo da ESE em Lamego com a Escola
Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, numa lógica de racionalização
de recursos.
BOLSA POR MÉRITO
Viseu distingue os
melhores alunos
A Sala de Actos dos Serviços Centrais do
Instituto Politécnico de Viseu foi o palco escolhido para a entrega das
Bolsas por Mérito relativo ao ano lectivo 2007-2008. A sessão foi
presidida pelo presidente do Politécnico, João Pedro Barros, e contou
com a presença dos contemplados acompanhados por familiares e amigos.
Na ocasião João Pedro Barros afirmou que esta é sempre “uma sessão que
honra o Instituto e os alunos pois está-se a contemplar gente que se
afirmou pela qualidade na sua formação”. Num mundo em mudança quem está
“na Formação, já está em competição para ser dos melhores com vista a um
exigente e competitivo mercado de trabalho”, reforçou.
Os alunos distinguidos foram Paulo Alexandre Sampaio e Castro (Animação
Cultural), Pedro Miguel da Costa Ferreira (Artes Plásticas e
Multimédia), Joana Andrea de Almeida Pereira (Ensino Básico – 1º Ciclo),
Ricardo José Almeida da Cunha (Engenharia Informática), Susana da
Conceição Oliveira Rita (Engenharia do Ambiente), Sérgio Manuel Duarte
Correia (Engenharia Electrotécnica), Filipe Miguel Figueiredo
Murtinheira (Engenharia Civil), José Paulo Ferreira Lopes de Moura e Sá
(Turismo), Carlos Manuel de Jesus Rodrigues Almeida (Turismo), Fátima
Cristina Gomes Pinho (Engenharia Zootécnica), Ânia Dias Carvalheira
(Serviço Social) e Sara Patrícia Ferreira Miranda (Enfermagem). O valor
de cada bolsa é de dois mil e 15 euros.
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