Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº115    Setembro 2007

Opinião

CRÓNICA

A cara dos guardiães

Desde que vieram a lume as notícias sobre professores a quem foi negada a aposentação por incapacidade, vindo aqueles a falecer, passado pouco tempo, dessa mesma incapacitante doença, para além de queixas mais antigas e também mais recentes, que só a mediatização faz parecer problema novo, que me deito a tentar imaginar a focinheira dos membros das chamadas juntas médicas da Caixa Geral de Aposentações.

Pelo rosto fazemos, muitas vezes injustamente, juízos de valor da criatura que o transporta entre as orelhas, que é como quem diz, quem vê caras, não vê corações. É por isso que há trombas em cima dos ombros de excelentes pessoas e há bestas-quadradas com cara de anjo. Mas àqueles, por mais que me esforce, não consigo imaginar os contornos do rosto. Contudo, mantenho que pela cara se descobre com relativa facilidade o que vai na alma do seu utente.

As ditas Juntas serão constituídas por médicos e representantes da Caixa. De forma simplista, diríamos que estes últimos estão a fazer o seu papel. Mas não é a verdade toda. Há quem se preste a papéis cujo excesso de zelo e a prepotência é preciso acautelar. Pelos vistos, é gente de moral, no mínimo, duvidosa, e de um conceito muito estranho de cidadania. São uns caras de pau.

E os médicos? Os médicos são incompetentes como parecem ou prestam-se ao trabalhinho sujo de aceitar orientação clínica de quem não tem competência para tal, à revelia do que estão obrigados deontologicamente perante a Ordem e a sociedade?

Para responder a esta pergunta teremos então que falar nos bastidores de onde decorre esta farsa. E aqui é sem dúvida o sistema, e este como é sabido não tem cara. Se tivesse, não teria qualquer dúvida em afirmar que é gente com cara de poucos amigos.

O sistema há muito que conhece o problema. Melhor: foi o sistema que criou, alimentou e aplaudiu, desde sempre, a filosofia destas juntas, como os gabinetes da antiga censura, dos quais não havia apelo, e a haver, era para piorar. São reminiscências duma administração totalitária, cujas raízes ainda perduram, como ervas persistentes, daninhas. Por isso não se pode apenas mudar as caras, desde logo porque não há energúmenos bons e energúmenos maus.

O Estado e as instituições que tutelam organismos de tamanha e sensibilidade não podem demitir-se das suas responsabilidades ou, fingindo-se surpreendidos com os escândalos noticiados, dizerem que são casos excepcionais ou que tudo se resolve com medidas mais ou menos burocráticas. Porque não adianta grande coisa nomear médicos especialistas e dar primazia à respectiva opinião, se as orientações forem mais do mesmo. Não, é preciso tomar medidas urgentes para que estas juntas chamadas médicas cumpram o seu papel com justiça, com humanidade e com critérios bem definidos. É preciso rever o papel de quem representa a Caixa e com que objectivos; é preciso que não prevaleçam preceitos corporativos, onde tudo está sempre bem e a culpa morre solteira; é preciso que os cidadãos sejam respeitados como seres humanos e não como qualquer coisa que está ali para ser usada como qualquer ferramenta de trabalho.

Não adianta assobiar para o lado e fazer cara de cu.

João de Sousa Teixeira

 

 

 

PAU DE GIZ

O sabor do terraço

Tirei da tupperware dos biscoitos uma broa de açúcar passada, meio dura.

Molhei-a debaixo da torneira do lava loiças antes de a comer, a broa não me soube igual, como me sabiam as broas de açúcar meio duras, molhadas com todo o cuidado debaixo da torneira da talha da água. A talha de Nisa no tripé altarico.
Daí um certo desencanto. Que passo a decifrar.

O terraço era a construção mais sólida da casa, uma placa de cimento a cobrir a cozinha do verão e a casa de banho, onde aos domingos ouvíamos da janela escancarada do escritório os relatos do rádio, estendidos na manta de trapos, de papo para o ar, a ver os fios da electricidade directos à bomba do poço, e a ouvir contar, Tem cuidado uma vez a mana ficou ali pendurada não fosse o pai mandá-la logo abaixo com um pau conforme ela fosse um figo de palma e teria lá ficado agarrada pelas duas mãos.

Não é do meu tempo mas por baixo, na horta, havia uma capoeira.

Diziam, Fechada por cima para os bicos não se pisgarem onde caiu o Mário Rui e o que ele guinchou com o susto os braços abertos a boiar sobre a rede a esgadanhar e aos gritos, Ai Jesus acudam-me.

Era no terraço, à sombra das parreiras, que fazíamos as corridas das caricas com toques habilidosos, contornando curvas e contracurvas sem sair do traçado riscado a giz, a giz de marcar de três em três, nas ourelas, os metros nas peças da fazenda enfestada.

Desciam-se e subiam-se dois degraus para a camisola do prémio da montanha e, quem cortasse a meta em primeiro, pintava de amarelo a sua latinha por dentro, ganhando o direito a largar em primeiro na etapa seguinte.

Ou jogávamos hóquei sem patins, de cana na mão, em meias a escorregar no cimento.

Depois, um patim calçado à vez à vez, partilhando o par dos patins extensíveis que vieram do Porto, uma baliza riscada no degrau da soleira da porta de acesso ao sobrado, a outra no tanque que abastecia as torneiras no rés do chão, cheio à mão a regador quando a bomba do poço desferrava, o que muitas vezes acontecia.

Por mais afinações e buchas que o serralheiro lhe metesse, a bomba empanava, até que o Ti Adorindo fez uma bomba das dele, como deve ser, tendo sido até hoje um descanso.

A descambar para a horta é de apreciar o muro. Que passo a decifrar.

Construído em tijolos maciços, montados de lado e em bico, rebocados e pintados a oca, cuja disposição deixava uns buracos na parede, a fazer de conta: podiam ser a vigia dos navios de guerra, se brincássemos às guerras contra uma frota alemã invisível ; podiam ser o cavalo se fossemos em caubóiadas, e se assim fosse, por cima do muro prendia-se com um cinto esfiapado a almofada vermelha, a da cadeira de braços, a fazer de sela, e improvisavam-se as rédeas com as colas, surripilhadas da barrica junto à mesa de enrolar, atadas aos ferros da latada.

As aberturas do muro, ao faz de conta, eram estribos e montados na parede seguíamos a galope.

Na mão a fisga, o colt dourado ou a espingarda de pau com o percutor de elástico a disparar bolotas, feito duma câmara de ar furada do Dodge, e duravam a tarde inteira as perseguições aos malfeitores que assaltavam o banco - num canto do terraço uma tábua sobre duas cadeiras, as notas recortes do Diário de Notícias, ou aos ataques aos índios - assomando ao cimo das escadas, entre as folhas e as flores brancas do limoeiro, anunciados por uma pena do galo, ou de alguma galinha de pescoço pelado, penduradas no cabelo.

Outras vezes, caçavam-se búfalos na pradaria que dali se avistava povoada de laranjeiras, couves, girassóis gigantescos e feijoeiros de embarrar.

Se calhava haver perseguições, fora dos limites do terraço, seguiam-se pelas searas da vizinhança e o inimigo distinguia-se, conforme a época do ano no verde da sementeira, ou no amarelado do restolho, pelas penas coloridas na cabeça, quando avistado era abatido à voz, Pum! Ou apanhava com uma bolota certeira no costado, ouvindo um triunfal, Morreste!

Acabava a brincadeira, chegava a hora da merenda, a hora de comer na concha da mão uma broa de açúcar meio dura, guardada na lata amarela das anilinas com os emblemas da ciba, molhada com todo o cuidado debaixo da torneira da talha da água, não se fosse a broa de açúcar desfazer-se no chão.

Guloseima que arremedei saborear, para saber se me sobrava ainda daquele velho sabor.

Não saboreando o esperado, pensei, Só pode ter sido porque usei água da rede é a única diferença que vejo.

Decifrado este novo sabor, ao menos sobejou-me do terraço o mesmo sabor, nada mau.

António Luís Caramona
paudegiz@gmail.com

 

 

 

CONTRABAIXO

Revoluções

Um dos grandes sucessos dos concertos Proms deste ano foi a venezuelana Orquestra de Jovens Simón Bolívar dirigida por Gustavo Dudamel. Este maestro já nomeado para dirigir a Sinfónica de Los Angeles, a partir de 2009, electrizou uma audiência eclética e muito exigente, com uma interpretação da 10ª Sinfonia de Schostakovich que não terá deixado ninguém indiferente.

Não pude assistir mas ouvi o concerto através do sítio na Internet da BBC e não será exagero se afirmar que é um daqueles momentos a partir do qual se pode mudar a nossa percepção de uma determinada obra, tal foi a energia que se sentia brotar daqueles jovens instrumentistas.

A Venezuela assiste desde há cerca de trinta anos à emergência de um projecto notável de formação de instrumentistas de orquestra, pelo qual já passaram mais de 250 mil jovens. É um projecto que surge como de intervenção social, característica que nunca renegou e que envolve as crianças desde a mais tenra idade, normalmente a partir dos três anos. Os resultados são impressionantes: para além das centenas de milhar de crianças e jovens envolvidos, os resultados incluem a criação de praticamente uma centena de Orquestras e uma alteração radical das necessidades em termos de profissionais qualificados e dos próprios espaços físicos como, por exemplo, auditórios e escolas.

Poderá ser um pouco redutor observar que a Orquestra de Jovens Simón Bolívar e o próprio Gustavo Dudamel serão uma espécie de “cereja no topo do bolo”, mas acredito que o impacto social que o programa já obteve ao longo de todos estes anos embora seja um dos aspectos fundamentais, ganha uma dimensão diferente quando se escuta o agrupamento em concerto e se confirma a excelência artística do mesmo. O contacto directo que tive oportunidade de manter com um jovem profissional e que me contou a sua experiência de crescimento no seio deste projecto mostrou-me que de uma certa forma tudo foi assumido um pouco como uma revolução, com uma enorme ilusão, mas suportada num trabalho contínuo e tenaz. Uma das outras faces desta revolução é o efeito de contaminação aos países limítrofes. Por exemplo no Brasil já se trabalha nesta mesma direcção e com a grande vantagem de poder aproveitar a experiência acumulada na Venezuela.

Em Portugal e num contexto completamente diferente, acaba de ser criada a Orquestra de Câmara Portuguesa, dirigida pelo excelente percussionista Pedro Carneiro. Sobre se há espaço no nosso país para um projecto destes singrar só o futuro poderá responder, mas há na génese deste projecto algo que é fundamental, neste preciso momento: é um projecto dirigido aos jovens instrumentistas o que, já aqui o referi no Contrabaixo, é uma urgência. Agora será necessário criar as condições para que o projecto se possa cimentar. Num certo sentido, é necessária em Portugal uma pequena revolução e esta Orquestra de Câmara Portuguesa é também mais um sinal inequívoco dessa premência.

Num outro registo, não posso deixar de dar os parabéns à RVJ, editora do Ensino Magazine, pelos seus 10 anos de contínua procura de um espaço original no mercado nacional. Este projecto do Ensino Magazine é a prova de que valeu a pena.

Carlos Semedo 
carlossemedo@gmail.com
 

 

 

 

OPINIÃO

Há País para além do Litoral

Um estudo realizado pela empresa de consultoria Coface revela que o número de empresas falidas no primeiro semestre de 2007 diminuiu em relação ao período homólogo de 2006. Boas notícias para o país? Talvez, mas não para todo o território. De acordo com o referido estudo, nos distritos do interior - Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança - o número de falências continuou a aumentar. Estes números são mais uma consequência das políticas de litoralização do país desenvolvidas pelos últimos governos. E o processo não pára: a actual reorganização das forças de segurança vai encerrar postos da Guarda Nacional Republicana em localidades do interior. A reorganização do sistema de saúde encerrou maternidades, urgências e Serviços de Atendimentos Permanente. Por fim, jardins-de-infância e escolas do Ensino Básico têm vindo a ser progressivamente encerradas. Onde? No interior.

O argumento para estes encerramentos é sempre o mesmo: redução da despesa pública. Curiosamente, enquanto faltam recursos para manter determinados serviços no interior, os governantes discutem a localização de mais uma ponte sobre o Tejo, se o país precisa de um novo aeroporto ou basta melhorar uma estrutura já existente, ou quantas linhas deve ter um TGV que, vendo bem, o país nem precisa.

Um estudo recente da Marktest mostra que o saldo entre depósitos bancários e crédito concedido é positivo no interior do país e negativo no litoral. Ou seja, no interior os depósitos excedem o crédito, ao passo que no litoral se verifica exactamente o contrário. O que poderia ser um bom indicador é, afinal, mais uma prova das dificuldades vividas por estas paragens. O reduzido volume de crédito concedido acontece porque uma parte da população local não tem condições para recorrer ao crédito, enquanto outros nem sequer pensam em créditos pois não sabem se a empresa onde trabalham estará aberta por muito mais tempo. O elevado volume de depósitos não resulta da poupança, pois o baixo nível dos salários não o permite, mas das remessas dos emigrantes, ou seja, dos que se viram obrigados a abandonar a região para conseguirem melhores condições de vida. Senhores governantes, caso não tenham reparado, há país para além do litoral!

João Canavilhas

 

 

 

MEMÓRIAS FICCIONADAS

Não copiarás

Era longa e arrastada a época de exames. Uma espécie de corrida de obstáculos em que se testava a capacidade de memorização em sucessivas provas escritas e orais, durante mais de dois meses. De acordo com a economia académica, havia que dosear o esforço («gerir» seria o termo tecnocrático hoje usado). Na hierarquia curricular, umas quantas disciplinas não lhes mereciam ralações de maior por as considerarem de segunda: a ajuda dos colegas, as cábulas e até a consulta directa na fonte (a sacrossanta sebenta) eram o instrumental mínimo para se passar no exame. Assim, ganhavam uns dias extra para se prepararem convenientemente para os cadeirões: Etnografia, Introdução à Sociologia, Migrações e Povoamento, Economia Política e, a mais temida, Finanças, regida pelo director do Instituto, um ultra conservador de má memória.

Uma das cadeiras de 3º ano que não lhes queimava as pestanas, como já os não prendera muito nas aulas, era a de «Noções Práticas, Obras Públicas, Construções e Topografia» (por ali, as designações eram do tamanho da légua-da-póvoa). Arcílio e o seu grupo de amigos não vislumbravam qualquer utilidade futura àquelas matérias “práticas” debitadas de forma teórica: dos caboucos ao travejamento, do reboco à fossa céptica, do fio de prumo à utensilagem do topógrafo agrimensor. Conteúdos que podiam constar de um “Guia Prático” para autodidactas, mas a que não reconheciam dignidade universitária ou valia para emprego. Aquilo não era numa escola profissional e os CET só seriam inventados por um ministro que, na altura, ainda estudava (e militava) nos bancos do Técnico. Aquela juventude aguerrida não reivindicava, no entanto, aulas práticas (fazer a massa com as proporções certas de cimento, areia e água) ou visitas de estudo (a um edifício em construção, por exemplo). Não estavam ali para mudar o currículo, mas sim para cumprir o plano de estudos, e sem chumbos; caso contrário, lá se ia o adiamento militar e a certeza de «bater com os costados» em África. As suas lutas eram outras: mais políticas (contra a guerra colonial) que pedagógicas (pela qualidade de ensino). Aquelas matérias talvez fizessem algum sentido noutros tempos: quando o pragmatismo colonizador pensava habilitar o chefe-de-posto com conhecimentos generalistas (hoje seria imperioso acrescentar as “competências tranversais”), úteis no trabalho quotidiano de supervisão da mão-de-obra indígena. Era suposto ele saber (fazer) de tudo um pouco. Uma espécie de pau para toda a “obra”, neste caso, “pública” e pretensamente civilizadora.

Apesar do calor, Arcílio punha casaco, como sempre em dia de exame, fazendo assim aumentar o número de bolsos (excelentes esconderijos para cábulas) para doze. Mas a cadeira de “Topografia” nem isso merecia. Antes procurar um lugar junto de uma daquelas colegas “marronas” (avessas ao namoro precoce, e transbordantes de espírito cristão, aprendido no austero interior beirão e transmontano, que não negava um cisco de solidariedade estudantil aos mais necessitados). O ideal era ficar ao lado da inseparável parelha de zelosas funcionárias públicas, a versão feminina do Bucha e Estica. Essas davam sempre garantias de resposta certa. Só que para isso, teria que chegar bem cedo pois esses lugares estratégicos, para um profícuo copianço, eram escassos e muito disputados.

Naquele dia, a primeira surpresa tiveram-na ao saber que o exame não se realizaria no local habitual – o anfiteatro. Aí decorriam vários exames em simultâneo e ficando cheio, os professores não queriam grandes maçadas numa vigilância de sobe-e-desce; a idade, o gosto da cavaqueira ou o pôr a leitura em dia eram ponderosas escusas para o seu imobilismo. Atitude bem apreciada e a merecer aplauso dos estudantes.

O exame decorreu então no chamado anfiteatro pequeno, de bancadas corridas, onde tinham normalmente as aulas. Ainda que o controlo ali fosse mais apertado, tal não impediu o recurso generalizado aos “auxiliares de memória”. Aquilo era uma fartar vilanagem, num contexto de faz-de-conta: parecia haver um pacto implícito entre o docente que fingia nada ver de ilícito e os alunos que se esforçavam por não dar muito nas vistas. Afinal, aquela era uma cadeira percepcionada como fora do tempo, não valorizada e, portanto, achavam natural que lhe fossem prestadas menores atenções avaliativas. Por isso, ficaram estupefactos quando o professor irrompeu indignado na direcção do Morenus, sentado numa das filas detrás, acusando-o, pasme-se, de estar a copiar. Mas estavam todos! A turma ficou suspensa, assistindo incrédula à tremenda descompostura que lhe pregava, carregada de princípios éticos e morais. E não se ficou pela admoestação, ao terminar salomónico:

– Tem o seu exame anulado! Venha cá na 2ª época!

Acharam tudo aquilo um despropósito. Morenus seria, de todos eles, o que menos merecia tal desanda: rapaz atilado, assíduo e estudioso, formado, durante anos, nos saudáveis valores do seminário. Sabia de cor, desde a catequese, os mandamentos bíblicos e o «não copiarás!» estava ausente do decálogo.

O primado da literacia, a invenção da escola e a massificação da aprendizagem formal já deviam ter levado à actualização das tábuas da lei, introduzindo-o como 11º mandamento. Mas nesta sociedade das navegações googlianas em banda larga, quando os trabalhos (virtuais) se tornam a modalidade de avaliação dominante, talvez o mais apropriado seja mesmo o «não plagiarás»!

Luís Souta
lsouta@ese.ips.pt


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