ANIVERSÁRIO DO IPCB
Qualidade, rigor e
competênica

Carvalho Rodrigues, cientista português,
considerado o pai do primeiro satélite português, deu o mote para a
abertura oficial do ano escolar do Instituto Politécnico de Castelo
Branco. Uma iniciativa realizada no dia 29 de Outubro, que assinalou
também mais um aniversário do IPCB.
Os 27 anos da instituição ficaram marcados por três ideias chave:
qualidade, rigor e competência. Com a maioria dos cursos adaptados a
Bolonha, o IPCB enfrenta novos desafios que passam pelo reforço da
qualidade do ensino ministrado, mas também pela implementação do novo
regime jurídico das instituições de ensino superior.
O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) quer continuar a
assumir-se como o principal motor de desenvolvimento da região, através
da formação de diplomados com qualidade (com garantia de integração
profissional), de um maior investimento na inovação e em processos de
avaliação da instituição, e também com uma forte ligação ao meio
envolvente.
Ana Maria Vaz, presidente do IPCB, considera aqueles aspectos
fundamentais e lembra que são vários os desafios que o Politécnico tem
pela frente. Desde logo na implementação do novo Regime Jurídico das
instituições de ensino superior. “Os próximos tempos vão ser objecto de
fortes alterações ao nível das instituições de ensino superior,
consequência da aplicação do novo Regime Jurídico, considerando-se
necessário repensar o Instituto e os seus modelos de organização.
Estamos perante uma oportunidade que não podemos desperdiçar”. Por isso,
afirma, “temos de reforçar o nosso sentimento de pertença ao IPCB e de
identidade comum. É importante encontrar espaços comuns de trabalho e
modelos integrados de gestão que permitam optimizar os recursos
tangíveis e intangíveis, acrescentar valor através de sistemas
identitários, para conseguirmos ver o IPCB como um todo”.
Ao nível da oferta formativa, a presidente do Politécnico recordou que
“neste ano lectivo todos os cursos estão adequados ao processo de
Bolonha, com excepção da área da saúde, já que são internacionalmente
exigidas formações mais longas, pelo que aguardamos uma resposta por
parte da tutela”.
Bolonha. Ana Maria Vaz considera
que a aplicação de Bolonha é mais um desafio para a Instituição. “A
adequação dos cursos não passa apenas por um mero processo burocrático.
Nos próximos anos, docentes e discentes terão de procurar novas formas
de ensinar e aprender. Formas de criar, transmitir, pesquisar e
relacionar conhecimentos e práticas que permitam que os diplomados
possam ser mais autónomos, mais conscientes na forma como encaram o
conhecimento e mais conscientes da sua necessidade de aprendizagem
constante”, disse. De resto, o plano de tutorias está a funcionar neste
ano lectivo, tendo como objectivo essencial apoiar os estudantes. Em dia
de aniversário, a presidente do Politécnico lembrou que é necessário
investir na inovação, a qual “constitui um instrumento primordial para o
crescimento das organizações. Para continuarmos a crescer temos que
desenvolver novos produtos ou serviços e evoluir na cadeia de valor. E
esta necessidade é ainda maior no contexto actual de crescente
competição”. Na sua opinião, a curto prazo, terá que ser “feita uma
aposta forte na inovação e no empreendedorismo, fomentando o espírito de
iniciativa, bem como a capacidade de aceitar o risco no sentido de
promover uma dinâmica pró-activa”.
A qualidade do IPCB é outra das mensagens dos responsáveis pelo
Politécnico. “A nossa preocupação está presente no controlo sistemático
da capacidade da instituição, para criar qualidade nos serviços que
oferece e proporciona. Os sistemas de controlo da qualidade contêm
habitualmente um conjunto de orientações práticas para a implementar,
medir e melhorar. O que nos leva a desenvolver um Sistema de Gestão da
Qualidade para assegurar que todas as actividades necessárias para
conceber, desenvolver e implementar um produto ou serviço sejam
eficazes”. Ana Maria Vaz recordou que o Sistema Integrado da Avaliação
do Desempenho (SIADAP) está já implementado no IPCB e que a instituição
se está a preparar para implementar o novo modelo desse sistema, que vai
avaliar dirigentes e instituições. A um outro nível foi aceite a
candidatura à European University Association (EUA) entidade responsável
pela avaliação internacional”. No seu discurso, abordou ainda a
importância da relação com o meio empresarial. “O desenvolvimento
regional está presente na missão e na visão do IPCB, que dispõe de uma
Oficina de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento que pretende
dar apoio às empresas através da sua capacidade de facilitar,
impulsionar e gerir transferência de tecnologia e conhecimento entre o
meio académico e o tecido empresarial”. Focou também a aposta que tem
sido feita na internacionalização do IPCB, através da implementação dos
programas Erasmus e Leonardo da Vinci, e nas novas tecnologias, como o
campus virtual.
Câmara. O presidente da Câmara
de Castelo Branco frisou que a cidade vive um bom momento: “A nossa
ambição é grande. Temos muitos investimentos à vista. O desafio que se
nos coloca é por isso grande. Pelo que temos de dar as mãos para que
possamos ganhar o futuro”. Joaquim Morão considera nessa estratégia o
Politécnico como um parceiro importante. “Em 27 anos o IPCB fez muito
pela região. É uma instituição que tem tido um papel activo no
desenvolvimento regional, que forma e tem formado milhares de
diplomados, preparando-os para um mercado de trabalho qualificado”,
referiu.
Tunas. A festa de aniversário do
IPCB ficou marcada pela apresentação das tunas masculina e feminina que
passarão a representar a instituição. Foi uma maneira agradável de
acabar uma sessão solene que começou também ela, de forma entusiasmante,
com a oração de sapiência de Carvalho Rodrigues. E tal como o professor,
as tunas também não desafinaram.
ENSINO MAGAZINE ENTREGA
BOLSA
Prémios aos melhores
estudantes

O aniversário do Instituto
Politécnico ficou marcado pela atribuição de prémios de mérito aos
melhores alunos da instituição, patrocinadas por entidades e empresas da
região. A Caixa Geral de Depósitos atribuiu duas bolsas, uma de 500
euros, a Sofia Ferreira (melhor nota de licenciatura na Escola de Saúde,
17 valores) e outra de 750 euros, a Carina Costa (Escola Superior de
Gestão, 16,01 valores). Foram ainda entregues os prémios de mérito de
500 euros, pelo Ensino Magazine (Marco Ribeiro, Esart, 17,08 valores),
Câmara de Castelo Branco (Sílvia Jacinto, ESE, 17 valores), Delphi
(Marta Roque, EST, 15 valores), João Marcelo & Associados - Sociedade de
Advogados (Marco Pereira, ESG, 16 valores), Danone (Emanuela Jerónimo,
ESA, 13,8 valores) e Junta de Freguesia de Castelo Branco (Susana
Carmona, ESALD, 17,63 valores).
Para o director do Ensino Magazine, João Carrega, a atribuição de Bolsas
de Mérito aos melhores alunos das academias deverá manter-se e
alargar-se a outras instituições de ensino superior do nosso país.
IEEE ORGANIZA DEBATE EM
CASTELO BRANCO
Campus virtual para
dinamizar

O Campus Virtual do Instituto Politécnico
de Castelo Branco está certificado por entidades de prestígio como a
Umic e a FCCN, mas as suas potencialidades não estão a ser aproveitadas,
sobretudo devido à tradicional resistência à mudança. O aviso é do
vice-presidente do Politécnico de Castelo Branco, João Ruivo e foi feito
durante a conferência Tecnologias do Futuro: desafios do presente,
organizada pelo Education Society - Portugal Section Chapter do
Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), a 14 de
Novembro, no Auditório da Escola Superior de Educação de Castelo Branco.
Aquele responsável foi o primeiro orador no evento, tendo centrado a sua
intervenção na formação a distância e aprendizagem ao longo da vida,
algo em que o Campus Virtual pode desempenhar um papel importante, não
só em termos de e-learning, mas também como complemento às actividades
de ensino presencial. “Peço a todos que nos ajudem a combater esta
resistência à mudança”, referiu o vice-presidente do Instituto
Politécnico.
Na sua intervenção teve ainda oportunidade de abordar os efeitos da
globalização em termos económicos, mas também educativos, designadamente
com o encurtamento da formação inicial ao nível do Ensino Superior,
acompanhado porém de uma inevitável formação ao longo da vida, o que
trará cada vez mais pessoas, com mais der 24 anos, às instituições. Essa
será a forma de combater os efeitos da desactualização permanente
provocada pelo rápido avanço da tecnologia e do conhecimento.
Associando a esta realidade a crescente mobilidade geográfica e laboral,
João Ruivo considera que a formação a distância será a melhor forma de
responder aos desafios formativos. E enumerou algumas vantagens do
ensino a distância, tais como a possibilidade de todos os alunos terem o
mesmo acesso aos conteúdos apesar de não estarem todos no mesmo espaço
físico. “Todos os alunos estão na primeira fila. Não há alunos da
primeira e alunos da última fila”, referiu.
Destacou ainda a diversidade de oferta de cursos e de horários, a
redução de custos por parte das instituições, o respeito pelo ritmo de
aprendizagem de cada aluno, a acessibilidade a fontes de dados e a
liberdade do local de estudo.
Na mesma conferência, o editor do Ensino Magazine, Vítor Tomé,
apresentou o projecto Educação para os Media no Distrito de Castelo
Branco, o qual tem como objectivo permitir que os alunos de 30
agrupamentos de escolas da área educativa daquele distrito possam
produzir mensagens media e publicá-las, on-line e em suporte papel, ao
longo de dois anos lectivos. Este projecto, apoiado pela Fundação para a
Ciência e a Tecnologia, conta com investigadores de sete instituições de
Ensino Superior portuguesas e estrangeiras, bem como com as empresas
Reconquista e Netsigma.
Na segunda parte da conferência foram apresentados projectos
desenvolvidos por alunos finalistas da Escola Superior de Tecnologia, um
relativo à monitorização de processos de produção, a cargo de Sérgio
Silva, e um outro sobre o controlo do sistema bola-barra, a cargo de
Paulo Leitão. A sessão encerrou com a intervenção do docente Humberto
Santos, da UBI, que apresentou uma forma inovadora de programar na área
da robótica, através da tecnologia Texas Instruments MSP430.
ESE DE CASTELO BRANCO
Novo mestrado aprovado

O mestrado em Actividade Física,
ministrado pela Escola Superior de Educação, acaba de ser apresentado.
Para Ana Maria Vaz, presidente do Instituto Politécnico de Castelo
Branco, “constitui a primeira oferta do IPCB conferente daquele grau,
tendo em conta a Declaração de Bolonha. É por isso um mestrado mais
profissionalizante, com especializações distintas”.
O novo Mestrado apresenta três especialidades distintas: Motricidade
Infantil, Gerontomotricidade e Desporto Adaptado, e está dividido em
quatro semestres. As aulas serão preferencialmente em horário
pós-laboral e deverão iniciar-se a 21 de Novembro.
João Petrica, director do curso, considera que o mestrado é uma
excelente oportunidade formativa não só para os especialistas ligados ao
desporto, mas também outros profissionais de diferentes áreas. “É um
curso transversal”, diz.
No entender de João Petrica, “este é um mestrado 3 em 1. Procurámos
apresentar um plano de estudos que não seja o clássico mestrado, mas que
também não rompa totalmente com esse conceito. Elaborámos um curso
misto, numa lógica transversal, que pretende ir ao encontro não só de
especialistas no desporto, como de outras áreas. Mas também que responda
às necessidades de técnicos que ainda procuram os mestrados mais
clássicos, e de gente que tenha agora concluído a licenciatura e queira
prosseguir os seus estudos”.
Para Henrique Gil, director da ESE, a aprovação daquele curso representa
o culminar de “um trabalho árduo por parte dos docentes da escola.
Lamentamos que ainda não nos tenham dado respostas a outros mestrados
que apresentámos”, disse.
EM ESPANHA
Esart ganha prémio
A Escola Superior de Artes Aplicadas
voltou a estar em destaque no panorama da moda internacional. Selma
Pereira, aluna do 3º ano do Curso de Design de Moda e Têxtil, foi a
vencedora do Concurso Internacional de Design de Moda da Extremadura, em
Espanha. A final da prova decorreu nos dias 27 e 28 de Outubro, em
Cáceres, Espanha. Para os responsáveis da Esart este constitui mais um
momento de satisfação, que vai ao encontro do trabalho desenvolvido na
escola.
Selma Pereira apresentou quatro coordenados inspirados nas concepções
plásticas de Gaudí, em particular na casa Milà, a conhecida pedreira de
Barcelona, imagem de marca do arquitecto modernista catalão. Com um
aspecto escultural, sem linhas rectas, que serviu de base à exploração
das sobreposições de dobras, o trabalho da jovem de Lagos, resulta numa
linha jovem e elegante de vestidos em tons de branco, com tecidos comuns
como a sarja e o algodão, onde se realçam as formas construtivas e os
jogos entre peças. De acordo com Selma Pereira, na “proposta reina a
simplicidade, mas a sua execução, à semelhança de trabalhos anteriores,
promete ser trabalhosa, em particular nas pregas levantadas e nas
armações.
Esta é a segunda vez que Selma Pereira é seleccionada para um concurso.
No primeiro ano participou, com três colegas do mesmo curso, no concurso
nacional de novos talentos “Acrobatic”. Do seu currículo estão ainda
duas inscrições em concursos internacionais, para os quais acabou por
ver colegas seus serem seleccionados, casos do Arts of Fashion 2007 -
Fashion Students Competition Miami (em Novembro Hugo Costa participará
na segunda fase) e o Concurso Juvenil Internacional de Design de Moda de
Dalian, na China (André Amorim foi um dos finalistas).
O Concurso Internacional de Design Moda Extremadura é uma competição
aberta a todos aqueles que têm uma relação vocacional ou profissional
com a indústria da moda, independentemente da nacionalidade, e onde por
hábito são também convocadas escolas de design espanholas e de outros
pontos do globo.
Para ser seleccionada, Selma Pereira, seguiu a temática do concurso, o
qual estava dividido nas modalidades homem e mulher. Os participantes
deveriam focar-se no significado e influência das belas artes na
indústria da moda.
EST DE CASTELO BRANCO
Alunos em visitas

Um grupo de 40 alunos do Curso de
Licenciatura em Engenharia Informática para a Saúde, acaba de realizar
uma visita de estudo ao Instituto Gulbenkian da Ciência (IGC) em Oeiras.
A iniciativa teve lugar a 12 de Novembro e decorreu no âmbito das
disciplinas de Introdução à Bioinformática e Instrumentação Biomédica.
Os alunos foram acompanhados pelo coordenador do Curso, José Carlos
Metrôlho, e pelos docentes Eduardo Valente e Mónica Costa, que leccionam
as disciplinas anteriormente referidas.
Durante a visita foram apresentadas duas palestras por investigadores do
IGC, nas quais foi explicado o que se realiza actualmente em termos de
investigação nas áreas da Bioinformática e da Genética Evolutiva. Após
as palestras foi também dada a oportunidade de verificar in loco algumas
experiências em áreas de investigação relacionadas com o curso de IPS,
facultando aos participantes uma visão sobre a investigação de ponta
realizada naquele centro de excelência nacional.
Ficaram agendados alguns trabalhos comuns para o futuro, ligando assim o
curso de IPS com centros tecnológicos de investigação de vanguarda
nacionais. Desta forma são derrubadas barreiras de interioridade, em
prol do desenvolvimento da região albicastrense em novas áreas do saber
emergentes e de vanguarda.
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