ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE
DA GUARDA
Tuberculose em debate
O Instituto Politécnico da Guarda, em
colaboração com a sua Escola Superior de Saúde acabam de promover as
Jornadas Interdisciplinares sobre Tuberculose. Com esta iniciativa, que
se integra num ciclo de acções multidisciplinares projectado pela
Presidência do Instituto Politécnico da Guarda, pretendeu-se
proporcionar uma informação e reflexão objectiva sobre a emergente
realidade da tuberculose no nosso país, meios de prevenção e combate à
tuberculose, novos fármacos, historial da luta contra a tuberculose e,
neste contexto, sobre o papel desempenhado pela estância sanatorial que
funcionou nesta cidade (o Sanatório Sousa Martins foi inaugurado,
recorde-se, em 18 de Maio de 1907).
Para a Comissão Organizadora deste evento, uma abordagem da tuberculose,
a partir de diversas perspectivas, “contribuirá para se dar maior
atenção à problemática desta doença, com as vantagens decorrentes de uma
maior informação sobre as suas características e implicações sociais,
económicas e culturais”.
O ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, não teve possibilidade de
estar presente nas Jornadas, mas enviou uma mensagem à organização.
Na referida mensagem destacou que “a luta contra a tuberculose exige uma
abordagem integrada uma vez que na raiz desta doença cruzam-se factores
de ordem diversa, desde condicionalismos económicos e sociais a aspectos
psicológicos, para além, naturalmente das vertentes médica e clínica
propriamente ditas. Por isso, jornadas como esta, centradas numa análise
interdisciplinar da tuberculose, são, a meu ver, extremamente oportunas
e necessárias”.
Jorge Sampaio referiu ainda que “o controlo da tuberculose exige uma
intervenção integrada. Por um lado porque os grandes aliados do Bacilo
de Koch são, sem dúvida, o subdesenvolvimento, a pobreza, a má nutrição,
a falta de condições de habitação e de higiene, a sobre-população. Daqui
que o contributo dos estudos sociais e económicos seja indispensável.
Por outro, porque se tem observado, cada vez mais, que a tuberculose e o
HIV-SIDA formam uma espécie de dupla infernal, obrigando a uma
indispensável abordagem conjunta da co-infecção, na complexa
multiplicidade da sua realidade”.
EM PARCERIA COM A CÂMARA
MUNICIPAL
ESE da Guarda quer
Ibero-Americano
A cidade da Guarda pode receber o II
Congresso Ibero-Americano de Animação Sócio-cultural, a realizar já em
2008, caso seja aceite o desafio que o director da Escola Superior de
Educação da Guarda, Joaquim Brigas, lançou ao presidente da Rede
Ibero-Americana de Animação Sócio-cultural (RIA), o espanhol Victor
Ventosa, no decorrer das II Jornadas de Animação Sócio-cultural da ESEG.
Na sessão de abertura das jornadas, que decorreram a 2 e 3 de Maio,
Joaquim Brigas lançou o repto ao presidente da RIA para que o próximo
Congresso Ibero-Americano de Animação Sócio-cultural possa acontecer em
Portugal, concretamente na cidade da Guarda. “Demonstrámos o nosso
desejo, em particular, como Escola Superior de Educação que tem uma
licenciatura em Animação Sócio-cultural, em participar activamente na
realização do II Congresso Ibero-Americano de Animação Sóciocultural”.
O director da ESEG defende “uma parceria com a Câmara Municipal da
Guarda para a apresentação da candidatura”. O mesmo responsável registou
“com agrado, a vontade recíproca da Câmara Municipal em trazer o
Congresso para esta cidade” e, reitera, “já que a Guarda é uma cidade de
cultura faz todo o sentido que seja o berço da segunda edição do
evento”.
Virgílio Bento, vice-presidente da autarquia da Guarda, associa-se ao
desafio lançado. O edil sublinha que “se há cidade que por direito
próprio merece acolher a realização deste Congresso é a Guarda”.
Portanto, “é um repto importante e ao qual a Câmara Municipal irá
responder positivamente”.
Estão reunidas as condições para que a candidatura da Guarda avance.
Aliás, o próprio presidente da RIA garantiu que irá levar “a pretensão
da Guarda como possível cidade acolhedora do Congresso à Junta Directiva
da RIA”. Victor Ventosa deixou claro que “esta cidade tem muitas
condições positivas para o acolher”.
Se tudo correr como o previsto, ainda no decorrer do presente mês deve
ser conhecida a decisão da Ria face à candidatura que será apresentada
numa parceria entre a ESEG e a autarquia da Guarda, podendo esta ser a
sucessora de Salamanca a cidade espanhola que acolheu, há dois anos, o I
Congresso Ibero-Americano de Animação Sóciocultural.
CONGRESSO DE ARTES
MARCIAIS
Sucesso em Viseu
A primeira edição do Congresso Científico
de Artes Marciais e Desportos de Combate, realizado em Viseu, a 13 e 14
de Abril, contou com mais de 150 participantes, tendo superado as
expectativas da organização, em que se incluíram a Área Científica de
Educação Física e Desporto da Escola Superior de Educação de Viseu, o
Politécnico, a ADIVe a Câmara de Viseu.
Marcando os 100 anos de Artes Marciais Asiáticas em Portugal, uma boa
parte da comunidade científica inerente às artes marciais e desportos de
combate, envolvendo 26 investigadores de Karaté, Judo, Luta, Kendo, sem
descurar as lusitanas Galhofa e Jogo do Pau (Esgrima Lusitana),
estiveram presentes para discutir várias temáticas de relevância
científica, tendo sido apresentados estudos sobre os diversos factores a
gerir nos processos de ensino e treino de artes marciais, nomeadamente
os factores físico, técnico, táctico, psicológico e sócio-cultural.
A grande conclusão é a de que existe uma discussão científica profunda
em torno do objecto de estudo definido como “Acção Motrícia de Combate
Institucionalizado”. Assumindo-se que a diversidade dos contextos de
prática relevante são uma das faces visíveis aos mais diversos níveis de
estimulação e desenvolvimento humano bio-psico-social, sendo hoje
importantíssimo o conhecimento das várias facetas multidimensionais
envolvidas, pelo que urge lutar contra a ignorância que ainda impera em
muitos olhares sobre estas temáticas.
O nível das conferências e comunicações proferidas foi elevado, já que
se trataram maioritariamente de investigadores com graus académicos de
doutor, mestre e licenciado, com uma visão científica própria sobre o
objecto de estudo em discussão.
Seis dos conferencistas vieram de Espanha, representando as
Universidades de Barcelona, de Léon, de Las Palmas e de Castilha La
Mancha. Os restantes representaram instituições como a Faculdade de
Motricidade Humana, a Faculdade de Desporto do Porto, a Universidade da
Beira Interior, a Escola Superior de Educação de Viseu, a Escola
Superior de Educação de Bragança, a Escola Superior de Comunicação
Social, a Escola Superior de Desporto de Rio Maior, o Instituto Superior
de Ciências do Trabalho e da Empresa, a Universidade Lusófona e o
Instituto de Novas Profissões.
A parceria confirmada de Federações com Utilidade Pública desportiva e
respectivas associações de Treinadores como é o caso do Judo, Luta,
Karaté, Kickboxing, Boxe e Artes Marciais Chinesas, além de federações
sem utilidade pública desportiva como é o caso do Kendo e do Jogo do Pau
permitiu a praticantes e treinadores contactarem com a investigação
feita na área.
A organização contou ainda com a parceria científica internacional, com
relevo para o Journal of Asian Fighting Arts (Revista de Artes Marciales
Asiáticas), que é indexada ao Sportdiscus, através da presença de Carlos
Gutiérrez Garcia, investigador e editor espanhol.
CASTELO BRANCO
Agrária na Ovibeja
A Escola Superior Agrária de Castelo
Branco brilhou no concurso nacional 24 horas de agricultura, promovido
pela Ovibeja. A equipa albicastrense constituída pelos diplomados Sandra
Dias, Natália Roque, Joaquim Carvalho, António Carvalho e pelo aluno
João Gaspar, foi terceira classificada, mas venceu a prova mais
importante da competição: a elaboração de um plano de exploração. Para o
director da ESA, António Moitinho, “o sucesso obtido na competição é
mais um indicador da elevada qualidade que os técnicos formados na nossa
escola apresentam”.
Das 20 provas que tiveram que realizar, os elementos da equipa
albicastrense esclarecem que a elaboração do plano de exploração foi a
mais complexa. “Tínhamos uma exploração de 800 hectares, situada na zona
do Alqueva e o desafio que nos foi proposto implicava passarmos de uma
agricultura de sequeiro para uma de regadio”, começam por explicar.
“Tivemos que fazer uma caracterização da exploração antes e depois de
implementarmos o regadio. Ao mesmo tempo tivemos que elaborar planos de
marketing para os produtos que escolhemos (azeite, vinho e queijo de
cabra), orçamento e um cash-flow da exploração”.
O esforço da equipa da ESA foi recompensado e os cinco elementos
obtiveram o primeiro lugar na elaboração do Plano de Exploração. Durante
as 24 horas da competição não houve tempo para pensar no sono. “Nem
tivemos tempo para isso. Quando demos por nós já era dia. Estávamos
todos empenhados nas nossas tarefas que nem demos pelo tempo passar. Por
outro lado, o facto de se desenrolarem duas provas em simultâneo fez com
que não existissem paragens”, recordam.
Sandra Dias, Natália Roque, Joaquim Carvalho, António Carvalho e João
Gaspar garantem que “esta será uma experiência para repetir. No próximo
ano a Ovibeja faz 25 anos, pelo que a ideia da organização poderá passar
pelas 25 horas de agricultura, numa iniciativa que contará também com a
presença dos espanhóis”.
António Moitinho, director da ESA, sublinha o facto de todos os
diplomados da equipa terem sido alunos da instituição. “Aquela
competição constitui uma forma imparcial de avaliação do ensino que aqui
é ministrado. Nas 24 horas de agricultura participaram muitos elementos
e técnicos com larga experiência e conhecedores daquela região do país.
O facto de termos vencido a prova de plano de exploração e termos sido
terceiros na classificação final, revela muita qualidade da nossa
parte”.
Os dois primeiros lugares do pódio foram para equipas compostas por
membros de associações de produtores da Região de Beja. A Escola
Superior Agrária de Castelo Branco foi a única do país a conseguir um
lugar de destaque na competição. António Moitinho diz mesmo que na ESA
havia outras pessoas interessadas em participar no evento, mas já
excediam o limite da idade admitida (40 anos).
ESCOLA SUPERIOR DE
TECNOLOGIA
Mestrado em Setúbal
A Escola Superior de Tecnologia de
Setúbal iniciou em Abril as actividades do Mestrado em Engenharia de
Produção, o primeiro Mestrado do Instituto Politécnico de Setúbal
aprovado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES)
no âmbito do Processo de Bolonha.
Foram seleccionados 24 candidatos, na sua maioria, antigos alunos de
Engenharia Mecânica que assim regressam à EST de Setúbal para
complementar a sua formação académica.
Apesar da maior parte dos alunos admitidos ter terminado a sua
Licenciatura em Engenharia Mecânica (respectivamente nas áreas de
Produção e Automóvel) será de sublinhar a existência de candidaturas
provenientes dos cursos de Engenharia Informática, Engenharia de
Electrónica e Computadores e Engenharia de Automação, Controlo e
Instrumentação.
E se em termos de formação, os dados demonstram a predominância de
alunos formados pela ESTSetúbal/IPS em cursos de Mecânica, será
sobretudo interessante analisar a sua situação laboral actual. Ou seja,
a maioria regista uma média superior a 6 anos de experiência
profissional na área de formação do Mestrado, acrescentando perspectivas
futuras de aplicar o projecto final à empresa na qual trabalha.
Será ainda de registar o facto de existirem, por entre os vários alunos,
profissionais que no seu dia-a-dia desempenham funções como Directores
de Produção, Auditores de Qualidade ou até mesmo Gestores de Projecto
colocados em empresas como a VW Autoeuropa, a Visteon, a EDP - Produção,
Prenso – Metal Lda, a Autovision entre outras.
Além das novas oportunidades proporcionadas por este Mestrado nas áreas
de Tecnologias e Métodos de Gestão da Produção, o curso consolida a
interacção da EST de Setúbal com as empresas circundantes confirmando-a
enquanto instrumento de modernização e competitividade na região e
factor de desenvolvimento profissional do seu tecido social.
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