Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº111    Maio 2007

Politécnico

ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DA GUARDA

Tuberculose em debate

O Instituto Politécnico da Guarda, em colaboração com a sua Escola Superior de Saúde acabam de promover as Jornadas Interdisciplinares sobre Tuberculose. Com esta iniciativa, que se integra num ciclo de acções multidisciplinares projectado pela Presidência do Instituto Politécnico da Guarda, pretendeu-se proporcionar uma informação e reflexão objectiva sobre a emergente realidade da tuberculose no nosso país, meios de prevenção e combate à tuberculose, novos fármacos, historial da luta contra a tuberculose e, neste contexto, sobre o papel desempenhado pela estância sanatorial que funcionou nesta cidade (o Sanatório Sousa Martins foi inaugurado, recorde-se, em 18 de Maio de 1907).

Para a Comissão Organizadora deste evento, uma abordagem da tuberculose, a partir de diversas perspectivas, “contribuirá para se dar maior atenção à problemática desta doença, com as vantagens decorrentes de uma maior informação sobre as suas características e implicações sociais, económicas e culturais”.

O ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, não teve possibilidade de estar presente nas Jornadas, mas enviou uma mensagem à organização.

Na referida mensagem destacou que “a luta contra a tuberculose exige uma abordagem integrada uma vez que na raiz desta doença cruzam-se factores de ordem diversa, desde condicionalismos económicos e sociais a aspectos psicológicos, para além, naturalmente das vertentes médica e clínica propriamente ditas. Por isso, jornadas como esta, centradas numa análise interdisciplinar da tuberculose, são, a meu ver, extremamente oportunas e necessárias”.

Jorge Sampaio referiu ainda que “o controlo da tuberculose exige uma intervenção integrada. Por um lado porque os grandes aliados do Bacilo de Koch são, sem dúvida, o subdesenvolvimento, a pobreza, a má nutrição, a falta de condições de habitação e de higiene, a sobre-população. Daqui que o contributo dos estudos sociais e económicos seja indispensável. Por outro, porque se tem observado, cada vez mais, que a tuberculose e o HIV-SIDA formam uma espécie de dupla infernal, obrigando a uma indispensável abordagem conjunta da co-infecção, na complexa multiplicidade da sua realidade”.

 

 

 

EM PARCERIA COM A CÂMARA MUNICIPAL

ESE da Guarda quer Ibero-Americano

A cidade da Guarda pode receber o II Congresso Ibero-Americano de Animação Sócio-cultural, a realizar já em 2008, caso seja aceite o desafio que o director da Escola Superior de Educação da Guarda, Joaquim Brigas, lançou ao presidente da Rede Ibero-Americana de Animação Sócio-cultural (RIA), o espanhol Victor Ventosa, no decorrer das II Jornadas de Animação Sócio-cultural da ESEG.

Na sessão de abertura das jornadas, que decorreram a 2 e 3 de Maio, Joaquim Brigas lançou o repto ao presidente da RIA para que o próximo Congresso Ibero-Americano de Animação Sócio-cultural possa acontecer em Portugal, concretamente na cidade da Guarda. “Demonstrámos o nosso desejo, em particular, como Escola Superior de Educação que tem uma licenciatura em Animação Sócio-cultural, em participar activamente na realização do II Congresso Ibero-Americano de Animação Sóciocultural”.

O director da ESEG defende “uma parceria com a Câmara Municipal da Guarda para a apresentação da candidatura”. O mesmo responsável registou “com agrado, a vontade recíproca da Câmara Municipal em trazer o Congresso para esta cidade” e, reitera, “já que a Guarda é uma cidade de cultura faz todo o sentido que seja o berço da segunda edição do evento”.

Virgílio Bento, vice-presidente da autarquia da Guarda, associa-se ao desafio lançado. O edil sublinha que “se há cidade que por direito próprio merece acolher a realização deste Congresso é a Guarda”. Portanto, “é um repto importante e ao qual a Câmara Municipal irá responder positivamente”.

Estão reunidas as condições para que a candidatura da Guarda avance. Aliás, o próprio presidente da RIA garantiu que irá levar “a pretensão da Guarda como possível cidade acolhedora do Congresso à Junta Directiva da RIA”. Victor Ventosa deixou claro que “esta cidade tem muitas condições positivas para o acolher”.

Se tudo correr como o previsto, ainda no decorrer do presente mês deve ser conhecida a decisão da Ria face à candidatura que será apresentada numa parceria entre a ESEG e a autarquia da Guarda, podendo esta ser a sucessora de Salamanca a cidade espanhola que acolheu, há dois anos, o I Congresso Ibero-Americano de Animação Sóciocultural.

 

 

 

CONGRESSO DE ARTES MARCIAIS

Sucesso em Viseu

A primeira edição do Congresso Científico de Artes Marciais e Desportos de Combate, realizado em Viseu, a 13 e 14 de Abril, contou com mais de 150 participantes, tendo superado as expectativas da organização, em que se incluíram a Área Científica de Educação Física e Desporto da Escola Superior de Educação de Viseu, o Politécnico, a ADIVe a Câmara de Viseu.

Marcando os 100 anos de Artes Marciais Asiáticas em Portugal, uma boa parte da comunidade científica inerente às artes marciais e desportos de combate, envolvendo 26 investigadores de Karaté, Judo, Luta, Kendo, sem descurar as lusitanas Galhofa e Jogo do Pau (Esgrima Lusitana), estiveram presentes para discutir várias temáticas de relevância científica, tendo sido apresentados estudos sobre os diversos factores a gerir nos processos de ensino e treino de artes marciais, nomeadamente os factores físico, técnico, táctico, psicológico e sócio-cultural.

A grande conclusão é a de que existe uma discussão científica profunda em torno do objecto de estudo definido como “Acção Motrícia de Combate Institucionalizado”. Assumindo-se que a diversidade dos contextos de prática relevante são uma das faces visíveis aos mais diversos níveis de estimulação e desenvolvimento humano bio-psico-social, sendo hoje importantíssimo o conhecimento das várias facetas multidimensionais envolvidas, pelo que urge lutar contra a ignorância que ainda impera em muitos olhares sobre estas temáticas.

O nível das conferências e comunicações proferidas foi elevado, já que se trataram maioritariamente de investigadores com graus académicos de doutor, mestre e licenciado, com uma visão científica própria sobre o objecto de estudo em discussão.

Seis dos conferencistas vieram de Espanha, representando as Universidades de Barcelona, de Léon, de Las Palmas e de Castilha La Mancha. Os restantes representaram instituições como a Faculdade de Motricidade Humana, a Faculdade de Desporto do Porto, a Universidade da Beira Interior, a Escola Superior de Educação de Viseu, a Escola Superior de Educação de Bragança, a Escola Superior de Comunicação Social, a Escola Superior de Desporto de Rio Maior, o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, a Universidade Lusófona e o Instituto de Novas Profissões.

A parceria confirmada de Federações com Utilidade Pública desportiva e respectivas associações de Treinadores como é o caso do Judo, Luta, Karaté, Kickboxing, Boxe e Artes Marciais Chinesas, além de federações sem utilidade pública desportiva como é o caso do Kendo e do Jogo do Pau permitiu a praticantes e treinadores contactarem com a investigação feita na área.

A organização contou ainda com a parceria científica internacional, com relevo para o Journal of Asian Fighting Arts (Revista de Artes Marciales Asiáticas), que é indexada ao Sportdiscus, através da presença de Carlos Gutiérrez Garcia, investigador e editor espanhol.

 

 

 

CASTELO BRANCO

Agrária na Ovibeja

A Escola Superior Agrária de Castelo Branco brilhou no concurso nacional 24 horas de agricultura, promovido pela Ovibeja. A equipa albicastrense constituída pelos diplomados Sandra Dias, Natália Roque, Joaquim Carvalho, António Carvalho e pelo aluno João Gaspar, foi terceira classificada, mas venceu a prova mais importante da competição: a elaboração de um plano de exploração. Para o director da ESA, António Moitinho, “o sucesso obtido na competição é mais um indicador da elevada qualidade que os técnicos formados na nossa escola apresentam”.

Das 20 provas que tiveram que realizar, os elementos da equipa albicastrense esclarecem que a elaboração do plano de exploração foi a mais complexa. “Tínhamos uma exploração de 800 hectares, situada na zona do Alqueva e o desafio que nos foi proposto implicava passarmos de uma agricultura de sequeiro para uma de regadio”, começam por explicar. “Tivemos que fazer uma caracterização da exploração antes e depois de implementarmos o regadio. Ao mesmo tempo tivemos que elaborar planos de marketing para os produtos que escolhemos (azeite, vinho e queijo de cabra), orçamento e um cash-flow da exploração”.

O esforço da equipa da ESA foi recompensado e os cinco elementos obtiveram o primeiro lugar na elaboração do Plano de Exploração. Durante as 24 horas da competição não houve tempo para pensar no sono. “Nem tivemos tempo para isso. Quando demos por nós já era dia. Estávamos todos empenhados nas nossas tarefas que nem demos pelo tempo passar. Por outro lado, o facto de se desenrolarem duas provas em simultâneo fez com que não existissem paragens”, recordam.

Sandra Dias, Natália Roque, Joaquim Carvalho, António Carvalho e João Gaspar garantem que “esta será uma experiência para repetir. No próximo ano a Ovibeja faz 25 anos, pelo que a ideia da organização poderá passar pelas 25 horas de agricultura, numa iniciativa que contará também com a presença dos espanhóis”.

António Moitinho, director da ESA, sublinha o facto de todos os diplomados da equipa terem sido alunos da instituição. “Aquela competição constitui uma forma imparcial de avaliação do ensino que aqui é ministrado. Nas 24 horas de agricultura participaram muitos elementos e técnicos com larga experiência e conhecedores daquela região do país. O facto de termos vencido a prova de plano de exploração e termos sido terceiros na classificação final, revela muita qualidade da nossa parte”.

Os dois primeiros lugares do pódio foram para equipas compostas por membros de associações de produtores da Região de Beja. A Escola Superior Agrária de Castelo Branco foi a única do país a conseguir um lugar de destaque na competição. António Moitinho diz mesmo que na ESA havia outras pessoas interessadas em participar no evento, mas já excediam o limite da idade admitida (40 anos).

 

 

 

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

Mestrado em Setúbal

A Escola Superior de Tecnologia de Setúbal iniciou em Abril as actividades do Mestrado em Engenharia de Produção, o primeiro Mestrado do Instituto Politécnico de Setúbal aprovado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) no âmbito do Processo de Bolonha.

Foram seleccionados 24 candidatos, na sua maioria, antigos alunos de Engenharia Mecânica que assim regressam à EST de Setúbal para complementar a sua formação académica.

Apesar da maior parte dos alunos admitidos ter terminado a sua Licenciatura em Engenharia Mecânica (respectivamente nas áreas de Produção e Automóvel) será de sublinhar a existência de candidaturas provenientes dos cursos de Engenharia Informática, Engenharia de Electrónica e Computadores e Engenharia de Automação, Controlo e Instrumentação.

E se em termos de formação, os dados demonstram a predominância de alunos formados pela ESTSetúbal/IPS em cursos de Mecânica, será sobretudo interessante analisar a sua situação laboral actual. Ou seja, a maioria regista uma média superior a 6 anos de experiência profissional na área de formação do Mestrado, acrescentando perspectivas futuras de aplicar o projecto final à empresa na qual trabalha.

Será ainda de registar o facto de existirem, por entre os vários alunos, profissionais que no seu dia-a-dia desempenham funções como Directores de Produção, Auditores de Qualidade ou até mesmo Gestores de Projecto colocados em empresas como a VW Autoeuropa, a Visteon, a EDP - Produção, Prenso – Metal Lda, a Autovision entre outras.
Além das novas oportunidades proporcionadas por este Mestrado nas áreas de Tecnologias e Métodos de Gestão da Produção, o curso consolida a interacção da EST de Setúbal com as empresas circundantes confirmando-a enquanto instrumento de modernização e competitividade na região e factor de desenvolvimento profissional do seu tecido social.

 

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