UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Mestrado em turismo no
Alentejo

A Universidade de Évora, em parceria com
a Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre,
vai abrir um Mestrado em Turismo. O 2.º Ciclo de Estudos em Turismo
(mestrado) começa já a funcionar no ano lectivo 2007/2008, e é
constituído por três áreas de especialização: Turismo e Desenvolvimento,
Turismo e Animação, e a Composta onde poderão ser oferecidas outras
áreas de especialização no âmbito de outros 2º ciclos em funcionamento
no quadro da área departamental das ciências humanas e sociais ou mesmo
noutra área departamental.
Para Eduardo Figueira, Presidente do Departamento de Sociologia da
Universidade de Évora, a concretização do 2º Ciclo de Estudos (Mestrado)
em Turismo pretende ser uma contribuição “para dar corpo e dinamizar a
Rede de Ensino Superior do Alentejo (criada em 1996 por todas as
instituições de ensino superior público existentes no Alentejo) numa
área de actividade considerada estratégica para o desenvolvimento da
Região. Por outro lado, este curso de mestrado pretende maximizar os
recursos humanos e físicos existentes nas duas instituições através de
uma parceria que, não só evitará concorrências desnecessárias, como
ainda criará certamente sinergias relevantes para a região e o país no
domínio do desenvolvimento e qualificação de recursos humanos, e
respectivo impacto num sector que tem um papel estratégico para o
desenvolvimento do Alentejo e do país”.
Saliente-se que tanto a Universidade de Évora como o Instituto
Politécnico de Portalegre possuem já licenciaturas no domínio do
turismo. “Nós na UE já temos o 1.º Ciclo de Turismo e o Doutoramento em
Turismo. Por isso, considera-se estratégico e fundamental, colmatar a
lacuna existente entre os cursos de licenciatura e a área de
doutoramento em Turismo, através da implementação do presente Curso de
Mestrado em Turismo em parceria com a Escola Superior de Educação do
Instituto Politécnico de Portalegre”, disse Eduardo Figueira.
Segundo o Presidente do Departamento de Sociologia, alguns profissionais
da área do turismo têm manifestado o interesse em aprofundar os seus
conhecimentos neste domínio. “Quando abrimos a licenciatura de Turismo e
Desenvolvimento há 4 anos, fomos contactados por muitos profissionais da
área que manifestaram o interesse em aprofundar os seus estudos. Por
isso, procuramos implementar o 2º Ciclo de Estudos em Turismo (mestrado)
que oferece aos profissionais ou académicos a possibilidade de fazerem a
sua actualização científica, aumentarem as suas competências
profissionais e progredirem na sua carreira profissional”. O dirigente
acrescentou ainda que “o 2º Ciclo de Estudos em Turismo (mestrado)
contribuirá também para o aumento da empregabilidade, da competitividade
das organizações, das comunidades, bem como para um melhor conhecimento
da problemática do turismo a nível nacional e internacional”.
De acordo com as suas palavras, o 2.º Ciclo de Turismo aponta para “uma
formação sólida em competências fundamentais indispensáveis para o
exercício profissional em qualquer área de actividade de Turismo, e
ainda para o desempenho de diversas funções e actividades em sectores
tão diversos como sejam o Planeamento e a Prospectiva, o Desenvolvimento
Local e Regional, a Investigação Social e o Ensino no domínio das
ciências que compõem a área interdisciplinar do Turismo”.
Este 2.º Ciclo de Estudos em Turismo irá contar com a presença de
docentes nacionais (de diversas universidades) e internacionais. Para
mais informações consulte o link Ensinos em
http://www.dsoc.uevora.pt .
Noémi Marujo
REGIME JURÍDICO DO
SUPERIOR
Coimbra toma posição
Uma equipa de investigadores do
Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia
da Universidade de Coimbra (FCTUC) acaba de desenvolver uma gama de
Adesivos Biológicos que substituem os tradicionais pontos cirúrgicos.
Trata-se de um adesivo biológico altamente eficaz, com um elevado poder
de retenção de água e capaz de reforçar a resistência do organismo.
Possui também funções analgésicas e anti bacterianas e, nos testes
realizados in vivo, não se registou nenhuma reacção agressiva ou de
rejeição por parte de corpo humano.
O estudo destes novos produtos é uma mais valia para a técnica
operatória. Os Adesivos Cirúrgicos Biológicos são seguros, de fácil
aplicação e financeiramente acessíveis. Os resultados são
extraordinariamente positivos “ao nível da cicatrização, não havendo
risco de ruptura dos convencionais pontos cirúrgicos e nos vários testes
realizados, não se registaram quaisquer efeitos colaterais”, afirma a
Coordenadora da investigação, Helena Gil.
Esta investigação precursora é determinante para o conforto e bem-estar
do doente. “Desde logo porque elimina as suturas e todo o incómodo de o
doente ter de se deslocar ao hospital ou ao Centro de Saúde para retirar
os vulgarmente chamados pontos. Agora, é o próprio bioadesivo que
provoca a regeneração dos tecidos, isto é, obriga o organismo a
trabalhar para a sua reabilitação”, destaca.
Os adesivos cirúrgicos biológicos inscrevem-se na área dos biomateriais,
que são considerados os materiais do futuro. De acordo com a
investigadora da FCTUC, “Toda a Europa está apostada em desenvolver este
método porque o avanço desta área científica reflecte uma significativa
melhoria da qualidade de vida das pessoas. Por isso, tem-se observado
nos últimos anos um enorme esforço na produção de novos dispositivos”.
OBSERVATÓRIO PARA O
DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO REVELA
Os custos do
desemprego

O estudo sobre os custos do desemprego na
Beira Interior, entre 2001 e 2004, revela um aumento considerável no
desemprego em praticamente todas as unidades territoriais da região,
excepção feita ao Pinhal Interior Sul. O documento que pretende
determinar os custos económicos associados ao desemprego na Beira
Interior e respectivas sub-regiões (Nuts III), nos anos de 2001 e de
2004, estimando o valor da riqueza perdida com a falta de emprego dos
naturais e/ou residentes de uma determinada região, revela ainda que a
Beira Interior Sul foi o território onde se gerou mais riqueza per
capita.
O estudo desenvolvido por Pires Manso, professor catedrático da
Universidade da Beira Interior e responsável pelo Observatório para o
Desenvolvimento Económico, daquela instituição, e por Daniela Leitão,
técnica Superior do Observatório, demonstra que “à excepção da unidade
territorial do Pinhal Interior Sul, o desemprego cresceu nas restantes
unidades territoriais que constituem a Beira Interior, destacando-se a
Cova da Beira, onde se incluem os concelhos da Covilhã, do Fundão e de
Belmonte, como a unidade territorial onde o desemprego mais aumentou nos
últimos 6 anos”.
A promoção do emprego, do empreendedorismo e a criação de empresas são
os caminhos apontados pela equipa do Observatório para solucionar o
problema. Em declarações ao Ensino Magazine, Pires Manso, considera que
só assim será possível deixar de suportar estes custos tão elevados do
desemprego, bem como o crescente envelhecimento da população e a
crescente desertificação do interior.
No entanto, diz o professor da Universidade da Beira Interior, esse
esforço não está a ser bem sucedido. “Neste momento está a ser feito uma
grande aposta por parte da UBI e dos Politécnicos no fomento do
empreendedorismo, criando-se disciplinas próprias e promovendo
conferências com especialistas. Mas este é um processo lento”, diz.
Por isso, Pires Manso considera que o Governo deveria adoptar medidas de
discriminação positiva para “esta região do país. O Estado tem que
prestar apoio para que as empresas se possam instalar ou deslocalizar
para a região, reduzindo, por exemplo os impostos”. Pires Manso dá o
exemplo da Irlanda, “onde as empresas localizadas em regiões como a
nossa apenas pagam 10 por cento de IRC. Isso é um estímulo para que as
empresas se instalem numa determinada zona”.
No entender daquele responsável, a própria Agência Portuguesa de
Investimento, deveria canalizar investimento de capital estrangeiro para
“a nossa região. Só que é raro isso acontecer”.
Aquelas medidas, diz Pires Manso, poderiam “criar mais postos de
trabalho. Os próprios empresários poderiam pensar qual o melhor local
para instalar as suas empresas. Há um estudo recente, no âmbito de uma
tese de doutoramento, que revela que as empresas que se vierem a
instalar neste eixo tem inúmeras vantagens, pois estão numa posição
central. Com as vias de comunicação actuais, estão perto dos grandes
centros populacionais da península ibérica, como Lisboa, Madrid,
Valladolid ou Sevilha. Ou seja, a nossa região está bem ligada à Europa
e ao litoral”.
De acordo com o estudo, “no que concerne ao ano de 2004, e ao nível
desagregado pelas unidades territoriais que constituem a Beira Interior,
destaca-se a Beira Interior Sul como a unidade onde cada empregado gerou
mais riqueza, 19165 euros. Seguem-se a Serra da Estrela, com um valor de
riqueza média criada por empregado igual a 18372 euros, a Cova da Beira,
com 17032 euros, a Beira Interior Norte, com um valor igual a 16252
euros, e, ocupando o último lugar, o Pinhal Interior Sul, onde a riqueza
média criada por trabalhador foi de 15057 euros. Se dividirmos estes
números pelos 12 meses de cada ano ficamos com a riqueza criada por
trabalhador e por mês”.
EFEITOS POLUENTES EM
ORGANISMOS AQUÁTICOS
Universidade do
Algarve na frente
A Universidade do Algarve foi uma das
instituições presentes na 14ª reunião internacional sobre Efeitos de
poluentes em Organismos Aquáticos, realizada pela primeira vez no
hemisfério sul, em Florianópolis (Brasil), de 4 a 9 de Maio, tendo
contado com a participação de 25 países.
A Universidade do Algarve apresentou, na referida reunião, duas
comunicações orais. Maria Margarida Gonzalez-Rey, aluna finalista do
Mestrado em Biologia Marinha e Pescas, centrou-se no tema “Mecanismos de
desintoxicação em camarões: comparação entre o ambiente hidrotermal
(Cordilheira Médio Atlântica) e o ambiente costeiro (Ria Formosa)”. Suze
Chainho Chora, aluna de Doutoramento, apresentou uma comunicação
intitulada “Ubiquitinação e carbonilação como marcadores de stress
oxidativo na amêijoa boa” e recebeu um prémio de participação, face ao
interesse e à inovação científica do tema.
Foram ainda apresentadas duas comunicações na forma de painel, sobre os
temas: “Acumulação de metais em organismos provenientes de ambientes
extremos (mexilhões provenientes das fontes hidrotermais na Cordilheira
Médio Atlântica)” e “Impacto da fracção tóxica dos hidrocarbonetos de
petróleo e seus efeitos em mexilhões provenientes da Costa Sul de
Portugal”, respectivamente por Ângela Serafim (aluna de Pós-Doutoramento)
e Belizandra Lopes (aluna de Doutoramento).
A reunião inseriu-se numa iniciativa de investigadores americanos (do
Instituto de Oceanografia de Woods Hole) e do Reino Unido (Instituto de
Investigação Marítima de Plymouth e Associação de Biologia Marítima do
Reino Unido), que iniciaram este ciclo de Conferências nos Estados
Unidos e no Reino Unido, alternadamente.
Maria João Bebianno, presidente do Conselho Directivo da Faculdade de
Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade do Algarve, integrou a
Comissão Científica da reunião e presidiu à temática da Contaminação
metálica, toxicidade e mecanismos de desintoxicação”.
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