Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº112    Junho 2007

Politécnico

NOVO MESTRADO NA GUARDA

ESEG pioneira

A Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG) acaba de abrir a quarta pós-graduação e mestrado na área das Ciências Sociais. "Educação Sexual na Escola e na Comunidade" é uma área inexistente na região e que aumenta em 27 formandos o leque de alunos em formações avançadas que a ESEG está a disponibilizar para a região, desde Fevereiro deste ano. A abertura da nova formação eleva para cerca de duas centenas o número de profissionais que frequentam as referidas ofertas. Um pioneirismo consagrado pela ESEG para a região. O curso de mestrado avança em conjunto com o Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa - Universidade Lusíada.

No decurso da terceira edição de formações avançadas nesta Superior de Educação, cujo início teve lugar no passado dia 9 de Fevereiro, a ESEG trouxe para a Guarda um leque de formações que só era acessível nos grandes centros. Atraindo, numa primeira fase, mais de uma centena e meia de profissionais, a instituição está a ministrar, em parceria com a Universidade Lusíada pós-graduações em "Gerontologia Social", com duas turmas, "Administração Social", "Intervenção em Crianças e Jovens em Risco" e, a mais recente, "Educação Sexual na Escola e na Comunidade". Entretanto, arrancará mais tarde outra pós-graduação em "Empreendorismo Social".

Na cerimónia de abertura da nova pós-graduação e mestrado Maria do Rosário Serafim, representante do Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa, salientou que a cooperação entre as instituições "é importante não só para dignificar o ensino mas também para o tornar mais operacional e eficaz". Desejou, ainda, que a nova formação avançada "possa ser um valor acrescentado no sentido da melhoria dos indicadores sociais, económicos e de qualidade de vida que a região merece e para os quais a ESEG tem dado um forte contributo".

Da parte da direcção da ESEG, o responsável máximo, Joaquim Brigas, reiterou : "Não podemos, nem devemos, ter complexos de interioridade" e, portanto, "procuramos, desta forma, contribuir para o desenvolvimento da região e para a afirmação do Instituto Politécnico da Guarda [Escola Superior de Educação da Guarda] como instituição formadora que responde, com as suas valências, às necessidades da região em que se insere". Ressalvando o facto de "não haver condições para oferecer tudo de forma autónoma", Joaquim Brigas determinou que a ESEG "procurará sempre encontrar parceiras de prestígio e credíveis para colocar ao dispor da Guarda a formação avançada de que a região necessita".

A direcção do Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa já garantiu a vinda, para a ESEG, de um doutoramento e uma licenciatura na mesma área. Determinação que a autarquia da Guarda vê com bons olhos, como realçou, Lurdes Saavedra, vereadora da autarquia. Saavedra enalteceu a "importância destas parcerias para o desenvolvimento sustentado da região e do Instituto Politécnico da Guarda" ao mesmo tempo que aplaudiu e presenteou a ESEG "por estar numa fase avançada face ao tipo de oferta em formação, não se limitando à formação de base". Em conclusão a autarca desafiou Joaquim Brigas, exortando: "depois destas pós-graduações e mestrados queremos mais". E se tudo correr como o previsto a ESEG não dará tréguas àquilo que considera serem "factores emergentes para o engrandecimento e desenvolvimento sustentado da Guarda", sustenta Joaquim Brigas.

Há mesmo quem considere que a "ESEG tem tido um papel determinante" no que diz respeito à abrangência das suas competências. Quem pensa assim é o próprio coordenador científico da nova pós-graduação, Duarte Vilar, simultaneamente director da Associação Para o Planeamento da Família, entidade parceira da ESEG e do Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa na pós-graduação em "Educação Sexual na Escola e na Comunidade".

Aquele responsável regista com agrado que "é a primeira vez, em Portugal, que uma formação deste género acontece em contexto de uma Escola Superior de Educação". É que, até à data, sublinha Duarte Vilar "não havia nenhuma formação com este formato ao nível do ensino superior e politécnico".

Tratando-se de um tema holístico, a "Educação Sexual na Escola e na Comunidade", em formato de pós-graduação e mestrado, vai contemplar um corpo docente diversificado, destacando-se Félix Lopez, o primeiro catedrático em sexologia em Espanha que se encontra entre os especialistas mais nomeados, na área, a nível mundial.

 

 

 

ENSINO À DISTÂNCIA COMO SUPORTE DO PRESENCIAL

Moodle avança em Beja

A plataforma de ensino à distância moodle é utilizada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG) desde Abril de 2006, contando actualmente com mais de 1100 inscritos, de entre os quais 52 são professores e os restantes alunos. O sistema, localizado em http://kirk.estig.ipbeja.pt/e-estig , tem registadas cerca de 150 páginas de unidades curriculares.

No presente ano, o sistema apoia alunos e professores de mais de 40 unidades curriculares, dos cursos de licenciatura e bacharelato da Escola. Também as páginas do Conselho Pedagógico, Comissões de Estágio e Coordenações de Curso estão disponíveis no sistema, permitindo que os alunos tenham um fácil acesso à informação e às notícias relevantes para os seus estudos.

Recorde-se que a ESTIG tem uma longa tradição na utilização da Internet como suporte ao funcionamento de unidades curriculares. De facto, desde a sua entrada em funcionamento, em 1996, vários dos seus professores têm consistentemente disponibilizado informação e interagido com os seus alunos através de páginas, correio electrónico, blogs, messenger, skype ou outras aplicações semelhantes.

A instalação do moodle veio permitir uma utilização mais generalizada da Internet no suporte ao ensino e aprendizagem. Segundo, João Paulo Barros, que com o apoio do Serviço de Informática, administra o sistema, este tem vindo rapidamente a ganhar adeptos entre alunos e professores. Para tal, têm contribuído a realização de algumas sessões de apresentação no início de cada semestre lectivo. Estas sessões, realizadas em conjunto com Isabel Sofia Brito, e a facilidade de utilização do mesmo levaram a que vários professores sintam já a necessidade de módulos avançados de formação que estão previstos para o presente semestre.

O Sistema é especialmente útil para os alunos dos cursos em horário pós-laboral e nocturno que assim podem muito mais facilmente manter-se informados sobre as unidades curriculares que se encontram a realizar. Em particular, o sistema permite e facilita a partilha de informação, a resolução de dúvidas em fóruns de discussão, a entrega de trabalhos e o acesso a questionários e a exercícios propostos por um ou mais professores.

Presentemente estão a ser realizadas parcerias Técnico-Científicas com entidades da comunidade envolvente, nomeadamente o Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio http://kirk.estig.ipbeja.pt/cotr .

Tal permitirá a leccionação de cursos de formação através da referida plataforma. Esta surgirá como um elemento catalizador da aquisição de conhecimentos, independentemente do local, hora ou disponibilidade do formador.

A sempre crescente adopção do sistema permite que os responsáveis se encontrem francamente optimistas quanto à quantidade e qualidade dos conteúdos e dos tipos de comunicação e interacção aluno-docente que o sistema permite e facilita.

 

 

 

ENGENHARIA MECÂNICA

Prémio para Tomar

Os alunos do curso de Engenharia Mecânica da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes obtiveram o 1º Lugar no Concurso Internacional Educacional da Solidworks com o desenho do Barco Galeass.

Outros trabalhos de alunos do curso de Engenharia Mecânica da ESTA foram, igualmente, premiados em anos anteriores: em 2002, o desenho de uma Pistola de Pintura e o Kit de Manutenção ficou classificado em 3º lugar; e, nesse mesmo ano, a ESTA obteve uma Menção Honrosa pelo desenho de um Quarto com Mobílias e Flores.

De acordo com os responsáveis da escola, o resultado da participação dos alunos neste Concurso Internacional comprova a forte formação prática e experimental ministrada no curso de Engenharia Mecânica da ESTA, nomeadamente na concepção, produção e fabrico assistido por computador utilizando o Solidworks.

 

 

 

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM

Aniversário com optimismo

O Instituto Politécnico de Santarém acaba de assinalar mais um aniversário. Maria de Lurdes Asseiro, presidente da instituição, aproveitou a ocasião para fazer um balanço da história do Politécnico, mas também para indicar os caminhos a seguir. A interacção com a comunidade envolvente e entre instituições de ensino é um dos trajectos apontados.

No seu discurso, Maria de Lurdes Asseiro, recordou que, face aos novos desafios, "hoje não é mais admissível deixar de olhar "para dentro", para o desempenho face à sua missão e objectivos de médio e longo prazo, sendo igualmente imprescindível o olhar "para fora" procurando referências de sucesso e parcerias fortes com tecido empresarial e organizações de âmbito nacional e internacional.

Maria de Lurdes Asseiro diz que "a competição instalou-se irreversivelmente e com ela a competitividade passou a assumir-se como princípio da acção, provocando nas organizações e na sociedade em geral, a aquisição de competências resultantes dos novos padrões de referência". Por isso, "ao nos situarmos no sub-sistema do ensino politécnico, encarando-o como gerador de conhecimentos, capacidades e competências, um dos desafios que se coloca, será a criação do novo paradigma da competitividade, constituindo-se a inovação uma ferramenta essencial e a necessidade de evoluir para uma economia orientada para o conhecimento, um pressuposto básico".

Nesse sentido, e segundo a presidente do Politécnico de Santarém, "as instituições de ensino superior, devem conferir uma resposta consistente com a sua responsabilidade pública e social ao desenvolvimento de orientações inovadoras face a mudanças do meio envolvente".
 

ENVOLVÊNCIA. A interacção entre os diversos agentes é uma aposta a seguir, a qual "constitui por si só um processo de aprendizagem, com impacto potencial na competitividade, na inovação, nos processos, nas práticas organizacionais e na afirmação e preservação da identidade regional". Uma aposta que poderá "conduzir igualmente à definição de objectivos estratégicos e à implementação de uma cultura vocacionada para a melhoria contínua".

Por isso, Maria de Lurdes Asseiro, lembra que "o Caminho a seguir ou seja as acções a desenvolver como agente propulsor do desenvolvimento e da competitividade regional, podem ser delineadas a partir da análise interna e externa, das boas práticas e das estratégias adoptadas o que permitirá identificar as áreas prioritárias em que há necessidade de implementar acções ou melhorar a actuação concreta da instituição com os diferentes parceiros empresariais e institucionais no meio envolvente. Uma das áreas prioritárias será a cooperação com outros parceiros públicos e privados da região, visando a transferência do conhecimento e de recursos técnicos, o que poderá assumir especial relevância na situação concreta do nosso Instituto".
 

FUTURO. A presidente do Politécnico de Santarém considera que há vários pressupostos para que a implementação de Bolonha seja um sucesso no país. "Ao encarar o processo de Bolonha como uma oportunidade, para renovar todo o sistema de ensino superior, permite-nos configurar estratégias, condizentes com as competências e missão institucional, dando expressão à sua diferença e identidade, tendo em conta: o mundo global em que nos situamos; o decréscimo dos públicos tradicionais; a necessidade de reconhecimento de novos públicos; a responsabilidade que nos cabe na criação de valor na região em que nos inserimos; o relevo da participação em redes de cooperação; e o reforço/desenvolvimento do paradigma de aprendizagem ao longo da vida".

Além das ofertas formativas iniciais, para as quais se espera um aumento de 20% das vagas, Lurdes Asseiro, falou ainda no "incremento de cursos de especialização tecnológica em áreas bem delimitadas e correspondentes a necessidades de qualificação identificadas, e no início, já no próximo ano, dos 2ºs ciclos (mestrados de perfil profissionalizante, num total de dez, o seu início poderá constituir-se como um marco importante na vida das Escolas).

 

 

 

A CAMINHO DA TRANSIÇÃO

ESEG entra com o pé direito em Bolonha

“Bolonha sim, claro! É uma inevitabilidade.” Fernando de Sousa, da Universidade do Porto e presidente do CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade -, não tem dúvidas de que o Processo de Bolonha “é o melhor caminho” a seguir pelas instituições de ensino superior que, até 2009/2010, têm que aderir ao projecto europeu de ensino superior readaptando os seus cursos às regras de Bolonha.

Isto mesmo está a fazer a Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG) cujo Concelho Científico “aprovou os planos de estudo dos vários cursos para o modelo de Bolonha”, explica Joaquim Brigas, director da ESEG, na sequência de uma conferência realizada na instituição, no dia 5 de Junho, subordinada ao tema. Numa organização conjunta, entre a ESEG, o CEPESE e a Associação Académica da Guarda (AAG), a dissertação prática, além destes responsáveis, reuniu à mesa de trabalhos especialistas estrangeiros, das universidades de Valladolid e de Salamanca, respectivamente, Celso Almuiña e Esther Martínez Quinteiro.

Em sintonia quanto aos desafios de Bolonha, os intervenientes afloraram as vantagens de aderir ao processo, muito embora deixassem patente que a transição não é tarefa fácil. “Há muito trabalho a desenvolver e não basta estar preparado apenas do ponto de vista formal”, declara o director da ESEG. Joaquim Brigas quer que se faça “um trabalho de base para, com sucesso, corresponder àquilo que o modelo exige”. Preparada para entrar em força em Bolonha, no próximo ano lectivo, a ESEG acredita que o ingresso se fará com o pé direito, mas, até lá, “é preciso redobrar esforços”. Haverá “mais formação com entidades credenciadas no sentido de apoiarem a implementação de Bolonha na ESEG”, promete Joaquim Brigas confiante numa “resposta responsável” das classes docente e discente, já que o que lhes é pedido nesta transição é “um maior empenho e mais trabalho”. Nada que impeça a direcção da ESEG de acreditar que Bolonha “trará um ensino de maior qualidade” e com uma ligação ao meio envolvente “redobrada”, de resto “um campo em que a ESEG já há muito vem trabalhando de forma consistente”.

Enquanto, do lado espanhol, Celso Almuiña explanou os prós e contras de Bolonha, para Esther Quinteiro o processo só trás vantagens ao ensino superior, com os alunos a “passarem do papel passivo ao activo”. Seja como for, Bolonha não é uma opção; é, antes, uma obrigatoriedade inevitável. E para quem já está neste modelo há um ano, caso da Universidade do Porto, considera que “quanto mais depressa se entrar nele melhor”, alega Fernando de Sousa, certo de que a ESEG “reúne todas as condições físicas e humanas e um corpo docente de qualidade” para chegar a Bolonha sem dificuldades.

Dando mais importância aos aspectos positivos do Processo de Bolonha, ainda assim Rodrigo Gonçalves, presidente da AAG, levantou algumas dúvidas, nomeadamente quanto às questões do financiamento e da semi-privatização do ensino superior. Não obstante reconhece que “é uma realidade à qual temos que nos adaptar”. Aluno do 5º ano do curso de Comunicação e Relações Públicas na ESEG, o dirigente associativo considera que a Escola onde é finalista está preparada para a transição porque “tem todo o potencial para entrar em Bolonha”. Como “não se trata de uma aquisição de conhecimentos mas sim de uma atribuição de competências” a ESEG “tem todas essas ferramentas para que os seus alunos ingressarem no mercado de trabalho com sucesso e dignifiquem a Escola”, conclui o dirigente associativo.

Recorde-se que o Processo de Bolonha é um compromisso assumido em 1999 pelos países europeus, que visa harmonizar, até 2010, os graus e diplomas atribuídos, para facilitar as equivalências de cursos nas universidades dos 45 estados subscritores e aumentar a possibilidade de os jovens conseguirem emprego em todo o espaço europeu.

 


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