NOVO MESTRADO NA GUARDA
ESEG pioneira

A Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG)
acaba de abrir a quarta pós-graduação e mestrado na área das Ciências
Sociais. "Educação Sexual na Escola e na Comunidade" é uma área
inexistente na região e que aumenta em 27 formandos o leque de alunos em
formações avançadas que a ESEG está a disponibilizar para a região,
desde Fevereiro deste ano. A abertura da nova formação eleva para cerca
de duas centenas o número de profissionais que frequentam as referidas
ofertas. Um pioneirismo consagrado pela ESEG para a região. O curso de
mestrado avança em conjunto com o Instituto Superior de Serviço Social
de Lisboa - Universidade Lusíada.
No decurso da terceira edição de formações avançadas nesta Superior de
Educação, cujo início teve lugar no passado dia 9 de Fevereiro, a ESEG
trouxe para a Guarda um leque de formações que só era acessível nos
grandes centros. Atraindo, numa primeira fase, mais de uma centena e
meia de profissionais, a instituição está a ministrar, em parceria com a
Universidade Lusíada pós-graduações em "Gerontologia Social", com duas
turmas, "Administração Social", "Intervenção em Crianças e Jovens em
Risco" e, a mais recente, "Educação Sexual na Escola e na Comunidade".
Entretanto, arrancará mais tarde outra pós-graduação em "Empreendorismo
Social".
Na cerimónia de abertura da nova pós-graduação e mestrado Maria do
Rosário Serafim, representante do Instituto Superior de Serviço Social
de Lisboa, salientou que a cooperação entre as instituições "é
importante não só para dignificar o ensino mas também para o tornar mais
operacional e eficaz". Desejou, ainda, que a nova formação avançada
"possa ser um valor acrescentado no sentido da melhoria dos indicadores
sociais, económicos e de qualidade de vida que a região merece e para os
quais a ESEG tem dado um forte contributo".
Da parte da direcção da ESEG, o responsável máximo, Joaquim Brigas,
reiterou : "Não podemos, nem devemos, ter complexos de interioridade" e,
portanto, "procuramos, desta forma, contribuir para o desenvolvimento da
região e para a afirmação do Instituto Politécnico da Guarda [Escola
Superior de Educação da Guarda] como instituição formadora que responde,
com as suas valências, às necessidades da região em que se insere".
Ressalvando o facto de "não haver condições para oferecer tudo de forma
autónoma", Joaquim Brigas determinou que a ESEG "procurará sempre
encontrar parceiras de prestígio e credíveis para colocar ao dispor da
Guarda a formação avançada de que a região necessita".
A direcção do Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa já garantiu
a vinda, para a ESEG, de um doutoramento e uma licenciatura na mesma
área. Determinação que a autarquia da Guarda vê com bons olhos, como
realçou, Lurdes Saavedra, vereadora da autarquia. Saavedra enalteceu a
"importância destas parcerias para o desenvolvimento sustentado da
região e do Instituto Politécnico da Guarda" ao mesmo tempo que aplaudiu
e presenteou a ESEG "por estar numa fase avançada face ao tipo de oferta
em formação, não se limitando à formação de base". Em conclusão a
autarca desafiou Joaquim Brigas, exortando: "depois destas
pós-graduações e mestrados queremos mais". E se tudo correr como o
previsto a ESEG não dará tréguas àquilo que considera serem "factores
emergentes para o engrandecimento e desenvolvimento sustentado da
Guarda", sustenta Joaquim Brigas.
Há mesmo quem considere que a "ESEG tem tido um papel determinante" no
que diz respeito à abrangência das suas competências. Quem pensa assim é
o próprio coordenador científico da nova pós-graduação, Duarte Vilar,
simultaneamente director da Associação Para o Planeamento da Família,
entidade parceira da ESEG e do Instituto Superior de Serviço Social de
Lisboa na pós-graduação em "Educação Sexual na Escola e na Comunidade".
Aquele responsável regista com agrado que "é a primeira vez, em
Portugal, que uma formação deste género acontece em contexto de uma
Escola Superior de Educação". É que, até à data, sublinha Duarte Vilar
"não havia nenhuma formação com este formato ao nível do ensino superior
e politécnico".
Tratando-se de um tema holístico, a "Educação Sexual na Escola e na
Comunidade", em formato de pós-graduação e mestrado, vai contemplar um
corpo docente diversificado, destacando-se Félix Lopez, o primeiro
catedrático em sexologia em Espanha que se encontra entre os
especialistas mais nomeados, na área, a nível mundial.
ENSINO À DISTÂNCIA COMO
SUPORTE DO PRESENCIAL
Moodle avança em Beja
A plataforma de ensino à distância
moodle é utilizada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG)
desde Abril de 2006, contando actualmente com mais de 1100 inscritos, de
entre os quais 52 são professores e os restantes alunos. O sistema,
localizado em
http://kirk.estig.ipbeja.pt/e-estig , tem registadas cerca de 150
páginas de unidades curriculares.
No presente ano, o sistema apoia alunos e professores de mais de 40
unidades curriculares, dos cursos de licenciatura e bacharelato da
Escola. Também as páginas do Conselho Pedagógico, Comissões de Estágio e
Coordenações de Curso estão disponíveis no sistema, permitindo que os
alunos tenham um fácil acesso à informação e às notícias relevantes para
os seus estudos.
Recorde-se que a ESTIG tem uma longa tradição na utilização da Internet
como suporte ao funcionamento de unidades curriculares. De facto, desde
a sua entrada em funcionamento, em 1996, vários dos seus professores têm
consistentemente disponibilizado informação e interagido com os seus
alunos através de páginas, correio electrónico, blogs, messenger, skype
ou outras aplicações semelhantes.
A instalação do moodle veio permitir uma utilização mais generalizada da
Internet no suporte ao ensino e aprendizagem. Segundo, João Paulo
Barros, que com o apoio do Serviço de Informática, administra o sistema,
este tem vindo rapidamente a ganhar adeptos entre alunos e professores.
Para tal, têm contribuído a realização de algumas sessões de
apresentação no início de cada semestre lectivo. Estas sessões,
realizadas em conjunto com Isabel Sofia Brito, e a facilidade de
utilização do mesmo levaram a que vários professores sintam já a
necessidade de módulos avançados de formação que estão previstos para o
presente semestre.
O Sistema é especialmente útil para os alunos dos cursos em horário
pós-laboral e nocturno que assim podem muito mais facilmente manter-se
informados sobre as unidades curriculares que se encontram a realizar.
Em particular, o sistema permite e facilita a partilha de informação, a
resolução de dúvidas em fóruns de discussão, a entrega de trabalhos e o
acesso a questionários e a exercícios propostos por um ou mais
professores.
Presentemente estão a ser realizadas parcerias Técnico-Científicas com
entidades da comunidade envolvente, nomeadamente o Centro Operativo e de
Tecnologia de Regadio
http://kirk.estig.ipbeja.pt/cotr .
Tal permitirá a leccionação de cursos
de formação através da referida plataforma. Esta surgirá como um
elemento catalizador da aquisição de conhecimentos, independentemente do
local, hora ou disponibilidade do formador.
A sempre crescente adopção do sistema permite que os responsáveis se
encontrem francamente optimistas quanto à quantidade e qualidade dos
conteúdos e dos tipos de comunicação e interacção aluno-docente que o
sistema permite e facilita.
ENGENHARIA MECÂNICA
Prémio para Tomar

Os alunos do curso de Engenharia Mecânica
da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes obtiveram o 1º Lugar no
Concurso Internacional Educacional da Solidworks com o desenho do Barco
Galeass.
Outros trabalhos de alunos do curso de Engenharia Mecânica da ESTA
foram, igualmente, premiados em anos anteriores: em 2002, o desenho de
uma Pistola de Pintura e o Kit de Manutenção ficou classificado em 3º
lugar; e, nesse mesmo ano, a ESTA obteve uma Menção Honrosa pelo desenho
de um Quarto com Mobílias e Flores.
De acordo com os responsáveis da escola, o resultado da participação dos
alunos neste Concurso Internacional comprova a forte formação prática e
experimental ministrada no curso de Engenharia Mecânica da ESTA,
nomeadamente na concepção, produção e fabrico assistido por computador
utilizando o Solidworks.
INSTITUTO POLITÉCNICO DE
SANTARÉM
Aniversário com
optimismo

O Instituto Politécnico de Santarém acaba
de assinalar mais um aniversário. Maria de Lurdes Asseiro, presidente da
instituição, aproveitou a ocasião para fazer um balanço da história do
Politécnico, mas também para indicar os caminhos a seguir. A interacção
com a comunidade envolvente e entre instituições de ensino é um dos
trajectos apontados.
No seu discurso, Maria de Lurdes Asseiro, recordou que, face aos novos
desafios, "hoje não é mais admissível deixar de olhar "para dentro",
para o desempenho face à sua missão e objectivos de médio e longo prazo,
sendo igualmente imprescindível o olhar "para fora" procurando
referências de sucesso e parcerias fortes com tecido empresarial e
organizações de âmbito nacional e internacional.
Maria de Lurdes Asseiro diz que "a competição instalou-se
irreversivelmente e com ela a competitividade passou a assumir-se como
princípio da acção, provocando nas organizações e na sociedade em geral,
a aquisição de competências resultantes dos novos padrões de
referência". Por isso, "ao nos situarmos no sub-sistema do ensino
politécnico, encarando-o como gerador de conhecimentos, capacidades e
competências, um dos desafios que se coloca, será a criação do novo
paradigma da competitividade, constituindo-se a inovação uma ferramenta
essencial e a necessidade de evoluir para uma economia orientada para o
conhecimento, um pressuposto básico".
Nesse sentido, e segundo a presidente do Politécnico de Santarém, "as
instituições de ensino superior, devem conferir uma resposta consistente
com a sua responsabilidade pública e social ao desenvolvimento de
orientações inovadoras face a mudanças do meio envolvente".
ENVOLVÊNCIA. A interacção entre
os diversos agentes é uma aposta a seguir, a qual "constitui por si só
um processo de aprendizagem, com impacto potencial na competitividade,
na inovação, nos processos, nas práticas organizacionais e na afirmação
e preservação da identidade regional". Uma aposta que poderá "conduzir
igualmente à definição de objectivos estratégicos e à implementação de
uma cultura vocacionada para a melhoria contínua".
Por isso, Maria de Lurdes Asseiro, lembra que "o Caminho a seguir ou
seja as acções a desenvolver como agente propulsor do desenvolvimento e
da competitividade regional, podem ser delineadas a partir da análise
interna e externa, das boas práticas e das estratégias adoptadas o que
permitirá identificar as áreas prioritárias em que há necessidade de
implementar acções ou melhorar a actuação concreta da instituição com os
diferentes parceiros empresariais e institucionais no meio envolvente.
Uma das áreas prioritárias será a cooperação com outros parceiros
públicos e privados da região, visando a transferência do conhecimento e
de recursos técnicos, o que poderá assumir especial relevância na
situação concreta do nosso Instituto".
FUTURO. A presidente do
Politécnico de Santarém considera que há vários pressupostos para que a
implementação de Bolonha seja um sucesso no país. "Ao encarar o processo
de Bolonha como uma oportunidade, para renovar todo o sistema de ensino
superior, permite-nos configurar estratégias, condizentes com as
competências e missão institucional, dando expressão à sua diferença e
identidade, tendo em conta: o mundo global em que nos situamos; o
decréscimo dos públicos tradicionais; a necessidade de reconhecimento de
novos públicos; a responsabilidade que nos cabe na criação de valor na
região em que nos inserimos; o relevo da participação em redes de
cooperação; e o reforço/desenvolvimento do paradigma de aprendizagem ao
longo da vida".
Além das ofertas formativas iniciais, para as quais se espera um aumento
de 20% das vagas, Lurdes Asseiro, falou ainda no "incremento de cursos
de especialização tecnológica em áreas bem delimitadas e correspondentes
a necessidades de qualificação identificadas, e no início, já no próximo
ano, dos 2ºs ciclos (mestrados de perfil profissionalizante, num total
de dez, o seu início poderá constituir-se como um marco importante na
vida das Escolas).
A CAMINHO DA TRANSIÇÃO
ESEG entra com o pé
direito em Bolonha

“Bolonha sim, claro! É uma
inevitabilidade.” Fernando de Sousa, da Universidade do Porto e
presidente do CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e
Sociedade -, não tem dúvidas de que o Processo de Bolonha “é o melhor
caminho” a seguir pelas instituições de ensino superior que, até
2009/2010, têm que aderir ao projecto europeu de ensino superior
readaptando os seus cursos às regras de Bolonha.
Isto mesmo está a fazer a Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG)
cujo Concelho Científico “aprovou os planos de estudo dos vários cursos
para o modelo de Bolonha”, explica Joaquim Brigas, director da ESEG, na
sequência de uma conferência realizada na instituição, no dia 5 de
Junho, subordinada ao tema. Numa organização conjunta, entre a ESEG, o
CEPESE e a Associação Académica da Guarda (AAG), a dissertação prática,
além destes responsáveis, reuniu à mesa de trabalhos especialistas
estrangeiros, das universidades de Valladolid e de Salamanca,
respectivamente, Celso Almuiña e Esther Martínez Quinteiro.
Em sintonia quanto aos desafios de Bolonha, os intervenientes afloraram
as vantagens de aderir ao processo, muito embora deixassem patente que a
transição não é tarefa fácil. “Há muito trabalho a desenvolver e não
basta estar preparado apenas do ponto de vista formal”, declara o
director da ESEG. Joaquim Brigas quer que se faça “um trabalho de base
para, com sucesso, corresponder àquilo que o modelo exige”. Preparada
para entrar em força em Bolonha, no próximo ano lectivo, a ESEG acredita
que o ingresso se fará com o pé direito, mas, até lá, “é preciso
redobrar esforços”. Haverá “mais formação com entidades credenciadas no
sentido de apoiarem a implementação de Bolonha na ESEG”, promete Joaquim
Brigas confiante numa “resposta responsável” das classes docente e
discente, já que o que lhes é pedido nesta transição é “um maior empenho
e mais trabalho”. Nada que impeça a direcção da ESEG de acreditar que
Bolonha “trará um ensino de maior qualidade” e com uma ligação ao meio
envolvente “redobrada”, de resto “um campo em que a ESEG já há muito vem
trabalhando de forma consistente”.
Enquanto, do lado espanhol, Celso Almuiña explanou os prós e contras de
Bolonha, para Esther Quinteiro o processo só trás vantagens ao ensino
superior, com os alunos a “passarem do papel passivo ao activo”. Seja
como for, Bolonha não é uma opção; é, antes, uma obrigatoriedade
inevitável. E para quem já está neste modelo há um ano, caso da
Universidade do Porto, considera que “quanto mais depressa se entrar
nele melhor”, alega Fernando de Sousa, certo de que a ESEG “reúne todas
as condições físicas e humanas e um corpo docente de qualidade” para
chegar a Bolonha sem dificuldades.
Dando mais importância aos aspectos positivos do Processo de Bolonha,
ainda assim Rodrigo Gonçalves, presidente da AAG, levantou algumas
dúvidas, nomeadamente quanto às questões do financiamento e da
semi-privatização do ensino superior. Não obstante reconhece que “é uma
realidade à qual temos que nos adaptar”. Aluno do 5º ano do curso de
Comunicação e Relações Públicas na ESEG, o dirigente associativo
considera que a Escola onde é finalista está preparada para a transição
porque “tem todo o potencial para entrar em Bolonha”. Como “não se trata
de uma aquisição de conhecimentos mas sim de uma atribuição de
competências” a ESEG “tem todas essas ferramentas para que os seus
alunos ingressarem no mercado de trabalho com sucesso e dignifiquem a
Escola”, conclui o dirigente associativo.
Recorde-se que o Processo de Bolonha é um compromisso assumido em 1999
pelos países europeus, que visa harmonizar, até 2010, os graus e
diplomas atribuídos, para facilitar as equivalências de cursos nas
universidades dos 45 estados subscritores e aumentar a possibilidade de
os jovens conseguirem emprego em todo o espaço europeu.
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