FINGERTIPS EM ENTREVISTA
De Portugal para o
Mundo

Os Fingertips foram a banda escolhida
para fazerem a 1ª parte do concerto de George Michael. O espectáculo
surge depois da banda já ter realizado a primeira parte dos espectáculos
de Nelly Furtado, The Corrs e Queen. Com dois álbuns editados, o grupo
português continua a aumentar os seus fãs e é já uma referência na
música produzida em Portugal.
A entrevista, da banda formada por Zé (voz), Rui Saraiva (baixo),
Domingos Alves (pianista), Alexis Dias (guitarra) e Jorge Oliveira
(baterista) que começou em 2003, aqui fica, numa altura em que os
Fingertips procuram a internacionalização do grupo.
O vosso segundo trabalho, Catharsis
é já uma referência no panorama musical português. Quando foi lançado,
há cerca de um ano, o público respondeu positivamente?
A reacção foi a melhor possível. Os espectáculos integram as músicas
deste segundo álbum, o qual é mais maduro, e as pessoas tem reagido
muito bem. Pensamos que a aposta foi a correcta. O facto de termos, logo
quando o single foi lançado, a nossa música nos primeiros lugares das
mais tocadas nas rádios nacionais foi óptimo. Toda a gente que
sintonizava as rádios conseguia ouvir a nossa música.
Em termos de sonoridade quais as
diferenças entre o primeiro e o segundo álbum?
Há um amadurecimento natural da nossa música. Este segundo trabalho
surgiu três anos e mais de 150 concertos depois do primeiro. Isso
influenciou a maneira da banda fazer e apresentar a sua música. Enquanto
que no primeiro disco a tecnologia era à base das músicas e parte
orgânica surgia depois, neste o processo é o inverso e qualquer uma das
faixas pode ser tocada apenas com instrumentos acústicos.
Para quem ainda não ouviu o segundo
trabalho, o que é que as pessoas podem ouvir?
Nós falamos de sentimentos, a nossa ideia não passa por transmitir
outros aspectos mais complicados. Este álbum é uma viagem a todos os
estados de espírito de todos sofremos ao longo das nossas vidas. Há uma
música que fala da morte de alguém que nos é próximo. Há outra, o I Can,
que fala dos sonhos que todos temos, ou ainda, por exemplo, uma outra
dirigida aos mais jovens, que são eles que no futuro terão que levar o
país para a frente.
Enquanto no primeiro álbum nós éramos um pouco melancólicos, neste
embora o sejamos também, fazê-mo-lo de uma forma mais realista,
abordando o problema e indicando o caminho para o resolver.
O vosso site na Internet tem uma
área privilegiada para os fãs. Há inclusivamente um espaço para
conversar...
O nosso site apresenta todos os aspectos relacionados com a banda,
existindo também uma ligação directa ao clube de fãs, os quais tem
acesso a informação privilegiada, a músicas ainda não editadas e a todo
um manancial de produtos multimédia. Há também um espaço onde é possível
manter conversas com os fãs. Sempre que um concerto se aproxima nós
"damos" lá um saltinho para ver as expectativas dos nossos fãs. De
resto, o nome do segundo disco foi sugerido por um fã.
Costumam recolher opinião sobre as
músicas?
Claro que sim, nós temos um espaço onde também colocamos questões aos
nossos fãs, sobre quais as músicas que mais gostaram, como é que avaliam
os nossos concertos, etc.
Os Fingertips já efectuaram várias
primeiras partes de concertos de músicos e bandas de renome
internacional. Há algum plano para internacionalizarem a banda?
Claro que sim. Mais que um sonho, é um objectivo!
Há vários temas vossos a serem
utilizados em anúncios publicitários. Isso é agradável?
É um óptimo meio de divulgação da música dos portugueses. É uma forma de
chegarmos a todo o tipo de público. De resto, a televisão tem dado um
forte apoio ao Fingetips.
Qual é a visão que têm do panorama
musical português?
Isso depende do público a que as músicas são dirigidas. Tudo tem valor
desde que resulte bem. Cada músico tem um objectivo e um determinado
tipo de target, e quando isso é conseguido, é porque se está a trabalhar
bem e agradar os fãs.
Um mensagem para os leitores do Ensino Magazine e da Rádio
Condestável...
Que sejam felizes e se, possível, a ouvirem Fingertips.
Hugo Rafael
Rádio Condestável
Programa Clube do Som
De 2ª a 6ª Feira das 17 às 20 Horas www.radiocondestavel.pt
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