Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº107    Janeiro 2007

Universidade

UBI

Cursos para população activa

O Gabinete de Apoio a Projectos de Investigação (GAAPI), sediado nas instalações da Universidade da Beira Interior, já recebeu a aprovação para o Projecto de Formação em TIC, o qual inclui 13 cursos nas áreas da informática e tecnologias da informação. A iniciativa é dirigida à população activa e limitada a 12 formandos por cada acção de formação. Os cursos são gratuitos e vão funcionar este ano em horário pós-laboral. Pretende-se que terminem até final de 2007, podendo no entanto prolongar-se até ao início do próximo ano.

O primeiro curso, Access I (nível básico), está previsto arrancar já a 5 de Fevereiro. Os formandos recebem ainda uma bolsa que serve como “um incentivo para estarem em formação”. A análise de dados com o STATA é outro dos cursos a ministrar nas instalações da Universidade da Beira Interior. Dina Pereira, responsável do GAAPI, diz que o STATA é um programa muito utilizado, mas frisa que “há grandes lacunas de formação na nossa região”.

Os cursos decorrem na UBI e em princípio serão leccionados no novo Centro de Formação e Interacção UBI Empresas, que se localiza junto ao pólo de Engenharias. “Vamos quase inaugurar o novo centro de formação com esta nova área de formação”, diz Dina Pereira. As aulas serão maioritariamente leccionadas por docentes da instituição. “São docentes que costumam colaborar connosco em actividades prévias” e até mesmo em formações internas. 

A responsável do GAAPI anuncia ainda que outra das novidades para este gabinete é ter sido aprovada a candidatura a duas pós-graduações. Uma em Termalismo e a outra em Marketing de Produtos Turísticos e Eventos Desportivos. Ambas as acções são também dirigidas a públicos activos. Prevê-se que comecem a partir de Março.

Cátia Felício

 

 

 

REITOR DA UBI AVISA

Superior debaixo de fogo

“O financiamento por aluno em Portugal é o mais baixo da comunidade europeia”. É com estas palavras que Manuel Santos Silva, reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), traça o cenário do ensino superior português. “O que é que nós queremos da Universidade da Beira Interior para o futuro?”. A 2 de Janeiro, após a tomada de posse dos membros do Senado, da Assembleia e dos diferentes Conselhos Directivos, Santos Silva mostrou-se confiante em ultrapassar dificuldades.

“O Ensino Superior está debaixo de fogo, como todos sabem, e alguma coisa vai acontecer de certeza absoluta”. E acrescenta: “Nós, como universidade (…) já passámos períodos críticos. Estamos a atravessar outro. Mas como já o fizemos antes, estou convencido com a ajuda e participação de todos iremos ultrapassar este período complexo que estamos a atravessar”, afirma.

Os membros do Senado entram em funções já este mês. O reitor da UBI garante que a Assembleia eleita vai reunir-se “de certeza absoluta”. E aponta dois motivos: 2007 é o ano de eleições para reitor e “tudo indica que haverá alteração da lei da autonomia”. Defende também que as universidades e institutos politécnicos precisam de instituições de controlo. “Alguém tem de regular, porque a universidade é um bem público”.

Para a UBI, o reitor diz que há que aumentar a produção científica, uma vez que já há muitos doutorados na instituição. “Durante estes 20 anos andámos a tentar qualificar o corpo docente”. Garantindo que “a universidade tem um corpo docente de qualidade”, adianta que a instituição pode albergar muito mais alunos e recupera-los nas áreas das ciências exactas e das engenharias. “Todos em conjunto iremos ultrapassar este desafio”, garante.

Sobre o processo de adequação dos cursos a Bolonha, alerta para “alguns cursos necessitam agora, com mais calma, de sofrer algumas alterações”. Esclarece ainda que ter mais ou menos alunos a entrar na universidade depende também dos graus de ensino que precedem o ensino superior.

PLANO. Além de ser altura para aprovar o plano de actividades para 2007, Santos Silva, reitor da Universidade da Beira Interior, relembra que o Senado aprovou, em 2001, um documento chamado Plano de Desenvolvimento Global da Universidade da Beira Interior 2002-2006.

Santos Silva diz que “temos vindo cumpri-lo minimamente, mas estamos a fechar também o ciclo”. Tendo já acabado o ano de 2006, adianta que “no que diz respeito aos cursos, para além de aprovar os planos de desenvolvimento, há que aprovar projectos orçamentais e aprovar a criação, suspensão e extensão de cursos”. O reitor realça que há a necessidade de aprovar alguns cursos, até porque 31 de Janeiro é o prazo para serem enviados para a Direcção-geral do Ensino Superior.

Referindo que “a nossa lei da autonomia, a nível de texto, é provavelmente a melhor a nível mundial”, afirma que, “tudo indica que a lei da autonomia venha a ser alterada”. Mesmo que não sofra mudanças, Santos Silva garante que dentro da própria instituição será feita um ajuste dos estatutos. “Estamos a aguardar que haja uma nova lei da autonomia. De qualquer forma, se não se concretizar a alteração da lei da autonomia, os estatutos que temos necessitam de pequenos ajustes, mesmo tendo em consideração a lei que nos rege neste momento”. E adianta que “ se a opção da Assembleia da República for não mexer significativamente na lei da autonomia, nós próprios teremos que ter essa iniciativa e ajustar um pouco os estatutos à realidade que é agora a instituição”. Anunciou ainda que tenciona, a curto prazo, apresentar “algumas linhas” ao Senado para discussão
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CONCURSO DE PONTES DE ESPARGUETE

Recorde continua igual

A sexta edição do concurso “Pontes de Esparguete” na UBI contou com 24 projectos, mas nenhum deles conseguiu ultrapassar o recorde de resistência, fixado em 45,8 quilogramas que agora pertence também ao vencedor da edição deste ano.

O anfiteatro 8.1. do Edifício das Engenharias voltou a encher-se de alunos e docentes que foram assistindo à “destruição” das pontes. E se as primeiras estruturas cederam logo após a colocação de algum peso, as restantes conseguiram “dar luta”. O público começou a ganhar motivação logo após uma das estruturas a concurso ter superado a marca de 12 quilos. Com grande parte das pontes a concurso a conseguirem suportar mais de dez quilos, a plateia foi apoiando os concorrentes, mas o melhor estava reservado quase para o final. Com o recorde da prova a pertencer a Luís Enes, aluno de Engenharia Electrotécnica, que no ano passado construiu uma ponte capaz de suportar 45 quilos e 800 gramas, as marcas atingidas até meio do concurso deste ano estavam longe de chegar a esta fasquia.

Mas Marco Canário, aluno de Engenharia Electromecânica, saiu do meio da plateia do 8.1. para deitar por terra o feito de Luís Enes. Este aluno do quarto ano levou “um dia e uma noite” a unir, com cola, barras de 50 milímetros de comprimento de esparguete comercial. Tempo suficiente para construir uma ponte de 350 gramas de peso que seria destruída em menos de cinco minutos. Ainda assim, a estrutura idealizada por este aluno da UBI conseguiu igualar a marca dos 45,8 quilogramas. Depois de um começo rápido, onde a marca dos 20 quilos foi atingida sem qualquer dificuldade, a estrutura de Marco Canário começou a ganhar a atenção das várias dezenas de espectadores.

Com quarenta quilos de peso colocados no balde suportado por esta ponte, parecia já surgir um novo recorde. Mas não, quando a balança electrónica que mede o peso colocado sob as pontes marcava 45,8 quilogramas, a estrutura concebida por Marco Canário cedeu. Mesmo assim, “esta foi a prova de que se pode sempre melhorar”, adianta o autor da ponte vencedora da sexta edição deste concurso. Um concorrente que não é novo por estas andanças. O aluno de Engenharia Electromecânica tinha já concorrido nas duas edições anteriores. O melhor resultado foi atingido no ano passado com uma ponte que suportou perto de 20 quilos. Este ano, “um pouco mais de estudo, sobretudo isso, levou a estrutura a esta marca”, sublinha o vencedor. Para casa, Marco Canário leva um cheque de 150 euros e “uma grande vontade de estar no próximo ano a discutir um novo recorde”.

Outro dos vencedores de concurso de Pontes de Esparguete é António Coelho, aluno do terceiro ano de Arquitectura. António conseguiu o primeiro lugar na categoria de “Estética”. De entre as 14 estruturas a concurso, nesta área, a ponte concebida pelo aluno de Arquitectura foi a que mais impressionou o júri da prova.

Apaixonado confesso de pontes e “em certa medida, da Engenharia”, António Coelho decidiu participar, pela primeira vez, neste evento. Depois de colocar as suas ideias no computador, começou a dar forma à ponte “através de um programa informático específico para desenhar construções”. Depois seguiram-se as longas horas passadas a construir o modelo “e a respeitar as muitas regras que estão definidas no regulamento da prova”. O aluno de Arquitectura confessa mesmo que “algumas regras são muito difíceis de cumprir”, mas ainda assim, louva a ideia.

Eduardo Alves

 

 

 

UBI

TUBI emite há uma década

A Televisão da Universidade da Beira Interior (TUBI) celebra este ano o seu décimo aniversário e quer disponibilizar mais conteúdos regionais na Internet e fundir-se com o jornal universitário, disse à Lusa o coordenador do projecto.

Ao longo de uma década, o canal sedeado na Covilhã já soma mais de mil horas de vídeos em arquivo.

O coordenador da TUBI, João Canavilhas, pretende agora tornar acessíveis ao público “cerca de 300 horas, entre novas peças, reportagens de actualidade e arquivos que ainda faça sentido disponibilizar on-line”.

Os trabalhos da TUBI são produzidos por alunos da Universidade da Beira Interior.

“A televisão está aberta a todos os alunos, que recebem uma formação inicial de captação e edição de imagem”, explica.

Já os alunos de comunicação têm disciplinas específicas que decorrem nos estúdios da TUBI.

Além de pretender disponibilizar mais conteúdos na Internet, a TUBI está também a estudar a fusão com o jornal on-line da Universidade, o Urbi@Orbi (www.urbi.ubi.pt).

O Urbi@Orbi foi remodelado em 2006, passando a incluir nas palavras dos textos do jornal hiperligações para som (podcast), clips de video e infografias animadas.

Para além de ser emitida num circuito interno com dezenas de televisores nos locais mais movimentados do estabelecimento de ensino, a TUBI está disponível em permanência desde 2003 na Internet, em www.tubi.ubi.pt.

Reportagens sobre a passagem de ano, a gastronomia da região nesta quadra e os desportos de Inverno na Serra da Estrela, são alguns dos trabalhos que estão a ser emitidos.

A primeira emissão da Televisão da Universidade da Beira Interior foi para o ar a 19 de Outubro de 1997.

No futuro, João Canavilhas acredita que “a introdução da Televisão Digital Terrestre (TDT) vai abrir portas à criação de canais regionais e a Beira Interior não será excepção”.
“Não se pode é pensar que vai haver um canal para cada cidade”, destaca.
“Numa região com as características da nossa, só juntando vários organismos se poderá ter uma emissão de televisão regional”, refere, acreditando que a TUBI reúne condições para vir a trabalhar com o primeiro grupo que avançar com uma televisão regional.

“As três instituições de ensino superior da região (politécnicos da Guarda e Castelo Branco e universidade da Covilhã) são um conjunto com conhecimentos e potencial nesta área, a que se podem juntar algumas empresas”, conclui
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LFO (lusa)

 

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