INSTITUTO POLITÉCNICO DE
TOMAR
Sucesso pela
diferença

O Instituto Politécnico de Tomar tem o processo de adaptação a Bolonha praticamente concluído. Quem o garante é o presidente da instituição, Pires da Silva. Em entrevista ao Ensino Magazine aquele responsável volta a reafirmar a intenção de abrir uma nova escola superior em Torres Novas, e garante que a instituição que lidera vai continuar a apostar em ofertas inovadoras. De caminho avança com a procura de novos públicos e fala do centro de incubação de ideias.
O processo de Bolonha é visto como uma oportunidade para as instituições de ensino superior. O Instituto Politécnico de Tomar segue na linha da frente nesta matéria?
No que respeita aos primeiros ciclos de formação, as adaptações estão praticamente feitas. Já para o segundo ciclo, foram feitos vários pedidos ao Ministério. A nossa ideia passa por avançarmos sozinhos nalgumas áreas. O que significa que não venhamos também a adoptar por um trabalho em rede com outras instituições.
Neste ano lectivo entraram os alunos previstos para o Politécnico de Tomar?
Entraram mais do que o expectável. É certo que houve, nesse número, um aumento devido aos alunos que ingressaram na instituição através do programa > 23 anos. De qualquer modo, também se registou uma diminuição no número de alunos oriundos dos Palop, sobretudo de Cabo Verde, já que não houve autorização do Ministério para que esses alunos viessem. Ainda assim, o balanço é muito positivo.
O programa > 23 anos acaba por ser um balão de oxigénio para muitas instituições, o qual não vai durar sempre...
Essa aposta vai resultar durante mais dois anos, depois esse público esgota-se. Estou convencido que todas as instituições, fruto da diminuição do número de alunos devido ao encurtamento do 1º ciclo, temos que fazer uma captação de mais alunos junto do secundário. Há muitos jovens que concluem o ensino secundário e que não seguem para o ensino superior.
No ano passado referiu que o Politécnico de Tomar poderia crescer até aos 4500 alunos. Essa meta mantém-se?
Não. Dadas as circunstâncias actuais, o Politécnico deverá crescer até aos 3500 alunos.
A procura de novos públicos é um aposta. Onde é que eles se podem ir buscar?
Junto do ensino secundário, através de uma maior divulgação, promovendo cursos de especialização tecnológica, os quais temos vindo a desenvolver, e pós graduações. Em todo este processo é importante fazer uma divulgação intensiva junto desses públicos. Neste momento temos desenvolvido diversos cursos de especialização, quer em Tomar, e Torres Novas, quer em Abrantes.
Este ano chegou a anunciar a abertura de uma nova escola em Torres Novas. Esse é um projecto que se mantém?
Neste momento, e dado que não há autorização do Ministério para a abertura de novos estabelecimentos, temos a funcionar em Torres Novas um Centro de Estudos, onde já funcionam cursos de especialização tecnológica e pós graduações. Mas continuo empenhado em criar uma nova escola, ou na área da Saúde, o que seria o ideal, ou da gestão. Penso que é um projecto que se deve manter de pé.
Outra das suas apostas passa pela criação de um Centro de Incubação de Ideias. Em que fase é que se encontra esse processo?
O Centro está em fase de instalação. Trata-se de uma estrutura que pretende fomentar o empreendedorismo dos jovens, captando também os investidores jovens que acabam aqui os seus cursos. A aposta no
empreendedorismo é uma realidade no Politécnico de Tomar, o qual participará já no concurso
poliempreende.
No que respeita à reformulação da rede de ensino superior português, como é que ela deve ser feita?
O relatório da OCDE veio apoiar aquilo que sempre pensei. Quando toda a gente falava em fusões e que as grandes instituições é que tinham oportunidades, o relatório da OCDE veio afirmar que a rede está correcta e que todos têm o seu lugar nessa rede. Como é evidente, há determinadas acções como os Centros de Investigação, as pós-graduações ou os segundos ciclos, que podem ser feitos em parcerias entre instituições. Eu nunca tive dúvidas da viabilidade da rede de ensino politécnico. A própria filosofia do relatório faz a distinção entre os dois sub-sistemas de ensino, o que é útil.
Mas no que concerne à oferta formativa, é necessário um maior equilíbrio...
É, sem dúvida. Tem que haver uma revisão de toda a oferta que neste momento é dada. Não faz sentido que instituições localizadas a uma distância de, por exemplo, 60 quilómetros, tenham as mesmas ofertas formativas.
E as instituições estão preparadas para essa revisão?
Não, pois se estivessem já teriam feito o ajustamento. Agora que têm que se preparar para encarar essa situação não há dúvida nenhuma. Caso contrário corre-se o risco de ser a tutela a
impor medidas, o que é sempre mais prejudicial.
O Politécnico de Tomar está rodeado por várias instituições de ensino, como é que consegue obter sucesso na colocação de novos alunos?
Através de uma oferta de ensino de qualidade, e com cursos que são únicos no país. E essa é uma aposta que iremos continuar a fazer.
Estão previstos novos cursos para o próximo ano?
Neste momento ainda não há uma decisão tomada. Está a decorrer um estudo, por uma entidade externa ao IPT, o qual nos permitirá elaborar o plano estratégico até 2013. Só depois é que tomaremos decisões concretas.
ENGENHARIA
ELECTROTÉCNICA
Tomar com Mini
eléctrico

O Instituto Politécnico de Tomar acaba de fazer uma demonstração pública do primeiro TEST-DRIVE de um Veículo Eléctrico com base na carroçaria de um Mini 1000 do ano de 1970, desenvolvido por um grupo de docentes e alunos do Departamento de Engenharia Electrotécnica.
O “mini – eléctrico DEE-IPT”, iniciado em 2004, foi desenvolvido e testado por alunos finalistas do Curso de Engenharia Electrotécnica da Escola Superior de Tecnologia de Tomar, com orientação de Docentes do Departamento. O veículo é alimentado por 6 baterias que fornecem energia a 2 motores eléctricos, chegando a atingir uma velocidade máxima de 40 km/h e uma autonomia de 50 km.
O Projecto surgiu da necessidade que a sociedade enfrenta em encontrar alternativas energéticas face aos combustíveis fósseis. Por isso, os veículos eléctricos têm despertado um elevado interesse nos últimos anos, apontando para um novo tipo de solução para os transportes terrestres, menos poluentes e mais eficazes.
FINANCIAMENTO E CRÉDITO
Tomar faz novos cursos

O Departamento de Gestão de Empresas, da Escola Superior de Gestão de Tomar do Instituto Politécnico de Tomar vai organizar um conjunto de formações de curta duração nas áreas do crédito, contabilidade e financiamento.
Em Março e Abril avança um Curso de Curta Duração em Fontes de Financiamento e Crédito, estruturado para permitir o estudo dos principais instrumentos, técnicas, produtos e métodos de financiamento e crédito que permitam tirar ilações em termos comparativos para obter as informações mais adequadas ao processo de tomada de decisões nas empresas.
Cada participante irá ficar apto a efectuar análises com vista à tomada de decisão nas empresas, no âmbito do financiamento e crédito. Terá ainda formação para decidir tendo por base as respectivas demonstrações financeiras; bem como nos investimentos no âmbito da continuidade da empresa, tendo em conta a perspectiva do risco de crédito e financeiro.
As alternativas de financiamento e de aplicação em termos financeiros; a cobertura do risco, nomeadamente, de taxa de juro e cambial são outras áreas de formação, com o objectivo de gerar alternativas aos processos de investimento em Portugal ou no estrangeiro e aos diversos apoios e fontes de financiamento comunitários que fortaleçam a posição da empresa no mercado nacional, europeu ou mundial.
O curso destina-se a dirigentes ou quadros superiores licenciados e a dirigentes, técnicos ou quadros não licenciados, com um curriculum vitae adequado.
FINANÇAS. O Departamento de Gestão de Empresas, da Escola Superior de Gestão de Tomar (ESGT) vai promover a realização do Curso de Especialização em Finanças e Controlo de Gestão, a decorrer em simultâneo, nas instalações da Escola e do Centro de Estudos Politécnicos de Torres Novas (CEPTON), em regime pós-laboral.
Com início previsto para o mês de Fevereiro, este curso está estruturado em dois módulos, Finanças e Controlo de Gestão. Cada um dos módulos será constituído por seis Sessões e quatro Seminários. Os participantes têm a possibilidade de assistir, de forma gratuita, às Conferências da Semana da Gestão que vai decorrer no mês de Maio de 2007.
Esta Formação está estruturada de forma a que os participantes adquiram os conhecimentos e as competências necessárias para apoiar e avaliar a tomada de decisão nas áreas das finanças empresariais e do controlo de gestão; para analisar e gerir os principais riscos financeiros que afectam a gestão das empresas; para utilizar metodologias e técnicas de análise na área das finanças empresariais, nomeadamente no que respeita à gestão de tesouraria.
O Curso pretende ainda dar apoio à decisão de investimento e às políticas de financiamento e distribuição de dividendos; para analisar o equilíbrio financeiro da empresa, as necessidades e os recursos financeiros. Dota ainda os formandos das competências necessárias para apoiar a concretização da visão estratégica da organização e a execução da estratégia de negócio, utilizando ferramentas de planeamento e de controlo de gestão; para avaliar o desempenho organizacional e a sua consonância com a estratégia.
CONTABILIDADE. O Departamento organiza ainda um Curso de Especialização em Contabilidade e Fiscalidade com opção de Simulação Empresarial, o qual vai já na segunda edição. A formação terá lugar nas instalações da Escola Superior de Gestão de Tomar e no Centro de Estudos Politécnicos de Torres Novas (CEPTON), em regime pós-laboral. O início está previsto para o mês de Fevereiro.
Os objectivos passam por proporcionar aos participantes um conhecimento aprofundado, quer teórico quer prático, das matérias fiscais e de contabilidade financeira e de gestão. Permite ainda, a possibilidade de desenvolver diversas actividades contabilísticas e financeiras em ambiente de Simulação Empresarial, reconhecido pela
CTOC.
Proporciona ainda conhecimentos aprofundados sobre operações contabilísticas de modificações de capital e de fim de exercício; contabilidade de gestão; elaboração dos documentos de prestação de contas; impostos sobre o rendimento (IRS e IRC), sobre a despesa (IVA) e sobre o património (IMI e IMT); articulação entre contabilidade analítica, geral e fiscalidade.
O Curso destina-se a contabilistas, técnicos oficiais de contas e candidatos a técnicos oficiais de contas; administradores de empresas com ou sem formação nas ciências
contabilísticas e fiscais; recém diplomados que procuram a sua credibilidade profissional quer a nível de bacharelato quer de licenciatura; responsáveis pela área da
contabilidade/fiscalidade e relato financeiro; analistas financeiros; colaboradores dos departamentos financeiros, contabilidade e auditoria; controllers e consultores e assessores financeiros e fiscais.
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