EDUCAÇÃO PARA O
EMPREENDEDORISMO
Alentejo valoriza o
conhecimento

O Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo (GAE) do Politécnico de Beja está empenhado em promover o
empreendedorismo nas suas várias formas, tentando incentivar também os alunos do instituto a participar no IVº Concurso Poliempreende, divulgando ao mesmo tempo o Programa
FINICIA.
João Leal, coordenador do GAE, sublinha que “ser empreendedor não se limita a criar empresas ou um posto de trabalho directo, é também criar valor acrescentado para o mercado, é ser inovador, é assumir uma postura mais irreverente perante o que já existe. Sendo efectivamente gerado conhecimento no Politécnico de Beja, o passo seguinte será valorizá-lo”. Para isso, o GAE disponibiliza um conjunto de ferramentas para ajudar os alunos na fase inicial do projecto, principalmente ao nível da identificação das oportunidades de negócio associadas à ideia, elaboração do plano de negócios e eventual encaminhamento para programas de financiamento.
Aquele gabinete procura agora sensibilizar os docentes no sentido de encaminharem os alunos e suas ideias para o GAE, captar a atenção dos alunos para a existência e objectivos do GAE, e envolver as Associações de Estudantes e a restante comunidade educativa. Segundo João Leal, as ideias geradas ao nível da comunidade educativa dificilmente serão identificadas e valorizadas.
O GAE assume como meta de médio prazo a criação no seu seio de uma incubadora de empresas, que disponha de apoio técnico, especializado e permanente, capaz de prestar um acompanhamento personalizado aos projectos na sua fase embrionária e que reúna informação útil a disponibilizar junto da comunidade do IPB.
De referir que a equipa do GAE é constituída por docentes do IPB - João Leal, Maria Basílio e Fernando Teixeira - e recebe os alunos, e todos os que o procuram, às 5.ª Feiras à tarde. Para além de divulgar as iniciativas que existem de apoio a projectos de vocação empresarial, o GAE ajuda o aluno a estruturar as suas ideias estimulando-o a integrar nas suas actividades enquanto estudante práticas e métodos que facilitem a passagem do conhecimento académico/científico para resultados concretos, eventualmente transformáveis em oportunidades de negócio e de criação do próprio emprego.
IPB
Beja cria
reservatório intelectual
O Núcleo de Apoio à Propriedade Intelectual do Instituto Politécnico de Beja acaba de ser criado. A iniciativa pretende reunir o acervo intelectual produzido na instituição, patenteá-lo e
transformá-lo numa potencial mais valia sócio-económica. “Evitar que dezenas de excelentes trabalhos, realizados por docentes e discentes da Instituição, fiquem fechados em gavetas, sem que se tenham estabelecido pontes com a comunidade, com recíprocos prejuízos” é, na opinião de Hugo Lança, coordenador do NAPI, o grande desafio que se coloca à instituição, a qual deve criar mecanismos que permitam transformar esse desafio numa oportunidade de valorização do trabalho produzido e
consequentemente numa vantagem competitiva para o IPB.
O novo Núcleo pretende ainda prestar apoio, essencialmente jurídico-administrativo, ao registo de direitos de propriedade industrial e intelectual, nomeadamente direitos de autor e software.
Integrado no Centro de Estudos e Desenvolvimento Vasco da Gama do IPB e a colaborar em parceria com o Gabinete de Apoio à Promoção da Propriedade Industrial (GAPI) da Universidade do Algarve, este Núcleo tem já previstas algumas áreas de actuação bem definidas. Em primeiro lugar, a formalização do protocolo com o GAPI da Universidade do Algarve e a organização de sessões de informação junto da comunidade académica do Politécnico por forma a sensibilizar os estudantes e docentes, estimulando-os a trabalhar e a desenvolver as suas investigações tendo por base a preocupação da sua aplicação e pertinência económica. Paralelamente, e para que o NAPI faça sentido, é imperioso “escutar os anseios e necessidades da comunidade que o IPB visa servir, procurando que as investigações realizadas na instituição vão de encontro às reais expectativas e necessidades das empresas e instituições regionais”, sublinha Hugo Lança para quem o sucesso deste projecto está intimamente relacionado com o estabelecimento de pontes com as empresas e instituições regionais, com o intuito de tornar possível a passagem para a realidade, ou seja, que os projectos se tornem obras, que tenham aplicação prática.
GUARDA
Cinco novos cursos na
ESTG
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior acaba de aprovar cinco novos Cursos de Especialização Tecnológica (CET) para a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda.
Desenvolvimento de Produtos Multimédia, Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos, Gestão de Vendas, Contabilidade e Gestão Operacional em Logística são os novos cursos, os quais constituem formações pós-secundárias não superior e visam conferir qualificação profissional de nível 4.
Um Curso de Especialização Tecnológica (CET) tem, em média, a duração de um ano lectivo, seguido de um estágio (de três meses) num contexto de trabalho. A este tipo de cursos têm acesso os titulares de um curso de ensino secundário ou de habilitação legalmente equivalente, os alunos que tenham estado inscritos no 12º ano de um curso de ensino secundário, mas não o tenham concluído, os titulares de uma qualificação profissional de nível 3 e pessoas com idade igual ou superior a 23 anos a quem a Escola reconheça competências para ingressarem no CET em questão. Podem ainda
candidatar-se titulares de cursos do ensino superior que pretendam a sua requalificação profissional e os titulares de um diploma de especialização tecnológica que pretendam a sua
requalificação profissional.
ESE DA GUARDA
Cepese é uma mais
valia

A Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG) é a mais recente sócia colectiva do Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade (CEPESE), o que é considerado “um passo gigantesco numa das áreas em que o relatório da OCDE colocou maior enfoque e releva como maior fragilidade do sistema de ensino português” que é, nem mais nem menos, “a produção e investigação científica”, refere Joaquim Brigas, o director da instituição, no momento em que assumiu aquele importante compromisso com vista à consolidação do futuro da instituição.
O Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade é hoje a maior plataforma de investigação do norte do país. Integrar esta estrutura é, segundo o director da ESEG, “uma honra para todos nós”, considerando que a ESEG tem em mãos “mais uma oportunidade de afirmação”. Nomeadamente se se tiver em conta que “os próximos anos serão tempos de grandes amarguras e enormes desafios”, sustenta.
Numa tentativa de contrariar a tendência, o mesmo responsável assinou um convénio com o CEPESE que lhe permite colocar ao dispor do seu corpo docente a possibilidade de integrar a unidade de investigação daquela instituição. Ou seja, a partir de agora, os professores da ESEG são sócios do CEPESE, o que lhes permite integrar projectos de investigação que aquele organismo desenvolve no âmbito das Ciências Sociais e Humanas.
Personificado por Fernando de Sousa, director científico do CEPESE, o novo convénio encaixa na ESEG por se tratar de “uma Escola com créditos firmados e com prestígio nacional e mesmo internacional”, afirma aquele responsável, para quem “este protocolo terá repercussões benéficas para ambas as partes”, sobretudo porque as novas regras do ensino superior apontam para que “os centros de investigação reforcem a sua massa crítica no sentido de afirmarem a sua posição no contexto nacional e internacional”. Deste modo, Fernando de Sousa é peremptório em dizer que “nesta perspectiva, a ESEG dará ao CEPESE um grande contributo”.
Segundo as normas da OCDE, já firmadas em plena Assembleia da República pelo Primeiro-Ministro, os pequenos centros de investigação estão votados à extinção, sendo que a extinção de cerca de 30 a 40 por cento é já ponto assente para José Sócrates. De futuro as unidades de investigação terão que ter 12 a 15 doutorados e, por todas estas razões, Joaquim Brigas não quer perder o comboio do futuro preferindo fazer parte do “pelotão da frente”.
O director da ESEG adivinha “tempos difíceis” que colocarão à prova “a afirmação e o reconhecimento do trabalho desenvolvido”. Aspectos que, para o director da ESEG, estão reflectidos no “desempenho que a Escola tem tido nos últimos anos”, conquistando “notáveis progressos que lhe conferem hoje um músculo de conhecimento e experiência, de instrumentos e ferramentas”. Joaquim Brigas tenciona “utilizar bem estes meios” porque “eles poderão ser a chave do desejado sucesso no processo de selecção natural a que já estamos submetidos”.
REFERÊNCIA. Ter, hoje, “créditos firmados” no panorama das suas congéneres nacionais é fruto do trabalho levado a cabo em “cinco áreas de referência”, sublinha Joaquim Brigas. O responsável máximo pela ESEG distingue a procura, uma área em que “temos conseguido resistir colocando-nos entre as mais procuradas”, destaca ainda a avaliação externa, um sector em que a ESEG “tem estado colocada fora das linhas de risco marcando posições de reconhecida qualidade entre os indicadores de avaliação”.
No campo da inovação e criatividade, Joaquim Brigas afirma que a instituição que dirige “é uma das escolas mais dinâmicas e criadoras” como comprova “a clara eleição que dela fazem diversas instituições públicas e privadas que recorrem ao seu saber e trabalho desenvolvido”.
Outra área de referência da ESEG, para Joaquim Brigas, é a formação avançada “aplicada ora com produtos próprios ora com a oferta de especializações, pós-graduações e mestrados desenvolvidos em parceria com prestigiadas instituições”.
Finalmente, a investigação, área em que “a ESEG tem dado passos seguros lançando instrumentos que nos afirmam como unidade de investigação merecedora de crédito”.
A aliança com o CEPESE adivinha-se “potenciadora do nosso processo de afirmação”, para além de contribuir para “a nossa consolidação das recomendações da OCDE no que diz respeito ao futuro do ensino superior em Portugal”, conclui o director da Superior de Educação.
seguinte >>>
|