JOÃO QUEIROZ E MÁRIO
RAPOSO
O que dizem os
candidatos
Novas oportunidades. João Queiroz
defende um reforço na investigação e a continuidade na aposta da procura
da qualidade. O vice-reitor da UBI vai encabeçar a Assembleia
Estatutária, órgão que dará origem aos novos estatutos da instituição.
“A minha candidatura surge, fruto das atribuições e cargos que me têm
sido confiados nos últimos tempos. Vejo que a Universidade e a
comunidade esperavam agora que surgisse a minha candidatura”, começa por
explicar João Queiroz. O actual vice-reitor da UBI acrescenta que “o
primeiro sinal talvez tenha sido a minha eleição para presidente do
Conselho Científico, há um ano atrás. Sinto pois que a Universidade me
quer nesse lugar e eu disponibilizo-me a ser reitor”. Depois do actual
reitor ter manifestado a indisponibilidade de se candidatar a um quarto
mandato, “reuni algum consenso entre as pessoas da universidade e decidi
candidatar-me”, acrescenta ainda o também presidente da Faculdade de
Ciências da Saúde.
Visão Moderna para UBI. Mário
Raposo tem sido a imagem do empreendedorimo na UBI. Está na instituição
desde a criação do ensino superior na Covilhã e fez parte da primeira
Assembleia Estatutária da UBI. Agora apresenta a sua candidatura à
reitoria da instituição. É professor catedrático do Departamento de
Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior. Está na instituição
desde o Instituto Politécnico da Beira Interior que em 1986 passou a
universidade.
Considera que “não vai haver eleições, até porque o RJIES é omisso nessa
matéria e foram pedidos alguns pareceres pelo CRUP a especialistas na
matéria e todos apontam para que se as instituições não pretenderem
fazer eleições, não fazem. E nesse sentido, a maioria do Senado da UBI
pronunciou-se para a não realização de eleições”.
Contudo, a sua actual candidatura a reitor, apareceu porque “houve
alguém que se assumiu como candidato, caso houvesse eleições”. Nessa
perspectiva, “a minha intervenção no último Senado, foi no sentido de
que poderia haver 14 candidatos, mas não havendo 14, nem 13, nem 12,
dois haveria de certeza absoluta. E daí que a minha intenção seja a de,
caso se realizem eleições, estas não contem apenas com um único
candidato. Até porque estamos em democracia e neste cenário até é
positivo que existam dois ou três candidatos. Isto porque, deve existir
um debate interno sobre as ideias que as pessoas defendem e qual deve
ser o futuro da universidade”.
Urbi@orbi
HÁ PELO MENOS DOIS
CANDIDATOS NA UBI, MAS...
Eleições podem ser
adiadas
A eleição do novo reitor da Universidade
da Beira Interior poderá vir a ser adiada devido às alterações
decorrentes da implementação do Regime Jurídico das Instituições de
Ensino Superior (RJIES). A deliberação está agora nas mãos do ministro
da tutela, mas já há dois candidatos ao lugar a que o actual reitor não
se recandidata. São eles João Queiroz e Mário Raposo.
Uma questão transversal às duas candidaturas é a presença em ambos os
cenários, ou seja, caso se realizem agora eleições, ou daqui a um ano.
Isto porque, os novos estatutos, que deverão estar concluídos em Junho,
vão ser elaborados por uma comissão composta por 12 docentes, três
alunos, o actual reitor e cinco personalidades externas à instituição.
Segundo os actuais estatutos da UBI, a eleição deveria acontecer nos
próximos meses. Ainda assim, existem vozes contrárias, dentro da
academia, quanto à suspensão ou não dos estatutos que a UBI tinha.
Posições diferentes que levam também a que alguns defendam a realização
de eleições e outros, a continuidade, por mais um ano, da actual equipa.
Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é quem
vai agora ter a palavra final sobre este tipo de situações. Casos como o
da UBI, onde o mandato do actual reitor está a chegar ao fim, mas a
eleição de um novo responsável máximo, iria apenas durar alguns meses,
até à implementação do RJIES. Na mesma situação estão instituições como
a Universidade de Évora, Universidade da Madeira, Instituto Politécnico
de Leiria e de Viseu.
Dois cenários estão agora em aberto. Um primeiro passa pela não
realização de eleições e manutenção da actual equipa por mais um ano, o
outro diz respeito à realização de eleições, nas próximas semanas e
escolha de uma nova equipa reitoral.
Eduardo Alves (Urbi@Orbi)
NA UBI
Recorde nas pontes de
esparguete
O Departamento de Engenharia
Electromecânica da UBI acolheu no passado dia 22 de Novembro, o sétimo
concurso das “Pontes de Esparguete”, inserido nas jornadas de Engenharia
2007. A iniciativa teve como principal objectivo possibilitar o
desenvolvimento do seu projecto, que para muitos deles é o primeiro
projecto que desenvolvem» referiu Ana Guerman, docente do Departamento
de Engenharia Electromecânica, uma das organizadoras do evento.
Filipe Casimiro, de 21 anos, aluno do curso de Engenharia
Electromecânica, é o detentor do novo recorde alcançado, com uma carga
de 58,8 quilos. A sua ponte era tão resistente que os pesos existentes
não foram suficientes para a fazer colapsar. Valeu de tudo para encher o
balde, telemóveis, garrafas de água, até que aos 58,8 quilos a ponte de
esparguete caiu.
O curso de Engenharia Electromecânica arrecadou os três prémios dados a
esta categoria. Depois de Filipe Casimiro, ficaram em segundo lugar,
Paulo Enes com uma carga de 51,9 quilos, Marco Canário ocupou a terceira
posição com 49,5 quilos.
Jessica Guerra, aluna do 7º ano da Escola Secundária Frei Heitor Pinto,
surpreendeu a plateia ao ficar a meio da tabela de classificação, com
uma carga de 16,3 quilos. «Gosto de fazer construções, e acho que este é
um concurso engraçado», afirmou a aluna.
António Coelho, aluno do 4º ano de Arquitectura, arrecadou pelo segundo
ano consecutivo, o prémio de estética. «Tentei melhorar o desenho, e a
montagem do esparguete, como já tinha alguma técnica, aperfeiçoei ainda
mais. Foi todo um conjunto de factores que resultou neste prémio»,
explicou o aluno da UBI. O segundo lugar foi atribuído a Fábio Melo,
Christother Malheiros ambos de Arquitectura e Ivani Valente, de Design
Industrial, e em terceiro lugar ficou Pedro Fael aluno do 1º ano de
Marketing.
Marta Soares e Inês Saraiva
(Urbi@orbi)
L'OREAL MULHERES NA
CIÊNCIA 2007
Prémio para Aveiro
Iola Duarte, investigadora no Laboratório
Associado Ciceco e docente na Secção Autónoma de Ciências da Saúde, e
Anabela Pinto Rolo, docente no Departamento de Biologia da Universidade
de Aveiro, receberam a 5 de Dezembro, em Lisboa, a Medalha de Honra
L´Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência 2007.
As investigações das premiadas abordam, num caso, a compreensão do
comportamento metabólico dos tumores com vista ao estabelecimento de
novos meios de diagnóstico e tratamento do cancro do pulmão e, no outro,
a descoberta de novos alvos terapêuticos que permitam tratar a síndrome
metabólica - pré-diabetes, prevenindo o desenvolvimento de doenças
associadas, como a diabetes tipo 2.
Iola Duarte, 32 anos, é licenciada e doutorada em Química pela
Universidade de Aveiro, estando presentemente a desenvolver trabalho de
investigação no CICECO (Departamento de Química) nas áreas da Bioquímica
e da Biomedicina, relacionado com o estudo bioquímico de tecido normal e
neoplásico de pulmão humano, fluidos biológicos (como plasma sanguíneo)
e linhas celulares.
Anabela Rolo, 30 anos, é natural de São Pedro do Sul (Viseu). Licenciada
em Biologia – Ramo Científico, pela Universidade de Coimbra, com a média
final de 18 valores, e Doutorada na Área Científica de Biologia,
especialidade de Biologia Celular, com distinção e louvor, a jovem
investigadora é detentora, actualmente, de uma Bolsa de Pós-Doutoramento
da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (SFRH/BPD/26514/2006),
realizando trabalho sob orientação do Professor Doutor Carlos Palmeira
(Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra, Departamento de
Zoologia, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra).
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