POLITÉCNICO DE CASTELO
BRANCO E UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Skoool ao serviço da
ciência
Pela primeira vez no nosso país vai ser
implementado um sistema de ensino das disciplinas de Matemática,
Físico-Química e Biologia/Ciências com recurso a computadores e a
programas preparados para o efeito. A apresentação pública do projecto a
nível nacional foi feita em Lisboa, no passado dia 30, no Centro
Cultural de Belém, com a presença da ministra da Educação. O programa
Skoool, desenvolvido pela Intel, líder mundial na produção de
processadores para computadores, vai iniciar-se, este ano lectivo, no
Concelho de Castelo Branco. A formação de professores avança já esta
semana e em finais de Abril tudo estará pronto para a implementação do
projecto.
Em termos práticos, o Skoool permite aos alunos um contacto interactivo
com os conteúdos programáticos, testando os seus conhecimentos no final
de cada etapa através de um teste. Cada aluno terá um computador
portátil na escola e será esse o seu instrumento de trabalho. Os custos
são suportados pelo programa comunitário Interreg e pela autarquia de
Castelo Branco que garante a componente nacional (pelo que os alunos não
têm que suportar qualquer preço, ao contrário do que sucede por exemplo
em Espanha).
No total são investidos cerca de um milhão e 300 mil euros, tendo a
Câmara de Castelo Branco já efectuado o concurso público de aquisição
dos 700 portáteis, para uma quantidade idêntica de alunos do 7º ano de
escolaridade. Como garante da qualidade dos conteúdos, surgem associados
ao projecto as Universidades de Coimbra e Salamanca e o Instituto
Politécnico de Castelo Branco.
O que é. O projecto Skoool foi
desenvolvido pela Intel, líder mundial no fabrico de processadores para
computadores, e já está a ser implementado no Reino Unido, Irlanda do
Norte, África do Sul ou Arábia Saudita. Em Espanha e Portugal dá os
primeiros passos. Peter Hamilton, chefe de desenvolvimento educativo da
Intel, recorda que só em Londres "o Skoool tem um milhão de
utilizadores. Trata-se de uma ferramenta composta por vários módulos,
que apresenta conteúdos para a sala de aula, e recursos para os alunos e
encarregados de educação". A plataforma será global e através da página
de internet haverá uma interactividade permanente entre professores e
alunos e entre os próprios estudantes. "O projecto assenta em três
vertentes importantes", refere Peter Hamilton. "A primeira será a
aquisição de conhecimentos, seguindo-se o aprofundar desses mesmos
conhecimentos, através de novos conteúdos digitais relacionados com os
objectivos curriculares, concluindo-se o processo com a criação do
próprio conhecimento, através da resolução de problemas, de experiências
e de síntese de conceito".
Toda esta dinâmica interactiva, que funcionará tanto na sala de aula,
onde cada aluno e professor terá acesso ao seu próprio computador, está
centrada "no estudante, girando à sua volta os conteúdos curriculares,
as actividades a desenvolver, as plataformas paralelas (como o Google) e
a colaboração entre todos (através da realização de projectos de equipa,
comunicação via e-mail ou blogs).
Paulo Afonso, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, exemplificou
algumas das tarefas que vão ser desenvolvidas em sala de aula pelos
alunos. O portal é de fácil acesso e tem uma área destinada a
professores, alunos e pais de alunos. Cada tema surge acompanhado de uma
explicação áudio e visual e no final são testados os conhecimentos.
"Estamos perante um ambiente integrador de recursos digitais, serviços e
funcionalidades", explica Paulo Afonso, para depois sublinhar que "o
Skoool tem a possibilidade de ser utilizado fora da sala de aula.
Trata-se de um espaço que terá uma actualização continuada dos conteúdos
e ao qual as famílias dos alunos também terão acesso. Por outro lado, dá
a possibilidade aos jovens de descarregarem a informação para os seus
computadores, evitando que eles estejam em casa sempre ligados à
internet". Aquele responsável revela ainda que "Portugal atravessa um
momento único na formação de professores, pelo que a participação do
IPCB neste projecto é uma mais valia".
10º CONCURSO ESCOLAR
Direitos humanos
Quatro telas com frases da Declaração
Universal dos Direitos do Homem, pintadas pelos alunos do 7ºC da Escola
EB 2/3 Dr. Manuel Ribeiro Ferreira, de Alvaiázere, Leiria, venceram o
10º Concurso Escolar Museu Nacional da Imprensa. O trabalho intitula-se
"Todos... para todos" em sintonia com o tema "Os Direitos Humanos"
escolhido para o ano lectivo 2006/2007.
A turma 4ºB do Externato Casa Mãe, de Baltar, Paredes, venceu o 1º
Prémio do 1º Escalão (1º Ciclo do Ensino Básico) com a aplicação
multimédia "Declaração Universal dos Direitos do Homem".O 1º Prémio do
3º Escalão (Ensino Secundário) foi ganho pela turma 11ºQ1 da Escola
Profissional da Praia da Vitória (Açores) com o spot audiovisual de
sensibilização "Não ao racismo".
Foram ainda atribuídas menções honrosas aos trabalhos feitos por alunos
das escolas: EB 2/3 da Lousã; EB 2/3 Martim de Freitas, Coimbra; Escola
EB 2/3 Dr. Correia Mateus, Leiria; Centro de Formação Prof. das
Indústrias da Madeira e do Mobiliário, Lordelo, Paredes e Escola
Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, de Vila Nova de Gaia.
Os prémios foram entregue pelo Ministro dos Assuntos Parlamentares,
Augusto Santos Silva, durante uma sessão solene que contou com a
presença dos alunos vencedores. O director do Museu Nacional da
Imprensa, Luís Humberto Marcos, desafiou o grupo escolar do Centro
Formação de Lordelo, autor da peça de teatro "Rostos de indiferença"
premiada com uma menção honrosa, a representá-la na sede do museu
durante o próximo ano.
SEGURANÇA RODOVIÁRIA
Mais vale educar
Com o objectivo de alertar e sensibilizar
as crianças para a importância da Segurança Rodoviária, a Renault
Telheiras organizou uma acção especial, durante uma semana, para as
escolas da zona de Carnide. Os destinatários desta acção foram os alunos
dos 3.ºs e 4.ºs anos das escolas do 1.º Ciclo da freguesia de Carnide
que, durante a visita ao concessionário, tiveram a oportunidade de
conhecer os principais sistemas de retenção, apreciar a reparação
mecânica dos automóveis, verificar as consequências dos acidentes
rodoviários (através da observação de algumas viaturas sinistradas) e
assistir à peça de teatro de fantoches "A Revolta dos Sinais". A acção
terminou com a realização de alguns jogos, canções e a distribuição dos
diplomas de participação e lembranças.
No total, cerca de 300 crianças estiveram envolvidas nesta iniciativa,
que no seu último dia teve como participantes não os alunos das escolas
da zona, mas os filhos dos colaboradores da filial da Renault Telheiras.
Além do tema da Segurança Rodoviária, dedicou-se também algum tempo ao
assunto actual da Reciclagem, sensibilizando as crianças para a
reciclagem doméstica bem como para a de produtos industriais.
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