CICLO DE COLÓQUIOS DO
PENSAR
É preciso melhorar a
auto-estima
O segundo debate organizado pela secção
de Castelo Branco da Associação Nacional de Professores, em parceria com
o Ensino Magazine, ultrapassou as expectativas e abordou assuntos como
desânimo aprendido, alexitimia e resiliência. Nomes complicados para
temas actuais e que envolvem toda uma comunidade. João Pires,
investigador e professor, desmistificou as ditas expressões e demonstrou
como aqueles três aspectos afectam as pessoas.
Aquele responsável lembrou que à dificuldade de verbalizar e expressar
os sentimentos dá-se o nome de alexitimia, que o desânimo aprendido
surge das adversidades com que as pessoas se deparam, gerando situações
de depressão e stress. E que a resiliência é a resistência às
adversidades.
No entender de João Pires, "o reforço da auto-estima é fundamental para
reforçar mecanismos para o desânimo aprendido". Segundo aquele
responsável, o melhor terapeuta para dar resposta às adversidades é o
amigo. Acontece que hoje vivemos numa sociedade onde por vezes é difícil
encontrar os verdadeiros amigos.
Ao nível escolar, João Pires, criticou o facto da "escola apostar só nas
competências cognitivas, o que é um modismo. A escola deveria também
desenvolver as competências emocionais".
Já João Ruivo abordou o tema numa outra perspectiva. Aquele docente e
investigador, considera que "estamos numa conjuntura histórica. Esta não
é melhor altura para se ser professor. Os professores são sobreviventes
das pressões externas".
No entender de João Ruivo, "existe uma agressão intencional e
provocadora para com os professores, no sentido de desviar a atenção do
que é fundamental, que é o acto de educar". O mais grave é que mesmo
aqueles professores que constituíam um núcleo duro e que estavam sempre
disponíveis para a escola, estão a baixar os braços.
No fundo e perante uma plateia que quase encheu o último andar do Bar
Património, em Castelo Branco, defendeu-se uma atitude "pedagógica, no
sentido de recuperar o humanismo perdido, para que estejamos atentos à
nova moral materialista e por isso vazia. Tudo para se conseguir um
homem mais digno, que se quer mais culto para ser mais livre, construir
um mundo mais cordial e compreensivo, criando um espaço mais afectivo,
onde se interligam os campos material espiritual e cultural".
ORAÇÃO DE SAPIÊNCIA
Ensino Superior e
Desenvolvimento
"O ensino superior tem a sua marca no
desenvolvimento do País". A opinião é de Adriano Pimpão, professor
catedrático e ex-reitor da Universidade do Algarve. No seu entender, o
ensino superior "foi nos últimos trinta anos o instrumento mais eficaz
para a modernização da sociedade portuguesa, através da educação e da
autonomia atribuído a um crescente número de cidadãos e da criação duma
igualdade mais efectiva de oportunidades para o acesso a mais
qualificação e mais conhecimento".
Aquela posição serviu de mote para uma oração de sapiência proferida
durante a abertura oficial do ano lectivo do Instituto Politécnico de
Leiria. Adriano Pimpão lembra que estamos perante "uma revolução
silenciosa que tem contribuído decisivamente para o desenvolvimento e
competitividade nacional. Demasiado silenciosa, permitindo que a
avaliação política se tenha centrado mais nos aspectos administrativos e
financeiros, descurando o contrato de exigência da missão que cabe às
Instituições de Ensino Superior".
De acordo com aquele responsável, "a forma como o nosso sistema de
ensino superior se desenvolveu sob o estranho olhar de "licença
sabática" do Estado, determinou uma orientação política, que enaltece a
componente comercial do ensino superior em detrimento da missão de
defesa dos valores do humanismo e da técnica e da ciência ao serviço das
comunidades e do seu progresso".
No entender daquele catedrático, "Portugal tem uma grande
responsabilidade na criação duma nova mentalidade e uma nova atitude
para com o conhecimento e a qualificação de pessoas e das instituições.
As presidências portuguesas da União Europeia e a actual presidência da
Comissão Europeia têm defendido o papel fundamental da educação e da
ciência na construção duma Europa mais competitiva mas também mais
solidária, em que os valores do modelo social e da cultura europeia
fazem parte integrante da competitividade global da nossa sociedade e da
nossa economia".
No entanto, diz, a tarefa não é fácil, já que "o período de gestação e
rentabilização deste enorme investimento ultrapassa a vida útil dos
governos. É por isso fundamental a formação duma opinião pública que dê
prioridade ao investimento nas pessoas. (...) Neste sentido, as reformas
são necessárias em todos os sectores, para que a adaptação se faça de
forma a melhorar o nosso esforço de tornar a sociedade portuguesa mais
eficiente na construção do progresso e do aumento da riqueza".
Neste contexto, "as Instituições de Ensino Superior devem ser avaliadas
pelo seu contributo para as grandes transformações económicas e sociais.
Esta avaliação pode ser fundamentada nos mais diversos critérios e
existem referências credíveis recentes, como é o caso da avaliação do
sistema do ensino superior pela OCDE. Uma avaliação que deve ser
entendida com espírito aberto e democrático a todos os níveis desde o
poder político até as colectividades académicas das Instituições de
Ensino Superior".
Investimento. Para Adriano
Pimpão, é justo fazer-se uma abordagem sobre algumas das notas do estudo
da OCDE que avalia a performance de Universidades e Politécnicos na
utilização dos recursos que são colocados à sua disposição. O estudo
revela que o nível de despesa pública do ensino superior em percentagem
do PIB que atingiu cerca de 1% (valor inferior à média europeia) está
muito abaixo do que um país como Portugal necessita e recomenda uma
expansão significativa nos próximos anos.
"Em Portugal a despesa por estudante no ensino superior é das mais
baixas da OCDE e é cerca de 65% da despesa por estudante do ensino
superior secundário. Esta é também uma referência à eficiência económica
do ensino superior", refere Adriano Pimpão, para depois acrescentar que
"o muito mencionado Reino Unido, onde se praticam elevadas propinas, 85%
dos estudantes recebem bolsas, enquanto que em Portugal apenas 24%".
Na sua comunicação, aquele responsável abordou ainda o novo regime
jurídico das instituições de ensino superior, a capacidade crescente da
investigação e desenvolvimento tecnológico da responsabilidade das
Instituições de Ensino Superior (cada investigador em Portugal tem à sua
disposição apenas 1/3 dos recursos financeiros da média da União
Europeia) e a necessidade de se instituírem colaboração entre
instituições de ensino superior.
PELA OBJECTIVA DE J.
VASCO
Circo acrobático de
Pequim
O período que antecede o Natal é uma das
épocas altas de divulgação do Circo. Numa produção da Terra Ibérica
Eventos esteve no Coliseu de Lisboa, no passado mês de Novembro, o Circo
Acrobático de Pequim.
IPCB
Tuna feminina ganha
prémios
A Tuna Feminina do Instituto Politécnico
de Castelo Branco (TAFIPCB) acaba de regressar da Ilha da Madeira, onde
participou no XIII Encontro de Tunas Universitárias da Cidade do
Funchal, tendo participado logo de seguida no V Festival de Tunas
Femininas em Idanha-a-Nova, onde venceu três prémios, o melhor
instrumentasl, a melhor pandeireta e o de tuna mais tuna. Esta foi a
terceira actuação da TAFIPCB, a qual foi oficialmente apresentada a 29
de Outubro, na cerimónica do 27ºAniversário do Instituto Politécnico de
Castelo Branco.
Neste momento a TAFIPCB está a organizar o III Olimpo, um Festival de
Tunas agendado para 29 de Fevereiro, em Castelo Branco. Actualmente com
25 elementos de todas as escolas do Politécnico, a TAFIPCB possui um
reportório rico em originais e algumas adaptações, contando com
instrumentos como bandolins, cavaquinhos, violas, acordeão, bombo,
contrabaixo e pandeiretas, entre outros. Tem também um blog activo (taf-ipcb.blogspot.com)
e um endereço de mail: tafipcb@ipcb.pt.
CENTRO DE CIÊNCIA VIVA
Jogar pelo seguro
Uma Noite no Tronco CSI: Floresta é o
tema da actividade que o Centro de Ciência Viva da Floresta, em Proença,
organiza a 14 de Dezembro, no âmbito da qual convida pais e filhos, a
desempenharem as funções de detectives. Tal como explicam os promotores
da actividade, a ideia consiste em descobrir onde se encontra uma
bomba-relógio antes da provável fatal explosão.
O Centro Ciência Viva da Floresta precisa da tua ajuda. O maquiavélico
Garbage Bin Al Campónio enviou-nos um vídeo com a ameaça de que existe
uma bomba-relógio no edifício que incendiará o Centro e toda a Floresta.
Não há tempo a perder, temos que localizar a bomba e desactivá-la antes
da meia-noite. Onde está a Bomba? Quem a colocou? Terá Garbage Bin um
cúmplice na equipa? A ciência vai ajudar-nos a responder a estas
questões. A Flora está a reunir uma equipa de detectives e cientistas
forenses de renome internacional para ajudar a resolver o mistério.
Junta-te a nós e vem salvar a Floresta!
A actividade "Uma Noite no Tronco - CSI: Floresta" destina-se a crianças
dos 9 aos 14 anos. As crianças são acompanhadas por monitores com
formação especializada. A actividade realiza-se na noite de Sexta-feira.
O horário de entrada será às 19h e a saída às 23:30h. Estes horários
devem ser respeitados. O custo de participação é de 5 euros e inclui o
jantar. A reserva pode ser feita por telefone (274 670 220) ou por
e-mail (info@floresta.cienciaviva.pt) e o pagamento deverá ser feito até
à semana anterior à realização da actividade.
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