Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº118    Dezembro 2007

Actualidade

CICLO DE COLÓQUIOS DO PENSAR

É preciso melhorar a auto-estima

O segundo debate organizado pela secção de Castelo Branco da Associação Nacional de Professores, em parceria com o Ensino Magazine, ultrapassou as expectativas e abordou assuntos como desânimo aprendido, alexitimia e resiliência. Nomes complicados para temas actuais e que envolvem toda uma comunidade. João Pires, investigador e professor, desmistificou as ditas expressões e demonstrou como aqueles três aspectos afectam as pessoas.

Aquele responsável lembrou que à dificuldade de verbalizar e expressar os sentimentos dá-se o nome de alexitimia, que o desânimo aprendido surge das adversidades com que as pessoas se deparam, gerando situações de depressão e stress. E que a resiliência é a resistência às adversidades.

No entender de João Pires, "o reforço da auto-estima é fundamental para reforçar mecanismos para o desânimo aprendido". Segundo aquele responsável, o melhor terapeuta para dar resposta às adversidades é o amigo. Acontece que hoje vivemos numa sociedade onde por vezes é difícil encontrar os verdadeiros amigos.

Ao nível escolar, João Pires, criticou o facto da "escola apostar só nas competências cognitivas, o que é um modismo. A escola deveria também desenvolver as competências emocionais".

Já João Ruivo abordou o tema numa outra perspectiva. Aquele docente e investigador, considera que "estamos numa conjuntura histórica. Esta não é melhor altura para se ser professor. Os professores são sobreviventes das pressões externas".

No entender de João Ruivo, "existe uma agressão intencional e provocadora para com os professores, no sentido de desviar a atenção do que é fundamental, que é o acto de educar". O mais grave é que mesmo aqueles professores que constituíam um núcleo duro e que estavam sempre disponíveis para a escola, estão a baixar os braços.

No fundo e perante uma plateia que quase encheu o último andar do Bar Património, em Castelo Branco, defendeu-se uma atitude "pedagógica, no sentido de recuperar o humanismo perdido, para que estejamos atentos à nova moral materialista e por isso vazia. Tudo para se conseguir um homem mais digno, que se quer mais culto para ser mais livre, construir um mundo mais cordial e compreensivo, criando um espaço mais afectivo, onde se interligam os campos material espiritual e cultural".

 

 

 

ORAÇÃO DE SAPIÊNCIA

Ensino Superior e Desenvolvimento

"O ensino superior tem a sua marca no desenvolvimento do País". A opinião é de Adriano Pimpão, professor catedrático e ex-reitor da Universidade do Algarve. No seu entender, o ensino superior "foi nos últimos trinta anos o instrumento mais eficaz para a modernização da sociedade portuguesa, através da educação e da autonomia atribuído a um crescente número de cidadãos e da criação duma igualdade mais efectiva de oportunidades para o acesso a mais qualificação e mais conhecimento".

Aquela posição serviu de mote para uma oração de sapiência proferida durante a abertura oficial do ano lectivo do Instituto Politécnico de Leiria. Adriano Pimpão lembra que estamos perante "uma revolução silenciosa que tem contribuído decisivamente para o desenvolvimento e competitividade nacional. Demasiado silenciosa, permitindo que a avaliação política se tenha centrado mais nos aspectos administrativos e financeiros, descurando o contrato de exigência da missão que cabe às Instituições de Ensino Superior".

De acordo com aquele responsável, "a forma como o nosso sistema de ensino superior se desenvolveu sob o estranho olhar de "licença sabática" do Estado, determinou uma orientação política, que enaltece a componente comercial do ensino superior em detrimento da missão de defesa dos valores do humanismo e da técnica e da ciência ao serviço das comunidades e do seu progresso".

No entender daquele catedrático, "Portugal tem uma grande responsabilidade na criação duma nova mentalidade e uma nova atitude para com o conhecimento e a qualificação de pessoas e das instituições. As presidências portuguesas da União Europeia e a actual presidência da Comissão Europeia têm defendido o papel fundamental da educação e da ciência na construção duma Europa mais competitiva mas também mais solidária, em que os valores do modelo social e da cultura europeia fazem parte integrante da competitividade global da nossa sociedade e da nossa economia".

No entanto, diz, a tarefa não é fácil, já que "o período de gestação e rentabilização deste enorme investimento ultrapassa a vida útil dos governos. É por isso fundamental a formação duma opinião pública que dê prioridade ao investimento nas pessoas. (...) Neste sentido, as reformas são necessárias em todos os sectores, para que a adaptação se faça de forma a melhorar o nosso esforço de tornar a sociedade portuguesa mais eficiente na construção do progresso e do aumento da riqueza".

Neste contexto, "as Instituições de Ensino Superior devem ser avaliadas pelo seu contributo para as grandes transformações económicas e sociais. Esta avaliação pode ser fundamentada nos mais diversos critérios e existem referências credíveis recentes, como é o caso da avaliação do sistema do ensino superior pela OCDE. Uma avaliação que deve ser entendida com espírito aberto e democrático a todos os níveis desde o poder político até as colectividades académicas das Instituições de Ensino Superior".
 

Investimento. Para Adriano Pimpão, é justo fazer-se uma abordagem sobre algumas das notas do estudo da OCDE que avalia a performance de Universidades e Politécnicos na utilização dos recursos que são colocados à sua disposição. O estudo revela que o nível de despesa pública do ensino superior em percentagem do PIB que atingiu cerca de 1% (valor inferior à média europeia) está muito abaixo do que um país como Portugal necessita e recomenda uma expansão significativa nos próximos anos.

"Em Portugal a despesa por estudante no ensino superior é das mais baixas da OCDE e é cerca de 65% da despesa por estudante do ensino superior secundário. Esta é também uma referência à eficiência económica do ensino superior", refere Adriano Pimpão, para depois acrescentar que "o muito mencionado Reino Unido, onde se praticam elevadas propinas, 85% dos estudantes recebem bolsas, enquanto que em Portugal apenas 24%".

Na sua comunicação, aquele responsável abordou ainda o novo regime jurídico das instituições de ensino superior, a capacidade crescente da investigação e desenvolvimento tecnológico da responsabilidade das Instituições de Ensino Superior (cada investigador em Portugal tem à sua disposição apenas 1/3 dos recursos financeiros da média da União Europeia) e a necessidade de se instituírem colaboração entre instituições de ensino superior.
 

 

 

PELA OBJECTIVA DE J. VASCO

Circo acrobático de Pequim

O período que antecede o Natal é uma das épocas altas de divulgação do Circo. Numa produção da Terra Ibérica Eventos esteve no Coliseu de Lisboa, no passado mês de Novembro, o Circo Acrobático de Pequim.

 

 

 

IPCB

Tuna feminina ganha prémios

A Tuna Feminina do Instituto Politécnico de Castelo Branco (TAFIPCB) acaba de regressar da Ilha da Madeira, onde participou no XIII Encontro de Tunas Universitárias da Cidade do Funchal, tendo participado logo de seguida no V Festival de Tunas Femininas em Idanha-a-Nova, onde venceu três prémios, o melhor instrumentasl, a melhor pandeireta e o de tuna mais tuna. Esta foi a terceira actuação da TAFIPCB, a qual foi oficialmente apresentada a 29 de Outubro, na cerimónica do 27ºAniversário do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Neste momento a TAFIPCB está a organizar o III Olimpo, um Festival de Tunas agendado para 29 de Fevereiro, em Castelo Branco. Actualmente com 25 elementos de todas as escolas do Politécnico, a TAFIPCB possui um reportório rico em originais e algumas adaptações, contando com instrumentos como bandolins, cavaquinhos, violas, acordeão, bombo, contrabaixo e pandeiretas, entre outros. Tem também um blog activo (taf-ipcb.blogspot.com) e um endereço de mail: tafipcb@ipcb.pt.

 

 

 

CENTRO DE CIÊNCIA VIVA

Jogar pelo seguro

Uma Noite no Tronco CSI: Floresta é o tema da actividade que o Centro de Ciência Viva da Floresta, em Proença, organiza a 14 de Dezembro, no âmbito da qual convida pais e filhos, a desempenharem as funções de detectives. Tal como explicam os promotores da actividade, a ideia consiste em descobrir onde se encontra uma bomba-relógio antes da provável fatal explosão.

O Centro Ciência Viva da Floresta precisa da tua ajuda. O maquiavélico Garbage Bin Al Campónio enviou-nos um vídeo com a ameaça de que existe uma bomba-relógio no edifício que incendiará o Centro e toda a Floresta. Não há tempo a perder, temos que localizar a bomba e desactivá-la antes da meia-noite. Onde está a Bomba? Quem a colocou? Terá Garbage Bin um cúmplice na equipa? A ciência vai ajudar-nos a responder a estas questões. A Flora está a reunir uma equipa de detectives e cientistas forenses de renome internacional para ajudar a resolver o mistério. Junta-te a nós e vem salvar a Floresta!

A actividade "Uma Noite no Tronco - CSI: Floresta" destina-se a crianças dos 9 aos 14 anos. As crianças são acompanhadas por monitores com formação especializada. A actividade realiza-se na noite de Sexta-feira. O horário de entrada será às 19h e a saída às 23:30h. Estes horários devem ser respeitados. O custo de participação é de 5 euros e inclui o jantar. A reserva pode ser feita por telefone (274 670 220) ou por e-mail (info@floresta.cienciaviva.pt) e o pagamento deverá ser feito até à semana anterior à realização da actividade.


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