CONSÓRCIO FORMALIZADO
UBI diz Olá à
investigação

O Gabinete de Apoio a Projectos e
Investigação da Universidade da Beira Interior tem vindo a desenvolver
um conjunto de visitas aplicadas a algumas empresas, a nível regional e
nacional, no sentido de procurar conhecer as lacunas existentes na
indústria e de as colmatar com a oferta de conhecimento existente na
universidade.
No caso concreto da Olá, do grupo Unilever, o Departamento de Engenharia
Electromecânica da UBI está já a estudar possibilidades de valorizar o
desempenho dos mecanismos e automatização dos processos de embalamento e
de enchimento dos gelados. O GAAPI está a prestar consultoria no
processo de pesquisa de possíveis apoios nacionais e europeus e no
desenvolvimento do projecto.
Outras mais-valias desta parceria resultarão no ingresso na empresa de
recém-licenciados da UBI, os quais darão uma continuidade e servirão de
interface entre a universidade (os investigadores) e a empresa. O
Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais está já a elaborar todo o
procedimento para a selecção e colocação dos estagiários.
O referido gabinete efectuou já um conjunto de visitas de prospecção de
necessidades tecnológicas a outras empresas da região, como é o caso da
Joalpe (Tortosendo-Covilhã), da LIN-Lavandarias (Guarda), da Turistrela,
ou da Cooperoque (Alcains), todas com o objectivo de aproximar o
conhecimento produzido na universidade, das necessidades das empresas. 
UMA ALTERNATIVA AO
CIMENTO
As novas riquezas das
Minas

Uma dissertação de Doutoramento
defendida na Universidade da Beira Interior (UBI), pode constituir uma
das mais viáveis soluções para as lamas e resíduos produzidos nas Minas
da Panasqueira ao longo de várias décadas de exploração mineira.
A tese refere que “é possível desenvolver um material ligante a partir
das lamas resultantes da extracção mineira nas Minas da Panasqueira”.
Material que serve “para substituir aquele que será o material mais
utilizado ao nível da construção civil que é o cimento de Portland”.
Fernando Torgal, autor do estudo intitulado “Desenvolvimento de ligantes
obtidos por activação alcalina de lamas residuais das Minas da
Panasqueira”, considera que “o cimento convencional desfruta de um
grande factor de competitividade, que é o custo muito baixo, contudo tem
também um problema ambiental porque emite um elevado nível de emissões
de Carbono”. Para além deste ponto negativo, o cimento de Portland tem
outros problemas como o facto de possuir uma vida útil muito curta, o
que quer dizer que é preciso ser substituído ao fim de algum tempo, e
logo tem um impacto ambiental duplamente negativo”.
De acordo com o docente do Instituto Politécnico de Castelo Branco “é
possível produzir um material ligante que tenha um desempenho mecânico
superior a materiais que já existem e que tenha um custo muito inferior
e esses mesmos materiais”. Substância essa que poderá dar uma resposta
aos inertes das Minas da Panasqueira e se assumir como mais um produto
no mercado, que é mais resistente e tem menos custos. 
Eduardo Alves
UBI
Sinagoga na Covilhã

Criar um ponto de ligação e formar a
comunidade judaica da Covilhã são alguns dos objectivos centrais da
visita de uma comitiva da organização Shavei Israel, à Universidade da
Beira Interior. A deslocação aconteceu numa altura em que o Centro de
Estudos Judaicos da UBI está a avançar com um conjunto de actividades,
nomeadamente a leccionação de um curso de hebraico, aberto a toda a
população interessada, a organização regular de conferências e jornadas
de estudos sobre a história e o pensamento judaicos, e a constituição de
uma biblioteca sobre o judaísmo.
Eliyahu Birnbaum refere que esta visita é feita “às instituições da
Covilhã que estão interessadas em desenvolver connosco projectos sobre o
judaísmo. Parece-me muito interessante que queiram desenvolver a
história judaica e apresentá-la, novamente, a todo o mundo”. Este
responsável pelo instituto acrescenta que “o reviver da história do povo
judaico é um dos pontos fundamentais para o futuro”.
António Fidalgo, presidente da Unidade de Artes e Letras da UBI está
agora a liderar todo o processo do Centro de Estudos Judaicos e foi quem
recebeu a comitiva. Os membros do grupo que se deslocou à Covilhã
tiveram a oportunidade de visitar as instalações da UBI, a Biblioteca
Central e o gabinete do Centro de Estudos Judaicos, instalado naquele
edifício.
A visita serviu essencialmente para aferir o estado dos projectos que
estão a decorrer na Covilhã e que se relacionam com a comunidade
judaica. Eliyahu Birnbaum mostrou-se “verdadeiramente surpreendido com
todo o trabalho que está projectado por este Centro de Estudos e pelas
actividades que têm planeadas”. Segundo o director do Instituto para o
Treino de Rabbis e Educadores da Diáspora “o papel do CES é sumamente
importante no estudo e na análise dos temas do judaísmo”.
INVESTIGADORES EM
PROJECTOS DA AGÊNCIA ESPACIAL EUROPEIA
Coimbra na missão Gaia
Os Investigadores João Fernandes e
Margarida Serote, do Grupo de Astrofísica da Faculdade de Ciência e
Tecnologias da Universidade de Coimbra (FCTUC) vão participar na missão
GAIA que a Agência Espacial Europeia (ESA) vai lançar para o espaço em
2011, tendo a tarefa de determinação de parâmetros estelares,
especificamente a idade de milhares de estrelas. A idade é uma das
grandezas estelares de maior utilidade para conhecer a evolução da nossa
Galáxia e o Universo em geral.
A preparação da missão GAIA, através da tarefa WPS-825, pelos cientistas
da FCTUC, com a colaboração do Centro SIM do Instituto D. Luiz, o Centro
de Astrofísica da Universidade do Porto e os Observatórios de Paris e
Nice teve início em Maio de 2006, e a investigação consiste no
desenvolvimento de ferramentas computacionais, assente na fusão de
modelos matemáticos e físicos, que permitam descobrir a idade das
estrelas.
A missão GAIA vai rastrear e monitorizar milhões de estrelas: a
temperatura, superfície, luminosidade total e a composição química.
Porém, a idade não é uma grandeza directamente observável para estas
estrelas. Essa tarefa cabe aos investigadores de Coimbra, inseridos no
referido consórcio: “Identificar, com precisão, a idade das estrelas é
uma tarefa realmente difícil mas essencial para conhecer o limite da
idade do universo. É um enorme desafio e uma responsabilidade
acrescida”, afirma João Fernandes.
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