Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº114    Agosto 2007

Universidade

CONSÓRCIO FORMALIZADO

UBI diz Olá à investigação

O Gabinete de Apoio a Projectos e Investigação da Universidade da Beira Interior tem vindo a desenvolver um conjunto de visitas aplicadas a algumas empresas, a nível regional e nacional, no sentido de procurar conhecer as lacunas existentes na indústria e de as colmatar com a oferta de conhecimento existente na universidade.

No caso concreto da Olá, do grupo Unilever, o Departamento de Engenharia Electromecânica da UBI está já a estudar possibilidades de valorizar o desempenho dos mecanismos e automatização dos processos de embalamento e de enchimento dos gelados. O GAAPI está a prestar consultoria no processo de pesquisa de possíveis apoios nacionais e europeus e no desenvolvimento do projecto.

Outras mais-valias desta parceria resultarão no ingresso na empresa de recém-licenciados da UBI, os quais darão uma continuidade e servirão de interface entre a universidade (os investigadores) e a empresa. O Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais está já a elaborar todo o procedimento para a selecção e colocação dos estagiários.

O referido gabinete efectuou já um conjunto de visitas de prospecção de necessidades tecnológicas a outras empresas da região, como é o caso da Joalpe (Tortosendo-Covilhã), da LIN-Lavandarias (Guarda), da Turistrela, ou da Cooperoque (Alcains), todas com o objectivo de aproximar o conhecimento produzido na universidade, das necessidades das empresas.

 

 

 

UMA ALTERNATIVA AO CIMENTO

As novas riquezas das Minas

 Uma dissertação de Doutoramento defendida na Universidade da Beira Interior (UBI), pode constituir uma das mais viáveis soluções para as lamas e resíduos produzidos nas Minas da Panasqueira ao longo de várias décadas de exploração mineira.

A tese refere que “é possível desenvolver um material ligante a partir das lamas resultantes da extracção mineira nas Minas da Panasqueira”. Material que serve “para substituir aquele que será o material mais utilizado ao nível da construção civil que é o cimento de Portland”.

Fernando Torgal, autor do estudo intitulado “Desenvolvimento de ligantes obtidos por activação alcalina de lamas residuais das Minas da Panasqueira”, considera que “o cimento convencional desfruta de um grande factor de competitividade, que é o custo muito baixo, contudo tem também um problema ambiental porque emite um elevado nível de emissões de Carbono”. Para além deste ponto negativo, o cimento de Portland tem outros problemas como o facto de possuir uma vida útil muito curta, o que quer dizer que é preciso ser substituído ao fim de algum tempo, e logo tem um impacto ambiental duplamente negativo”.

De acordo com o docente do Instituto Politécnico de Castelo Branco “é possível produzir um material ligante que tenha um desempenho mecânico superior a materiais que já existem e que tenha um custo muito inferior e esses mesmos materiais”. Substância essa que poderá dar uma resposta aos inertes das Minas da Panasqueira e se assumir como mais um produto no mercado, que é mais resistente e tem menos custos.


Eduardo Alves

 

 

 

UBI

Sinagoga na Covilhã

Criar um ponto de ligação e formar a comunidade judaica da Covilhã são alguns dos objectivos centrais da visita de uma comitiva da organização Shavei Israel, à Universidade da Beira Interior. A deslocação aconteceu numa altura em que o Centro de Estudos Judaicos da UBI está a avançar com um conjunto de actividades, nomeadamente a leccionação de um curso de hebraico, aberto a toda a população interessada, a organização regular de conferências e jornadas de estudos sobre a história e o pensamento judaicos, e a constituição de uma biblioteca sobre o judaísmo.

Eliyahu Birnbaum refere que esta visita é feita “às instituições da Covilhã que estão interessadas em desenvolver connosco projectos sobre o judaísmo. Parece-me muito interessante que queiram desenvolver a história judaica e apresentá-la, novamente, a todo o mundo”. Este responsável pelo instituto acrescenta que “o reviver da história do povo judaico é um dos pontos fundamentais para o futuro”.

António Fidalgo, presidente da Unidade de Artes e Letras da UBI está agora a liderar todo o processo do Centro de Estudos Judaicos e foi quem recebeu a comitiva. Os membros do grupo que se deslocou à Covilhã tiveram a oportunidade de visitar as instalações da UBI, a Biblioteca Central e o gabinete do Centro de Estudos Judaicos, instalado naquele edifício.

A visita serviu essencialmente para aferir o estado dos projectos que estão a decorrer na Covilhã e que se relacionam com a comunidade judaica. Eliyahu Birnbaum mostrou-se “verdadeiramente surpreendido com todo o trabalho que está projectado por este Centro de Estudos e pelas actividades que têm planeadas”. Segundo o director do Instituto para o Treino de Rabbis e Educadores da Diáspora “o papel do CES é sumamente importante no estudo e na análise dos temas do judaísmo”.

 

 

 

INVESTIGADORES EM PROJECTOS DA AGÊNCIA ESPACIAL EUROPEIA

Coimbra na missão Gaia

Os Investigadores João Fernandes e Margarida Serote, do Grupo de Astrofísica da Faculdade de Ciência e Tecnologias da Universidade de Coimbra (FCTUC) vão participar na missão GAIA que a Agência Espacial Europeia (ESA) vai lançar para o espaço em 2011, tendo a tarefa de determinação de parâmetros estelares, especificamente a idade de milhares de estrelas. A idade é uma das grandezas estelares de maior utilidade para conhecer a evolução da nossa Galáxia e o Universo em geral.

A preparação da missão GAIA, através da tarefa WPS-825, pelos cientistas da FCTUC, com a colaboração do Centro SIM do Instituto D. Luiz, o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto e os Observatórios de Paris e Nice teve início em Maio de 2006, e a investigação consiste no desenvolvimento de ferramentas computacionais, assente na fusão de modelos matemáticos e físicos, que permitam descobrir a idade das estrelas.

A missão GAIA vai rastrear e monitorizar milhões de estrelas: a temperatura, superfície, luminosidade total e a composição química. Porém, a idade não é uma grandeza directamente observável para estas estrelas. Essa tarefa cabe aos investigadores de Coimbra, inseridos no referido consórcio: “Identificar, com precisão, a idade das estrelas é uma tarefa realmente difícil mas essencial para conhecer o limite da idade do universo. É um enorme desafio e uma responsabilidade acrescida”, afirma João Fernandes.

 

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