GEOPARK NATURTEJO: 600
MILHÕES DE ANOS DE IMAGENS E HISTÓRIAS
Território de
Sensações

Aceite os desafios que a Naturtejo lhe
propõe e venha conhecer o primeiro geoparque português, sob os auspícios
da UNESCO. Aqui, as rochas, o ar puro, os aromas silvestres, os sons da
natureza e a cultura milenar tranquilizam o corpo e a mente.
O Geopark Naturtejo, expoente de Turismo de Natureza no Centro de
Portugal, convida-o a descobrir dezasseis geossítios e um território de
exuberante património natural, histórico e cultural.
No Geopark Naturtejo poderá passear de barco pelo rio Tejo e seus
afluentes, entrar pelas Portas de Ródão e visitar o Parque Natural do
Tejo Internacional, surpreendendo-se com os abutres, as cegonhas negras
e as águias imperiais, os coloridos abelharucos, os rouxinóis a cantar,
os veados na brama e a vegetação a florescer. Terá oportunidade de
viajar no tempo através dos icnofósseis de Penha Garcia, passeando por
Monsanto, a aldeia mais portuguesa, pela outrora cidade romana e
visigótica Egitânea podendo ainda descobrir os espectaculares castelos e
comendas dos templários.
Toda a região oferece-lhe emocionantes Rotas desenhadas para
proporcionar experiências vibrantes, recordando o Contrabando
Transfronteiriço, observando aves em vias de extinção, garimpando Ouro
em Explorações Mineiras que remontam à época da colonização romana,
recordando o apogeu dos Templários e as Invasões Francesas ou levando a
adrenalina ao extremo com as Aventuras no ar. A animação está sempre
presente através da escalada, slide e rappel nas escarpas quarzíticas,
BTT , passeios de cavalo e burro, entre muitas outras emoções próprias
de um território autêntico e original, sempre com guias profissionais
orientados para a transmissão de histórias e experiências. Se aprecia
algo mais calmo, a Naturtejo proporciona-lhe programas de saúde e
bem-estar que podem estar aliados a percursos pedestres por paisagens
ímpares e caminhos ancestrais.
Percorrendo os seis concelhos que integram o Geopark, irá conhecer os
costumes, lendas, histórias, rituais ancestrais e a simpatia das suas
gentes sábias, deliciando-se com os aromas e sabores da sua gastronomia.
Aprecie as diversas expressões culturais em espaços de excelência, as
actividades artesanais, elaboradas por tão hábeis mãos de talentosos
artistas.
Por estas terras, faça uma viagem pelo tempo, que hoje teimamos em não
ter, deixe-se perder pela sua corrente, que nos faz recuar até há 600
milhões de anos atrás.

PRIMEIRO GEOPARQUE
PORTUGUÊS ESTÁ NA REDE MUNDIAL
Geoporque Naturtejo
reconhecido pela UNESCO

A 26 de Julho de 2006, com o alto
patrocínio da UNESCO, foi aprovada por unanimidade a entrada do Geopark
Naturtejo da Meseta Meridional (GNMM) na European e Global Geoparks
Network. Este momento culminou um trabalho de validação científica de
pressupostos que suportam uma aposta no turismo sustentável dos
municípios que constituem a Naturtejo: Castelo Branco, Idanha-a-Nova,
Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
Enquadrado na sua missão e representando uma oportunidade única para
desenvolver o território, a Naturtejo – EIM, encetou um processo de
consolidação do Geopark baseando-se no vasto património geomorfológico,
geológico, paleontológico, geomineiro, da biodiversidade e
histórico-cultural, que apresenta elementos de relevância nacional e
internacional. Os locais em que o fenómeno geológico se manifesta de
forma mais exuberante são os denominados geosítios de que são exemplos,
os icnofósseis de Penha Garcia, os canhões fluviais de Penha Garcia, das
Portas do Ródão e de Almourão, a mina de ouro romana do Conhal do
Arneiro e as morfologias graníticas da Serra da Gardunha e Monsanto,
Meandros do Zêzere, entre outros.
Com a criação do Geopark, este território de cerca de 4600 km2, reforçou
a sua actuação num novo paradigma de evolução, com um enfoque particular
no Turismo de Natureza e na certificação e qualificação do alojamento,
restauração, animação e produtos tradicionais, promovendo a integração
de um número alargado de actores, o aparecimento de novos investidores e
a criação de cadeias de valor regional, que oferecerão ao mercado a sua
cultura e saber-fazer ancestrais na forma de produtos turísticos
integrados e competitivos.
Rede Global de Geoparks
Actualmente, a Global Geoparks Network é composta por 51 geoparks, entre
os quais 31 na Europa, denotando um crescimento notável em todos os
Continentes, evidenciando a existência de territórios de excelência em
termos do património natural e histórico-cultural, com um enfoque
particular para o património geológico, paleontológico, geomineiro,
geomorfológico e para a biodiversidade.
O conceito de Geopark, consagrado pela UNESCO, visa a promoção de
modelos de desenvolvimento sustentável, aliando a conservação da
natureza à melhoria da qualidade de vida das populações que o integram.
Deste modo, no contexto das Redes Europeias e Global de Geoparques, tem
sido possível estimular as actividades económicas a nível local e
regional em equilíbrio com a preservação do património natural e
histórico-cultural, conseguindo que as populações locais se sintam
envolvidas em todo o processo de desenvolvimento, incutindo-lhes uma
nova cultura de exigência e permitindo a descoberta de outras soluções
para os seus problemas. O habitual discurso da desertificação e mesmo,
por vezes, da desolação, dá lugar a uma nova esperança onde a inovação,
a conservação da natureza e o turismo sustentável constituem os pilares
dum desenvolvimento económico equilibrado com novas oportunidades para
todos.
O Geopark Naturtejo oferece no seu conjunto um vasto e diversificado
Património Natural e Histórico-Cultural que vai desde o Parque Natural
do Tejo Internacional e Serra de S. Mamede, aos sítios Rede Natura da
Serra da Gardunha e de Nisa e as Important Bird Areas, destinos
singulares de Natureza, 16 geomonumentos que contextualizam 600 milhões
de anos de dinâmica do Planeta, 4 Aldeias de Xisto, 2 Aldeias Históricas
e 70 monumentos classificados.
Os Geoparques e a UNESCO
Os programas de Ciências da Terra da Divisão de Ciências Ecológicas e da
Terra da UNESCO são únicos nas Nações Unidas, uma vez que prestam
particular atenção ao reforço do conhecimento do sistema Terra. Estes
programas propiciam a investigação interdisciplinar, incluindo a gestão
sustentável do ambiente terrestre, bem como dos seus recursos minerais e
energéticos. Por outro lado, estes programas têm aplicações na
observação da Terra, mitigação de riscos naturais e salvaguarda do
património geológico e cultural.
Consequentemente, o suporte dado pela UNESCO à Rede de Geoparques é uma
extensão natural dos seus esforços uma vez que o conceito de Geoparque
promove uma verdadeira rede interdisciplinar de cooperação internacional
para o estudo heurístico do Sistema Terra, suportando o desenvolvimento
local. Esta iniciativa inovadora introduz uma rede de trabalho
internacional que relaciona o desenvolvimento sócio-económico e a
conservação do ambiente constituindo, desta forma, uma aplicação nova e
vital nas políticas de conservação. A Rede de Geoparques trabalha em
sinergia próxima com o Centro para o Património da Humanidade da UNESCO,
a Rede Global de Reservas da Biosfera (MAB), instituições nacionais e
internacionais e organizações não-governamentais activas na defesa do
património geológico.
O que é um Geoparque?
Um Geoparque é uma área com expressão territorial e limites bem
definidos, que contém um número significativo de sítios de interesse
geológico com particular importância, raridade ou relevância
cénica/estética, com muito interesse histórico-cultural e da
biodiversidade.
Estes sítios que reportam a memória da Terra e do Homem, fazem parte de
um conceito integrado de protecção, educação e desenvolvimento
sustentável assente noutros valores culturais intrínsecos, em que a
criação de cadeias de valor locais e regionais é o suporte de sucesso de
todo o processo.
Um Geoparque tem como objectivos principais as seguintes actividades:
- Conservação
Um Geoparque procura a preservação dos geosítios de particular
importância, do património histórico-cultural e da biodiversidade,
explorando e desenvolvendo modelos sustentáveis de gestão do território.
A autoridade de gestão do Geoparque assegura as medidas de protecção
adequadas em colaboração com as autarquias, universidades, associações
locais e outras instituições relevantes, de acordo com as práticas
locais e as obrigações legislativas. Todo o território deverá integrar
espaços naturais e urbanos que desenvolvam boas práticas ambientais
através, por exemplo, do seu enquadramento a prazo nas estratégias
desenvolvidas no âmbito da Agenda 21 Local.
- Educação
Um Geoparque organiza actividades para o público e providencia apoio
logístico na comunicação do conhecimento científico e dos conceitos
ambientais e culturais. Este apoio realiza-se através da protecção e
identificação de geosítios, desenvolvimento de museus, centros de
informação, percursos turísticos, visitas guiadas, visitas de estudo,
materiais de divulgação, painéis, mapas, material educativo, seminários,
programas culturais, revitalização de tradições, entre outros. Um
Geoparque apoia a investigação científica em cooperação com as
universidades e instituições de investigação, estimulando o diálogo
entre as Ciências da Terra e a cultura local.
- Turismo Sustentável – Turismo de Natureza
O PENT (Plano Estratégico Nacional de Turismo), definiu o Turismo de
Natureza, como um dos 10 produtos estratégicos prioritários a promover
em Portugal, considerando o território do Geopark Naturtejo como uma das
áreas do País com maior vocação para o desenvolvimento deste tipo de
Turismo.
O Turismo de Natureza representa, actualmente, um mercado de 22 milhões
de viagens internacionais por ano na Europa, com uma ou mais noites de
duração, ou seja, 9% do total das viagens de lazer realizadas pelos
europeus, crescendo a um ritmo anual acumulado de 7%. Aproximadamente
85% das viagens de Turismo de Natureza são de mais de 4 noites,
constituindo uma importante procura secundária, complementando o sol e
praia, o MICE, o golfe e a saúde e bem estar. Neste mercado, o gasto
médio por pessoa/dia no destino pode variar entre 80 euros e 250 euros.
As características do Geopark, de contacto e compreensão da Natureza,
não implicam grandes investimentos em infraestruturas mas intervenções
que complementam os factores de atracção unanimemente reconhecidos, que
retratam uma simbiose perfeita entre património histórico-cultural,
geológico e biodiversidade, constituindo os ingredientes certos para uma
fórmula de turismo sustentável que transforma as Rotas do Geopark
Naturtejo em experiências e emoções que perdurarão na memória dos
visitantes.

ROTAS CONVIDAM A VISITAR
O GEOPARK NATURTEJO
Programa 3 dias/2
noites

A Naturtejo, que abrange os concelhos
de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila
Velha de Ródão é uma região privilegiada para quem procura aventura,
natureza, gastronomia, animação, saúde e bem-estar ou simplesmente
tranquilidade. Este território que integra o primeiro geoparque
português da Rede Europeia e Global da UNESCO, representa um novo
destino turístico, expoente máximo do Turismo de Natureza no Centro de
Portugal.
Esta empresa intermunicipal de turismo disponibiliza oito Programas
Temáticos para revelar o Geopark Naturtejo a quem o visita. As rotas dos
Fósseis, do Contrabando, da Aventura no Ar, dos Aromas e Sabores, das
Aldeias Históricas, Em…Cantos de Nisa, da Arte Rupestre e dos Abutres
são os temas destes programas três dias e duas noites, que podem
proporcionar ao turista experiências magníficas. Ao longo do ano a
Naturtejo, propõe, outros programas aos visitantes dos territórios.
Estes pacotes incluem actividades de animação diversificadas e
acompanhadas por guias, como percursos pedestres, de BTT ou TT,
pára-quedismo, passeios de barco, entre outras, provas gastronómicas de
produtos regionais, oferta de produtos típicos e do livro intitulado
“Geopark Naturtejo: 600 Milhões de Anos em Imagens”, refeições
tradicionais e alojamento, numa vasta gama de unidades hoteleiras de
qualidade. A opção terá sempre um elemento comum a todas as escolhas: a
arte de bem receber.
Desde 108 euros por pessoa, em 2 noites e em quarto duplo, poderá
apreciar os 16 cenários majestosos de rara beleza, que constituem o
Geopark Naturtejo. Nestes locais, onde está patente a complexidade da
natureza, a exuberância da paisagem e a riqueza histórica natural
constituem um grande atractivo.
Saborear deliciosos pratos típicos, passear pelas ruas genuínas de
aldeias históricas e de aldeias de xisto, sentir a adrenalina subir,
reviver o tempo dos garimpeiros à procura de ouro ou navegar pelas águas
do Tejo são algumas das maravilhas que podem ser vividas com as Rotas
pelo Geopark. Percorrendo este território, encontram-se autênticos
espaços de cultura e história, espalhados pelos vários espaços
museológicos, observam-se espécies raras e em vias de extinção (cegonha
negra, abutre do Egipto e águia imperial), simulam-se as viagens do
contrabando por terras raianas ou apreciam-se diversas expressões
culturais, representativas da região, sentindo sempre a hospitalidades
destas gentes.

OS GEOSÍTIOS DO GEOPARK
NATURTEJO
Rotas e destinos

As “Portas do Ródão” constituem o
ex-libris natural de Vila Velha de Ródão e Santana, onde o Tejo, o mais
importante rio da Península Ibérica, corre entrincheirado, submisso,
entre gigantes quartzíticos pré-históricos. Em via de Classificação como
Monumento Natural, pelos seus valores geológicos (garganta epigénica do
Ródão), paisagísticos (Serra das Talhadas, sítio Natura 2000),
arqueológicos (Conhal do Arneiro e Foz do Enxarrique, em vias de
classificação como Imóvel de Interesse Público), históricos (conjunto do
Castelo do Ródão, classificado como Imóvel de Interesse Público) e
biológicos (flora autóctone - zimbro e avifauna). Toda esta riqueza
natural e cultural pode ser assimilada através do percurso pedestre PR1
– Rota das Invasões.
Penha Garcia apresenta características únicas a múltiplos níveis. São
comuns as jazidas com fósseis e icnofósseis, reminiscências evolutivas
importantes, com mais de 480 milhões de anos. O canhão fluvial do Ponsul,
que atravessa a crista quartzítica encimada pelo castelo templário de
Penha Garcia, é uma verdadeira sala de aula na natureza, com um leque
completo de aspectos passíveis de serem analisados por todos, com fácil
acessibilidade e durante todo o ano. As suas serras quartzíticas são um
oásis para a biodiversidade, onde proliferam ecossistemas que se
encontram em vias de extinção. Tudo isto é possível observar através da
realização do percurso pedestre – PR3 – Rota dos Fósseis, com início e
fim no Largo Chão da Igreja, na aldeia típica de Penha Garcia.
A região das Portas de Almourão, situada entre Sobral Fernando
(Proença-a-Nova) e a Aldeia do xisto Foz do Cobrão (Vila Velha de
Ródão), corresponde à garganta do rio Ocreza.
A paisagem, essa, continua selvagem, magnificada pelas escarpas
quartzíticas, pelas imponentes dobras tectónicas e pelo profundo rasgão
na paisagem que é o vale do Ocreza. A diversificada paisagem geológica
suporta ecossistemas muito bem preservados, de que se salienta o facto
de ser uma importante área de nidificação de aves de rapina, e conta
ainda com outras espécies muito importantes como por exemplo, o melro
azul, a lontra, o texugo e o esquilo.

Do ponto de vista arqueológico, destaca-se a conheira de Sobral
Fernando, antiga exploração aurífera romana de aluvião e as lendárias
galerias subterrâneas de origem desconhecida que se encontram ao longo
da margem direita do Ocreza.
Para desfrutar da beleza desta paisagem deslumbrante, sugere-se a
realização do percurso pedestre PR2 – “Segredos do Vale de Almourão” a
partir de Sobral Fernando.
Os granitos em Portugal abundam na região do Norte e Centro, mas é
irrompendo dos planos da Meseta sob a forma de Inselberg ou Montes-Ilha,
ao longo das Beiras, que os granitos vincam a paisagem sobremaneira.
Zonas de povoamento milenar, desde cedo os inselberg foram habitados no
sentido de incrementar a defesa de vastas regiões aplanadas. No alto do
inselberg de Monsanto, transcende-se o Castelo templário de Monsanto e
as ruínas da vila velha, classificados como Monumento Nacional; a meia
encosta a Aldeia Histórica de Monsanto e no sopé, a singeleza românica
da Capela de S. Pedro de Vir-a-Corça, classificadas como Imóvel de
Interesse Público. Através dos trilhos de pastores e dos caminhos
rurais, os apreciadores do turismo de Natureza, bem como qualquer outro
tipo de visitante encontrarão ciência e património histórico-cultural
num espaço natural privilegiado.
Um meandro é um traçado especial de um vale fluvial, formando curvas
muito pronunciadas. Em termos gerais, um meandro forma-se quando há
diferenças da velocidade de água. Um rio começa a curvar quando a água
corre em torno de obstáculos (rochas, por exemplo), o que dá origem a
locais onde a água atinge maior velocidade e a outros onde a velocidade
é reduzida. Como os rios transportam sedimentos, tais locais
correspondem a áreas de erosão e de sedimentação. Esta relação entre a
velocidade da água e a erosão/deposição também vai definir o
desenvolvimento de um meandro.
Os meandros do rio Zêzere transformam este num dos mais belos vales
fluviais portugueses, constituindo verdadeiros exemplos de livro. Vale a
pena realizar as estradas panorâmicas que se desenvolvem paralelas ao
traçado do rio para alcançar algumas das mais imponentes paisagens do
Geopark.
O Rio Erges é afluente do Tejo, constituindo a fronteira com Espanha
desde Vale Feitoso até desaguar neste rio maior, perto do Rosmaninhal
(concelho de Idanha-a-Nova). As paisagens que atravessa são
avassaladoras, perdendo-se a noção de escalas: as proporções perdem-se
no limite do alcance do nosso olhar. A riqueza botânica atinge o seu
auge em Abril, onde muitas espécies autóctones fazem explodir de cor as
vertentes suaves do vale do Erges. Aqui procuram refúgio,
temporariamente ou de um modo permanente, mais de uma centena de
espécies de aves de que se salientam, pelo seu porte, as rapinas e a
cegonha-preta (Ciconia nigra).
É por esta diversidade biológica que grande parte do Erges, desde a sua
foz até Salvaterra do Extremo, se integra no Parque Natural do Tejo
Internacional. Rio tipicamente mediterrânico, transforma-se num deserto
de seixos rolados no estio ou mostra toda a energia de um rio ainda
selvagem, após grandes chuvadas. Toda essa capacidade erosiva levou à
produção de três gargantas numa curta distância. Para usufruto dos
geomonumentos existentes ao longo deste rio sugere-se uma visita às
Termas de Monfortinho e a realização dos percursos pedestres PR1 – Rota
dos Abutres (Salvaterra do Extremo) e PR4 – Rota das Minas (Segura).
Fraga de Àgua D’alta (Freguesia do Orvalho - Concelho de Oleiros). São
50 metros de desnível vencidos por uma sucessão de três véus de água
turbulentos e crepitantes. Vale a pena descer o caminho assinalado em
busca deste oásis onde ainda abunda o folhado (Viburnum tinus).
Segura é terra de granitos e de mineiros. Por decénios procurou-se no
subsolo a subsistência que a terra nem sempre dava. A Rota das Minas tem
como objectivo ajudar a tomar conhecimento do património natural da
freguesia de Segura, com a interpretação das magníficas paisagens
geológicas e a génese dos recursos minerais que, durante mais de um
século, impregnaram as vivências e costumes da região. (Percurso
pedestre PR4 – Rota das Minas)
Vestígios arcaicos de uma intensiva exploração mineira nas serranias de
Monforte, próprias de uma época em que se começava a compreender a
utilização tecnológica dos recursos minerais, não se ficam por
interessantes espaços mineiros subterrâneos. Não longe do Castelo, o
Territorium metallorum estendia-se pelo cume da crista quartzítica dos
Galeguinhos, onde surgem enormes e misteriosas covas quase totalmente
entulhadas com restos de minério de ferro e de escórias.
Tronco Fóssil de Perais (Concelho Vila Velha de Ródão). Trata-se de
grande fragmento de tronco petrificado. Este tronco fóssil em excelente
estado de preservação mede 1 metro de diâmetro e tem uma idade superior
a 5 milhões de anos. Foi identificado pelos paleobotânicos como
Annonoxylon teixeirae, uma espécie de anoneira encontrada pela primeira
vez em Portugal.
Do dorso aplanado de Corgas, (concelho de Proença-a-Nova) onde apenas
floresce a giesta (Cytisus striatus) e a urze (Erica lusitanica) batidas
pelo vento, podemos abarcar com os olhos a forma tridimensional de um
sinclinal com mais de 20 km de extensão, exumado da superfície de
aplanação xistenta.
Malhada Velha (Freguesia de Cambas, Concelho de Oleiros) Escarpas
quartzíticas impressionantes: camadas sucessivas de quartzito puro
erguidas verticalmente a centenas de metros de altitude. Estas muralhas
quartzíticas formam dois tipos de estruturas geológicas: falhas e
dobras. A falha é uma fractura na rocha com evidência de movimento
relativo e a dobra é um encurvamento de estruturas originalmente planas.
De facto, as fragas encontram-se tão deformadas e fracturadas que se
mostra difícil perceber a sua estratificação. São detalhes de uma
história orogénica, isto é, da formação de uma montanha, com 140 milhões
de anos.

UM PLANETA TERRA MELHOR
Geopark Naturtejo
Meseta Meridional

LIntegrada na estratégia das nações
Unidas e a convite da Comissão Nacional da Unesco, a Naturtejo integra a
Comissão “Planeta Terra” que prevê desenvolver nos próximos 3 anos,
acções de promoção e sensibilização dedicados à protecção ambiental e ao
desenvolvimento sustentado. Prosseguindo o estabelecido na candidatura
da Naturtejo à EGN e GGN, esta assume o compromisso de desenvolver
políticas de sustentabilidade ambiental, certificando este destino
turístico baseado nas normas 9001 e 14001. Assume ainda implantar junto
dos seus associados o mesmo compromisso, por forma a conceber produtos
certificados, auditados por entidade externa e independente.
A Naturtejo pretende concretizar, estas medidas de sustentabilidade
económica e ambiental em parceria com entidades que se identifiquem com
os valores de inovação e audácia, dando assim o seu contributo para um
Planeta Terra, mais saudável e equilibrado.
Acções a ser integradas, no programa da referida comissão do Planeta
Terra:
A Naturtejo prepara actual-mente a segunda edição do livro “600 milhões
de anos em imagens” e um filme que resumem e compreendem a
ancestralidade universal de uma diversidade natural e cultural
identitária.
- Filme “Geopark Naturtejo”
“GEOPARK Naturtejo
Um Oásis na Europa”
Este é um documentário que retrata a evolução das paisagens do Geopark
Naturtejo. Partindo do princípio de que o presente é a chave para o
passado, visitam-se geomonumentos segundo novas perspectivas, procurando
um eixo espacial descritor da evolução da vida e da Terra. Com o
objectivo de criar um forte produto para comercialização e divulgação
junto da Rede Global de Geoparques, este filme será criado em cinco
línguas sob critérios científicos rigorosos mas com uma forte liberdade
emocional na selecção de planos, dirigindo-se a todos aqueles que gostam
de compreender a Natureza.
O documentário proposto é concebido com os seguintes objectivo: Em
primeiro lugar servir como um roteiro informativo sobre o
Geopark-Naturtejo da Meseta Meridional, em segundo lugar pretende ser
uma publicação em filme, dirigida ao público internacional através dos
canais generalistas de TV, mas em particular dos canais temáticos da TV
Cabo, nos principais países Europeus e na América do Norte. O
documentário será posteriormente editado em DVD.
Este filme/documentário que se pretende posteriormente editar em DVD, em
5 idiomas, nomeadamente: Português, Francês, Inglês, Alemão, Espanhol,
destina-se a ser comercializado nos circuitos livreiros e de DVDs com o
propósito de abranger os mercados Europeus, Americanos e de toda as
comunidades abrangidas pelos Geoparks.
Entre outras, a empresa Mar Filmes (
www.marfilmes.com
), representante dos documentários da RTP e inflight filmes da TAP, bem
como de alguns dos muitos documentários do produtor, junto dos
principais canais de televisão internacionais, mostrou todo o interesse
em promover, divulgar e comercializar o documentário em epígrafe.
Pretende-se distribuir o filme nos Centros de Interpretação da rede
Europeia e Global de Geoparks, Agências de Turismo, Companhias Aéreas,
Hipermer-cados, Jornais e Revistas, bem como em museus, parques
temáticos, Hotéis, Aeroportos, Postos de turismo, Agências de viagem
entre muitos outros pontos de venda ao público.
- Livro “600 milhões de anos em
imagens”
Depois de se esgotar a edição em poucos meses, o livro que foi a
apresentação do território Geopark Naturtejo à Rede de Geoparques da
UNESCO terá agora a sua nova edição, numa versão revista e aumentada.
Novas e mais espectaculares imagens de monumentos naturais, de
construções miméticas das paisagens e de apontamentos de modos de vida
únicos, um novo grafismo numa apresentação cuidada. A segunda edição,
com uma tiragem que permitirá a sua comercialização a nível nacional,
trará uma imagem de excelência à natureza e património do nosso
território ao alcance de muitos.

Outros Eventos
A Naturtejo preparou já uma exposição itinerante sobre a Paisagem e
Cultura, num projecto internacional que reúne outros geoparques
mediterrânicos de Espanha, Itália e Grécia.
Também nesta perspectiva, a empresa que dirige o Geopark Naturtejo da
Meseta Meridional associa-se ao projecto IN-CANTOS de Luísa Amaro que
busca, cria e cruza a música de Portugal ao Oriente, podendo tornar-se
num precioso meio de promoção e ser um excelente embaixador cultural em
todas as iniciativas dos programas de intercâmbio entre os vários
Geoparques da UNESCO.
Exposição “Das Trilobites ao Homem:
500 milhões de anos no Geopark Naturtejo”
A Exposição “Das Trilobites ao Homem” é um espaço de diálogo entre o
território Naturtejo e os restantes geoparques. Nesta exposição
itinerante desenvolve-se uma exploração da História Natural e da riqueza
histórico-cultural e paisagística do Geopark Naturtejo. As sete estações
que representam alguns dos principais geomo-numentos permitem
contextualizar a evolução do Geopark no Tempo. Cada estação é
identificada por um painel dinâmico, que permanece em movimento com
fotografias de alguns dos aspectos mais importantes de cada geomonumento.
Cada estação apresenta um tema e apela à experimentação. A dinâmica dos
expositores retrata a dinâmica da Terra. Com recurso a novas
tecnologias, a exposição científica é um espectáculo de criatividade e
um momento de diversão consciente, que ficará retido na memória por
todos aqueles que a visitarem.
Festival BOOM 2008
O Boom Festival é um evento bienal. Começou em 1997 e realiza-se perto
de Idanha-a-Nova desde 2002. É um festival pioneiro à escala mundial no
desenvolvimento de projectos de sustentabilidade, como reciclagem, bio
engenharia e tratamento de resíduos sólidos e líquidos originados na sua
área. O Boom é o evento mais internacional em Portugal, tendo recebido
em 2006 pessoas de 70 nacionalidades diferentes segundo os dados
recolhidos à entrada. Tem uma média de público de 20.000 pessoas, de
todos os continentes e gerações - é um evento transgeracional e também
multidisciplinar. O Boom engloba música, artes plásticas, multimédia,
instalações, land art, video art, escultura e intermedia. Uma das suas
particularidades é fomentar a reflexão e pedagogia num ambiente de
festival: dispõe de uma área de conferências, workshops e Master Classes
onde se debatem e leccionam temas como sustentabilidade, ecologia,
desenvolvimento pessoal, expressão artística, antigas civilizações, etc.
Em 2008, o Boom terá a sua sétima edição, onde irá reforçar as práticas
de sustentabilidade. Mais do que entretenimento, o Boom é um festival de
conceitos e segundo a organização, “mais do que divertir o Boom pretende
dar soluções aos seus participantes, nomeadamente na consciência
ecológica e artística”.

Aplicações culturais com os
Geoparques da China
Na China, não só está localizada a sede da rede Global de Geoparques da
UNESCO, como também existe um enorme empenho neste projecto global,
tendo já 18 Geoparques certificados e 138 geoparques nacionais capazes
de obter essa mesma certificação, assumindo assim ser um dos países mais
activos da rede internacional de Geoparques. Ponderando todos os pontos
de vista: imagem, impacto promocional, consolidação de canais de
comunicação, promoção turística, etc., será de todo conveniente
incrementar um vasto intercâmbio com a China, uma das fortes certezas
económicas do séc. XXI. Desse modo, e no quadro das iniciativas dos
programas de intercâmbio que se esperam concretizar com os Geoparques
chineses, também através da geminação do Geopark Naturtejo com um dos
seus congéneres, a Naturtejo pretende promover uma digressão
cultural-promocional pelos principais Geoparques na China, donde se
poderá ter como retorno acréscimo de permuta e cooperação científicas,
culturais e comerciais, incremento de nichos de mercado, sobretudo o
turístico, e promoção/activação de novas linhas de relações bilaterais.

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