4TASTE
Um Verão com Morangos
4Taste é uma banda Portuguesa formada na
série da TVI Morangos com Açúcar.
Constituída pelos jovens músicos Luke D’Eça, Francisco Borges, Nelson
Patrão e David Gama, que interpretam as personagens de Ed, Jota, Link e
Sérgio na série, respectivamente. Tal como os outros artistas ficcionais
da série, rapidamente os 4Taste transitaram da ficção para a realidade.
Nelson Patrão e David Gama são antigos membros da banda Starvan.
O nome 4Taste assenta no facto de se tratarem de quarto artistas com
gostos, ou “sabores” (tastes) musicais distintos. Na série, foi a
personagem Ed quem deu o nome à banda em honra dos seus quatro membros e
porque o projecto tem para ele “um sabor especial”.
Este mês, em entrevista ao Ensino Magazine, falam dos objectivos da
banda, dos espectáculos que vão realizar e do novo Cd que reproduz o
concerto realizado no Campo Pequeno.
Este Verão vai ser repleto de
espectáculos?
Temos cerca de 60 concertos por todo o país. Facto que é muito bom, não
só pela realização dos espectáculos e pela divulgação da nossa música,
mas também porque conseguimos conhecer um pouco mais de Portugal.
Como é que está a ser essa
experiência de estar em palco?
Está a ser muito boa. Temos sido muito surpreendidos pelos fãs. Quando
iniciámos esta tournée não tínhamos a noção daquilo que as pessoas
gostavam mais. Mas o que verificamos é que o nosso público gosta das
músicas e ao longo dos espectáculos farta-se de pular e cantar. Tem sido
um supresa muito boa.
E a vossa relação com os fãs?
É excelente. Por vezes ficamos surpreendidos com a quantidade de pessoas
que cantam praticamente todas as músicas. Isso deve-se ao facto delas
passarem na série Morangos com Açúcar, mas também porque as pessoas
gostam das canções. No palco nós tentamos transmitir uma energia ao
público e isso também cria uma empatia importante para com os nossos
fãs.
A vossa popularidade faz com que
sejam abordados na rua?
Digamos que passar despercebido na rua é complicado. Neste momento, com
a fase dos concertos o nosso tempo livre é pouco. Passamos a maior parte
do dia a trabalhar, pelo que por vezes não há tempo para usufruir desse
reconhecimento.
Recuando no tempo, e falando no
álbum de estreia, quanto tempo durou todo o processo que deu lugar à
produção do CD?
De início quando começámos os Morangos com Açúcar gravámos três temas.
Depois até à terceira série, começámos a compôr e a elaborar temas para
o CD final. Só na quinta série gravámos tudo.
Com os concertos um pouco por todo o
país, como é possível conciliar as gravações da série Morangos com
Açúcar?
Felizmente que agora, no Verão, as gravações acalmaram um bocadinho.
Houve a preocupação de conciliar as duas coisas por parte do grupo que
nos rodeia.
Como é que analisam a experiência de
representar numa série de sucesso televisivo?
É uma experiência diferente daquilo que tínhamos feito anteriormente.
Temos que «andar sempre a abrir», num ritmo alucinante. Podemos chegar a
entrar às 8 da manhã e sair às 8 da noite. Este trabalho permite-nos
também conviver com muita gente. Cada actor é diferente, e é
interessante ver como é que cada um representa.
E preferem representar ou cantar?
Talvez cantar. Nós todos andamos nestas coisas da música há já algum
tempo. Isso não significa que não tenhamos ficado indiferentes à
representação. Pelo contrário, é algo que puxa muito por nós, pelo que
também ficámos com o «bichinho» da representação.
Vão continuar na série de Verão
Morangos com Açúcar. Esperam continuar nas futuras temporadas?
Este Verão é certo. Quanto às próximas séries não sabemos.
Voltando ao álbum de estreia. O
balanço é positivo em termos de vendas?
Muito positivo. Vendemos cerca de 80 mil discos. É algo anormal, num
país como este, vender tantos discos, sobretudo numa altura de crise.
Na série Morangos com Açúcar há
mensagens que procuram contestar e travar a pirataria das músicas.
Sentem-se prejudicados com a venda paralela?
É uma pergunta polémica. Poderemos dizer esse factor não nos prejudica
na totalidade, pois significa que as pessoas que gostam do produto vão à
loja e compram. Aquelas que ainda não nos conhecem, podem ouvir as
músicas a partir da net, e depois acabam por comprar o disco. Ou seja,
há muita gente que nunca compraria o álbum, fique a gostar e vá aos
nossos concertos. Esse dado faz parte dos tempos que correm...
Para quando um novo álbum?
Para este verão está prevista a saída de um novo cd, gravado ao vivo no
Campo Pequeno, naquele que foi um concerto memorável para a banda.
Quanto a um novo trabalho de originais, ainda não há datas previstas.
Neste momento a prioridade são os concertos.
Qual a leitura que fazem do panorama
musical português?
É muito boa. cada vez há mais bandas a aparecer, umas a cantar em
português, outras em inglês. No rock há um grande vazio. Felizmente nós
estamos a tomar esse lugar...
Hugo Rafael
Rádio Condestável
Programa Clube do Som
De 2ª a 6ª Feira das 17 às 20 Horas www.radiocondestavel.pt
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