Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº110    Abril 2007

Juventude

FITAS 2007

Porto ganha festival

A Tuna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto foi a grande vencedora da edição 2007 do Fitas, o Festival de Tunas Académicas de Castelo Branco, organizado pela ESTuna. O espectáculo juntou no palco do Cine Teatro Avenida tunas de vários pontos do país. Mas a festa andou pelas ruas da cidade durante dois dias, com a realização de iniciativas como a Serenata à Cidade ou o Passa Calles.

Para além do prémio de melhor tuna, os estudantes de Medicina do Porto arrecadaram os troféus de melhor porta-estandarte, pandeireta e instrumental. A Tuna Universitária de Aveiro também se destacou em número de prémios, ao obter os troféus para melhor serenata, arranjo vocal e solista. Para a Figueira da Foz foram os prémios de Tuna mais Tuna e o segundo lugar do Fitas, ambos conquistados pela Imperial Neptuna Académica.

O prémio para melhor Passa Calles acabou por ser conquistado pela Tuna Universitária de Madrid, vinda de Espanha, a única presença internacional do Fitas 2007.

A escolha dos vencedores ficou a cargo de um júri do qual faziam parte, entre outros, Arlindo de Carvalho e Tino de Rans, o calceteiro que ficou conhecido depois de participar num congresso do PS. 

A ESTuna, a Tuna da Escola Superior de Tecnologia encerrou o desfile das tunas, uma festa que terminou perto das quatro da manhã, já depois da mudança da hora
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ENTREVISTA AOS DA WEASEL

Amor, escárnio e maldizer já é platina

Os Da Weasel, a mais consistente das bandas hip hop portuguesas, acaba de destronar José Afonso na tabela de venda de álbuns em Portugal com "Amor, Escárnio e Maldizer", disco de platina, de acordo com a Associação Fonográfica Portuguesa.

A banda de Pacman e João Nobre entrou directamente para o primeiro lugar com o álbum "Amor, Escárnio e Maldizer", editado a 2 de Abril, e é já platina, com vendas superiores a vinte mil unidades.

Oriundos de Almada, são formados por João Nobre (Jay), Pacman, Virgul, Pedro Quaresma, Guilherme Silva e DJ Glue. Três anos depois do sucesso de "Re-Definições", que levou os Da Weasel à quádrupla platina, "Amor, Escárnio e Maldizer" é um álbum de continuidade e ao mesmo tempo de amadurecimento.

Em entrevista ao Ensino Magazine, os Da Weasel, pela voz de Pacman, assumem-se como trovadores urbanos que falam de amor e escárnio: "O que estamos a fazer não é muito diferente do que os jograis faziam e o tema é muito actual".

Entre interlúdios e canções, o alinhamento sugere vários géneros musicais, da bossa-nova de "Toque-Toque" ao hip hop mais pesado de "Sistema do Sistema", à medida que passam do Amor para o Escárnio e daqui para o Maldizer.

Essa evolução sonora é adensada pelos artistas que os Da Weasel convocaram para o novo álbum, uma experiência que só foi possível, segundo João Nobre, graças ao amadurecimento da banda, formada em 1993.

Convidaram, por exemplo, o pianista Bernardo Sassetti para o tema intimista "A palavra", os Gato Fedorento para um interlúdio humorado e o maestro Rui Massena, com quem já tinham trabalhado anteriormente, que fez arranjos orquestrais para três temas.

O músico jamaico-americano Atiba partilha com a banda o tema "International Luv" e o escritor José Luís Peixoto escreveu para "Negócios Estrangeiros".

A presença mais internacional será a da Orquestra Sinfónica de Praga, com a qual os Da Weasel gravaram três temas na República Checa.

Depois do último álbum ter sido um sucesso, surge agora o Amor, Escárnio e Maldizer. O que é que as pessoas podem esperar deste trabalho?

Este disco é o mais ecléctico do grupo. Tentámos reunir as várias referências que temos na nossa música, pelo que este disco apresenta um pouco de tudo aquilo que gostamos. Ou seja, vai desde os Da Weasel puro e duro, seja na versão mais hip hop ou dançável, até aos Da Weasel que misturam música de uma orquestra sinfónica e uma remistura com kuduro. É um álbum muito diferente.

Este álbum acaba por surgir associado a uma operadora de telemóveis. O porquê dessa aposta?

É uma parceria feliz. A publicidade por vezes pode tornar-se perigosa. Neste caso tivemos a possibilidade de avançar para um projecto directamente relacionado com a música, pois permite a cópia legal da nossa música para os telemóveis. A partir do momento que nos ofereceram essa parceria, considerámo-la positiva, pois num mercado português onde não há meios para iniciativas semelhantes, só teríamos que a aceitar. Trata-se de uma publicidade muito positiva.

O primeiro single do álbum tem a participação do grupo Buraca Sound Sistem. O objectivo é atingir outro público, através de sonoridades diferentes?

O nosso primeiro objectivo é agradarmo-nos a nós próprios. Se depois as pessoas gostarem ainda melhor. Aquilo que queremos é que a nossa música não fique fechada sobre si própria, oferecendo-lhe outras leituras. E quando essa aposta é feita com as pessoas certas, todos ficamos a ganhar. Esse grupo para muitos poderá ser uma novidade, mas para nós não o é. 

E os próximos singles também vão sofrer novas versões?

As remisturas é algo que nos fascina. Desde o nosso trabalho Terceiro Capítulo, em 1997, quando entregámos a pessoas muito diferentes para fazerem remisturas da nossa música, que essa tem sido uma aposta. É muito gratificante pegar na nossa música e entregá-la a alguém, por quem temos empatia, e surgir uma leitura diferente do nosso trabalho, pois surge sempre uma visão diferente da nossa música, que quando é bem feita nos dá muita satisfação.

Esta exposição mediática não vos colocou mais pressão na preparação do novo álbum?

Não. Aquilo que nos colocou pressão foi termos a consciência que o (Re)definições foi até à data o nosso disco mais conseguido. Foi aquele que fizemos com mais tempo e no sítio certo. Nessa perspectiva tivemos alguma pressão quer na composição das letras, quer das músicas, pois queríamos suplantá-lo. Nós queremos fazer sempre o disco seguinte melhor que o último. De qualquer fora tentámos fazer um trabalho descontraído.

A quebra na venda de discos em Portugal é uma realidade. Mas no primeiro dia em que o vosso novo trabalho chegou às lojas, obtiveram a Platina...

Ficámos muito satisfeitos com isso. Já na altura do (Re)definições ficámos surpreendidos com as vendas de 80 mil cópias, até porque o acesso às músicas pela Internet é uma realidade. O que se passa é que por cada disco vendido há mais duas ou três cópias que são tiradas da net. A quebra da venda dos discos é uma realidade, pelo que perante a situação ficámos bastante satisfeitos, pois demonstra que as pessoas estão com vontade de comprar e ouvir o nosso trabalho.

Depois do sucesso obtido em Portugal, a internacionalização do grupo é uma aposta?

É um pouco complicado, devido à língua portuguesa, a qual faz parte da identidade do nosso grupo. Por isso, além dos países com grandes comunidades de portugueses, como a França, ou os de expressão portuguesa, torna-se difícil a internacionalização das nossas músicas. Para entrarmos nos grandes mercados, teríamos que fazer versões em inglês. Estamos contentes com aquilo que obtivemos em Portugal e não estamos a pensar em mudar a nossa música, as letras ou a língua para entramos lá fora. Mas se conseguirmos furar o mercado internacional muito bem...

As vossas letras conseguem aliar diversão com reflexão. O hip hop pode ser uma linguagem de integração social?

Pode e deve ser. Nós temos uma quota parte de responsabilidade do factor integração, pois introduzimos o hip hop às pessoas de uma forma diferente, juntando-a com outros sons que elas estão habituadas a ouvir. Quando começámos tínhamos um hip hop muito diferente, que depois passou para um mais convencional. Eu lembro-me que quando estudava no ensino secundário, o facto de vestirmos calças largas ou de ouvirmos um determinado tipo de música, significa rejeição social. Nesse aspecto a revolução que a música, não só a nossa, mas o aparecimento de canais como o MTV provocou, veio ajudar à integração das pessoas. 

No que respeita a concertos, eles estão quase na estrada?

Já temos muitas marcações. Vamos começar já este mês com as semanas académicas e queimas das fitas. Além disso há dois festivais importantes em que vamos participar nos próximos meses. Depois surgirão todos os outros concertos, até porque já estamos com saudades de ir para a estrada
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Hugo Rafael
Rádio Condestável
Programa Clube do Som
De 2ª a 6ª Feira das 17 às 20 Horas www.radiocondestavel.pt

 

 

 

FACULDADE DE ECONOMIA DE COIMBRA

Alunos brilham em Paris

Depois de terem vencido a final nacional do Danone Trust (que contou com a participação de 60 equipas, num total de 300 alunos), a equipa Freakonomists, constituída pelos alunos da FEUC Leonor Silva, Ana Margarida Pinho, Cristina Faria, José Manuel Costa e Luis Viegas, foi a Paris disputar a final internacional, num confronto directo com equipas de mais 15 países.

Entre os dias 29 e 30 de Março, a equipa teve de dar resposta a um caso concreto e relacionado com a realidade daquela multinacional em Portugal: Como aumentar a quota de mercado perante a concorrência das ‘marcas brancas’? A solução encontrada pelos alunos da FEUC impressionou favoravelmente os diversos responsáveis da Danone que avaliaram os concorrentes – entre os quais o CEO, Franck Riboud – e valeu-lhes a segunda posição.

Já na fase nacional, os Freakonomists haviam “assumido” a liderança da uma empresa do Grupo Danone e apresentado as suas estratégias de mercado – um plano a 3 anos visando um crescimento rentável e construindo cenários de confiança para os accionistas, gerindo todas as vertentes de uma unidade empresarial.

Como reconhecimento do trabalho e dos resultados, realiza-se no próximo dia 11 de Abril, pelas 10H30, na Sala Keynes da FEUC, uma cerimónia pública de entrega do prémio à Faculdade e aos elementos da equipa, que contará com a presença de responsáveis da Danone, de Fernando Guerra (Pró-Reitor da Universidade de Coimbra) e de Soares da Fonseca (Presidente do Conselho Directivo da FEUC).

Os elementos da equipa Freakonomists ganharam o direito à realização de um estágio de inserção profissional remunerado na Danone Portugal, que iniciarão em breve
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RANKING NACIONAL DE TÉNIS DE MESA

Estudante da UBI lidera prova

Sara Rosário, estudante de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior (UBI), lidera actualmente o ranking da zona nacional de Ténis de Mesa feminino, após ter conseguido a melhor pontuação do país no apuramento para a final do Campeonato Nacional Universitário, disputado em Braga, em Março.

A atleta da UBI totaliza 138 pontos. Em segundo lugar está Mafalda Lima, da Universidade do Porto, com 96 pontos. Foram também apuradas para a final outras duas estudantes da UBI: Mariana Marinho, em quarto lugar, com 75 pontos, e Inês Palhais, na posição a seguir, com 72 pontos.

Natural dos Açores, é a primeira vez que compete em Ténis de Mesa. Além de não querer fazer desta modalidade futuro, diz ainda que “não é dos meus desportos predilectos. Surgiu a oportunidade de participar e até agora estou a gostar e é sempre bom novos desportos”.

Cátia Felício

 


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