UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Colocações aumentam

A Universidade de Évora aumentou o número de colocações na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. 11 Cursos preencheram todas as vagas: Turismo, Sociologia, Arquitectura, Arquitectura Paisagista, Educação Física e Desporto, Educação de Infância, Medicina Veterinária, Psicologia, Ensino Básico 1.º Ciclo, Gestão e Enfermagem.
Refira-se, ainda, que nos cursos de Medicina Veterinária, Turismo, Psicologia e Educação de Infância, as vagas não foram suficientes para o número de candidatos que seleccionaram a Universidade de Évora como primeira opção.
Em declarações ao Ensino Magazine, Jorge Araújo, Reitor da Universidade de Évora referiu que “globalmente, a Universidade de Évora inverteu a tendência para a perda de alunos que se vinha verificando em anos anteriores. Com efeito, aumentou o número de alunos colocados e aumentou a percentagem de vagas preenchidas. Contudo, evidencia-se o fenómeno de rejeição, por parte da população, dos cursos de cariz científico-tecnológico, exactamente aqueles aos quais está associado maior índice de empregabilidade e que maior impacto podem ter no desenvolvimento industrial do Alentejo. Com a agravante de que, se esses cursos não preencherem, no mínimo, 20 vagas, não serão financiados nos próximos anos, cerceando a capacidade dinamizadora da Universidade, relativamente ao projecto de desenvolvimento do
Alentejo”.
Noémi Marujo
MUNDO DIGITAL
Novas profissões

As novas profissões ligadas à informação on-line têm caminhos para a sua correcta evolução. A conclusão é da Rede Ibero-americana de Comunicação Digital (ICOD) que apresentou os resultados de encontros de diversos investigadores e docentes, de oito universidade iberoamericanas, que estudam o fenómeno das novas tecnologias.
Esta iniciativa que aponta novas possibilidades de utilização da Internet para fins informativos ficou também marcada pela ligação entre várias instituições. Os membros que deram forma à Rede Iberoamericana frisaram diversas vezes “a partilha de conhecimentos e de informações entre universidades de vários pontos do globo”. Um ponto que contribuiu, segundo os mesmos, para a elaboração de um estudo transversal e inovador numa área em crescimento.
Esta rede, que inclui docentes da UBI, foi criada com o objectivo de estudar as diversas evoluções e aplicações das ferramentas informáticas no mundo da comunicação contou com a participação de docentes da Universidade da Beira Interior. O segundo encontro realizado no âmbito deste projecto teve lugar na Covilhã e foi também pela mão dos membros da UBI que agora se concluiu o site onde as conclusões deste projecto são apresentadas.
TEATRO
Astra organiza tour

A Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA) da Covilhã vai iniciar uma tour com a sua mais recente produção, a peça Fora de Tempo. A tour inclui passagens por algumas cidades portuguesas e também passagens pelo estrangeiro. A viagem começou a 19 de Outubro em Estarreja. Segue-se a primeira incursão a terra estrangeiras, no dia 28 de Outubro, em Puntarenas, Costa Rica, onde os responsáveis pela Asta participam também no V Congresso Ibero-americano de Teatro Universitário como Companhia Profissional em representação de Portugal. Já nos dias 2, 3 e 4 de Novembro, “Fora de Tempo” sobe ao palco em San José, capital da Costa Rica, na Faculdade de Artes Dramáticas da Universidade da Costa Rica. Ainda em Novembro, os espectáculos regressam a Portugal, mais precisamente ao Museu dos Lanifícios da UBI, dia 30. Já em Dezembro é a vez de São Pedro do Sul receber, dia 9, uma sessão dupla desta peça. Esta digressão termina a 16 de Dezembro em Idanha-a-Nova, também com uma sessão
dupla.
Eduardo Alves
UBI E MICROSOFT DE ACORDO
CET avança na UBI

O ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, assistiu no dia 12, através de
videoconferência, ao lançamento simultâneo do Curso de Especialização Tecnológica
(CET) na Covilhã, Guimarães, Oliveira de Azeméis e Aveiro. O curso vai ser leccionado em três universidades, entre elas a Universidade da Beira Interior (UBI).
“Diziam-me que, por cada mil formandos, 20 podem criar empresas e dois ter sucesso. Isto é muito positivo”, disse Manuel Pinho na
videoconferência sobre este curso de desenvolvimento de software e administração de sistemas. Salientou ainda que há “grande falta de desenhadores de software, não só na Europa, mas no mundo”.
Luís Carrilho, vice-reitor da UBI, também falou na importância destes cursos. O objectivo desta comunicação em rede é certamente um acontecimento ímpar”. E sublinhou que as expectativas são de sucesso em relação a este curso destinado a estudantes que terminaram o ensino secundário ou os que pretendam uma
requalificação.
O CET resulta do protocolo de colaboração “Competências em Software”, entre a Microsoft, o Iapmei, a escola tecnológica Forino, a Recet e ainda as universidades da Beira Interior, de Aveiro e do Minho. Nesta fase piloto contabilizam-se 160 alunos repartidos por seis turmas, divididas em dois regimes: diurno e nocturno. O orçamento de 2,1 milhões de euros (incluindo bolsas de formação) é suportado pelo Prime no âmbito das Parcerias e Iniciativas Públicas.
Cátia Felício
FÓRUM PEDAGOGIA
Bolonha em debate

A nova organização do Ensino Superior resultante de Bolonha, “é um novo paradigma”, pelo que exige mudanças para a sua implementação correcta. Esta é, pelo menos, a opinião de Jorge Barata, professor catedrático de Ciências Aeroespaciais na Universidade da Beira Interior (UBI), que participou no Fórum Pedagogia, organizado pela Associação Académica da Universidade da Beira Interior.
Para aquele docente, Bolonha “é uma grande mudança. O que se quer agora é um tipo de ensino virado para o desenvolvimento de competências” e não tanto para a avaliação de conhecimentos. Assume ainda que Bolonha traz riscos para a UBI, nomeadamente financeiros, que podem levar ao “recurso a valores incomportáveis de propinas”, o que é preocupante nesta região do país, nota. Acrescenta ainda que, para desenvolver as competências dos alunos, é preciso investir em equipamento científico adicional, necessário para o segundo ciclo de Bolonha. “Não podemos ter um sistema de ensino superior em que temos um professor a dar aulas a apenas dois alunos”, por questões de financiamento e não só.
O exercício da profissão de engenheiro e as implicações trazidas pela implementação do processo de Bolonha levantaram várias questões. Em termos de ciclos, esclarece que o primeiro ciclo não garante a habilitação para o exercício de todas as
actividades referidas no decreto-lei nº 119/92, sendo para tal necessário o segundo ciclo. Sublinha ainda que “grau de licenciado deve adoptar uma designação que não se confunda com o grau de mestre”.
A avaliação dos alunos também é um ponto importante, e está “intimamente associada aos métodos de ensino”. “O processo de Bolonha veio dar lugar a uma nova organização do Ensino Superior. Isto é inegável”. Acredita ainda que Bolonha “veio ajudar à unificação entre universidades e politécnicos. E é um aspecto que tem passado despercebido a muita
gente”.
Cátia Felício
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