Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano IX    Nº104    Outubro 2006

Dossier

ANA MARIA VAZ, PRESIDENTE DO IPCB

Politécnico entre os melhores

O Instituto Politécnico de Castelo Branco é uma das instituições referência de ensino superior no nosso país. Para o novo ano lectivo vai receber mais de mil novos alunos, tendo sido um dos mais procurados pelos candidatos ao ensino superior, no interior do país. A completar 26 anos, o IPCB tem pela frente desafios importantes, que a sua presidente quer ver cumpridos, como a conclusão do Campus da Talagueira, a implementação total da Declaração de Bolonha, a captação de novos públicos e o reforço da ligação da instituição com a comunidade.

Nesta entrevista, a presidente do Politécnico mostra-se satisfeita com o número de novos estudantes que ingressaram no Instituto, mas lembra que as instituições de ensino superior do Interior do País devem ter uma discriminação positiva por parte do Ministério. Caso contrário, assegura, muitas acabarão por desaparecer naturalmente.

O Instituto Politécnico de Castelo Branco vai receber mais de mil novos alunos no ano lectivo que agora se inicia. As fases de candidatura corresponderam às expectativas do IPCB?

Neste momento já temos 79 por cento das vagas ocupadas, entre as duas primeiras fases, o que é bom. Feitas as contas, e tendo em atenção as mudanças de curso, reingressos, transferências e concursos especiais já temos 1053 alunos. No interior do país, fomos uma das instituições mais procuradas, e logo na primeira fase tivemos uma ocupação de vagas superior a 60 por cento, o que é muito positivo se atendermos à actual conjuntura do ensino superior.

No que respeita às Escolas, a Superior de Educação demonstrou uma elevada procura na segunda fase?

Foi uma surpresa agradável e muito boa. Nós estávamos convencidos que após a terceira fase a maioria das vagas ficassem preenchidas, o que já aconteceu nesta segunda fase. Foi pena o curso de Desporto não ter avançado este ano, mas certamente que a ESE irá apresentá-lo para 2007/2008, até porque é uma área com elevada procura, que vai ao encontro dos desejos de muitos alunos do ensino secundário. Para além disso, temos um corpo docente muito qualificado na área do desporto. 

Ainda assim há escolas que denotam dificuldades...

É um facto, mas as situações são distintas. Na Superior Agrária, os cursos ligados à agronomia tiveram menos procura. Daí que a ESA tenha que avançar para outras formações, articulando-se também com as outras escolas do Politécnico, como por exemplo com a de Saúde, na área da nutrição. Com a Superior de Tecnologia também podem ser estabelecidas parcerias, para apostar nas tecnologias aplicadas à vertente agrícola. Isto porque as ofertas formativas na área da agricultura são pouco procuradas em todo o país. Convém, no entanto, realçar o facto da ESA ser uma das escolas mais procuradas por parte da comunidade, como tem acontecido com os programas da biodiversidade ou da biomassa, ou em trabalhos de investigação - como acontece com a Danone - e outros projectos que envolvem as autarquias.

No que respeita à Tecnologia, esta acompanhou a tendência nacional. Ou seja, numa altura em que o senhor ministro fala nas tecnologias e engenharias como uma área a investir, a qual tem 100 por cento de empregabilidade, os alunos não procuram essas ofertas formativas. Isto porque lhes faltam as disciplinas básicas para esse tipo de cursos, como a matemática, a física ou a química. Daí que o ensino secundário deva reforçar mais a sua posição ao nível das ciências, pois caso contrário os estudantes dificilmente terão sucesso ao nível das engenharias e das ciências. A falta de articulação entre ensino secundário e superior levou a que os candidatos àqueles cursos fossem diminutos. Algo que aconteceu em todo o País. No entanto, a EST está a fazer uma forte aposta em cursos de especialização tecnológica, de forma a que os alunos depois transitem para o ensino superior.

O objectivo passa, por isso, por captar novos públicos para o Politécnico?

Vamos avançar com cursos de especialização tecnológica em diversas áreas. No caso concreto da EST isso já foi feito, tendo a funcionar três ofertas formativas. O ensino superior politécnico tem que procurar novos públicos. O número de alunos reduziu, por decréscimo demográfico e porque muitos não acabam o ensino secundário.

Esses novos públicos passam também pelo concurso de acesso maiores de 23?

Passa. Há muitos cursos que conseguem completar as suas vagas através desse concurso. Esse é um novo público e que deve ter a sua oportunidade de prosseguir os seus estudos. Estamos a falar de pessoas, que na maioria dos casos, estão no mercado de trabalho e que anteriormente não tiveram oportunidade de continuar a estudar. Esta possibilidade é também uma mais valia para as empresas, que assim podem ter outro tipo de desenvolvimento, com funcionários mais qualificados. Só com pessoas qualificadas nas empresas é possível sermos competitivos e produtivos.

Dado o elevado número de candidatos nesse concurso, algum dos cursos vai ser em horário pós-laboral?

Vamos avançar com o de Protecção Civil, pois foi o que teve mais procura e mais trabalhadores candidatos. Vai ser uma experiência que pode vir a ser alargada, até porque há muita gente interessada em entrar no ensino superior através deste tipo de concurso. 

Perante o cenário que se vive no ensino superior, é necessário que o Governo tome medidas de discriminação positiva para as instituições do interior do País?

Se isso não for feito as instituições, a pouco e pouco, vão acabar naturalmente. Isto porque as instituições têm a sua estrutura montada para um determinado número de alunos. Como o financiamento é feito com base no número de alunos, e como os candidatos são menos que as vagas disponíveis (ganhando o Litoral vantagem nas colocações), se não houver medidas concretas, as instituições acabarão por morrer.

E há abertura por parte do Ministério para que isso seja feito?

Até ao momento não houve. Neste momento não sabemos o que vai ser alterado na rede de ensino superior. O senhor ministro diz que está à espera da avaliação feita pela OCDE. Eu tenho algumas dúvidas sobre esse estudo, já que os investigadores da OCDE estiveram uns dias no nosso país e não vieram Castelo Branco, Covilhã e Guarda, pelo que não conhecem a nossa realidade desta região. Por isso, não sei como é que podem definir o futuro, por exemplo destas três instituições, se não conhecem a nossa realidade.

A conclusão do Campus da Talagueira é um dos objectivos do Politécnico. Em que fase é que está essa construção?

As obras estão a avançar ao ritmo estipulado para este ano. No entanto, continuamos com graves problemas financeiros. O Campus é financiado por verbas Comunitárias e nacionais. Acontece que as nacionais, provenientes do Piddac, em nenhum ano foram suficientes para apoiar a parte comunitária. Isto porque se não tivermos 1/3 da parte nacional nunca conseguiremos usufruir dos 2/3 da União Europeia. No ano passado conseguimos alcançar a percentagem nacional recorrendo aos saldos do Politécnico. Mas esses saldos não duram sempre e o Piddac continua a ser deficitário. Apesar dos vários ofícios enviados para o Ministério ainda não obtivemos resposta.

Mas o Bloco Pedagógico da Escola Superior de Saúde está em construção?

Sim, as obras estão a terminar. O problema é que para esse bloco funcionar tem que ser construído o bloco central, que apoiará os blocos pedagógicos das escolas superiores de Saúde e de Artes Aplicadas. Mas a sua construção ainda não foi aprovada pelo senhor ministro.

Neste processo em que há compromissos assumidos pelo Ministério para com o Politécnico e a cidade, qual tem sido a posição da Câmara albicastrense?

O presidente da Câmara tem estado sempre disponível para solucionar este impasse. Já no ano passado foi necessário sensibilizar o Governo para que a obra do Bloco da Saúde avançasse, e neste momento penso que temos que fazer o mesmo. Da sua parte essa disponibilidade já me foi garantida, pelo que vamos marcar uma entrevista com o senhor ministro.

Em que medida é que o Politécnico está a ficar prejudicado com este atraso?

A procura pelos cursos da Saúde é bastante elevada e sem novas instalações é impossível termos novas ofertas formativas e por conseguinte mais alunos. Além disso, sem as novas instalações os alunos não têm possibilidade de desenvolver actividades importantes, como a prestação de serviços à comunidade. Nós temos uma escola de referência que pode prestar esse tipo de serviços, beneficiando assim a região.

Só com as novas instalações é possível alargar a oferta formativa?

Sim, sem dúvida. Neste momento isso é impossível, pois neste momento o espaço é pequeno para os alunos que a escola tem. Quando se abriram os cursos de Radiologia e Cardiopneumologia foi na expectativa de que quando os alunos chegassem ao segundo ano a escola tivesse pronta. O que acontece é que os estudantes já estão quase a terminar os cursos e as novas instalações não estão prontas.

Outro Campus em que o Politécnico investiu foi o virtual. Já está a funcionar em pleno?

Está certificado e a funcionar em pleno. Neste momento, nas escolas, já estão a ser colocados «on line» os sumários e conteúdos programáticos das disciplinas, como era o nosso objectivo.

Uma das suas bandeiras enquanto candidata à presidência do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi a aproximação do Instituto à comunidade e ao tecido empresarial. Isso está a ser conseguido?

Está. Cada vez mais há alunos nossos a fazer estágios nas empresas da região. Além disso, através do CEDER temos feito um trabalho com o tecido empresarial, estabelecendo diversas parcerias. Vamos ainda avançar para os mestrados profissionais, de forma a que os possamos fazer com todas as instituições da região, desde empresas, outras escolas ou autarquias. Por outro lado, temos apostado muito em cursos de especialização, respondendo às necessidades da comunidade e envolvendo o tecido empresarial. 

Ao nível curricular, todos os cursos vão ser adaptados a Bolonha?

Todas as escolas vão enviar os cursos já adaptados ao Ministério, dentro do prazo.

E no que respeita ao segundo ciclo de formação?

Algumas escolas já vão enviar as suas propostas para os mestrados. Mas até 2008/2009 as restantes vão fazê-lo.

E os mestrados serão feitos individualmente pelas escolas, ou haverá parcerias?

As escolas apresentam a sua proposta, mas o trabalho será feito por parcerias, envolvendo as diversas escolas do Politécnico, reunindo o que há de melhor nessas unidades orgânicas. E essas parcerias só não são mais reforçadas devido à autonomia das instituições, pois o Politécnico no seu todo tem recursos humanos qualificados para fazer aprovar diferentes tipos de cursos.

Isso obriga a que cada Escola melhore a qualificação do seu corpo docente?

Sim, apesar do Instituto Politécnico ter feito essa aposta na globalidade.

Voltando aos mestrados, já há garantias de financiamento para esse segundo ciclo?

Não. A única que existe diz respeito aos mestrados integrados, que estão ligados às universidades. No que respeita aos Politécnicos, o Ministério ficou de começar as negociações em Setembro, mas até à data isso ainda não aconteceu.

 

 

 

COLOCAÇÃO DE NOVOS ALUNOS

Mais de mil alunos para o IPCB

Entre a primeira e segunda fases de candidatura o Instituto Politécnico de Castelo Branco viu ocupadas “79 por cento das vagas, sendo que 67 por cento já tinham ficado preenchidas na 1ª fase de acesso”.

O Instituto Politécnico de Castelo Branco considera que “com esta taxa de colocação, o IPCB está entre as melhores instituições da Rede Politécnica do Interior. Das 974 vagas inicialmente postas a Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior foram já colocados 767 alunos, a que acrescem mais 286 colocados através dos Concursos Especiais, Mudanças de Curso e Transferências, o que perfaz um total de 1053 alunos”.

Os resultados permitiram também ao Politécnico aumentar o seu número total de alunos para o ano lectivo 2006/07. “Para a 3ª fase do Concurso de Acesso ao Ensino Superior o IPCB tem 218 vagas as quais deverão ser ocupadas já que ainda há muitos candidatos dos Concursos Especiais (maiores de 23) que aguardam colocação”, assegura. O maior destaque no IPCB vai para os cursos da área da saúde e das artes, os quais preencheram todas as vagas. A crise, mantém-se, contudo, na área da agronomia e nas engenharias
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TELEVISÃO ONLINE ARRANCA NO IPCB

Beira TV para todo o mundo

Chama-se Beira TV e será a primeira televisão com emissões regulares emitida a partir de Castelo Branco. A aposta é da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco e vem substituir o canal televisivo interno do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Zip TV. A Beira TV vai começar a emitir em Dezembro, através da Internet. “Trata-se de um canal televisivo on-line, que emitirá conteúdos de toda a região e não apenas do Politécnico”, começa por referir Fernando Raposo, director da Esart. “Queremos que esta seja uma televisão regional, a qual pode ser vista em qualquer parte do mundo e a qualquer hora, pois as emissões serão feitas na internet”.

A equipa da Beira TV já está escolhida e integra dois operadores de câmara/editores e um jornalista. Mas de acordo com Carlos Reis (na foto), um dos responsáveis pelo projecto, vai também integrar os alunos. “À semelhança do que fizemos com a Zip TV, vamos aproveitar a formação dos alunos, de forma a que este projecto tenha utilidade para a escola”. Aquele docente da Esart lembra que “existem já novos conteúdos produzidos, mas a ideia passa também por aproveitar outros feitos para a Zip TV”.

Uma das novidades deste canal televisivo, no entender de Carlos Reis, “passa peo facto dos espectadores poderem ver os conteúdos quando quiserem, mesmo aqueles que já foram emitidos, uma vez que vamos ter um arquivo que pode ser consultado on-line”. Além disso, assegura Fernando Raposo, “há a possibilidade das pessoas requisitarem os conteúdos à Escola, a qual fará uma cópia de alta qualidade para DVD, mediante um preço”.

No que respeita a conteúdos, Fernando Raposo refere que estes vão desde programas culturais, de educação, lazer ou turismo, passando pelo desporto. Queremos dar todo o tipo de informação sobre o Distrito, pelo que a Beira TV vai ser um canal de televisão da Região e não apenas do Politécnico”. Para a Esart esta nova aposta é “o ideal, já que a escola possui equipamentos e os alunos podem desenvolver algum trabalho no âmbito da sua formação”. para Carlos Reis, “esta mudança era obrigatória. Na Zip TV havia um período limitado de emissão de conteúdos, os quais só eram vistos no seio do Politécnico. Agora vamos ter uma actualização regular de conteúdos, os quais podem ser vistos a qualquer hora e em qualquer local do mundo”.

Fernando Raposo lembra que para que o projecto tenha sucesso “é importante que as pessoas, instituições e empresas da região colaborem”. A Beira TV vai funcionar 24 horas por dia.

 

 

 

Formação contínua
em Matemática na ESE

As actividades no âmbito do Programa Nacional de Formação Contínua de Matemática para os 1º e 2º Ciclos iniciaram-se a 18 de Outubro na Escola Superior de Educação de Castelo Branco.

Para além de envolver todos os Agrupamentos Escolas do Distrito de Castelo Branco, o programa vai, por um lado, aprofundar a formação de docentes e, por outro, dar início à formação de professores que leccionam os 1º e 2º anos do 1º ciclo e Matemática do 2º ciclo. 

O Programa de Formação Contínua de Matemática para os 1º e 2º Ciclos é coordenado por Paulo Afonso e integra ainda os professores Francisco Costa, José Filipe e António Conceição. Esta equipa considera que os resultados obtidos no ano passado foram óptimos e que a ampliação do programa aos professores de Matemática do 2º Ciclo irá promover um maior sucesso no processo de ensino e de aprendizagem da disciplina. 

Por seu turno Henrique Gil, director da ESE, diz que a sua direcção “tudo tem feito para proporcionar as condições para que este Programa Nacional de Formação continue a ter sucesso e continue a prestar serviços de elevada qualidade à comunidade educativa envolvente. A Direcção da ESE entende ainda “que todos os contributos são poucos pelo que continua a manifestar disponibilidade em intervir em todas as áreas que estiverem no seu âmbito de acção dada a qualidade do seu corpo docente em poder responder a esses desafios”.

 

 

 

NOVAS ENERGIAS

Agrária debate biomassa

A Escola Superior Agrária vai realizar, nos dias 25 e 26 de Outubro, um Workshop subordinado ao tema “Biomass to Energy - Local Projects”. A iniciativa é uma organização conjunta da ESA, da empresa IrRADIARE e do Grupo de Investigação em Energia e Desenvolvimento Sustentável do Instituto Superior Técnico, e decorre no âmbito do Projecto europeu 5 Eures (http://www.5eures.eu.com).

Durante os dois dias, no auditório principal da ESA, serão debatidos aspectos relacionados com a temática biomassa florestal. 

Recorde-se que a Direcção Geral de Energia colocou a concurso 15 licenças para a produção de energia em centrais termoeléctricas a biomassa florestal com uma potência total de 100 Megawatts, 33 dos quais nos distritos de Castelo Branco e Portalegre. O Concurso terminou a 19 de Setembro tendo superado todas as expectativas com a apresentação de 39 candidaturas. 

Neste âmbito, a ESA produziu dois estudos de explorabilidade do recurso florestal para produção de energia eléctrica em central termoeléctrica no distrito da Castelo Branco, tendo sido contactada por inúmeros grupos empresariais dos quais destacamos: Sonae Indústria, Generg, Edifer, Grupo Lena, Visabeira, Tecneira, Dalkia, FDOconstruções, Nutroton e Solbioen. Este interesse pela ESA resultou dos trabalhos de investigação que alguns docentes têm vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos utilizando metodologias inovadoras a nível da gestão da biomassa. De salientar a metodologia de Krigagem em ambiente SIG, utilizada na simulação da distribuição das quantidades de biomassa, desenvolvida pelo docente. Nuno Pedro no âmbito da sua tese de Mestrado. 

A equipa da ESA, responsável pelos trabalhos produzidos, é constituída pelos docentes Cristina Alegria, José Massano Monteiro, Paulo Fernandez, Isabel Castanheira, Filipe Simões e Nuno Pedro, que coordenou a equipa. 

Apesar de outros grupos económicos terem solicitado a ESA, essas solicitações não puderam ser atendidas por falta de recém-licenciados em Engenharia Florestal e em Engenharia dos Recursos Naturais e Ambiente, indispensáveis para integrar as equipas de campo necessárias para a execução destes projectos. 

Pela relevância do tema do Workshop “Biomass to Energy- Local Projects” e pela possibilidade de conhecer e contactar com experiências significativas de países como a Finlândia, Espanha, Alemanha e Lituânia, este evento terá muito interesse não só para docentes e alunos da ESA mas também para outros profissionais relacionados com a temática.

 

 

 

ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO

Alunos no jogo de Gestão

O Instituto Politécnico de Castelo Branco vai participar pela primeira vez no TRUST, o jogo simulado de Gestão, dirigido a estudantes do ensino superior, com o objectivo de detectar futuros quadros para a empresa Danone. Este jogo, que entra agora na sua segunda edição, conta com seis instituições de ensino superior, aumentando de 160 para cerca de 200 o número de participantes. Portugal é um dos 16 países que estão este ano a concurso, num total de alunos superior aos seis mil. A primeira edição do concurso ofereceu cinco estágios profissionais, tendo recrutado para os quadros da Danone três colaboradores.

O TRUST simula nesta edição a gestão de uma unidade de negócio, entre acontecimentos reais, vividos no Grupo Danone, e a criação pura. As equipas interessadas em concorrer devem ter cinco alunos finalistas ou pré-finalistas, cujo desafio será o de assumir a direcção da empresa, definindo o seu plano estratégico a três anos, com vista a um crescimento rentável e construindo cenários de confiança para os accionistas. Os concorrentes vão gerir todas as vertentes de uma unidade de negócio, dos recursos humanos ao marketing, passando pela área financeira e industrial.

Em Portugal, a iniciativa vai ter na fase final 60 alunos, divididos por 10 equipas. A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova é a única do interior do país num grupo que inclui instituições como o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Economia do Porto, a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). 

A entrada da equipa albicastrense, diz fonte da Danone, “deve-se ao envolvimento muito próximo da Danone com a sociedade civil da região de Castelo Branco, apoiando o seu desenvolvimento e contribuindo para a riqueza local, detendo particulares protocolos com o Instituto Politécnico”. A empresa internacional, do sector alimentar, tem em Castelo Branco uma fábrica onde trabalham cerca de 180 pessoas.

O TRUST vai apurar os vencedores de cada um dos 16 países participantes, que devem apresentar os seus projectos em Paris, ao presidente da Danone, Franck Riboud, numa cerimónia marcada prevista para Março de 2007.

 

 

 

PROJECTO DA TUNA DO POLITÉCNICO AGRADA

ESTuna faz oito anos

A Tuna Masculina da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco (ESTuna) acaba de assinalar oito anos de existência, numa altura em que está em fase de crescimento. “A ESTuna está em fase de crescimento, mas para isso continua a necessitar de pessoas novas, com novas ideias. É dessa renovação que surgem novas músicas e novas formas de estar”, refere Nuno Maricato, de 32 anos, um engenheiro civil que ainda hoje um grande entusiasta da ESTuna. Por isso é o mestre do acordeão e assim quer continuar, admitindo que crescer é o único caminho.

Não o choca por isso o projecto que visa juntar todas as tunas masculinas do Politécnico numa tuna só. “Isso permitiria juntar mais pessoas em torno de um projecto e vai ao encontro de um dos objectivos da ESTuna, o de expandir o mundo das tunas”. Por isso, nestes oito anos, o trabalho e o reconhecimento desse trabalho levaram a ESTuna à Madeira e a muitos outros locais do País. Mas os tunos estiveram ainda na Alemanha (Hamburgo), em Itália (Florença), Espanha (Barcelona), França (Nice e Paris) e no Luxemburgo.

Já Carlos Meira, actual presidente da ESTuna, está satisfeito com o desempenho da tuna e espera conseguir apoios para incrementar a participação em iniciativas. Este ano a tuna já actuou no arraial de apresentação aos caloiros e numa iniciativa da Associação Nacional de Professores. Tem ainda convites para actuar em Castelo Branco (3 Novembro), no Algarve (4 Novembro), nos Açores (9 a 12 de Novembro), Gavião (25 de Novembro). Para o ano, em Outubro, deverá deslocar-se ao México, num intercâmbio com a Tuna FIME. Este ano estão ainda previstas saídas para Lisboa, Coimbra, Porto, Covilhã, Leiria e Abrantes.

 


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