COVILHÃ
Novo Box Kit Caloiro

Os novos alunos da UBI recebem este ano, ao fazerem-se sócios da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), a Box Kit Caloiro 2006, que inclui um CD interactivo. A ideia partiu de Rui Pedro Dias, gestor de contas da associação, que apresenta o Kit. O CD traz informações sobre a AAUBI, os núcleos, o sector de desporto, calendário académico e ainda o mapa da UBI (com links para os departamentos). O caloiro dispõe ainda de uma secção de alojamento, com várias das casas que podem ser arrendadas na Covilhã e um mapa da cidade covilhanense. Aqui, “estão ainda indicados alguns dos estabelecimentos que fazem desconto aos caloiros”.
O objectivo é que os novos alunos se ambientem às ruas e fiquem a saber onde se situam vários espaços, desde a universidade até à Câmara Municipal ou Garagem de São João, entre outros. Rui Pedro Dias diz que a AAUBI é pioneira ao oferecer aos caloiros um cd interactivo com estas características.
Qual a importância deste cd? Para o gestor da AAUBI “é serviço muito inovador que pode beneficiar a integração quer no meio académico, quer no meio urbano e na comunidade onde está inserido”. E acrescenta que há que aproveitar as novas tecnologias. “Além da imagem apelativa, tem dentro um conjunto de utilidades para os alunos que chegam à UBI”, conclui.
Cátia Felício
RECEPÇÃO AO CALOIRO
Beja com festa rija
As Associações de Estudantes das Escolas Superiores que compõem o Instituto Politécnico de Beja (IPB), realizaram a tradicional Recepção ao Caloiro no Parque de Feiras e Exposição de Beja, entre os dias 16 e 19 de Outubro. Este foi um momento importante na vida académica dos novos alunos (caloiros) e dos alunos que já frequentam as escolas que compõem o IPBeja. E o programa foi forte. No dia 16 houve Noite de Tunas e muita música com o DJ Timon. A 17 teve lugar a Procissão das Velas; Quim Barreiros e
Morfina Paradise DJ. Já a 18 actuaram os Roadies, Smokin Bears & Lego Friendse DJ Timon. Finalmente, a 19 decorreu o Desfile Académico, tendo actuado depois os Souls of Fire, Tara Perdida e Vilanova DJ.
PORTALEGRE
Caloiros na cidade

A semana do caloiro, que funciona como uma forma de integração dos novos estudantes universitários, decorreu com muitas brincadeiras e as tradicionais praxes académicas. Com a chegada de um novo ano lectivo, a cidade de Portalegre encheu-se de alegria em mais uma recepção ao caloiro, que decorreu na passada semana, com a realização das tradicionais praxes.
Sendo uma forma de integração para os novos estudantes, foram várias as actividades que se desenvolveram durante a semana oficial de recepção ao caloiro da Escola Superior de Educação de Portalegre. Todos os anos é escolhido um animal para caracterizar os recém-chegados, o papa-formigas foi o eleito para este ano. Além das «brincadeiras» relacionadas com jogos tradicionais e a entoação de cânticos alusivos à escola e aos diferentes cursos, existem três momentos que todos os anos se repetem na comunidade estudantil de Portalegre. A subida à Penha, o desfile e o baptismo compõem os referidos momentos.
Na segunda-feira, sob a coordenação do general de praxes e da madre, os caloiros foram «presenteados» com a tradicional «pasta» feita de ovos e farinha que lhes foi colocada no cabelo. A realização de um «bilhar humano» e uma guerra de balões de água foram outras actividades deste primeiro dia da semana oficial.
Com a ajuda dos veteranos, tendo como objectivo dar a conhecer a cidade de Portalegre, na terça-feira realizou-se um rallypaper. À noite, aconteceu um dos três momentos, a tradicional subida à Penha. Apetrechados com uma vela, um tacho e uma colher de pau, caloiros, sempre com veteranos por perto, percorreram as ruas da cidade até chegar à Serra da Penha. No local, os veteranos distribuíram-se ao longo dos cerca de 200 degraus para dificultar, através de realização de perguntas, a subida dos novatos na vida académica. Sempre que erravam as questões, desciam degraus, o que prolongou esta actividade até de madrugada. De regresso à Praça da República, as praxes continuaram com a «manhã do cobertor».
Depois de uma noite tão longa, na quarta-feira, apenas se realizou o «leilão do caloiro». Um a um ou em pares, os caloiros foram «comprados» pelos veteranos, alguns até se encontravam em saldo com descontos de 10 a 50 por cento para facilitar o «negócio».
Para se despedirem da condição de «bichos» e passarem a ser oficialmente caloiros, os jovens estudantes universitários foram baptizados, na quinta-feira, terminando a manhã com o tradicional «banho no Tarro». A semana finalizou-se com o jantar em honra dos caloiros, onde todos festejaram o encerramento de mais uma semana oficial do caloiro. Mónica Mira vinda de Ourém, com 19 anos, concorreu para o curso de Serviço Social escolhendo a cidade de Portalegre como sua terceira opção. O balanço que faz da recepção ao caloiro é positivo, «o que menos gostei foi do leilão, mas o que mais gostei foi a manhã do cobertor. Apesar de estar longe de casa, penso que me vou integrar bem nesta nova vida».
Para além de ser uma forma de ajudar os novatos da vida académica a integrarem-se numa nova fase das suas vidas, as praxes funcionam como uma «prova de resistência» que tem como bónus a possibilidade de se vestir o tão característico traje académico.
Ana Rita Gomes
(ESEP – Jornal Digital)
COIMBRA E BEJA
Contestação
estudantil
Os estudantes da Universidade de Coimbra decidiram encerrar ao trânsito, a 19 de Outubro, uma rua que dá acesso ao pólo I, em solidariedade com os alunos que anualmente não se matriculam por razões económicas.
A decisão foi tomada por mais de 300 estudantes, que estiveram reunidos em Assembleia Magna para discutir questões como o processo de Bolonha, os apoios à acção social, o financiamento do ensino superior e o desemprego em Portugal.
“Vamos encerrar o acesso à Universidade pela rua Padre António Vieira, como forma de mostrar o nosso descontentamento pelos alunos que anualmente não têm acesso por razões sócio-económicas”, explicou à agência Lusa Fernando Gonçalves, presidente da Associação Académica de Coimbra.
Segundo o dirigente, os estudantes foram incentivados a manifestar a sua preocupação pela forma como está a ser aplicado o Processo de Bolonha pelo Senado, que até Novembro deverá aprovar os planos de reestruturação de cerca de 60 cursos.
“Não há nenhuma estratégia do Governo nesta matéria, nem das próprias universidades. Os próximos anos serão de grande indefinição e instabilidade”, vaticinou o dirigente estudantil.
Fernando Gonçalves teme que haja cada vez menos alunos a frequentar o ensino superior, considerando que nos próximos quatro a cinco anos o valor da frequência do segundo ciclo das licenciaturas “seja só suportável por quem tem melhores condições económicas”.
Os estudantes aprovaram ainda, na reunião da Assembleia Magna, a realização de um debate e reflexão sobre o 20 de Outubro de 2004, dia em que a polícia carregou sobre os alunos que se manifestavam no pólo II contra o aumento de 150 por cento nas propinas, que foram então fixadas em 850 euros pela Universidade.
BEJA. Os estudantes do Instituto Politécnico de Beja (IPB) protestaram, no dia 19, contra o aumento das propinas e os cortes na acção social, numa iniciativa que se vai repetir noutros pontos do país, anunciaram hoje dirigentes estudantis.
O protesto dos estudantes de Beja insere-se num conjunto de acções de luta descentralizadas que vão decorrer, quinta-feira, em todo o país. A realização dos protestos foi decidida no Encontro Nacional de Dirigentes
Associativos (ENDA) do Ensino Superior, que decorreu entre 11 e 13 deste mês, em Faro.
O protesto de Beja, organizado pelas associações de estudantes das quatro escolas do IPB, decorreu durante o tradicional desfile académico.
O porta-voz das associações de estudantes, Ruben Felicidade, adiantou à agência Lusa que “os estudantes vão empunhar, durante todo o desfile, faixas e bandeiras pretas como forma de expressar o seu descontentamento”.
As vozes de protesto só deverão surgir, com maior intensidade, à passagem pelo Governo Civil, onde uma comissão representativa dos estudantes espera ser recebida pelo Governador Civil de Beja, Manuel Monge.
“Pretendemos entregar ao representante local do Governo um abaixo-assinado e uma moção com as preocupações e reivindicações dos estudantes do Ensino Superior público de Beja”, explicou.
Ruben Felicidade justificou a manifestação com “a necessidade dos estudantes expressarem o seu descontentamento contra a política de sub-financiamento das instituições de ensino superior”.
“Trata-se de uma política que tem provocado cortes nas verbas destinadas à Acção Social Escolar e aumentos sucessivos das propinas”, lembrou.
No caso de três escolas do IPB, precisou Ruben Felicidade, neste ano lectivo, “as propinas aumentaram mais de 200 euros, passando dos 477,11 euros para 700 euros”.
Só os alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG) vão pagar menos propinas (600 euros) que os colegas das restantes escolas do IPB, por aquela funcionar em instalações provisórias longe do
“campus”.
“Cada vez existem mais entraves ao ingresso de estudantes no Ensino Superior”, lamentou, acrescentando que, este ano lectivo, “forma ocupadas menos de 50 por centro das vagas disponíveis nas quatro escolas do
IPB”.
“Com as políticas de sub-financiamento e com a nova medida de encerramento dos cursos com menos de 20 estudantes, o Alentejo e o país continuarão a caminhar para a desertificação e o subdesenvolvimento”, vaticinou Ruben Felicidade.
As condições da ESTIG, que funciona há oito anos em instalações provisórias longe do “campus” do IPB, e a implementação do processo de Bolonha, “que vem elitizar ainda mais o Ensino Superior, tornando-o cada vez mais caro por menos conhecimentos e direitos”, são outras das razões de protesto.
“Com todas estas ofensivas, os estudantes de Beja exigem um Ensino Superior de público gratuito e de qualidade, livre de propinas e do processo de Bolonha”, disse Ruben Felicidade.
No IPB, que começou a funcionar em 1985, estudam actualmente 2.775 alunos divididos por 29 cursos (licenciaturas, pós-graduações e mestrados) ministrados nas escolas superiores de Tecnologia e Gestão (ESTIG), Educação (ESEB), Agrária (ESAB) e Saúde
(ESSB).
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