20º ANIVERSÁRIO DA
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
"Um projecto
exemplar"

A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior acaba de ser inaugurada, numa cerimónia que contou com a presença do Primeiro-ministro, José Sócrates, o qual considerou que o edifício, localizado junto ao Centro Hospitalar da Cova da Beira é “um dos mais significativos investimentos do Estado nesta região, nos últimos tempos”.
O primeiro-ministro confessou que “muitos não receberam bem a decisão de instalar na Covilhã um curso de Medicina”. Os meios académicos “e até políticos” olharam com algum cepticismo a decisão do governo presidido “também por um homem desta região, António Guterres”. Mas mesmo assim, Sócrates confessou que sempre foi depositada grande confiança nos responsáveis da instituição.
No seu discurso, referindo-se aos 20 anos da UBI, o primeiro-ministro acaba por dizer que “a história da UBI e da Faculdade de Ciências da Saúde é uma história de sucesso, como poucas”. Abordou ainda “o importante papel desempenhado por este curso na junção dos diferentes hospitais da região”. Na óptica do primeiro-ministro, o curso de Medicina veio aproximar os três hospitais da região, nesta primeira fase, e contribuir também “para a fixação de médicos nesta zona interior do País”.
Manuel Santos Silva, reitor da UBI abordou a aposta da UBI na internacionalização e na qualificação do corpo docente, para vencer a localização geográfica e também “desenvolver uma estratégia de afirmação no meio”. Actualmente a UBI “conta com um dos melhores índices de postos de informática por aluno, a nível europeu”. Um dos muitos trunfos para “a introdução de novas metodologias pedagógicas, com a aprendizagem centrada no aluno”.
Lembrou depois o chefe do governo para o facto de que “o orçamento de Estado transferido por aluno tem vindo a decrescer, contrariamente ao que sucede em outras universidades situadas em grandes centros urbanos”. Um dos pontos mais frisados pelo reitor da UBI vai no sentido de alertar para o “imprescindível reforço do orçamento” da instituição de ensino superior.
Santos Silva lembrou o futuro da UBI. Entre outros projectos, a instituição necessita agora de apetrechar o Centro de Investigação em Ciências da Saúde, ampliar os Serviços Centrais da Reitoria e construir a Unidade de Artes e Letras. Uma estrutura que deve integrar também um plateau para a licenciatura em Cinema e os gabinetes dos docentes. Para este ano está também prevista a conclusão do Complexo Pedagógico das Ciências do Desporto e o Centro de Formação e
Interligação da UBI.
Já Bruno Carneiro, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) teceu elogios ao novo pólo da instituição e também ao esforço que tem vindo a ser feito para melhorar as condições dos estudantes que frequentam na UBI. A data histórica “que representa o virar de mais uma página importante para a UBI” serviu também para que o dirigente estudantil pedisse “mais apoio social ao nível das bolsas e das cantigas”. Carneiro, neste ponto voltou a frisar o caso do Pólo IV para onde está prevista a construção de uma cantina, mas que “até agora ainda não passou das intenções”.
Eduardo Alves
FACULDADE DE MEDICINA
Um edifício para o
futuro
O novo edifício destinado às licenciaturas na área da saúde ministradas na UBI apresenta um conjunto de inovações que o torna único na Europa. José Carlos Loureiro, arquitecto responsável pela Faculdade de Ciências da Saúde. destaca “horizontalidade” do edifício, que tem o intuito “de esbater o caos urbanístico que se encontra hoje na Covilhã”. Segundo afirma, “para quem entra na cidade “este é um ponto sereno que se enquadra na geografia natural do terreno”.
Segundo este arquitecto que conta já no seu currículo o desenho da Faculdade de Ciências do Porto, da Faculdade de Biologia da Universidade de Aveiro, do Complexo Pedagógico de Gualtar, na Universidade do Minho e do Edifício das Engenharias da UBI, “a Faculdade de Ciências da Saúde é um dos edifícios-escola mais avançados da Europa”.
A mesma opinião parece ter o presidente da Faculdade de Ciências da Saúde. João Queiroz refere que todo o projecto para esta nova escola “foi alicerçado no que é o ensino da Medicina por essa Europa fora”. O responsável pelo ensino da Medicina na Covilhã explica que este novo complexo “permite muitas avaliações e auto-avaliações que nos levam a formar cada vez melhor os nosso alunos”.
Sublinha também que “estas instalações representam qualquer coisa de excelente”. Isto porque, no que diz respeito à parte pedagógica, a faculdade está munida de salas de tutorias e de auto-aprendizagem “como não há na Europa”, adianta. O mesmo se aplica “em termos de dimensão, de luminosidade, de exposição e de capacidades para os alunos trabalharem”. O edifício recebe, já no próximo mês de Setembro “todos os anos do curso de Ciências da Saúde” e passa depois a receber algumas disciplinas do curso de Ciências Biomédicas. Quanto à nova licenciatura em Ciências Farmacêuticas, que espera aprovação do ministério da tutela, o docente responsável pela FCS explica que “os dois primeiros anos vão funcionar nas instalações onde agora se ministram as Ciências da Saúde, uma vez que esse tempo lectivo está mais ligado com a Química e com a Matemática”. Os três últimos anos são passados já na nova faculdade.
UM CENTRO DE EXCELÊNCIA
NET EM ÉVORA
Investigação em
software
A Universidade de Évora vai ter um Centro de Excelência.NET, em parceria com a ViaTecla. Quem o garantiu foi Neil Holloway, Presidente da Microsoft EMEA (Europa, Médio Oriente e África), no passado dia 19 de Abril, durante a sua intervenção na Conferência “Inovação e Investimento”, promovida pela PLMJ (Sociedade de Advogados).
Segundo o comunicado de imprensa da Microsoft Portugal, o referido centro enquadra-se num conjunto de iniciativas que tendem a dinamizar a cooperação Universidade – Meio Empresarial. “O Centro terá como objecto o desenvolvimento de software, em projectos focados em soluções reais, bem como a formação e investigação sobre tecnologias Microsoft e em particular sobre a plataforma Micro-soft.NET”.
O Centro de Excelência.NET, que irá funcionar nas instalações da Universidade de Évora, funcionará como Laboratório.NET para a investigação e desenvolvimento profissional de software.
Administrado e organizado pela ViaTecla, o referido centro terá como principal função a “gestão contínua de micro-projectos para integração em soluções reais, permitindo a passagem de know-how aos participantes em experiências profissionais e geração de aplicações para o mercado empresarial”.
Ainda de acordo com o comunicado de imprensa, a Microsoft está a ultimar com a Universidade de Évora um acordo para a constituição de uma IT Academy, que consiste “na instalação de uma Academia na Universidade de Évora para a disponibilização de cursos do Curriculum oficial da Microsoft, permitindo assim que alunos da Universidade de Évora - ou de outras instituições académicas - adquiram competências técnicas e obtenham certificações Microsoft que facilitem a sua inserção no mercado de trabalho”. 
Noémi Marujo
COM O ISHST
Protocolo assinado no
Algarve

Com vista ao desenvolvimento de actividades de colaboração que reforcem interesses mútuos entre ambas as Instituições, a Universidade do Algarve e o Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho assinaram a 10 de Maio um protocolo geral de colaboração.
As acções de colaboração previstas no protocolo vão incidir, em particular, no desenvolvimento de actividades conjuntas nos domínios do ensino e da formação e na participação em actividades, acções e projectos de formação, investigação e prestação de serviços à comunidade de âmbito local, regional e nacional. No âmbito do referido protocolo poderão ainda desenvolver-se outras acções que contribuíam para a prossecução dos objectivos de ambas as partes.
DEPARTAMENTO DE
SOCIOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE ÉVORA
A actualidade mais
reflectida

As VIII Jornadas do Departamento de Sociologia, da Universidade de Évora, que se realizaram nos dias 28 e 29 de Abril, abordaram a temática das “Questões Sociais Contemporâneas”. A iniciativa teve como principal objectivo contribuir para a reflexão e divulgação das actividades do Departamento, nomeadamente ao nível da docência, investigação e serviços à comunidade.
A organização pretendeu com estas Jornadas, promover a visibilidade das actividades desenvolvidas, num modelo aberto à participação de investigadores sociais de outras universidades nacionais, estrangeiras e demais organizações. Para atingir os objectivos propostos, o Departamento de Sociologia decidiu debater três sub-temáticas: “Turismo: Fenómeno Multidimensional”, “Saúde: Intervenção sócio-organizacional” e “Sociologia/Antropologia: entre a teoria e a prática”.
Durante dois dias, cerca de 250 participantes (investigadores, estudantes, professores, profissionais ligados à área da saúde, turismo e sociologia) debateram, reflectiram e trocaram ideias sobre temáticas de interesse para o país, e em particular para a Região Alentejo.
Segundo Eduardo Figueira, Presidente do Departamento de Sociologia, as Jornadas do Departamento “ constituem um momento alto e não menos importante de convívio, aprendizagem e troca de experiências sobre diversas realidades e problemas contemporâneos. As questões ligadas à saúde, ao turismo e à sociologia estão na ordem do dia. Ou seja, a sociedade actual está a sofrer grandes mudanças devido ao processo da globalização e aos avanços tecnológicos e, por isso, tornou-se necessário nestas VIII Jornadas reflectir sobre questões contemporâneas que provocam efeitos económicos, políticos e sócio-culturais em diversas sociedades”.
Na área do turismo foram abordados os seguintes painéis: “Turismo, Desenvolvimento e Emprego”, “Turismo e Património Cultural”, “Turismo e Formação”, “Projectos Turísticos e Promoção”.
Na temática da sociologia, os painéis foram os seguintes: “Universidade da 3ª idade”, “Trabalho, Recursos Humanos e Sociedade de Informação”, “Globalização e Política”, “Comportamentos e Práticas” e “Estudos de Fronteira”.
No que diz respeito às questões da saúde, os painéis foram: “Políticas públicas, financiamento e acessibilidade aos serviços de saúde”, “Contextos e condições de trabalho na saúde”, “Intervenção
organizacional e comunitária na saúde”, “Organizações, profissões e saúde”.
Refira-se que a sessão de abertura contou com a presença do Reitor da Universidade de Évora, do Director Geral da Saúde, Presidente da APS, Presidente da APSIOT e Presidente da ARTA. Saliente-se que a conferência de abertura foi sobre “O projecto educativo do Departamento de Sociologia no quadro da declaração de Bolonha”. A conferência de encerramento contou com a presença do Professor João Peixoto (ISEG-UTL) que abordou a temática “Os desafios das migrações: demografia, mercado de trabalho e integração social em Portugal”.
Na iniciativa foi lançado o livro “Actas das Jornadas do Departamento de Sociologia - VII Edição”.
N.M.
NA ROBÓTICA 2006
Aveiro vence na
robótica

O robot ATLAS-IV, desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro para competir na prova de Condução Autónoma do Festival Nacional de Robótica – ROBOTICA2006, classificou-se em primeiro lugar. O Festival, que decorreu em Guimarães, entre 28 de Abril e 1 de Maio, pôs em prova 13 robots.
O Departamento de Engenharia Mecânica apresentou-se nesta prova com um robot desenvolvido por uma equipa coordenada por Vítor Santos, e constituída pelo aluno de Mestrado, Miguel Oliveira, dois alunos de licenciatura (Rémi Sabino, do 2º ano; e Marcos Gomes, do 3º ano) e, ainda, por dois antigos alunos, recém-licenciados em Engenharia Mecânica: Rui Cancela e David Gameiro.
O aumento da complexidade da prova na edição de 2006 fez com que o ATLAS-IV tenha sido o único robot a conseguir suplantar todas as provas e o único a fazer algumas delas, como a que tinha por objectivo estacionar num parque com dois lugares, estando um deles ocupado por um obstáculo desconhecido a priori. Estas dificuldades e o facto de alguns robots concorrentes estarem ainda em fases iniciais do seu desenvolvimento, fizeram com que o ATLAS-IV se destacasse extraordinariamente de todos os restantes 13 robots, dos quais alguns nem conseguiram sair das boxes para entrar em prova.
Desde 2002, que a UA coloca pelo menos duas equipas nos três primeiros lugares. Este ano sucedeu de novo, com o robot ROTA2006, do Departamento de Electrónica e Telecomunicações, a obter o 3º lugar nesta prova. De realçar ainda que a equipa CAMBADA, igualmente do DET, obteve um histórico terceiro lugar entre as cinco equipas nacionais na prova da sofisticada competição de Futebol Robótico Médio.
MANUEL FERREIRA PATRÍCIO
Homenagem em Junho
O Departamento de Pedagogia e de Educação da Universidade de Évora vai realizar um colóquio de homenagem ao professor Manuel Ferreira Patrício, ex-docente e Reitor daquela instituição, no próximo dia 23 de Junho, a partir das 9h30, na cidade de Évora.
Denominado “da Filosofia, da Pedagogia, da Escola”, o colóquio conta com a participação de professores e outros profissionais ligados à cultura e à arte. No final do colóquio, terá lugar um jantar de confraternização, estando as inscrições abertas.
ESCOLA DE TURISMO DO
ALGARVE
Para
"Bolonha" a cem por cento

A Escola Superior de gestão, Hotelaria e Turismo do Algarve acaba de adaptar os seus cursos à Declaração de Bolonha, o que garante a mobilidade a todos os formados pela instituição. A garantia é de Ludgero Sequeira, presidente do Conselho directivo da ESGHT, o qual explica em três questões a forma como está organizada a escola e a sua visão em relação ao processo de Bolonha.
Em primeiro lugar, o que é a ESGHT?
L.S. – A ESGHT, com os seus dois mil alunos, é a maior das nove unidades orgânicas da Universidade do Algarve, uma universidade que tem dois subsistemas, o ensino politécnico e o ensino universitário. A ESGHT desenvolve a sua actividade no Campus da Penha em Faro e no Campus de Portimão, funcionando em regime diurno e nocturno, sendo a unidade orgânica que tem maior frequência em regime nocturno. Actualmente ministra quatro licenciaturas, nomeadamente em Gestão, Turismo, Gestão Hoteleira e Assessoria de Administração, assim como um Mestrado Europeu em Gestão Turística, nove Pós-Graduações e vários cursos de especialização.
Como encara o Processo de Bolonha?
L.S. - Falar do processo de Bolonha é lançar um olhar crítico à situação em que se encontra o actual sistema educativo superior na Europa e perspectivar sobre o que ele deverá ser no futuro mais próximo.
Quanto à situação actual, é dado adquirido que não existe presentemente um espaço de ensino superior comum, o que dificulta o reconhecimento de habilitações, devido ao facto de os graus não serem equivalentes, de os conteúdos diferirem consideravelmente entre as diversas instituições, da a estrutura e temporização dos cursos serem diversas, enfim de um conjunto de aspectos que resultam de experiências nacionais muito diversas. Outro aspecto que interessa referir é a pouca uniformidade ao nível das metodologias de ensino/aprendizagem, umas mais inovadoras do que outras, cuja consequência imediata é a diferença dos resultados académicos de país para país.
O que se pretende com “Bolonha” é uma Europa unida num projecto comum que rompa com as barreiras do passado e que, através de um espaço educativo europeu, promova a mobilidade e compita no mercado da educação com outros modelos de maior pujança.
Hoje, em Portugal, já nenhum académico dúvida do interesse em construir um espaço europeu e que o nosso país dele faça parte, pois todos reconhecemos que a nossa adesão ao projecto implica profundas reformas no sistema que, para além de garantirem a similitude com outros países em termos estruturais, facilitem a mobilidade e se traduzam no estabelecimento de padrões de qualidade e no desenvolvimento de critérios e metodologias que conduzam a uma melhoria significativa da aprendizagem.
Em concreto como se está a preparar a ESGHT para Bolonha?
Enumerei há pouco as grandes razões para que a ESGHT nos últimos dois anos tenha mobilizado os seus docentes para preparar a reestruturação de todos os seus cursos de acordo com o “formato” de Bolonha, processo que culminou com a aprovação dos mesmos em Conselho Científico da própria Escola e no Senado da Universidade do Algarve, aguardando apenas para sua conclusão a aprovação pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior. Paralelamente foi proposta a criação de uma nova licenciatura, mais precisamente no Campus de Portimão, em Informação e Animação Turística.
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