ESTG

Portalegre tem biomassa

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre vai construir este ano uma central piloto de produção de energia de biomassa (resíduos florestais), num investimento de 500 mil euros.

Em declarações à agência Lusa, Gastão Nunes, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), adiantou que a construção da central vai ser financiada em 80 por cento por fundos da União Europeia, devendo começar a funcionar no Verão deste ano.

Os restantes 20 por cento do investimento serão suportados pela ESTG, a entidade promotora. “Actualmente, estamos a formalizar todo o processo burocrático, que deverá estar concluído até final de Fevereiro, para dar início à construção da central”, indicou.

Trata-se, segundo Gastão Nunes, de uma central piloto dedicada à investigação aplicada. “Vamos poder testar, em condições reais, os diferentes resíduos e possíveis combustíveis que existem dentro e fora da região no sentido de produzir energia eléctrica”, explicou.

A central piloto de produção de energia de biomassa será instalada na zona industrial de Portalegre, num lote cedido pelo município local, que deverá ser, de acordo com Gastão Nunes, o primeiro do futuro tecnopólo do concelho.

A biomassa é uma fonte de energia derivada dos produtos e sub-produtos da floresta, resíduos da indústria da madeira, resíduos de culturas agrícolas, efluentes domésticos e de instalações de agropecuária, de indústrias agro-alimentares (lacticínios e matadouros), culturas energéticas (biocombustíveis) e resíduos sólidos urbanos.

Os processos que permitem a transformação da biomassa com vista ao seu aproveitamento para fins energéticos são a combustão directa, a gaseificação, a fermentação, a pirólise e a digestão anaeróbica.

IPP

Emprego total

Cerca de 85 por cento dos ex-alunos dos cursos de Escolas integradas no Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) estão empregados, na sua maioria no Distrito de Portalegre. 

Esta constitui uma das principais conclusões do estudo levado a cabo pelo IPP, junto de alunos que terminaram a sua formação superior numa das Escolas do Instituto – Escolas Superiores de Educação (ESE), de Tecnologia e Gestão (ESTG), de Enfermagem (ESENF) e Agrária (ESAE). O destaque, quanto às taxas de emprego, vai para a Escola Superior de Enfermagem, onde 98 por cento dos seus diplomados estão empregados. Seguem-se a Escola Superior Agrária de Elvas, com 89% de empregados, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (86%) e a Escola Superior de Educação (70%). Por cursos, destaca-se o curso de Engenharia Electromecânica, a funcionar na ESTG, que consegue colocar a totalidade dos seus diplomados num posto de trabalho, em contraste com o curso de Primeiro Ciclo do Ensino Básico (ESE), onde apenas 40% dos diplomados consegue obter colocação.

A esmagadora maioria dos diplomados (89%) obtém um posto de trabalho num espaço máximo de seis meses após a conclusão do respectivo curso, no sector privado (57%) ou no público (43%). Por outro lado, daqueles que ainda não conseguiram colocação no mercado de trabalho, a maioria (86%) procura um posto de trabalho há menos de um ano, enquanto apenas 1% está nessa situação há mais de 3 anos.

A maioria dos diplomados por escolas do IPP é oriunda do Distrito de Portalegre (29%), situação que se verifica na totalidade dos respectivos cursos, seguindo-se-lhes os provenientes dos Distritos de Santarém (12%), Évora (11%) e Lisboa (8%).

Com os dados recolhidos, através de um inquérito por questionário, respondido por 847 ex-alunos durante os meses de Julho a Setembro deste ano, é possível estabelecer o perfil do ex-diplomado do IPP, através dos dados mais frequentes obtidos após tratamento estatístico de toda a informação. Assim, o ex-aluno tipo do IPP é licenciado, tem idade até 30 anos, está empregado, demorou até 6 meses a obter emprego, trabalha nos serviços ou na indústria, possui vínculo definitivo à entidade patronal, exerce funções relacionadas com o curso em que se diplomou, aufere um vencimento mensal de 1.250 Euros, trabalha no Distrito de Portalegre, não prosseguiu estudos, mas está disponível para frequentar cursos de pós-graduação em escolas do IPP.

De acordo com o Instituto Politécnico de Portalegre, este estudo constitui “um precioso manancial de informação para o conhecimento aprofundado dos alunos do IPP, sendo intenção dos seus responsáveis repeti-lo regularmente e, com base nos dados obtidos, definir as políticas respeitantes às ofertas formativas a disponibilizar. Com ele se dá, também, o primeiro passo para a concretização de um Gabinete de Inserção na Vida Activa, que permita apoiar os diplomados por Escolas do Instituto, quer na procura de um posto de trabalho, quer no diagnóstico das suas necessidades de formação contínua ou pós-graduada”.

Os responsáveis pelo IPP realçam que, “sabendo-se que apenas 34% dos alunos são oriundos do distrito, o Instituto contribuiu de forma líquida, não só para fixar jovens quadros, mas também para atrair outros, originários de outras regiões.

Constata-se ainda uma significativa fixação de jovens no interior (Portalegre e outras zonas do país representam 70% dos empregados), contribuindo-se assim para o pretendido e necessário combate à desertificação”.

ESTG DE BEJA

Novos cursos

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja (ESTIG) vai realizar, a partir de 17 de Fevereiro, a 2ª edição do Curso de Pós-Graduação em Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho. Com este curso pretende-se que os formandos adquiram competências para assegurar a implementação e desenvolvimento, nos locais de trabalho, de serviços de prevenção e protecção contra riscos profissionais, num quadro de promoção da melhoria das condições de trabalho e da competitividade económica ajustada às mutações tecnológicas.

Esta pós graduação é homologada pelo ISHST (Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho) com acesso à Certificação Profissional e destina-se a bacharéis ou licenciados em qualquer área de actividade.

CET. A Escola Superior de Tecnologia e Gestão está a leccionar o Curso de Especialização em Coordenação de Segurança do Trabalho na Construção. Esta oferta formativa visa formar técnicos superiores especializados no exercício da actividade de Coordenação de Segurança e Saúde nas fases de Projecto e de Execução de uma Empreitada, seja ela pública ou particular.

Além de pretender ir ao encontro das necessidades locais e regionais do sector da construção civil, o curso tem como factores críticos de sucesso uma estreita parceria com a sociedade empresarial, a qualidade de ensino, a diferenciação e a adaptação às exigências do mercado. “Os elevados índices de sinistralidade no sector da construção, as exigências legislativas em matéria de segurança e saúde a aplicar nos estaleiros temporários ou móveis, e a previsível aprovação legal a curto prazo de um sistema de qualificação e certificação dos Coordenadores de Segurança, tornam importante, oportuna e objecto de particular interesse o desenvolvimento destra oferta”, refere a organização do curso.

SETÚBAL

Energia na EST

A Escola Superior de Tecnologia de Setúbal organizou um debate sobre energia na Tertúlia da Cultura Científica a 12 de Janeiro, na sede do Clube Setubalense, onde foi orador convidado o docente da ESTSetúbal, Luís Coelho.

Na iniciativa foi apresentada a importância do sector energético na economia mundial, o panorama energético a nível mundial e da União Europeia, o futuro do sector energético, os impactes ambientais e as novas tecnologias energéticas. 

Foram ainda abordadas questões como o protocolo de Quioto e respectivas implicações, bem como algumas directivas comunitárias de energia e ambiente. Sem esquecer a importância da energia eólica, da biomassa e da energia solar térmica e fotovoltaica, o orador dedicou também, a sua atenção às tecnologias que sustentam uma utilização corrente das fontes de energia renováveis. Falou ainda da sociedade do hidrogénio e respectivo papel no futuro do sector energético.

Para terminar, o orador apresentou alguns projectos de investigação científica e de desenvolvimento tecnológico ligados à energia e ambiente, quer nacionais quer europeus, nos quais a ESTSetúbal tem estado envolvida.

A referida área (Termodinâmica Aplicada) constitui uma das 10 temáticas, alvo de tertúlia no Clube Setubalense. Seguem-se nos próximos meses: Mecânica dos Meios Sólidos; Tecnologia e Organização Industrial; Controlo e Processos; Informática; Matemática; Ciências Empresariais e Comunicação.

IP BEJA

Conferência final

O Gabinete de Estudo da Inserção na Vida Activa do Instituto Politécnico de Beja realizou, em Dezembro, no Auditório da Escola Superior de Educação de Beja, a Conferência Final do Projecto PROFINSERTION subordinada ao tema “A Construção das Competências Individuais e Colectivas em Contexto Formativo”.

A iniciativa, que reuniu cerca de 100 participantes oriundos de todo o País, contou com a presença de Guy Le Boterf (Doutorado em Ciências Humanas e Sociologia e especialista internacionalmente reconhecido na área da gestão e desenvolvimento das competências) e constituiu uma oportunidade de dar a conhecer o IPB enquanto entidade profundamente empenhada no desenvolvimento de processos de investigação e desenvolvimento. O evento contou com a presença das escolas e associações de desenvolvimento local, instituições de ensino superior público e privado e organismos estatais na área do emprego e formação profissional.

Subordinada ao tema «como desenvolver competências individuais e colectivas em contexto formativo», Guy Le Boterf lançou o mote para a discussão e reflexão estruturante dos desafios que actualmente se colocam à formação inicial e formação contínua. 

A Conferência foi organizada no âmbito do projecto PROFINSERTION - Empregabilidade e Novas Competências: Identificação de Perfis e de factores de Limitação à Inserção Profissional dos Estudantes do Ensino Superior Politécnico. A iniciativa marcou o fim de um período de investigação, desenvolvido entre Janeiro de 2004 e Dezembro de 2005, cujo objectivo principal foi o de conhecer a adequação dos perfis de competência e de empregabilidade dos jovens diplomados no IPB face às actuais características do mercado de trabalho e de emprego.

De referir que o projecto foi coordenado cientificamente por Vito Carioca, presidente da ESE de Beja, e Sandra Saúde, fazendo, também, parte da equipa Ana Patrícia Delgado, na qualidade de Assistente Técnica. Os resultados do projecto constituem preciosos documentos que estão a estimular a reflexão interna no IPB tendo em vista a procura de alternativas e estratégias que permitam dar resposta aos desafios que actualmente se colocam ao ensino superior politécnico em Portugal e, particularmente, à empregabilidade dos diplomados em instituições do interior.

ESAB

Mestrado a caminho

A Escola Superior Agrária de Beja, em conjunto com a Universidade do Algarve e com a colaboração da Faculdade de Economia daquela instituição, vai organizar, a partir de Outubro, um curso de mestrado e um curso de Especialização em Gestão Sustentável dos Espaços Rurais. A iniciativa pretende formar especialistas em Gestão Sustentável dos Espaços Rurais, com perfil adequado para a intervenção em desenvolvimento e planeamento regional, desenvolvimento rural e, enfim, toda a área de gestão do espaço em meio rural.

De acordo com a organização, aquela oferta formativa destina-se a licenciados de uma ampla variedade de cursos nas áreas das Ciências Agrárias, Ciências do Ambiente, Ciências Económicas, Ciências Sociais e Arquitectura Paisagista. Serão também público-alvo preferencialmente os técnicos que desenvolvam o seu trabalho em Comissões de Coordenação e Desenvolvimento, Associações de Desenvolvimento Local, Grupos de Acção Local e que pretendam obter o grau de Mestre ou o Diploma de especialista, ou tão-somente frequentar algumas disciplinas, com o objectivo de aprofundar os seus conhecimentos. 

O curso terá a duração de 4 Semestres, divididos entre a parte escolar e a dissertação. O curso terá uma máximo de 20 alunos e deverá começar em Outubro deste ano.