Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano IX    Nº95    Janeiro 2006

Politécnico

ESACB

Moitinho toma posse

O novo director da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, Moitinho Rodrigues, acaba de tomar posse numa cerimónia onde foi divulgada a nova sub-directora da ESA. Trata-se de Fernanda Sousa, professora adjunta na instituição. No entender de Moitinho Rodrigues, esta escolha reside no facto daquela professora “ter o perfil adequado para desempenhar essas funções, num momento tão difícil”.

Moitinho Rodrigues voltou a reafirmar as suas ideias quanto ao futuro da Escola Superior Agrária. No seu entender é necessário “valorizar aquilo que é da região, levando os promotores de projectos a procurarem primeiro os seus parceiros nas instituições que lhe estão próximas”. E esse é um objectivo que o novo director da ESA vai tentar cumprir. “Importa acabar com a ideia que o que é feito lá fora é melhor. Importa que o que é regional seja preferido, que tenhamos orgulho no que é nosso. Quando as autarquias e as empresas têm financiamentos para projectos, devem procurar parceiros na região. E só se não for possível realizar nas instituições da região, é que devem procurar fora”, adianta.

António Moitinho Rodrigues, de 48 anos, considera que aquela é uma estratégia boa para a região e deve ser alargada a todas as instituições, sendo que a Agrária se enquadra bem na estratégia, pois está neste momento ligada a um projecto internacional sobre traçabilidade alimentar com a Danone e a Netsigma, o qual alargará em breve a mais 14 países. 

Outra das apostas de Moitinho Rodrigues passa por reabilitar o Conselho Consultivo. Trata-se de uma estrutura que poderá ser “uma porta para a colocação de futuros diplomados” e ajudar assim a inverter, em três anos, as dificuldades actuais, um trabalho que, dada a sua importância, cabe a todos os membros da escola. “Se existir a imagem em termos nacionais de que a escola encontra saídas profissionais para os seus diplomados, tal poderá ser um indicador de procura”, afirma.

O novo director da ESA defende, por isso, uma maior colaboração com os países africanos de língua oficial portuguesa. “Poderá ser uma saída para alguns alunos. Em África, principalmente em Angola, as pessoas precisam de comida, mas não se sabe produzir”. Outra hipótese é a de abrir à comunidade a apresentação dos trabalhos de fim de curso, pois “podem daí surgir contactos com empresas”. Uma terceira proposta passa por criar uma bolsa de diplomados on-line onde os formados, numa lógica facultativa, possam deixar um resumo do currículo e contactos.

Ao nível da oferta formativa, Moitinho Rodrigues propõe o alargamento do leque de licenciaturas no âmbito das decisões do científico, como realçam, a realização de mestrados, pós-graduações, cursos de especialização tecnológica, cursos de formação profissional e até de cursos em regime pós-laboral ou nocturno, estes dirigidos, por exemplo, a empresas.

Sabendo da dificuldade dos formados em encontrarem emprego por conta de outrém, quer aumentar “a capacidade empreendedora dos diplomados”, através de disciplinas a criar ou, até lá, de acções de formação específicas e práticas. Visa ainda criar um regime de tutorias e apoiar a Associação de Estudantes, não só nos actuais moldes, mas disponibilizando meios para a prática desportiva e entrada em campeonatos pois, além de outros benefícios, é um meio de divulgação da escola.

 

 

 

CARLOS MAIA DIRECTOR DA SUPERIOR DE SAÚDE POR MAIS TRÊS ANOS

Prenda no dia de posse

Continuar a melhoria da formação do corpo docente e a produção científica dos seus membros, além de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais eficaz e de acordo com o processo de Bolonha, são alguns dos principais objectivos de Carlos Maia, o reeleito director da Escola Superior de Saúde Lopes Dias, que tomou posse a 18 de Janeiro.

A cerimónia decorreu no pólo II da escola e ficou marcada pela assinatura do contrato de adjudicação da empreitada de construção do Bloco Pedagógico da Superior no Campus da Talagueira, uma obra a cargo da firma Sá Machado & Filhos, SA, que tem agora 16 meses para concretizar os trabalhos, orçados em cerca de cinco milhões de euros.

Com a construção do Bloco Pedagógico, a escola vê avançar um projecto fundamental, pois actualmente tem cerca de 600 alunos e deverá crescer para 800 no ano lectivo de 2007/2008, altura em que já será necessário a escola ter mais instalações que as actuais. Nesse sentido, Carlos Maia, bem como a presidente do Politécnico, Ana Maria Vaz, reclamam construção urgente do Bloco Central, no qual ficarão centralizadas os centros de gestão eléctrica e informática da Superior de Saúde e do futuro edifício da Superior de Artes.

Esta é, com efeito a principal preocupação daqueles dois responsáveis, pois, caso não avance esta obra, corre-se o risco das novas instalações estarem prontas mas de não poderem funcionar. “O problema não está resolvido, o problema das instalações mantém-se e se o bloco central não for construído a par e passo com o bloco pedagógico da Escola de Saúde, as novas instalações poderão estar disponíveis apenas só daqui a 4 ou 5 anos, o que poderá ter consequências gravíssimas no futuro da Escola”, afirma Carlos Maia.

Caso tal suceda a escola poderá ser obrigada a suspender alguns cursos, de modo a poder garantir a qualidade da formação dos cursos que ficassem a funcionar. 

Carlos Maia espera porém que essa questão não se coloque e enfrenta o novo mandato com esperança, acrescentando como objectivos o intensificar de relações com a comunidade educativa, bem como a mobilidade em termos internacionais. Visa também criar um Centro de Estudos e uma revista científica, além da organização de ciclos de conferências exposições, ciclos de cinema, espectáculos, além de iniciativas cívicas, culturais e desportivas dos estudantes, da Associação de Estudantes e da Tuna Académica TuSALD.

Defendendo uma rigorosa política de gestão financeira, bem como uma melhoria das condições de trabalho na escola, o director da Superior de Saúde pretende ver resolvida a questão das novas instalações, pois afirma que à escola não faltam candidatos, sendo mesmo uma das mais importantes em termos de captação de alunos para o Instituto Politécnico. A título de exemplo, só este ano, para as 140 vagas disponíveis, candidataram-se 2056 alunos.

 

 

 

TECNOLOGIAS AMBIENTAIS

EscolAR em Leiria

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria está a propor a vários estabelecimentos de ensino da região de Leiria a adesão ao Programa EscolAR – Rede Integrada de Monitorização do Nível de Exposição das Comunidades Escolares a Descritores Ambientais. Este Programa é uma iniciativa da ESTG-Leiria, sem qualquer apoio financeiro externo, em que cada Escola aderente se torna parceira na Rede.

O Programa EscolAR consiste na realização de uma acção de disseminação de ciências e tecnologias ambientais junto das comunidades escolares e de uma campanha de monitorização de dois descritores ambientais (poluição atmosférica e ruído ambiente exterior) em cada estabelecimento de Ensino aderente à iniciativa.

A realização da acção será assegurada por docentes do Departamento de Engenharia do Ambiente da ESTG-Leiria, utilizando equipamento da ESTG-Leiria, nomeadamente uma Unidade Móvel de Monitorização da Qualidade do Ar e Parâmetros Meteorológicos assim como um Sonómetro Integrador. 

Desta forma, o Programa EscolAR alia a avaliação dos descritores de exposição ambiental no distrito de Leiria, através da monitorização da poluição atmosférica e ruído ambiente, com a duração de uma semana, em diversos pontos de amostragem coincidentes com a localização dos estabelecimentos de ensino aderentes à Rede com a sensibilização, educação ambiental e disseminação das ciências e tecnologias ambientais através da realização de acções pedagógicas dedicadas aos agentes das comunidades escolares, reforçando e estimulando o desenvolvimento de uma consciência crítica, apresentando para o efeito metodologias e equipamento de monitorização e interpretação ambiental.

 

 

 

NA UNIVERSIDADE DE SALAMANCA

Paulo Afonso ganha prémio

Paulo Afonso, professor na Escola Superior de Educação de Castelo Branco, acaba de ser distinguido com o Prémio Extraordinário de Doutoramento, referente ao ano 2004/2005, pela faculdade de Educação da Universidade de Salamanca. Aquele prémio, que raramente é atribuído a doutorandos estrangeiros, é atribuído pela segunda vez a um docente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, já que há anos atrás foi João Ruivo a receber a mesma distinção.

O trabalho da tese de doutoramento agora premiado aludiu sobre «A Formação Metacognitiva de Futuros Professores de Matemática». Paulo Afonso vê a distinção, que irá receber ainda este mês em Salamanca, como “o reconhecimento do trabalho efectuado. Foram muitas horas, num trabalho que é solitário”, diz. 

A tese apresentada por Paulo Afonso “envolveu um estudo sobre 22 futuros professores de matemática, os quais foram divididos em dois grupos de 11, resolvendo problemas. Um desses grupos analisou depois o vídeo do seu trabalho, o que lhes permitiu verificar onde estava a chave do sucesso e o seu modo de actuar”. O estudo, diz aquele docente, “concluiu que o facto de se trabalhar em grupo ajuda a que se resolvam tarefas mais difíceis de um modo mais fácil, pois implica uma reflexão partilhada. Com o recurso ao vídeo, é possível reflectir-se sobre uma coisa difícil de analisar, que é o nosso pensamento”. 

Com base neste estudo, Paulo Afonso lembra que nos programas de formação de professores, no acto de haver tarefas em grupo, o recurso ao vídeo é uma boa opção já que permite reflectir e pensar alto”.

 

 

 

PEDRO LOURTIE COORDENA GRUPO

Leiria prepara Bolonha

O ex-secretário de Estado do Ensino Superior Pedro Lourtie vai coordenar um grupo de trabalho que irá adequar os cursos do Politécnico de Leiria ao Processo de Bolonha, anunciou a instituição.

Em comunicado, o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) anunciou a criação de um grupo de trabalho, presidido por Pedro Lourtie, que irá “acompanhar e coordenar o processo de adequação da oferta formativa à Declaração de Bolonha”.

De acordo com os pressupostos da Declaração de Bolonha, os graus a nível europeu terão de ser harmonizados, com redução das licenciaturas para três anos, permitindo a livre circulação de docentes e alunos no espaço da União Europeia.

Em reunião, o Conselho Geral do IPL, propôs que as propostas de adequação ou de novos cursos para o ano lectivo de 2007/2008 obedeçam já aos requisitos da Declaração de Bolonha, pelo que até essa data o grupo de trabalho irá analisar a reformulação de disciplinas lectivas e planos curriculares da oferta existente.

Segundo os ante-projectos já divulgados que vão regulamentar a Lei de Bases do Sistema Educativo, as instituições poderão já incluir alterações a partir do próximo ano lectivo, num processo que deve estar concluído em 2010.

 

 

 

DIA DO IPV

A caminho de Universidade

Mais de 400 pessoas, entre convidados, entidades diversas, professores, alunos e funcionários, encheram a Aula Magna do Politécnico de Viseu para assistirem à cerimónia do Dia do Instituto e Abertura do Ano Académico 2005/2006.

Na sessão, usou da palavra o presidente do Instituto, João Pedro Antas de Barros abordou o futuro da Instituição e manifestou o desejo da evolução para universidade politécnica. 

A Oração de Sapiência, proferida por José Pacheco Pereira, versou a filosofia da vida, as essencialidades do ser humano, a condição de espíritos livres, a linhagem do humanismo europeu. No âmago, a nossa matriz cultural enquanto seres individuais e personagens sociais. O gene distintivo da literacia do código genético. 

O encerramento da sessão esteve a cargo do presidente da Câmara de Viseu. Fernando Ruas, que enfatizou o crescimento sustentável do Instituto, quer no que concerne a infra-estruturas, quer no que respeita à qualificação dos recursos humanos.

Na cerimónia estiveram ainda Alexandre Santos, presidente da Associação Académica do Instituto Superior Politécnico de Viseu e o Felisberto Vieira, Presidente da Câmara Municipal da Praia, Cabo Verde, que relevou as parcerias com o Politécnico.

As comemorações incluíram ainda a entrega de prémios aos melhores alunos do Politécnico e a entrega da Medalha de Ouro por Mérito do ISPV, a título póstumo, a Manuel Augusto Engrácia Carrilho, figura intimamente ligada à instalação e desenvolvimento do Instituto Superior Politécnico de Viseu, enquanto presidente da edilidade e dirigente da Misericórdia.

O Instituto Superior Politécnico de Viseu, criado em 1979, iniciou as suas actividades em 1983. No regresso ao passado, no dealbar dos anos 80, os viseenses talvez não sonhassem que um dia o Instituto viesse a ter a dimensão e a projecção que inegavelmente hoje possui. 

Em pouco mais de 20 anos cumpriu-se o sonho de ensino superior público de excelência. Nos nossos dias, o ISPV é uma referência incontornável, e motivo de regozijo, da cidade e da região, projectando-as bem alto no país e na Europa pelo mérito e pela excelência da sua formação.

 

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