MUSEU BOTÂNICO DA ESAB
Novas colecções a
caminho

Inaugurado no dia 2 de Outubro de 2002, o Museu Botânico da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Beja foi e é um museu único no panorama museológico português, centrando as suas actividades científicas no estudo das relações estabelecidas entre as sociedades humanas e os seus recursos vegetais.
Em 2003 foi agraciado com dois prémios da Fundação Ford, entre os quais o Grande Prémio Nacional e foi, igualmente, seleccionado pelo governo português, sob proposta da Comissão Portuguesa para a UNESCO, para representar Portugal perante o júri do prestigiado Prémio Bienal Sultão Qabus, que é atribuído pela UNESCO.
Desde a sua inauguração, o museu apresentou três exposições temporárias de longa duração e edita, para cada nova exposição, um catálogo bilingue (português e inglês), para além de uma edição braille. Esta última, tem o Alto Patrocínio de S.A.S. Príncipe Leopoldo de Arenberg, Embaixador, em Portugal, da Soberana Ordem de São João de Jerusalém, dita de Rodes e de Malta.
Actualmente, o museu conta, para além do director (Luís Mendonça Carvalho), com três colaboradoras (Vera Gonçalves, Paula Nozes, Francisca Fernandes), que colaboram na planificação e no desenvolvimento das actividades de cultura científica promovidas no Museu Botânico. Em entrevista, o director daquele espaço fala dos objectivos do Museu para o futuro, os quais passam por aumentar o número de colecções expostas.
Como define, hoje, a acção do Museu Botânico na Escola Superior Agrária do IPB?
O museu botânico é um local onde se desenvolvem acções promotoras da cultura científica. Para além do estudo e da salvaguarda do património etnobotânico, a educação científica é um dos pilares estruturantes do projecto que permitiu a instalação do museu botânico. As exposições e os cursos de curta duração, na área da botânica económica, são concebidos para fomentar o interesse, não só pela botânica, mas também por áreas tão distintas como a história, a geografia, a química dos produtos naturais ou a etnologia. Ou seja, o museu promove a unicidade do conhecimento científico.
Tendo em conta que o trabalho desenvolvido pelo Museu lhe permite hoje, para além da sua intervenção na região, assumir uma dimensão nacional e até internacional (como comprova a atribuição de vários prémios), que perspectivas de futuro identifica para os projectos do Museu Botânico?
Pretendemos aumentar as nossas colecções, que, actualmente, incluem cerca de 2.000 objectos (matérias-primas vegetais, objectos naturais e objectos manufacturados a partir de matérias-primas vegetais), de modo a que possam ser utilizadas em projectos de investigação e educação multidisciplinar. Consideramos, igualmente, a possibilidade de estabelecermos parcerias com instituições estrangeiras homólogas, com o objectivo de desenvolvermos projectos na área da etnobotânica e da história do uso das plantas.
Recentemente, o Museu promoveu três iniciativas de grande destaque. A Festa do Chocolate, o Seminário de Plantas Aromáticas e Medicinais e o II Encontro Nacional do Grupo de Trabalho em Etnobotânica Portuguesa. Como enquadra estas iniciativas nos objectivos do Museu?
Embora distintos, foram eventos que se complementaram e que juntaram distintos públicos em redor de um mesmo tema - as plantas e os seus usos, promovendo, assim, a referida unicidade do conhecimento.
Que alcance tiveram estas actividades?
A Festa do Chocolate foi um evento fundamentalmente lúdico durante a qual se criaram oportunidades para demonstrar como a botânica está omnipresente no nosso quotidiano. O Seminário de Plantas Aromáticas e Medicinais reuniu um painel de doze especialistas nacionais e
estrangeiros que apresentaram, perante uma plateia de 250 participantes, comunicações relativas a distintas aspectos das plantas aromáticas e medicinais: investigação médica, legislação, agricultura biológica, ecoturimo, fitossociologia, antropologia, etc.. O Encontro Nacional de Etnobotânica reuniu um conjunto de vinte especialistas portugueses que estudam o património etnobotânico português. Apresentaram os resultados dos seus estudos mais recentes e, no final da reunião, estabeleceu-se um plano de actividades para o desenvolvimento futuro desta área científica, que passará pela implementação de cursos superiores formais e pela criação de um banco de dados de acesso livre sobre estudos etnobotânicos e suas metodologias.
Considerando o Museu Botânico como um organismo muito dinâmico, que projectos e iniciativas nos reservam os próximos tempos?
Proximamente, iremos abrir uma nova exposição (O Passado Está Presente ou A Longa História de Fósseis Vivos), que será construída em redor do Pinheiro-Wollemi (Wollemia nobilis), uma árvore da Era dos Dinossáurios, descoberta, por acaso, em 1994, na Austrália. O Museu possui o único exemplar existente na Península Ibérica, que foi adquirido num leilão da casa Sotheby’s, em Outubro de 2005. Recentemente, o museu editou um livro, prefaciado pelo Professor Galopim de Carvalho, que comemora a introdução desta espécie botânica em Portugal.
Em Fevereiro, o museu será anfitrião do VIII International Violet Congress, que trará a Portugal os mais reputados especialistas que estudam estas magníficas plantas. Este congresso tem o Alto Patrocínio de S.A.R. Dona Isabel de Herédia e Bragança.
Para além destes eventos, promo-veremos outros (cursos de curta duração, acções de formação, conferências, etc.) que serão anunciados, em breve, nas nossas páginas web.
Durante o próximo ano, continuaremos a promover acções que permitam uma maior acessibilidade, aos museus, de cidadãos portadores de deficiência e iremos, igualmente, apresentar a nossa candidatura à Rede Portuguesa de Museus.
ABERTURA DO ANO LECTIVO
EM LEIRIA
Medalha para o IPL

O Instituto Politécnico de Leiria acaba de ser agraciado com a Medalha de Ouro do Município de Leiria. A distinção foi entregue na Sessão Solene de Abertura do Ano Lectivo 2006/2007, que decorreu a 22 de Novembro, no Auditório 1 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão – Campus 2, uma cerimónia na qual o IPL atribuiu o título de “Professora Coordenadora Honorária” a Maria da Graça Carvalho.
Luciano Rodrigues de Almeida, presidente do IPL, cumprimentou os cerca de 2.500 novos estudantes que ingressaram no Instituto pela primeira vez. Referiu ainda que o IPL se empenhou na revisão do seu projecto educativo, reformulou formações, alargou a oferta formativa a novas áreas, que a evolução tecnológica tornou indispensáveis, e consolidou “a 4.ª posição a nível nacional, no conjunto dos Institutos Politécnicos e das Universidades públicas, no preenchimento das vagas de acesso ao Ensino Superior, no conjunto das duas fases do concurso nacional de acesso”.
A cerimónia contou ainda com as intervenções do Representante dos Estudantes do IPL, Inês Maurício, e de seguida com a Oração de Sapiência intitulada “O Ensino Médico em Portugal – para onde queremos ir?”, proferida por Manuel Antunes, Professor Catedrático da Universidade de Coimbra e um dos cientistas portugueses mais prestigiados no domínio da medicina.
Durante a sessão, o IPL homenageou Maria da Graça Carvalho, a quem foi atribuído o título honorífico de “Professora Coordenadora Honorária”. A
Professora assumiu ter “estabelecido ligações afectivas com o Instituto desde 2003”, enquanto ministra da Ciência e do Ensino Superior.
Para o Presidente do IPL, Maria da Graça Carvalho “acreditou no projecto que traçámos para o IPL, acreditou que éramos capazes de o concretizar e (…) tomou as decisões que nos permitiram reestruturar a oferta formativa das Escolas Superiores (…)”.
Na mesma cerimónia, Isabel Damasceno, presidente da Câmara de Leiria, atribuiu ao IPL a Medalha de Ouro do Município. Ao receber a condecoração, o Presidente do Instituto partilhou a Medalha de Ouro com a Representante dos Estudantes do IPL, Inês Maurício, referindo que “a razão de ser do IPL são os alunos”. Uma distinção que “representa para o IPL uma honra e uma responsabilidade acrescida” explicou o Presidente.
Na sessão foram distribuídas as novas publicações editadas pelo IPL, intituladas: “Relatório de Auto-Avaliação do Instituto Politécnico de Leiria” (versão bilingue), elaborado para a European University Association, no âmbito do processo de avaliação internacional do IPL e “Instituto Politécnico de Leiria em números 2006”.
O evento contou ainda com dois momentos musicais, com as actuações de duas tunas do IPL: Instituna e Tum’Acanénica.
GRUPO TEATRO DO IPL
Beijo no asfalto
O Grupo de Teatro Académico de Leiria (GTAL), um projecto da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (Leiria), do Instituto Politécnico de Leiria, em co-produção com o TE-ATO (Grupo-Teatro de Leiria)
apresentou, a 4 e 5 de Dezembro, no Teatro Miguel Franco – Mercado Sant’Ana, às 21h30, a
adaptação livre da peça “O Beijo No Asfalto”.
A peça “O Beijo No Asfalto”, do dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues, foi escrita e encenada no início da década de sessenta no Rio de Janeiro. Trata-se de um libelo violento contra a falsidade, o juízo fundado na aparência e nas convicções unânimes, revelando o lado mais negro das sociedades urbanas. A peça é, acima de tudo, uma inquisição metafísica sobre o problema da morte.
O texto original sofreu uma adaptação livre do encenador João Lázaro, do grupo de teatro TE-ATO, responsável pelo processo de formação dos actores que inauguram este projecto. O GTAL pretende ser um novo agente dinamizador da cultura em Leiria, repensando, de forma continuada, a
linguagem teatral e a função do teatro na sociedade e nas expressões artísticas de uma forma geral. O projecto é um marco na história do Município, na medida em que se trata do primeiro grupo de teatro amador ligado ao Ensino Superior em Leiria, colocando a cidade na rede nacional de teatro
universitário.
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