Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano IX    Nº106    Dezembro 2006

Dossier

25 ANOS DO INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

Bodas de Prata
com olhos postos no futuro

O Instituto Politécnico da Guarda está a comemorar os seus 25 anos de vida. Uma data histórica, assinalada no passado dia 6 de Dezembro, com uma cerimónia onde foram distinguidos docentes e funcionários mais antigos e diversas instituições. Assumindo-se como um dos motores de desenvolvimento do Distrito da Guarda, o Politécnico reclama um papel de centralidade e sublinha o facto da procura pelos cursos da instituição ter subido em relação ao último ano.

Em entrevista ao Ensino Magazine, Jorge Mendes refere os novos desafios da instituição que lidera. Concorda com a realização de parcerias estratégicas com outras instituições de ensino superior da região, mas afasta o cenário de integração ou de absorção. Sobre o futuro, apesar das dificuldades, aborda-o com optimismo e afirma que a implementação do Processo de Bolonha obriga a mudança de mentalidades de docentes e alunos. 

O IPG está a assinalar 25 anos de existência. Que balanço faz deste período?

É um balanço extremamente positivo. Estes 25 anos são avaliados um pouco como a vida das pessoas, onde há momentos muito bons e menos bons. Mas o que importa realçar é que o Politécnico se afirmou na região e na cidade, formando milhares de estudantes e fixando quadros no distrito. Ou seja, o IPG tem contribuindo para o desenvolvimento e riqueza de toda a região. Como é evidente, esta instituição é feita pelas pessoas e ao longo dos seus 25 anos, muitas por aqui passaram. Pelo que para todos eles -os que ainda fazem parte do IPG e os que já fizeram -, alunos, funcionários e docentes, aqui fica o meu apreço pelo seu trabalho.

Os 25 anos são assinalados numa altura de grandes desafios para o ensino superior português, mas também de grandes dificuldades...

Atravessa algumas dificuldades e essa é uma realidade, sobretudo de ordem financeira. Contudo, é nestas alturas que devemos responder de forma positiva e não apenas de uma forma lamuriosa. Importa, no entanto, falar destas questões para que as pessoas tenham a ideia de que a situação é complicada e difícil e que merece o acompanhamento do Ministério. Estamos a falar de uma situação mais complicada que a que se verificou no ano passado. Mas, como referiu, há também grandes desafios, que se prendem com a reorganização da rede de ensino superior e com a implementação do processo de Bolonha. 

Mas Bolonha é mais que um desafio para as instituições de ensino superior...

É um desafio e uma oportunidade. Há duas grandes dimensões neste processo que nós devemos aproveitar. Uma está relacionada com a revolução pedagógica dos métodos de ensino-aprendizagem e outra com a mobilidade. Bolonha é uma oportunidade histórica para que as instituições se possam internacionalizar, para que possam trazer para as suas escolas alunos estrangeiros – também nacionais – para fazerem nelas diversas disciplinas.

Estamos a falar de um processo que deve ser tratado com cuidados redobrados, para que esta oportunidade seja, de facto, aproveitada?

Claro. Importa definirmos muito bem aquilo que queremos para as nossas formações, sobretudo ao nível do 1º ciclo. Ou seja, não devemos pensar os cursos em função dos professores que temos, mas sim em função dos perfis profissionais que queremos. E esta é uma oportunidade para o fazer.

Isso obriga a mudança de mentalidades, quer por parte dos alunos, quer por parte dos docentes?

No caso dos alunos essa mudança é maior, nalguns aspectos, que nos professores. E há exemplos concretos, na nossa e noutras instituições, de alunos que ainda não perceberam que, com Bolonha, a exigência de trabalho é superior àquela que existia. Ou seja aquilo que está em causa não é só a forma de ensinar, mas também a de aprender. Eu dou o exemplo do nosso curso de Gestão Hoteleira, que é um paradigma do que pode ser uma boa aplicação do Processo de Bolonha. Isto porque o número de horas que aquelas pessoas trabalham na escola é muito elevada.

A própria avaliação também deve ser mudada, deixando de incidir exclusivamente nas frequências e nos exames?

A avaliação deve ser continuada. A avaliação não continuada deve ser a excepção, pois também temos que ter atenção nas fileiras de estudantes que, nalgumas disciplinas, não possam ter avaliação continuada, por exemplo os trabalhadores estudantes. O que é diferente deve ser tratado de forma diferente, mas essa será uma excepção e não a regra.

A nomenclatura dos cursos é uma questão sobre a qual o presidente do IPG é crítico. No seu entender o mais importante são as competências e nem tanto o nome das ofertas formativas?

Exactamente. A discussão desenvolvida foi feita ao contrário. Quando os senhores reitores vieram a público com a proposta sobre a redução das nomenclaturas dos cursos, não enriqueceu a discussão. Pois tenta-se arrumar por áreas aquilo que não é arrumável. O que é importante é que a designação de um curso permita ao aluno que quando sai para o mercado de trabalho lhe permita fazer aquilo que é definido pela designação. Ou seja, que não se engane o mercado de trabalho. Se assim não for, podemos estar a fazer o contrário, arrumando os cursos em cinco ou seis áreas genéricas, quando lá dentro temos ofertas totalmente diferentes. A experiência europeia revela que se pode conviver com designações completamente diferentes sem qualquer problema. Na minha perspectiva não pode haver exageros de nenhuma das partes. Ou seja, uma redução muito grande do número de cursos, ou o contrário, um sem número de designações em que vale tudo para chamar o número de alunos.

Voltando ainda ao Processo de Bolonha, o que se verificou é que o Processo de Bolonha já serviu de «isco» para os candidatos ao ensino superior, quando os alunos não estão suficientemente esclarecidos sobre as alterações previstas...

Estamos a falar de uma questão de marketing das instituições. Bolonha foi de facto utilizada como uma bandeira esse processo não é isso. A ideia que passou é que Bolonha é igual a modernidade. 

No que respeita ao IPG, os cursos já estão todos adaptados?

Alguns cursos na área da formação de professores e da saúde ainda não estão, pois aguarda-se legislação sobre essas áreas. Nas outras áreas essa adaptação já foi feita, na EST todos os cursos estão adaptados, a ESE avançou com quatro cursos e a Superior de Turismo já tinha proposta as alterações no ano passado.

Que avaliação faz da entrada de novos alunos no Politécnico da Guarda?

Uma avaliação positiva. Este ano foi excepcional para a nossa instituição. Os politécnicos subiram as taxas de colocação em 14 por cento, e no caso do IPG essa subida foi de 27 por cento. Passámos de uma média de 63 por cento de ocupação de vagas para cerca de 90 por cento. Estes números são interessantes, já que fomos a única instituição politécnica que não teve cursos novos aprovados, pelo que a comparação, de um ano para o outro, é clara, pois os cursos que apresentámos foram os mesmos. 

Esse sucesso deveu-se a que factores?

A uma boa campanha promocional feita pelas diversas escolas e pelo IPG. Por outro lado, cada vez mais os candidatos perguntam à instituição que condições esta oferece, como residências estudantes, que propinas praticamos etc., a qualidade dos cursos e a sua empregabilidade. O que se verificou é que os cursos com baixa taxa de empregabilidade tiveram menos procura, o que nos leva a pensar que provavelmente há cursos que terão que ser repensados, à excepção de ofertas formativas, como engenharia topográfica, cuja taxa de empregabilidade é 100 por cento, é importante para o país e é o único a funcionar acima do Distrito de Beja.

Ainda assim, defende medidas de discriminação positivas para as instituições do interior do país?

Essa é uma questão complicada. Se as defendemos somos acusados de lamúria, de que estamos a falar sempre do interior. Se a não defendermos somos apanhados por uma rede em que são tradadas por igual as questões diferentes. Penso que há medidas que deveriam ser implementadas para o interior do país. Exemplo disso, é a oferta de vagas ser limitada a instituições do litoral e permitir essa abertura às instituições do interior. Essa seria uma experiência que deveria ser feita. No caso do financiamento, as instituições devem ser tratadas de forma diferenciada. Mesmo em termos de receitas próprias, não se pode exigir aos politécnicos da Guarda e de Castelo Branco ou até à Universidade da Beira Interior, que tenham um determinado tipo de receitas que as universidades de Coimbra e de Lisboa ou o Politécnico de Leiria podem fazer. Estamos a falar de regiões diferentes, e se não houver algum apoio às nossas instituições, não esperem que as pessoas se fixem nestes locais. E ninguém quer que, daqui a 20 ou 30 anos, o interior do país seja uma reserva, com pessoas que estão cá dentro e onde há gente que paga para as vir cá ver. A governadora civil falou de uma nova centralidade para a Guarda. Mas para ser central precisa de investimentos fortes. 

A OCDE prepara-se para divulgar o relatório sobre a rede de ensino em Portugal. Defende uma rede de parcerias entre instituições?

Tem-se escrito e dito muita coisa sobre um documento que ainda não é conhecido (dia 6 Dezembro). Há uma questão de fundo que é clara: a rede não pode continuar como está. A mesma tutela – todos os ministérios – que agora diz que é preciso reorganizar a rede e que fala em fusões ou consórcios, é a mesma tutela que no ano passado aprovou mais cerca de 50 cursos a nível nacional. Agora a situação é insustentável. Admito que nas grandes cidades possam haver fusões. Relativamente ao resto do país e, em particular à nossa zona (Castelo Branco-Covilhã-Guarda-Viseu e até mesmo Portalegre), tem que haver uma reorganização da rede de oferta formativa. Tem que haver coragem neste processo. E isso passa por cada uma das instituições dizer aquilo que pensa, pois as realidades são diferentes nas várias instituições do país. Na nossa zona não acredito no modelo de integração pura e dura de umas instituições noutra. Que se saiba o senhor ministro não defende essa solução, mas sim os consórcios. Daí que seja importante definir entre as instituições da região que tipo formação de 1º ciclo é dado em cada uma. Não me choca que a UBI possa vir a desenvolver 2º ciclos em áreas que, por exemplo, nós e Castelo Branco, não avançaremos. Mas também deve ser feito o contrário, ou seja haver áreas de 1º ciclo que sejam apenas ministradas na Guarda e Castelo Branco e não na UBI. Se essa articulação for feita é possível que os alunos que fazem o 1º ciclo numa das instituições, façam o segundo noutra. Além disso não me choca que haja mestrados leccionados por docentes das várias instituições. 

Mas não há desconfiança entre as instituições?

Há muita desconfiança, o que me choca. Pior que isso, há quem esconda o jogo e quando isso acontece é muito mau sinal. Quando se percebe que se tem que perder alguma coisa para todos ganharmos, então começam os problemas. Se não nos conseguirmos entender, então temos que, mais tarde, aceitar uma decisão superior e região ficará a perder.

Ao nível da formação inicial e pós-graduada que desafios se colocam ao Politécnico da Guarda?

Há quatro desafios a seguir. O primeiro passa por manter um nível elevado na formação do 1º ciclo. E isso está a ser feito pelas quatro escolas. Deve também haver uma aposta, ainda que controlada, nos mestrados. Isto é só nas escolas com capacidades para o fazer e em áreas específicas é que devem avançar. Há ainda que apostar nos Cursos de Especialização Tecnológica, em que as escolas de Tecnologia e de Turismo estão a fazer um grande esforço. Trata-se de outro tipo de formação importante para o mercado de trabalho, havendo a possibilidade desses alunos poderem ingressar no ensino superior. A formação ao longo da vida é outra área que tem sido feita em todas as escolas.

E qual tem sido a resposta por parte da comunidade?

Tem sido muito boa. As acções de formação que têm vindo a ser feitas nas diversas escolas têm tido uma grande receptividade. Importa também referir um novo público -cerca de 100 alunos - que entrou no ensino superior, fruto do programa > 23 anos. Trata-se de uma boa aposta do Ministério, o qual deve ser bem feito, sob a pena de se voltar contra as instituições, pois este ano já houve organismo que levaram este programa de uma forma menos séria.

Esse é um novo público que merece uma atenção especial?

Tem que se ter atenção a esse público, pois estamos a falar de pessoas com uma formação completamente diferente, na sua maioria trabalhadores estudantes. Por isso devem ser criadas condições para que essas pessoas progridam nos seus estudos.

Como é que vê o futuro do Politécnico da Guarda?

Encaro o futuro com optimismo realista e moderado. Mentiria se dissesse que o IPG, nos próximos quatro anos, passará de 3400 para 4500 alunos. Até porque com a reordenação da rede de ensino superior é natural que haja um decréscimo de alunos em todas as instituições. De qualquer forma, o Politécnico terá um bom futuro, naturalmente com as reorganizações internas necessárias, com expectativas diferentes das que existiam há 10 ou 15 anos. Pelo que se as nossas expectativas foram realistas temos um futuro radioso à nossa frente.

 

 

POLITÉCNICO DA GUARDA

Biblioteca com Mylibrary

Na Biblioteca Central do Instituto Politécnico da Guarda realizou-se, recentemente, uma sessão destinada a apresentar a Myilibrary, considerada a maior plataforma agregadora de livros online, com mais de 2 milhões de utilizadores.

Esta plataforma, que tem sido adoptada nos meios académicos, públicos e governamentais, trabalha em parceria com os principais editores comerciais e organizações não-governamentais a nível mundial, incluindo as mais vastas e diversificadas colecções e conteúdos.

A Myilibrary conta já com 60.000 títulos de ebooks e serão adicionados outros 30.000 até ao final de 2006, permitindo aos utilizadores aceder aos mais diversos conteúdos de editores de todo o mundo, entre os quais destacamos a Springer, a Elsevier, a Oxford University Press, a Cambridge University Press, a Taylor & Francis, a Wiley, a McGraw Hill, a Palgrave Macmillan, a Blackwell’s e o Idea Group.

De referir que inclui também os livros, as publicações, os relatórios anuais e actas de conferências de várias organizações não-governamentais de relevância mundial, tais como a Organização Mundial de Saúde, a Organização Internacional do Trabalho, a Agência Internacional da Energia Atómica, o Banco Mundial e a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Na Myilibrary estão incluídas colecções chave como: Colecção completa dos Springer eBooks, Colecção dos CRC Press eBooks, as colecções completas da Wiley Science, Technical e Medical eBooks, a colecção dos Oxford University Press eBooks·e uma panóplia de colecções únicas na Myilibrary.

A Mylibrary oferece uma total flexibilidade ao cliente tanto quanto aos conteúdos contratados, como quanto aos modelos de assinatura ou aquisição de direito de acesso perpétuo. 

Medicina, Economia, Ciência e Tecnologia, Ciências Sociais, Línguas e Literatura, Filosofia, Psicologia e Religião, História Geral e História da Europa, História Americana, História e Ciências auxiliares, Educação, Ciência Política, Geografia, Artes, Música, Direito, Assuntos Gerais, Agricultura, Ciência Militar, Ciência Naval e Ciência da Documentação e Informação são as principais áreas temáticas abrangidas.

 

 

IPG

Saúde com nova oferta

A Escola Superior de Saúde da Guarda abre oficialmente, no próximo dia 10 de Janeiro de 2007, o II Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica, com 25 alunos (processo de candidatura neste momento em análise pelo respectivo júri). Recorde-se que em Novembro terminou o I Curso.

Ainda no ano lectivo de 2006/07 (Março/Abril), terá lugar a abertura do I Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, faltando apenas a publicação da respectiva Portaria que se prevê para breve.

 

 

 

MENSAGEM DA GOVERNADORA CIVIL DA GUARDA

Guarda entre as maiores

Por ocasião do vigésimo quinto aniversário do Instituto Politécnico da Guarda, enquanto Governadora Civil deste Distrito, não poderia deixar de me associar a um momento tão alto da vida da Comunidade Académica da Guarda. 

Temos, pois, a obrigação, senão o justo dever de reflectir acerca do contributo generoso, da dinâmica e processo de desenvolvimento que o Ensino Superior nos trouxe à escala local e regional.

Se a Guarda é, hoje, uma das cidades que se encontra entre as que apresentam maior crescimento populacional, se vivemos e sentimos aquilo a que alguns Governantes têm, carinhosamente, apelidado de “o fenómeno da Guarda”, tal se deve, em grande parte, à relevante missão que o nosso Instituto Politécnico e que o Ensino Superior tão bem souberam desempenhar, na senda do Crescimento harmonioso desta Cidade e de todo este Distrito.

Sempre que comemoramos um aniversário, lembramos uma data solene, ou celebramos algo de verdadeiramente importante na nossa vida, tendemos sempre a concentrar no nosso pensamento três balizas temporais bem distintas: O Passado, o Presente e o Futuro.

O Passado, aquele que nos faz lembrar todos os que construíram com o seu esforço e com a sua dedicação este Estabelecimento de Ensino Superior; as suas lutas, as suas conquistas, e também as suas desilusões e preocupações; 

O Presente, que nos exige que olhemos atentamente para o que de melhor e pior se construiu no passado e que nos coloca nas mãos a grande tarefa de perspectivar com responsabilidade os novos dias;

O Futuro, segundo a voz popular, “A Deus pertence”, mas que tem, obrigatoriamente, que nos transportar para uma dimensão nova, uma dimensão temporal que será, sem qualquer sombra de dúvida, fruto da nossa acção, do nosso empenho, do nosso trabalho, da nossa capacidade de querer e fazer, sempre, algo mais…

Tenhamos, pois, simultaneamente, a humildade e a ousadia de procurar nas conquistas do passado e nas legítimas ambições do presente, a força necessária para que, mesmo contrariando a expressão popular, possamos dizer que o futuro não pertence somente a Deus, mas antes, depende da consciência, da força que brota de cada um nós, cidadãos empenhados na construção da nossa comunidade.

Em 1999, um dos mais ilustres vultos do pensamento contemporâneo, o nosso Professor Eduardo Lourenço, transmitiu, num magnífico texto de invocação à Guarda, uma mensagem especial que não poderei deixar de recordar: “Creio que esta cidade está mais vocacionada que nenhuma outra, e este espaço, para ser lugar de um diálogo, necessário mais que nunca, com aqueles que foram os nossos adversários durante séculos (…) Essa é a vocação que eu desejo para a Guarda. Que ela seja hoje a sentinela dum futuro comum para uma Ibéria que é um dos pólos desta Europa onde todos nós queremos estar (…)”

Deste sentimento do Professor Eduardo Lourenço nasceu o Centro de Estudos Ibéricos, a que este Estabelecimento de Ensino Superior Politécnico tem estado umbilicalmente ligado.

E é de olhos postos neste sentimento de diálogo ibérico que quero, por ocasião do vigésimo quinto aniversário desta Instituição, deixar um desafio ousado a esta Comunidade Académica. 

Que o nosso Instituto Politécnico assuma, verdadeiramente, a sua posição de pilar central e fundamental desta plataforma ibérica, desta ponte de ligação entre as duas civilizações em cujos extremos se encontram as mais antigas e prestigiadas Universidades da Península Ibérica, Coimbra e Salamanca.

Termino deixando a todos, não um vago sentimento de esperança, porquanto ele se reduz ao seu significado individual, mas um sentimento de abundante confiança, que no seu significado colectivo, não deixará de nos recrutar para a construção do futuro que, mesmo percorridos vinte e cinco anos de história, continua sempre à espreita, sempre um passo à frente, na dimensão do tempo novo… que queremos e havemos de saber construir...

A Governadora Civil do Distrito da Guarda
Maria do Carmo Pires Almeida Borges

 

 

 

TECIDO EMPRESARIAL CRESCE NA BEIRA INTERIOR

ESE da Guarda gera empresas

Dentro de poucos dias, a Beira Interior vai ter 14 novas empresas, sete das quais na Guarda. Este é o resultado da Acção Integrada de Base Territorial Serra da Estrela (AIBT), medida 2.8, denominada “Aprender a Empreender”, que decorreu na Beira Interior nos últimos meses, envolvendo, entre outras entidades, a Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG). 

Refira-se que a acção “Aprender a Empreender” foi promovida pelo Centro de Inovação Empresarial da Beira Interior (CIEBI) através de parcerias com diversas entidades, como é o caso, para a Guarda, da ESEG.

A formação desenrolou-se em quatro acções acolhidas pela Covilhã, Seia e Guarda. Neste caso através da ESEG que, de resto, vê agora algumas das suas licenciadas ingressarem no mercado de trabalho criando o seu próprio emprego, já que das sete novas empresas, que dentro em breve abrirão portas na Guarda, a maioria pertence a ex-alunas desta Escola. Motivo de “orgulho” para o director da Superior de Educação, Joaquim Brigas, lembrando que “a ESEG não só cumpre com o seu papel de formar quadros para o mercado de trabalho, como procura inseri-los no mesmo, de preferência na região e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento do concelho e distrito”. 

O tecido empresarial terá outra sustentabilidade na região em áreas como design e confecção de vestuário, mobiliário infantil, apoio de idosos ao domicílio, catering de produtos alimentares; ateliers de artesanato e consultoria e serviços na área da contabilidade e projectos. 

As novas empresárias, bem como todos os formandos da referida receberam os respectivos diplomas na quinta-feira, 7 de Dezembro, no auditório Carreira Amarelo, na Escola Superior de Educação da Guarda, pelas 10 horas.

 


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