Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano IX    Nº102    Agosto 2006

Universidade

TECNOLOGIA INOVADORA DE MATERIAIS

Aveiro estuda processamento

Mais económica, mais rápida, ambientalmente mais limpa e com capacidade de modelação de componentes de formas complexas e de maiores dimensões são as mais-valias que a nova técnica de processamento de materiais cerâmicos e metálicos, em estudo na UA, permitirá oferecer ao mercado do processamento e consolidação de materiais avançados. Uma inovadora tecnologia que o grupo de investigação envolvido pretende submeter ao Programa NEOTEC e que, a médio prazo, colocará a UA, uma vez mais, na senda do empreendedorismo.

A viabilidade da ideia de negócio, com vista à produção de uma prótese cerâmica, por moldagem por injecção, que diminui em 40 por cento o risco de fractura, quando comparada com o melhor produto cerâmico actual, mantendo as outras propriedades, foi já estudada, numa primeira fase, no âmbito de um Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica. 

Uma equipa de investigação liderada por. José Maria da Fonte Ferreira, docente no Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro da UA, aceitou o desafio de desenvolver um projecto de negócio e de criar uma nova empresa de base tecnológica e, depois de alguns estudos prévios que atestaram a sua viabilidade, prepara-se para submeter, em breve, ao programa NEOTEC o projecto Ecological Processing of Advanced Materials (ECOPAM).

Dentro de dois anos, a Universidade de Aveiro irá ser responsável pela revolução que este projecto irá conferir à tradicional técnica de moldagem por injecção, transformando-a num processo mais económico, mais rápido, mais ecológico e com capacidade de moldagem de peças de maior dimensão.

Com a intenção de transformar o projecto numa futura spin-off da UA, a empresa poderá intervir na área da Medicina, na produção de articulações de implantes de anca e joelho, aeronáutica, indústria militar, nomeadamente narizes de mísseis, e noutras áreas que, eventualmente, necessitem de peças de grande dimensão e de maior espessura. O mercado é vasto. Empreender é, por isso, a palavra de ordem desta equipa.

 

 

 

SAÍDAS PROFISSIONAIS

Coimbra com bolsa

A Universidade de Coimbra, através das Saídas Profissionais, vai este ano promover quase 500 Estágios de Curta Duração para os seus alunos finalistas e recém-licenciados. A cerimónia de assinatura dos protocolos de estágio decorrerá no dia 7 de Julho, pelas 15H00, na Sala do Senado, com a presença do Reitor, Fernando Seabra Santos, e de representantes das entidades receptoras dos estagiários.

Neste âmbito, serão 460 os alunos colocados em 295 entidades, entre as quais Câmaras Municipais, Direcções Gerais, Conservatórias e Hospitais, mas também farmácias, diversas empresas, instituições de solidariedade social, entre outras, que aceitaram integrar uma Bolsa de Empresas para Estágios de Curta Duração para estudantes finalistas e licenciados à procura do primeiro emprego.

O objectivo destes estágios é proporcionar experiências em contextos reais de trabalho e uma abordagem ao mercado de emprego. Trata-se de um programa de grande alcance, na medida em que pode servir também de fomento para empregos futuros.

A Universidade de Coimbra foi a primeira universidade portuguesa a promover este tipo de iniciativa, naquela que tem sido uma experiência de sucesso: em três anos, quadruplicou o número de estudantes finalistas e recém-licenciados da Universidade de Coimbra que puderam, desta forma, realizar uma abordagem ao primeiro emprego (em 2004, foram colocados 117 estagiários em 107 empresas e instituições e, no ano passado, realizaram-se 320 estágios em 264 entidades).

Os estágios são não-remunerados, sem encargos para as entidades receptoras e têm duração mínima de duas semanas e máxima de seis meses.

 

 

 

UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Prémio com inscrições

O Prémio Universidade de Coimbra, um dos mais valiosos prémios nacionais nos campos da cultura e da ciência, tem inscrições abertas até ao dia 21 de Novembro de 2006. Este prémio é atribuído anualmente a uma pessoa de nacionalidade portuguesa que se tenha destacado por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou da ciência, recebendo o galardoado uma dotação em dinheiro no valor de 25 mil euros.

O júri é presidido pelo Reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Seabra Santos, e tem como vice-presidentes António Vieira Monteiro, Administrador do Banco Santander-Totta, e José Marquitos, Administrador-Executivo do Grupo Lusomundo. Esta será a quarta edição do Prémio Universidade de Coimbra, que distinguiu já quatro áreas muito distintas: as neurociências, a história das instituições e as artes do palco, e os estudos clássicos. Na primeira edição, relativa a 2004, foi distinguido o neuro-cientista Fernando Lopes da Silva, considerado um dos 100 cientistas mais influentes do mundo. Em 2005, o Prémio Universidade de Coimbra foi atribuído, ex-aequo, ao historiador António M. Hespanha e ao actor e encenador Luís Miguel Cintra. No ano passado, a premiada foi a reconhecida helenista Maria Helena da Rocha Pereira.

 

 

 

EDUCAÇÃO PARA RESILIÊNCIA

Novo livro no Algarve

Educação para a Resiliência é o título do livro de Carolina Sousa, presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve, o qual acaba de ser apresentado na Biblioteca Central de Tavira. O livro aborda uma problemática  de grande relevância não só para todo e qualquer profissional, mas em especial para a formação e educação de crianças e jovens em risco educacional.

Trata uma súmula de ideias e princípios através dos quais se propõe que, nos processos de formação das escolas, se eduque para a resiliência. Defende ainda que essa educação deve ser feita apelando a perspectivas de análise e intervenção que deverão, não só estar presentes, mas atravessar de modo activo e pro-activo todas as dimensões da acção humana física, biológica, psicológica, social. 

Resiliência do verbo latino resilio (re+salio) “saltar como uma mola, uma bola de borracha, voltar a ponto de partida” remete directamente para a ideia de elasticidade, flexibilidade, reflexibilidade inerente a toda e qualquer realidade material ou imaterial. Todo o sentido que vive na etimologia da palavra “resiliência” que também aqui se exprime e desdobra do concreto para o abstracto desde os níveis materiais aos imateriais e espirituais mais ou menos flexíveis.

Esta flexibilidade, porém, em qualquer dos diferentes níveis de realidade em que está presente, pode ser activada, desenvolvida, optimizada. Ou seja, as coisas, os indivíduos e, sobretudo, as pessoas podem ser educados, formados para a resiliência através de tarefas, experiências, processos e técnicas especiais mais ou menos adequados às dinâmicas que normalmente se designam por activação ou promoção do seu desenvolvimento na perspectiva da sua optimização.

 


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