Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano IX    Nº98    Abril 2006

Universidade

SÓCRATES NOS 20 ANOS DA UBI

UBI inaugura medicina

O edifício da Faculdade de Ciências da Saúde vai ser inaugurado no próximo dia 30 de Abril, pelo primeiro-ministro, José Sócrates, uma inauguração que surge no âmbito das comemorações dos 20 anos da Universidade da Beira Interior.

Esta estrutura, com uma área bruta de cerca de 19 mil metros quadrados e localizada no Pólo III da UBI, junto ao Centro Hospitalar da Cova da Beira, vai permitir, já no próximo ano lectivo, albergar em condições modelares os alunos do curso de Medicina, bem como os respectivos docentes. Concebido e realizado para permitir a implementação de um modelo inovador de aprendizagem nesta área da saúde, o edifício irá igualmente comportar o Centro de Investigação em Ciências da Saúde, ligado ao Parkurbis, proporcionando aos alunos um contacto mais próximo com a criação do saber. A sessão solene tem início marcado para as 15 horas e vai contar com as intervenções de Manuel José dos Santos Silva, Reitor da UBI (na foto), Bruno Carneiro, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior e de José Sócrates, Primeiro-ministro.

Também integradas no programa oficial de comemorações do 20 da UBI estão outras iniciativas. No Museu de Lanifícios serão inauguradas no mesmo dia as exposições “Watermarks” de Kasia e Jacek Krenz – poesia e aguarelas –,“Olhares” de João Bugalho – pintura – e “No princípio é a lã... a cultura pastoril” – exposição temática. 

Ainda no âmbito do 20º aniversário da UBI, na sequência de uma parceria entre o Orfeão da Covilhã e a Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI), haverá dois concertos. O primeiro, “Concerto da Primavera”, terá lugar no dia 29 de Abril, no Teatro-Cine, onde serão interpretadas peças de “Carmina Burana” de Carl Orff. O segundo acontecerá no dia 30, às 21h30 no Auditório das Sessões Solenes da UBI, juntamente com uma conferência sobre o “Centenário do Nascimento de Lopes Graça (1906-2006), com a participação de Jorge Rodrigues (Programa Ritornello – Antena 2), António Toscano (pianista), do Coro do Orfeão da Covilhã e da Orquestra de Sopros da EPABI.

 

 

UBI APRESENTA PROPOSTAS

Novos cursos a caminho

A Universidade da Beira Interior acaba de enviar à Direcção Geral do Ensino Superior (DGES) as propostas de reformulação dos seus cursos, no âmbito do Processo de Bolonha, bem como a proposta de criação do Ciclo de Estudos Integrados em Ciências Farmacêuticas, conducente ao grau de mestre.

Das 31 licenciaturas ministradas na UBI, serão adequadas 18, que vão compreender dois ciclos distintos: três anos de frequência conferem grau de licenciatura, os dois anos seguintes conduzem ao grau de mestre.

Engenharia Química e Psicologia optam também pelo modelo de ciclo de estudos integrados, sendo atribuído o diploma de licenciatura ao fim de 180 unidades de crédito alcançadas.

Para o Reitor Santos Silva, “estamos perante uma mudança de paradigma” e “a UBI é uma das universidades que está melhor preparada para responder a este desafio já no próximo ano”. Com efeito, várias condições estão reunidas: mais de 50% do corpo docente da UBI tem o grau de doutor e “há muito que podemos dizer que a aprendizagem se encontra centrada no aluno, que tem ao seu dispor todas as infra-estruturas necessárias – laboratórios, bibliotecas e um excelente índice de computador/aluno” – permitindo-lhe pleno acesso à informação, o que favorece o desenvolvimento pessoal e científico do estudante e, por conseguinte, o processo de ensino-aprendizagem”. Por isso, “mesmo os alunos que no próximo ano lectivo ingressarem nos cursos que, por enquanto, não foram sujeitos a reformulação, irão desde logo encontrar neles o espírito de Bolonha”.

 

 

 

UTENSÍLIOS DO AMOR

Aluno realiza curta-metragem

O Cybercentro da Universidade da Beira Interior (UBI) vai produzir uma curta-metragem de um aluno, rodada na Covilhã, e que tem como objectivo o circuito comercial, anunciou a instituição.

Intitulado “Utensílios do Amor”, o filme realizado por Telmo Martins tem a duração de 15 minutos e conta a história da relação entre um homem e uma mulher, em tom irónico.

A curta-metragem é rodada em ambiente nocturno e tem a participação de quatro actores, entre os quais Margarida Vila-Nova e Maria João Pinho, protagonistas de novelas televisivas, e ainda Luís Dias e João Feitor.

O produto final, orçado em cerca de quatro mil euros, vai ser apresentado dia 21 de Abril, a partir das 14:00, na “Cinubiteca”, a sala de cinema da UBI.

Telmo Martins é aluno do curso de Design Multimedia e autor de várias curtas-metragens.

A última das quais, “Rupofobia”, está a ser comercializada num DVD de curtas-metragens da rede de lojas FNAC e distribuída em 15 países europeus integrando o DVD “Young European Directors”.

O novo filme tem também como objectivo o formato DVD e a sua comercialização.

Em Outubro, o aluno da Universidade da Beira Interior planeia rodar a sua primeira longa-metragem na Covilhã, intitulada “Memórias de um Estudante”
.

 

 

 

UNIVERSIDADE DE ÉVORA

Animação em debate

O I Seminário Regional de Eventos e Animação Turística, que se realizou no passado dia 31 de Março, na Fundação Alentejo Terra-Mãe, consistiu num debate e reflexão sobre a importância dos eventos e da animação para a Região Alentejo.

A iniciativa contou com cerca de 240 participantes (investigadores, professores, estudantes de turismo da Universidade de Évora, estudantes de turismo do Instituto Politécnico de Portalegre, formandos de turismo, formadores, empresários, estudantes de várias escolas secundárias da Região e outros profissionais ligados à área do turismo) que, ao longo desse dia, procuraram reflectir sobre o interesse da temática no desenvolvimento da região e no combate à sazonalidade de algumas unidades de alojamento.

O seminário serviu para mostrar que, de facto, os eventos e a animação turística constituem formas de dinamização das estruturas, entidades e empresas vocacionadas para o turismo. Para além disso, podem combater a sazonalidade e ajudam a promover o destino turístico Alentejo. “Os eventos e as iniciativas de animação turística contribuem para enriquecer a oferta e atrair segmentos importantes de novos turistas”, disse Francisco Martins Ramos, Coordenador do Seminário. Contudo, ficou demonstrado na iniciativa a necessidade do sector investir na qualificação e na realização de actividades que possam prolongar a permanência dos turistas na região Alentejo.

Os títulos das comunicações foram as seguintes: “1.º e 2.º Ciclos de Turismo da Universidade de Évora”, pelo Prof. Doutor Eduardo Figueira da Universidade de Évora; “O Turismo como Vector de Desenvolvimento Regional e Fenómeno de Proximidade”, por Vítor Fernandez da Silva, Presidente da RT da Planície Dourada; “Eventos Turísticos Culturais, Globalização e Comunidade Local”, por Noémi Marujo da Universidade de Évora; “Animação Turística: Por um novo Enquadramento Jurídico”, por Ana Barbosa, Presidente da PACTA; “Évora, Capital Europeia da Cultura 2010?”, por Bruno Marques, Vera Simões, Helena Bento, Ana Raposo, Alunos da Licenciatura em Turismo e Desenvolvimento da Universidade de Évora; “A Animação Sócio-cultural como Estratégia de Desenvolvimento de um novo Paradigma de Turismo Local”, por Avelino Bento, do Instituto Politécnico de Portalegre; “Eventos e Animação Turística: Um Caso na Serra da Estrela”, por Alberto Martinho, Empresário da Quinta do Crestelo; “A Intervenção das Regiões de Turismo na Animação Turística dos Territórios”, por Andrade Santos, Presidente da RT de Évora; “A Importância da Animação Turística de Qualidade no Alentejo: O Projecto do Telheiro / Monsaraz”, por Francisco Zambujinho, Empresário e Representante da Associação dos Hotéis de Portugal; “Turismo Activo: Técnicos Especializados ou Generalistas?”, por Pedro Janeirinho, Gerente da Alentejo Active; “Espaço ARCANA”, por Henrique Leote, Empresário, Hotel Convento de S. Paulo.

O seminário teve como moderadores Nuno de Oliveira, Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre e Isidro Féria, Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Beja. A organização do seminário proporcionou a todos os participantes uma animação cultural com o Grupo Coral “Cantares de Évora”.

Refira-se que a iniciativa teve a colaboração activa dos alunos do 2.º Ano da Licenciatura em Turismo e Desenvolvimento da Universidade de Évora que, para além de estarem envolvidos em toda a fase da organização, conseguiram diversos apoios regionais para o evento.

Noémi Marujo

 

 

 

SEMANA DO TURISMO

Um mundo de diferenças

O NETUDUE (Núcleo de Estudantes de Turismo e Desenvolvimento da Universidade de Évora) realizou, de 3 a 7 de Abril, a “Semana do Turismo e Desenvolvimento: Um Mundo de Diferenças”. 

O tema central da iniciativa foi a multiculturalidade cujo objectivo consistiu em promover a solidariedade, a partilha e a compreensão das diferentes culturas do mundo. “Queremos abordar as experiências de viagem enquanto meio privilegiado para conhecer o outro e para o viajante se conhecer a si próprio no contacto com diferentes realidades. A multiculturalidade e o reconhecimento do outro impõem-se como uma necessidade para o exercício de uma cidadania correcta em diversas sociedades, num mundo em que é de todos e para todos”, disse Luís Lamarosa, presidente do NETUDUE, na sessão de abertura. 

A Semana do Turismo procurou proporcionar a todos os participantes, através de especialistas de várias regiões do mundo (Delegação de Turismo em Macau, Embaixada da Coreia, Embaixada do Japão, Embaixada do Chile, Delegação de Turismo da Tunísia), o debate, a troca de ideias e a reflexão sobre a diversidade das culturas que existe em países, regiões e localidades. “Um Mundo de Diferenças”, para além de mostrar a multiplicidade dos povos e das suas culturas, demonstrou que o fenómeno do turismo pode contribuir para a paz mundial. 

Ao longo de uma viagem de cinco dias, os participantes tiveram a oportunidade de assistir a conferências ligadas à temática da cultura, e a espectáculos musicais (sevilhanas, capoeira, dança oriental, dança africana, etc.) que deram um colorido especial à iniciativa. A gastronomia, a pintura e a fotografia foram ingredientes que também despertaram diferentes sensações em todos os participantes. “Procuramos essencialmente com o nosso evento proporcionar momentos em que a cor e a raça se esqueçam e se diluam no enriquecimento e consciencialização de cada um pela partilha de experiências que esta semana colocou à disposição de todos os interessados”, frisou Luís Lamarosa.

N.M.

 

 

 

EM COIMBRA

Silêncio e voz nas prisões

As prisões políticas da Cadeia do Aljube, do Forte de Peniche, da Colónia Penal de Cabo Verde, no Tarrafal, e dos Redutos Norte e Sul do Forte de Caxias, representam, ainda hoje um dos aspectos mais trágicos da história do Estado Novo e marcam a exposição de fotografia “Voz do Silêncio – Prisões Políticas Portuguesas”, inaugurada a 6 de Abril, em Coimbra.

Nas visitas que realizou por estes lugares, Pedro Medeiros, mais do que um encontro com a História, propõe um fascinante e perturbante encontro connosco próprios: revisitar os lugares da tragédia, mas também da dignidade, da solidariedade e do inconformismo, é uma forma de reviver o passado, não como efeméride, mas como memória activa. Significativamente, estas 27 imagens serão mostradas ao público na única cadeia medieval subsistente em Portugal, a antiga Prisão Académica da Universidade de Coimbra, num dos pisos inferiores da Biblioteca Joanina. Este espaço, assente sobre as ruínas do antigo cárcere do Paço Real, albergou, entre 1773 e 1832, as instalações da cadeia académica, onde, em diferentes períodos e por diferentes motivos, chegaram a estar detidos alguns dos nomes mais importantes da vida cultural e cívica do Portugal dos séculos XVIII e XIX.

A Prisão Académica estará, aliás, disponível em breve para ser visitada por todos, integrada no circuito turístico da Universidade.

“Voz do Silêncio – Prisões Políticas Portuguesas” estará patente ao público todos os dias até 15 de Maio, entre 09h30/12h30 e as 14h00/19h00, e será acompanhada da exibição em permanência de dois filmes: “26 de Abril de 1974: Imagens da Libertação dos Presos Políticos Portugueses” e “Ascensão e Queda: Discursos de Oliveira Salazar”.

Depois de ter estado já exposta na Cadeia da Relação (Centro Português de Fotografia), no Porto, “Voz do Silêncio – Prisões Políticas Portuguesas” inicia agora o seu trajecto de itinerância pelo país.

 

 

 

EMPRESA DE BASE TECNOLÓGICA

Ágoramat em Aveiro

A Ágoramat foi criada em Setembro de 2004, por investigadores da Universidade de Aveiro, com o objectivo de ser uma empresa dedicada à investigação, desenvolvimento e produção de pós e produtos acabados para aplicações de índole tecnológica, na área de engenharia dos materiais. Pioneira nesta área em Portugal e após dois anos de actividade, o sucesso é notório e reconhecido, como comprovam os já inúmeros prémios atribuídos.

Ágoramat nasceu da percepção de que em Portugal faltam empresas de cariz marcadamente inovador e tecnológico com fortes ligações ao tecido científico. A inovação, entendida como a criação ou a incorporação de novos conhecimentos como factores chave de competitividade, incide não apenas sobre os processos, mas também sobre os produtos e serviços, não só sobre a tecnologia, mas também sobre a organização e gestão. Desta forma, a Ágoramat assume-se claramente como uma empresa inovadora e de forte competitividade, possuindo um processo tecnológico que permitirá a redução dos tempos e custos de produção.

Por outro lado, a inovação económica está ligada à inovação social e abrange não só as empresas, mas também uma grande diversidade de parcerias com instituições de educação, de formação, de investigação e desenvolvimento e de financiamento. Neste âmbito, a Ágoramat pretende prestar serviços de consultadoria aos seus clientes, bem como estabelecer parcerias que permitam todo o seu desenvolvimento, diferenciando os mecanismos de intervenção de acordo com os destinatários.

Assim, desde a sua criação, em 2004, que a empresa tem-se pautado por uma atitude de constante actividade reflectida, quer nos diversos prémios já conquistados quer na sua participação em dois projectos de investigação. De entre os prémios já arrecadados, podem destacar-se três: o FIVE, a Empreenda 2005 e o 1º prémio do 2º Concurso de Criação de Empresas Inovadoras de Base Tecnológica da Incubadora da Associação do Beira Parque Atlântico.

Para além destes prémios, a Ágoramat está envolvida em dois projectos de investigação; o projecto nacional aprovado pela FCT «Precipitação e estabilização in situ de pós de fosfato de cálcio para aplicações biomédicas na reparação óssea e em sistemas de libertação controlada de fármacos», e o projecto Europeu «ADOPTIC» relacionado com a quantificação da performance de diferentes aditivos utilizados quer em processos e materiais tradicionais quer em processos e materiais avançados, com vista à selecção dos tipos e dosagens de aditivos mais adequados.

Como pioneira nesta área em Portugal, e devido à experiência relevante dos seus criadores na área da engenharia de materiais, a Ágoramat pretende consolidar cada vez mais a sua posição no mercado emergente dos materiais avançados, apostando no desenvolvimento das técnicas e procedimentos utilizados para produção e uso dos mesmos. Para tal, encontra-se já em processo de certificação segundo a norma NP EN ISO 13485:2004 de modo a manter a eficácia e facilitar a harmonização das regulamentações do seu Sistema de Gestão de Qualidade. Complementarmente, a Ágoramat está a realizar os procedimentos de avaliação de conformidade com vista a aposição da marcação CE nos seus produtos.

Liliana Oliveira

 

 

 

ALGARVE

Monumentos distingue
Faro 2006

A revista Monumentos foi apresentada no passado dia 19 de Abril na Sala de Seminários da Biblioteca Central da Universidade do Algarve, Campus de Gambelas. “Associando-se ao programa que assinala Faro como Capital Nacional da Cultura 2005, a revista Monumentos propõe neste número, uma fascinante viagem no tempo proporcionada pelo conjunto de textos reunidos”.

Num dossier dedicado a Faro, de vila a cidade, “os investigadores, que colaboraram neste número numa persistente busca das fontes, tentam identificar e dar sentido aos valores que singularizam e traduzem a história e a cultura do sítio e que, como tal, devem ser preservados”.

 


Visualização 800x600 - Internet Explorer 5.0 ou superior

©2002 RVJ Editores, Lda.  -  webmaster@rvj.pt