IPCB
Campus virtual quase
pronto
O Campus Virtual do Instituto Politécnico deverá estar em funcionamento pleno no final do ano. O projecto, inovador a nível nacional, liga todas as unidades orgânicas do IPCB e permite a alunos, professores e funcionários acederem a conteúdos e serviços através de uma rede sem fios. O investimento é de 515 mil euros.
João Ruivo, vice-presidente do IPCB, confirma isso mesmo ao Ensino Magazine e lembra que o campus que está a ser implementado é inovador e ligará todas as escolas do IPCB, permitindo, a título de exemplo que os alunos tenham acesso a conteúdos programáticos das disciplinas.
“Este é um projecto inovador, que coloca o IPCB como uma das instituições de ensino superior nacionais que corresponde ao desafio da sociedade da informação e da comunicação”, começa por explicar. O Campus Virtual consiste em “ligar as seis unidades orgânicas e os serviços centrais através de um sistema informático sem fios, de forma a que a informação circule mais rapidamente e esteja disponível em qualquer ponto das diferentes instalações do
IPCB”.
No fundo o Campus integra quatro projectos distintos. “O primeiro, denominado,
wireless in que consiste em montar o dispositivo tecnológico para que, dentro de uma instituição, qualquer pessoa com um computador possa aceder à informação, sem necessitar de se ligar a um terminal”, diz João Ruivo.
O segundo, o wireless out, passa por permitir que as escolas, incluindo a Superior de Gestão com cursos em Idanha-a-Nova e Fundão, comuniquem entre si com a mesma tecnologia. “Para esse efeito a ligação entre as unidades orgânicas da cidade (excepto a Agrária e a Saúde) é feita em fibra óptica, enquanto que as restantes ficam ligadas através de um sistema de rádio frequência”.
João Ruivo explica ainda que o terceiro projecto passa pela implementação de uma secretaria virtual. “A ideia é centralizar todos os dados das unidades orgânicas, de forma a que os alunos possam ter acesso a dados relacionados com as matrículas, notas, certidões ou consultas ao seu histórico. Os alunos terão acesso a esta secretaria virtual através de um login e de uma palavra passe que lhes será dada”. Este acesso pode ser feito através da rede sem fios do próprio campus, ou de qualquer parte do país, através da
Internet.
O quarto projecto consiste na criação de uma plataforma de e-learnng. “Aí estará disponível toda a documentação académica, disciplina por disciplina, para que os alunos possam acompanhar as aulas dos professores e estarão ainda disponíveis a curto prazo cursos de curta duração”, conclui João Ruivo.
O vice-presidente do IPCB reforça a ideia que o objectivo do Campus Virtual passa por “aumentar a qualidade de formação e informação do Instituto Politécnico de Castelo Branco. É nesse sentido que estamos a fazer este investimento de 515 mil euros, financiado a 65 por cento pelo POSI. Além desse montante, houve um investimento adicional que as próprias escolas tiveram que fazer em upgrades informáticos”.
Além do seu campus virtual, o Instituto Politécnico está envolvido num outro projecto de dimensão inter municipal, o Beira Baixa Digital, o qual pretende generalizar a utilização das novas tecnologias através de sistemas de informação de banda larga.
POLITÉCNICO DE CASTELO
BRANCO
Mais alunos na segunda
fase
Duzentos e trinta e nove alunos foram colocados no Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), na 2ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior 2005/2006. Em relação ao ano lectivo passado (2004/05), a taxa de colocação de alunos no IPCB cresceu de 72% para 77%.
Segundo o Instituto, o “IPCB mantém-se na 4ª posição do ranking das instituições de ensino superior politécnico, de acordo com a taxa de colocação geral, quer da primeira quer na segunda fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, sendo que o 3º lugar é ocupado pelo IP do Cávado e do Ave que tinha a concurso poucas vagas”.
Os responsáveis do Politécnico frisam que com estes resultados, “o IPCB é o Politécnico do interior de Portugal que merece a maior preferência dos alunos candidatos ao Ensino Superior. No quadro geral das instituições de ensino politécnico e universitário do interior do país, o IPCB mantém-se como a que recolhe maior número de colocações quer na 1ª fase, quer na 2ª fase do Concurso Nacional de Acesso”.
A nota de imprensa do IPCB revela ter melhor taxa de colocação que diversos Institutos Politécnicos do litoral como os de Lisboa, Setúbal, Coimbra e Santarém. A concluir, informa que “o IPCB vai ainda colocar a concurso na 3ª fase de Acesso ao Ensino Superior vagas que serão divulgadas após as matrículas dos alunos colocados na 2ª fase. As vagas e prazos serão divulgados nessa altura e as candidaturas realizar-se-ão nas respectivas Escolas do Instituto Politécnico de Castelo Branco”.
ESECB
Os novos desafios da
educação
A Escola Superior de Educação de Castelo Branco é uma das mais antigas do instituto Politécnico de Castelo Branco. José Pires, director da instituição faz uma análise ao início de mais um ano lectivo e recorda quais os desafios que esperam a
ESE.
No que respeita à entrada de novos alunos na Escola, José Pires lembra que “como era previsível, num tempo em que formação inicial de professores, especialmente para o 2º Ciclo do Ensino Básico, se encontra em aprofundada recessão, a ESECB tem, no que às candidaturas para o 1.º diz respeito, consolidadas três ofertas formativas: Licenciaturas em Educação de Infância, Professores do 1.º Ciclo e Serviço Social, que preenchem as vagas e vê confirmadas as quebras acentuadas, já iniciadas em anos anteriores, em Educação Visual e Tecnológica, Educação Física e Tradução e Assessoria de Direcção”.
No entender daquele responsável importa rever algumas estratégias para o futuro. “Continuo a entender que não deve o ensino superior politécnico abandonar as formações de referência na área da educação e tal aposta, em consonância com a Presidente do IPCB, mantém-se na ESECB. Contudo importa, à luz do Processo de Bolonha rever algumas estratégias de oferta formativa que, potenciando os excelentes recursos docentes existentes na ESECB, potenciem novas propostas, mais em consonância com designações mais apelativas e com competências emergentes para novas profissionalidades que são possíveis indentificar na sociedade portuguesa”.
José Pires revela que “é ainda indispensável potenciar todo o manancial científico e pedagógico que possuímos para formações que se não esgotam na formação inicial, antes a potenciam, em áreas de especialidade, pós-graduação e mestrado, assim como na formação contínua de professores, da qual o Programa de Formação em Matemática para os Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico em que participamos é exemplo paradigmático, tanto na forma como no conteúdo”.
Sendo uma das escolas mais antigas do Politécnico, José Pires sublinha que a ESE “é, necessariamente, um dos marcos do IPCB. Foi, no seu início, em conjunto com a ESA uma das suas grandes âncoras. Perdendo gradualmente um peso específico ao nível do quantitativo alunos, e por causa de particularidades que são hoje já estruturais, contínua a ser uma unidade orgânica muito rica de recursos docentes que o IPCB tem procurado potenciar em projectos nacionais e internacionais e , estou absolutamente seguro, vai continuar a potenciar”.
Já no que respeita à interacção com a comunidade envolvente, o director da ESE adianta que “a natureza do serviço prestado pela ESECB a isso obriga, tanto pelo universo social e cultural que abrange, como pela particularidade do seu projecto educativo e da gestão projectada à comunidade que tal projecto impõe, tanto na formação inicial, como em todas outras ofertas formativas ou actividades educativas”.
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