ESE DE VISEU
Escola com nova
direcção

O novo Conselho Directivo da Escola Superior de Educação de Viseu acaba de tomar posse, numa cerimónia que decorreu na Aula Magna do Instituto Superior Politécnico de Viseu.
Maria de Jesus Martins Fonseca foi reconduzida no cargo de presidente deste Órgão bem como Maria Teresa Guardado Mateus Oliveira e Esperança do Rosário Jales Ribeiro como vice-presidentes.
O Presidente do ISPV, João Pedro Barros, felicitou o trabalho realizado por estes elementos no CD da ESEV nos últimos três anos e desejou, para o próximo triénio, que “o mesmo mantenha o ritmo empreendido até agora numa trajectória de qualidade, que levou a que tão bons resultados alcançasse este ano lectivo com o preenchimento quase total do números vagas”.
Para o Presidente do ISPV a “ESEV está viva” e tem “recuperado a notoriedade, marcando a nível nacional uma posição firme”. Perante uma plateia constituída por docentes e funcionários da Instituição, Maria de Jesus Fonseca reconheceu que “a escola foi bafejada pela felicidade que acompanha quem muito trabalha, como foi o caso de toda a comunidade escolar da ESEV”. “Continuar a mexer, a trabalhar sempre muito e bem” são as promessas do Conselho Directivo da ESEV para que “no final do mandato, que agora iniciou, sejam merecedoras de parabéns”.
No final do acto da tomada de posse a Presidente da Escola Superior de Educação de Viseu dirigiu-se aos Estúdios de Televisão do ISPV onde deu uma pequena entrevista.
Maria de Lurdes Neves em representação do corpo não docente e Tânia Sofia Beja Ferreira do corpo discente completam a constituição do Conselho Directivo da ESEV para o próximo triénio.
COM NOVAS INSTALAÇÕES E
COM BOA TAXA DE COLOCAÇÃO
Agrária de Elvas em
alta
A Escola Superior Agrária de Elvas conseguiu este ano uma taxa de colocação superior ao esperado e tem neste momento 250 alunos. Um resultado que o seu director, Francisco Rodrigues, atribui à originalidade da oferta formativa, bem como à elevada taxa de empregabilidade dos formados na escola (89 por cento, de acordo com um estudo de 2004).
“A taxa de colocação da Escola Superior Agrária foi a segunda do País com maior taxa de colocação, tendo atingido os 70 por cento, sendo só superada pela de Coimbra, a qual está numa realidade completamente diferente. Nota-se que os alunos quiseram vir para esta escola em detrimento de outras que são maiores e que eventualmente têm mais tradição”.
A escola tem agora em funcionamento uma licenciatura bi-etápica em Engenharia Agrária e Desenvolvimento Regional, além de três bacharelatos “mais ou menos inéditos, ou que só foram copiados recentemente”, casos da Enfermagem Veterinária, Gestão de Espaços Verdes e Áreas Ajardinadas e o de Produção de Cavalos. Estes cursos são agora ministrados em novas instalações, cuja inauguração oficial da segunda fase acontece a 25 de Novembro.
INSTALAÇÕES. A questão da exiguidade das instalações arrastava-se desde a entrada em funcionamento da escola, em 1994, pelo que em 2004 a escola chegou a funcionar em seis locais diferentes da cidade, o que obrigava à duplicação de alguns custos. “Era um corropio de alunos, funcionários e professores, que de manhã tinham aulas numa sala, depois noutro edifício e às vezes, ao fim da tarde, ainda tinham aulas num terceiro local”.
A solução tardava e os problemas avolumaram-se pois “esta é a única escola agrária em que o número de alunos tem aumentado de ano para ano, desde a entrada em funcionamento”. Por isso, logo na tomada de posse, em 2004, o director estabeleceu como meta a concentração dos diferentes serviços da escola no Quartel do Trem, onde foi necessário “adaptar um quartel do século XVIII e uma instituição de ensino superior do século
XXI”.
Embora sem ajudas no PIDDAC, menos de seis meses depois de ter tomado posse, começaram as obras, sendo que em Novembro do ano passado as aulas começaram a decorrer naquele espaço, onde também funcionavam os laboratórios. Ficava de fora a biblioteca, os serviços administrativos, bem como as aulas de equitação (decorrem num picadeiro) e as aulas de campo, que têm lugar numa quinta experimental.
Já este ano, em Setembro, foi possível concentrar todos os serviços, excepção feita às aulas de campo e de equitação. “Isto permite que a escola funcione de forma mais harmoniosa, com menos custos e mais qualidade de ensino. Por exemplo, já não é necessário faltar às aulas para ir aos serviços académicos.
FUTURO. Em termos futuros, Francisco Rodrigues, considera que a conjuntura do ensino superior agrário é preocupante, pois “o Estado tem pouco dinheiro, há uma diminuição do número de candidatos ao Superior que se acentuará, a área das ciências agrárias não é das mais apelativas”. Ainda assim, destaca o facto dos formados da escola estarem praticamente todos empregados e aponta as boas perspectivas dos futuros diplomados, nomeadamente em Enfermagem Veterinária e na Gestão de Espaços Verdes, sendo que no caso deste último “vão sair seis alunos formados e têm já emprego garantido”.
Para melhorar essa performance, aquele responsável refere que neste momento estão também a ser melhoradas as instalações, desde as salas de aula à biblioteca, bem como o acesso Internet, este último através do Projecto de Campus Virtuais. Estão também a ser preparados os planos de estudos do segundo ciclo, que corresponderá aos actuais mestrados, além de outras formações.
“Termos uma comissão que vai apresentar os projectos de remodelação dos cursos tendo em conta as normativas de Bolonha. Haverá depois pós-graduações não conferentes de grau, haverá o segundo ciclo, pois estamos em crer que temos um número suficiente de doutorados para propor aqui um mestrado, talvez na área da Agricultura Sustentável. Estamos ainda a trabalhar nos cursos de especialização tecnológica, que já estão aprovados”, adianta.
A Agrária organiza ainda cursos em que participam várias pessoas exteriores à escola, designadamente em áreas como operadores de máquinas agrícolas, poda da videira, alguns organizados em conjunto com, o Centro de Formação de Elvas. Aliás, a relação com o meio é fundamental para a escola e permite até obter receitas próprias, através de serviços como levantamentos topográficos, serviços técnicos, estudos de viabilidade económica, entre outros.
“O orçamento de Estado para a Agrária de Elvas já não é suficiente para pagar os vencimentos dos docentes. As outras despesas e consumíveis são pagos com receitas próprias. Estamos a falar de uma escola que tem 27 docentes, que reduzidos a professores a tempo inteiro, equivale a 21. Mesmo assim conseguimos fazer funcionar mais de 100 disciplinas em quatro cursos diferentes, além de trabalharem em investigação”.
Em termos de investigação, a escola tem apostado em projectos Agro, mas também em alguns financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e outros no âmbito do Interreg, de que se destacam áreas como a da viticultura de precisão e o aproveitamento de biomassa florestal. Francisco Rodrigues considera até que esta é uma área fundamental, a par da prestação dos serviços.
“As escolas agrárias, sobretudo as do Interior, têm de passar a ser centros de desenvolvimento regional agrícola. Por que não transferir algumas competências, acompanhado do envelope financeiro, das direcções regionais para as escolas agrárias? Onde é que no Distrito de Portalegre existe um pólo com os recursos humanos e físicos como na escola Agrária? Se as escolas agrárias só forem escolas puras e duras, como eram há uns anos atrás, concerteza que irão desaparecer um dia”, conclui.
POLITÉCNICO DE VISEU
Especialização
tecnológica
O Instituto Superior Politécnico de Viseu acaba de lançar uma nova oferta formativa destinada aos titulares de curso secundário ou de habilitação equivalente de qualificação profissional de nível III, uma Formação Pós-secundária e Pré-superior que confere um Diploma de Especialização Tecnológica e Certificado de Aptidão Profissional de nível IV através do CET´s (Cursos de Especialização Tecnológica).
Com esta oferta, o IPV Pretende “aprofundar o nível de conhecimentos científicos e tecnológicos no domínio da formação profissional de base, desenvolver competências pessoais e profissionais adequadas ao exercício profissional qualificado e promover percursos formativos que integrem objectivos de qualificação e inserção profissional e permitam o prosseguimento dos estudos”.
Os cursos para este ano lectivo são: Design mobiliário na Escola Superior de Tecnologia de Viseu e Desenvolvimento de produtos multimédia; Tecomunicações e redes; Técnicas e Gestão de Turismo e Gestão da qualidade na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego.
Os interessados podem candidatar-se até 18 de Novembro de 2005 sendo que estão asseguradas regalias como subsídio de refeição, seguro de acidentes pessoais e (se aplicável) subsídios de transporte e alojamento.
Após a conclusão com aproveitamento de um CET e de um período de experiência profissional de 18 meses na área de formação, os interessados podem candidatar-se a cursos de Licenciatura destas Escolas, via Concursos Especiais de Acesso ao Ensino Superior.
Na origem destes cursos estão as “crescentes necessidades do tecido sócio-económico em termos de quadros intermédios, capazes de assumir condutas pró-activas em relação aos desafios de um mercado de trabalho em rápida mutação e acelerado desenvolvimento científico e tecnológico, exigem uma política estratégica de (re)estruturação da oferta formativa adequada a estas novas exigências”.
Deste modo, os Cursos de Especialização Tecnológica procuram, não só apresentar-se como resposta a estas necessidades, como alternativas válidas para a profissionalização de técnicos especializados e competentes.
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