Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VIII    Nº93    Novembro 2005

Dossier - Instituto Politécnico de Portalegre

ESTG DE PORTALEGRE

Escola na linha da frente

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre teve uma boa procura, por parte dos alunos candidatos ao ensino superior. Isto apesar da imposição da nota mínima de 9,5 nas provas específicas de acesso ter provocado algum susto na primeira fase de candidaturas. “Na segunda fase recuperámos bem, tendo quase as mesmas inscrições da primeira fase. Deste modo, conseguimos uma taxa de colocação de 66 por cento, o que é bom em relação à média nacional”, começa por referir Patrício Vilar, o qual considera a abertura do novo curso em Energia e Ambiente.

Ao nível da formação inicial, Patrício Vilar promete reformular, à luz da Declaração de Bolonha, os cursos com menos procura. “Além disso vamos lançar um novo curso na área de engenharia multimédia e realidade virtual. Uma oferta inovadora no país, que vai de encontro a uma linha de investigação que estamos a seguir e que diz respeito aos jogos electrónicos. Nesta matéria, a Escola faz mesmo parte da direcção Associação de Produtores de Jogos Electrónicos. Trata-se de um sector que em Portugal quase não existe, mas que em Espanha tem uma grande expressão”.

As apostas da ESTG passam também por projectos inovadores, como a criação de um central de Biomassa em Portalegre, que funcionará como laboratório de investigação. “As instalações, na zona industrial, estão prontas e a maquinaria está a ser fabricada numa empresa da Catalunha, pelo que em Maio a central estará a funcionar”, explica Patrício Vilar. Em conjunto com empresas, a ESTG está também envolvida no pedido de licenças para ligação à rede eléctrica de centrais de biomassa que monitorizámos. “Estamos na linha da frente nesta matéria. No caso da central de Portalegre, que poderá produzir energia para uma parte da Zona Industrial, vai funcionar como laboratório para que os empresários que queiram apostar possam ter uma orientação técnica sobre a capacidade dos resíduos florestais”.

Ainda no que respeita à inovação, a ESTG está envolvida numa plataforma que integra 20 entidades do Alentejo e da Extremadura espanhola. “Trata-se de um centro de serviços avançados de inovação tecnológica, que funcionará como uma rede de centros de conhecimento e tecnológicos para apoiar a transferência da inovação. Além disso, permitirá a apresentação de candidaturas conjuntas a fundos europeus. Isto porque os próximos fundos europeus vão privilegiar projectos que envolvam centros do conhecimento (Universidades e Politécnicos) e empresas. Neste momento temos todos os núcleos empresarias envolvidos associações nacionais de sectores como a pedra e cortiça, o mesmo sucedendo com instituições espanholas”. Patrício Vilar garante que o arranque deste projecto será feito em Março, durante o “primeiro congresso de desenvolvimento conjunto da Extremadura e Alentejo”.

No que respeita a ofertas formativas, Patrício Vilar considera importante a aposta na formação ao longo da vida, nas pós-graduações (uma das quais já funciona em Gestão de Unidades de Saúde, em colaboração com a Superior de Saúde, a qual poderá dar origem a um mestrado em parceria com a UBI), e nos cursos de especialização tecnológica . “Não é possível, nos próximos 10 anos, as instituições sobreviverem com base na sua actividade tradicional, já que o número de candidatos vai diminuir. Pelo que teremos que ter soluções alternativas, como a formação ao longo da vida. E nesse aspecto temos que apostar nas pós graduações, avançando, no próximo ano, na área da administração pública”.

 

 

 

SUPERIOR DE SAÚDE DE PORTALEGRE

Vem ai um novo mestrado

A Superior de Saúde de Portalegre é uma escola aberta à comunidade e está marcada por uma forte relação interpessoal entre funcionários, professores e alunos, , o que lhe garante uma boa relação com as entidades empregadoras e com as instituições em que decorrem estágios dos alunos, sejam elas portuguesas ou espanholas, pois há alunos a estagiar no Hospital Infanta Cristina, em Badajoz.

Estas são algumas das conclusões do relatório preliminar da Comissão de Avaliação Externa, que acaba de ser entregue à direcção da instituição, o qual realça ainda os incentivos à formação de pessoal docente e não docente e a existência de uma cultura que fomenta a qualidade. Estes resultados deixam satisfeita a directora da Superior de Saúde, Graça Carvalho, que conta agora com melhores instalações junto ao refeitório, pois acaba de ser concluída a esplanada que entrará em funcionamento na Primavera.

“A esplanada tem o piso colocado e só falta relvar algumas áreas, pelo que, logo que o tempo o permita, os alunos terão mais um espaço de lazer”, adianta. Esta nova área fica no seguimento do refeitório e vai permitir que os cerca de 350 alunos (70 em complemento de formação e 10 em pós-graduação em Gestão de Unidades de Saúde) possam passar a fazer refeições em ambiente de esplanada.

E se o número de alunos é considerável, a verdade é que pode crescer em breve, pois a pós-graduação que funciona na escola, em parceria com a Superior de Tecnologia e Gestão, poderá dar lugar a um mestrado a realizar em parceria com a Universidade da Beira Interior. “Estamos a formalizar o protocolo e está tudo bem encaminhado e o coordenador do Curso de Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde na UBI já está a trabalhar com os nossos docentes”.

A formação também poderá alargar a Elvas, para onde está previsto um pólo da escola de Saúde. “Neste momento está pensado que, no próximo ano lectivo, se o curso de Saúde Ambiental for aprovado, será leccionado em Elvas, pois é organizado em colaboração com a Escola Superior Agrária”. Outra parceria, mas com a Superior de Tecnologia e Gestão, poderá dar origem ao Curso de Marketing em Saúde e Farmácia, caso seja aprovado.

Até lá, a escola continua com a Licenciatura em Enfermagem, um curso que exige a realização de estágios por parte dos alunos. E se até agora não surgiram dificuldades para conseguir instituições que aceitem os estagiários, a verdade é que o processo tende a dificultar-se. “Os locais de estágio estão cada vez mais sobrecarregados com alunos, até de outras escolas. É que no Norte e nos grandes centros, bem como no Algarve, as instituições começam a estar saturadas. Nós ainda temos conseguido colocar os alunos no Hospital José Maria Grande, em Portalegre, no Hospital de Santa Luzia, em Elvas, bem como no Hospital Infanta Cristina (Badajoz) e no Centro Hospitalar do Médio Tejo”
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