IPL, UBI E PLASDAM JUNTOS

Avião quase pronto

O SkyGu@rdian, a primeira aeronave de observação não tripulada feita por portugueses, deverá estar concluído antes do Verão, ficando disponível para ser comercializado ainda este ano, foi este mês anunciado.

Paulo Bártolo, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) de Leiria e um dos principais responsáveis deste projecto, disse à Agência Lusa que o avião já está concluído, faltando apenas realizar testes de voo e incorporar equipamento de vigilância.
O avião deverá começar a ser testado no aeródromo da Covilhã para onde irá seguir após a quadra pascal, acrescentou este responsável. O projecto integra um consórcio composto pela ESTG, a Universidade da Beira Interior e pela Plasdan, uma empresa de moldes da Marinha Grande, e visa apoiar as acções da protecção civil na prevenção e detecção de incêndios florestais.

A ideia nasceu em 2003, após a vaga de incêndios que assolou o país, e contou com a cooperação de investigadores e de técnicos que elaboraram os moldes e desenharam parte do equipamento electrónico utilizado.

Agora, “dentro de mês e meio”, Paulo Bártolo espera colocar o avião totalmente operacional, que terá uma autonomia média de 140 quilómetros.

Estes aviões, que medem entre 2,2 e 4,3 metros, serão controlados por rádio-frequência, utilizando inicialmente controlos semelhantes aos pequenos aviões, mas com o uso de câmaras incorporados, o SkyGu@rdian poderá ser controlado com outro tipo de equipamentos.

Para o futuro, o consórcio está a preparar uma segunda fase do projecto, incluindo ainda outra empresa de software (a SkySoft), visando o controlo do avião por satélite e não por rádio, o que irá aumentar a autonomia do aparelho, que não necessitará de ter contacto visual para voar, podendo cumprir rotas de voo de forma independente.

Por seu turno, Paulo Silva, da Plasdan, salientou que a “indústria de moldes precisava de um projecto onde pudesse demonstrar as competências da região”, salientando que todo o investimento realizado não contou com “um único cêntimo de incentivo do Estado”.

Este projecto revelou-se de tal modo inovador que os seus responsáveis estão a apoiar o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) a legislar sobre esta matéria.

“Em Portugal não há legislação específica”, salientou Paulo Bártolo, salientando ainda que um dos objectivos do projecto passa pela sua certificação.

DEBATE EM LEIRIA

Reforçar a avaliação

O ex-ministro da Educação David Justino e o presidente do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES), Adriano Moreira, defenderam, no final de Fevereiro, o reforço da avaliação dos docentes, separando-a mais da simples progressão de carreira.

Num debate integrado num encontro de professores dos ensinos secundário e superior da região de Leiria e Oeste, estes dois investigadores consideraram que a avaliação dos docentes em Portugal ainda está demasiado vinculada à progressão na carreira.

“A avaliação de professores é importante para a progressão da carreira, mas é muito mais importante para a valorização do sistema de ensino, porque o professor tem um papel decisivo”, afirmou David Justino.

“A avaliação do desempenho é crucial”, pelo que “é preciso sermos suficientemente ousados para que o sistema de ensino acolha os benefícios da progressão e desenvolvimento pessoal dos professores”, defendeu.

Nesse sentido, “a formação contínua não deve ser utilizada como forma de progressão na carreira, mas como forma de valorização pessoal e profissional, independentemente da carreira”.

“Este é o modelo que eu idealizava” mas “não consegui implementar, porque estava previsto para uma fase (da governação) mais avançada”, justificou o antigo ministro.

Opinião semelhante manifestou Adriano Moreira, presidente do CNAVES, salientando que este processo deve não só regular a “carreira das honras académicas”, mas “instituir uma avaliação periódica do desempenho”.

A avaliação visa analisar se o corpo docente nas instituições corresponde às “qualificações académicas exigidas pelo conceito estratégico das instituições de ensino superior”, defendeu este responsável, recordando que “o CNAVES tem insistido na urgência de legislar no sentido de encaminhar instituições existentes para a fusão, com salvaguarda dos direitos dos estudantes”.

Adriano Moreira recordou ainda que os problemas de avaliação dos docentes e dos cursos foram acentuados com o aparecimento de projectos de formação privados, perante a falta de resposta do sector público.

“A oferta (de cursos) foi definida com limitações financeiras”, gerando situações em que os estudantes ficaram condicionados pela disponibilidade de formação no sector privado, nalguns casos “muito aquém” das necessidades do país.

Lusa

EMPREENDEDORISMO EM LEIRIA

Incubadora aprovada

A candidatura da Incubadora D. Dinis - Associação para a Promoção do Empreendedorismo, Inovação e Novas Tecnologias (IDD) à Medida III.1 - Economia do Programa Operacional da Região Centro, na linha de acção “Dinamização dos Sistemas Tecnológico, da Formação e da Qualidade”, acaba de ser aprovada.

A aprovação da candidatura traduz-se num montante de investimento elegível total de 1.369.255,92 EUR e um montante de incentivo correspondente de 1.026.919,44 EUR (compar-ticipação FEDER de 821.535,55 EUR e comparticipação OE de 205.383,89 EUR).

A IDD foi formalmente constituída em Julho do ano passado, fruto de uma parceria entre o IPL, a Câmara Municipal de Leiria e a NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria. Aquele organismo surge no âmbito do Plano Estratégico para a Criação do Centro de Competências de Leiria, estudo que punha em evidência a necessidade de criação de uma incubadora de empresas na Região, como chave para o fomento do empreendedorismo de base tecnológica. 

Com o intuito de colmatar essa lacuna, a IDD nasce tendo por missão “apoiar a constituição, instalação e desenvolvimento de novas empresas de base tecnológica, proporcionando-lhes adequadas condições técnicas e físicas, contribuindo para a dinamização e rejuvenescimento do tecido empresarial da Região”.

No dia em que foi constituída, a IDD admitiu como associados fundadores a Associação Nacional de Jovens Empresários, a Fundação Escola Profissional de Leiria, a Movicortes, SA, a Balbino & Faustino, Lda., a Adelino Duarte da Mota, SA, a Agricortes, SA, a Exposalão e a Leirisic.

Prevê-se que a breve trecho outras instituições venham a integrar o projecto, nomeadamente o Instituto Pedro Nunes, que já participou no Plano Estratégico para a Criação do Centro de Competências de Leiria.

Podem ser associados da IDD todas as pessoas singulares, maiores de dezoito anos, ou colectivas que, interessadas no fim da associação, sejam admitidas nos termos dos estatutos da Incubadora.

CERIMÓNIA EM VISEU

Poesia e bolsas de mérito

O Politécnico de Viseu acaba de proceder à entrega das bolsas de estudo por mérito, no valor de 1828 euros cada, o que aconteceu numa cerimónia realizada a 21 de Março.

Os estudantes contemplados foram os seguintes: da Escola Superior de Educação, Carlos Alberto Barros Santos (Comunicação Social), Dora Marina Almeida Lemos (Educadores de Infância), Filipa Isabel Bernardo Constante (Prof. 1º Ciclo do Ensino Básico), também da ESEV, mas do Pólo de Lamego, Ana Sofia Carvalho Lopes (Educadores de Infância).

Na Escola Superior de Tecnologia, foram distinguidos, na área das Engenharias, Fernando Manuel Almeida, Bruno André Almeida Loureiro, Sílvia Catarina Oliveira Moreira (todos de Engenharia de Sistemas e Informática) e, ainda, Anabela Lima Santos (Mecânica e Gestão Industrial). Já na área da Gestão, Diana Isabel Carvalho Sousa (Gestão de Empresas), José Carlos Marques Nunes (Contabilidade e Administração) foram os contemplados.

Finalmente, na Escola Superior Agrária, Vasco José da Silva Santos (Engenharia Agrícola – Variante Florestal) recebeu bolsa por mérito, tal como na Escola Superior de Saúde foi distinguida Maria Isabel Almeida Martins (Enfermagem), enquanto que na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, Adriana Santos de Carvalho (Gestão e Informática) foi a aluna a receber a referida bolsa.

Na cerimónia, em que esteve o presidente do Politécnico, João Pedro de Barros, decorreu ainda um Recital de Piano e Poesia, no sentido de assinalar o Dia Mundial da Poesia. O espectáculo decorreu ao som da interpretação de Carla Seixas, ao piano, intercalada pelas sublimes declamações de Leonor Seixas e Eurico Lopes. 

Foi mais um “Politécnico de Viseu com vida”, em que o convite: “Venha tomar café connosco” serviu de mote para um serão em que a música e a poesia deram as mãos numa combinação harmoniosa e perfeita como só a verdadeira arte consegue.

A pintura de Orlando Pompeu, exposta no foyer da Aula Magna, foi também valioso contributo para a noite proporcionada pelo ISPV às centenas de pessoas que aderiram a esta noite cultural. Uma mostra que pode ser apreciada até ao final do mês, no mesmo local.