ELEIÇÕES NO IPCB
Corrida a dois
O Instituto Politécnico de Castelo Branco vai a votos no próximo dia 6 de Abril. Na corrida para o cargo de presidente estão dois candidatos, a saber: Ana Maria Vaz, actual vice-presidente, e José Carlos Gonçalves, ex-director da Escola Superior Agrária. Para que fique a conhecer os objectivos de cada um, aqui ficam algumas das propostas apresentadas.
Ana Maria Vaz considera fundamental a criação de um Gabinete de Formação Avançada no IPCB. A actual vice-presidente da instituição e ex-directora da Escola Superior de Saúde explica que esse organismo “ficará centralizado nos serviços centrais do Instituto, onde estará uma equipa a trabalhar nos cursos de formação avançada, desde os de especialização aos de pós-graduação. Dado que estamos a pensar avançar a curto prazo com os mestrados e com os doutoramentos em colaboração com universidades, é importante que haja uma centralização de processos”.
A candidata refere que através dessa centralização “será possível potenciar os recursos que temos”. O Gabinete de Formação Avançada coordena assim os cursos de pós-graduação e especialização, com vista à captação de novos públicos e organizará medidas que apoiem a formação ao longo da vida, não só dos alunos diplomados pelo IPCB, mas também dos que buscam novos conhecimentos, dos que nunca tiveram oportunidade de frequentar o ensino superior e que ainda activos, buscam saberes singulares e diversificados”. O Gabinete fará também a interligação dos alunos que terminam os Cursos de Especialização Tecnológica e que vão entrar no ensino superior.
A criação de Unidades de Investigação, interligadas com o Gabinete de Formação Avançada é outra das apostas de Ana Maria Vaz. “É importante a existência de investigação nas instituições de ensino superior. O Instituto Politécnico tem bastantes laboratórios nas suas escolas, os quais devem ser acreditados, pelo que promoveremos a criação de um Gabinete de Qualidade. O futuro vai passar por essa acreditação tendo em conta as normas ISO 9000, o que será desenvolvido de imediato. De resto, e para sermos uma Universidade Politécnica, como sempre o desejámos desde o início, vamos necessitar de cinco Unidades de Investigação acreditadas”.
É nesta lógica de interligação que surgirá a Rede de Investigação Transfronteiriça. “É importante dar continuidade à investigação que se estiver a desenvolver numa lógica transfronteiriça. Neste momento estamos a trabalhar com as universidades de Salamanca e da Extremadura e a nossa aposta passa por alargá-la a outras instituições espanholas e divulgar o trabalho desenvolvido. Além disso, queremos começar a captar outros públicos, pois tanto podem ser os portugueses a procurar mestrados em Espanha, como podem ser eles a virem até nós”.
A criação da Biblioteca Central Digital é outro dos aspectos que Ana Maria Vaz considera importante. “Essa biblioteca ainda deverá funcionar este ano e vai permitir que as escolas tenham as suas bibliotecas centralizadas nesta Biblioteca Central Digital. O que permitirá partilhar as obras existentes em cada escola de uma forma mais simples. Da mesma forma, as escolas não têm necessidade de comprar as mesmas obras, pois podem partilhá-las”. A um outro nível Ana Maria Vaz refere que até ao final do ano, os campus virtuais estarão implementados. Aquela responsável salienta também a criação do Gabinete de Empreendedorismo e Vida Activa, “que apoiará os estudantes e promoverá a sua inserção no mercado de trabalho. Uma das apostas poderá passar pelo apoio aos estudantes na criação da sua própria empresa”.
No que respeita ao corpo docente, Ana Maria Vaz classifica essa matéria como um factor importante para o desenvolvimento da instituição, garantindo por isso “apoiar a formação científica e pedagógica dos docentes e o desenvolvimento das respectivas carreiras profissionais, aprofundando também a avaliação pedagógica dos docentes, com a aplicação dos procedimentos que conduzam à melhoria da qualidade de ensino”. Ainda a este nível a candidata tem como objectivo “fomentar a formação ao longo da vida profissional do pessoal docente e não docente, no entendimento que o sucesso das instituições passa pela qualificação dos seus recursos humanos e desenvolver o processo de criação dos quadros de pessoal”.

A criação de centros de racionalidade e certificação de competências qualificantes da competitividade regional, em que o Instituto Politécnico de Castelo Branco possa desempenhar um papel importante, é uma das apostas de José Carlos Gonçalves, caso venha a ser eleito presidente do IPCB. “Esses centros terão uma grande aproximação à comunidade, de forma a tornar possível que em parceria com autarquias, associações de produtores ou agricultores, se possa desenvolver processos de certificação, por exemplo de produtos, e de competências”.
O ex-director da Escola Superior Agrária considera que o “Instituto Politécnico deve estar cada vez mais ao serviço da comunidade. Nesse sentido, pretende criar unidades de interface com o meio empresarial e tecnológico local. No fundo estamos a falar de estruturas bem organizadas que permitam uma ligação directa às estruturas produtivas, por forma a facilitar o relacionamento entre ambos, mas também a implementação de projectos concretos”. No entender de José Carlos Gonçalves, estas “unidades interfaces devem ter a sua autonomia, onde as próprias empresas possam ser associadas, permitindo a agilização sob o ponto de vista dos procedimentos e das respostas”.
O candidato ao cargo de presidente do IPCB fala também numa reorganização do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional. “O Centro está a funcionar bem, mas terá que ter uma estrutura mais profissionalizada sob o ponto de vista dos seus técnicos, apoiando-se nas mais valias das unidades orgânicas do Politécnico. Portanto, o Ceder, por si próprio, não irá dar resposta às necessidades e pedidos da comunidade, será sim uma estrutura de interligação entre todas as instituições, chamando a si os docentes e técnicos das unidades orgânicas de forma a poder dar resposta a um problema que lhe possa ser colocado”.
Para José Carlos Gonçalves é importante rentabilizar os recursos humanos do Politécnico. “O Instituto e as Escolas sempre tiveram uma gestão criteriosa dos seus recursos. Mas entendo que é possível potenciar as existências das escolas, desde os seus recursos humanos, aos meios e equipamentos, permitindo que possam ser rentabilizados sob o ponto de vista das necessidades. No caso concreto dos recursos humanos, essa é uma preocupação”. Aquele responsável lembra que é possível um docente exercer a sua actividade em mais que uma escola. “Nós temos o exemplo da matemática, que é uma disciplina que existe em todas as escolas. Ora se, por ventura, houver excesso de docentes nessa área numa das escolas, porque não permitir que eles possam ministrar aulas noutras escolas”.
Ao nível da investigação, José Carlos Gonçalves considera que é importante alterar o modelo de financiamento para investigação nos Politécnicos, o qual é inexistente. “A nível interno é fundamental articular a investigação que temos. Não se trata de criar novos centros de investigação, mas sim de reorganizar e dar escala à investigação, com projectos pluridisciplinares e com áreas que possam ser complementares em diferentes escolas, o que permitirá apresentar equipas de investigação com as exigências mínimas aos programas de financiamento”. Aquele responsável lembra, no entanto que “tem sido feita investigação de qualidade no IPCB”.
José Carlos Gonçalves refere que ao nível da Acção Social, os Politécnicos devem ter o mesmo tratamento que as universidades, já que as verbas, por aluno, recebidas pelos institutos são inferiores. “Uma situação que tem que ser alterada”.
IPCB
Campus virtual arranca
O concurso público para a instalação do Campus Virtual do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que abrangerá a cidade de Castelo Branco e a Vila de Idanha-a-Nova, e que permitirá o acesso à
Internet através de uma rede sem fios, já foi lançado. Segundo apurámos, “própria autarquia já se mostrou disponível para solucionar a questão da partilha de uma antena, na zona do castelo”.
De acordo com o Instituto Politécnico, “até ao final do ano civil o campus deverá estar implementado”. Este novo campus “trará mais valias aos alunos e docentes. De qualquer parte das unidades orgânicas será possível aceder aos dados”.
O projecto, avaliado em cerca de 350 mil euros teve aprovação técnica por parte do Programa Operacional Sociedade de Informação (POSI) e foi aprovado na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. Na prática, o projecto do Instituto prevê a criação de uma rede de ligação à
Internet, mas sem o recurso aos tradicionais cabos de ligação aos terminais. Algo que muitas outras instituições de ensino já possuem, mas apenas dentro do espaço escolar. O objectivo do Politécnico passa por criar uma rede sem fios em toda a cidade e também na vila de Idanha-a-Nova, que constituirá o maior campus virtual sem fios do País.
“Todo o funcionamento interno do Politécnico vai funcionar sem fios, o que permitirá a alunos, docentes ou funcionários terem acesso à informação”, explicou, na altura do lançamento do projecto, o então presidente do IPCB, Valter Lemos. “Este vai ser o maior campus virtual do país, já que em qualquer ponto da cidade é possível ter-se acesso ao nosso espaço, mediante uma palavra chave que será atribuída aos utilizadores”, garantiu.
O projecto destina-se a funcionários, docentes e estudantes das várias escolas do Politécnico. “A partir do nosso campus é possível navegar para outros sítios. Aquilo que agora só é possível com computador ligado a um terminal, vai ser possível em qualquer ponto da cidade através dessa rede sem fios. Ou seja, este projecto permite que uma pessoa esteja em casa e aceda ao nosso campus virtual, quando o que acontece na maioria das instituições é que o acesso sem fios só é feito dentro do espaço físico dessas mesmas instituições”, explicou.
MINISTRA DÁ AVAL AO
CAMPUS DO IPCB
Luz verde para a
Saúde
As obras de construção do Bloco Pedagógico da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que integrará o campus da Talagueira, acabam de ser aprovadas pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior. A garantia foi dada ao Ensino Magazine pela vice-presidente do
IPCB.
De acordo com aquela responsável, a autorização do Ministério foi feita em 24 de Fevereiro. No documento que dá a luz verde ao arranque dos procedimentos legais, a ainda ministra da tutela, Maria da Graça Carvalho, refere que “aprovo a execução e autorizo a abertura de concurso público no valor de 4.960.668,98 Euros, referente ao bloco pedagógico da Escola Superior de Saúde do IPCB. Caso se verifique um valor de adjudicação superior ao previsto no Contrato de Desenvolvimento (4.879.014,8 Euros), a diferença será suportada por receitas próprias da instituição”.
Com esta autorização, o Instituto Politécnico pode avançar com a realização do concurso público e para o arranque das obras, iniciando-se assim mais uma fase do campus da Talagueira, o qual integrará ainda a Escola Superior de Artes Aplicadas e um edifício comum às escolas, bem como a já existente Escola Superior de Tecnologia.
De referir que a primeira fase das obras já estão a decorrer, autorizado que foi o abate de 217 sobreiros, pelo Ministério do Ambiente. Uma autorização que pecou por tardia, no entender dos responsáveis do IPCB, mas que “confirma o interesse económico e social do empreendimento, bem como a sua sustentabilidade, uma vez que vai permitir a criação de um conjunto de infraestruturas para o desenvolvimento e consolidação do ensino superior”.
ESCOLA SUPERIOR DE
GESTÃO DO IPCB
Eventos em Pós
Graduação
A Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco vai abrir, já no próximo mês Abril, um curso de especialização em Organização e Gestão de Eventos. A iniciativa, é desenvolvida em parceria com o Nercab, e tem a particularidade dos candidatos poderem ser licenciados em qualquer área científica, mas também serão admitidos não licenciados, desde que o seu currículo seja relevante.
De acordo com o director da Escola, João Ruivo, o curso visa formar técnicos especializados capazes de desenvolver estratégias que envolvam funções de Estudos de Mercado, Elaboração de Projectos, Organização de Eventos como Trade-shows, Convenções, Congressos e Seminários, Concertos e Eventos Desportivos e Culturais, bem como Viagens de Incentivos ou de Estimulação. Outras das áreas abrangidas pelo curso diz respeito à Organização de Visitas Educacionais e Pré e Post-Tours, Eventos Especiais, como Semanas da Moda, da Fotografia ou do Teatro, Festivais de Música, da Publicidade ou do Cinema, criação de programas de lazer e gestão de infraestruturas ligadas ao mesmo, elaboração de campanhas de Marketing de Destinos e Criação de Empresas relacionadas com este segmento de mercado. 
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