Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VIII    Nº83    Janeiro 2005

Politécnico

POLITÉCNICO DE LEIRIA

Enfermagem vira saúde

A ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, acaba de anunciar a transformação da Escola Superior de Enfermagem de Leiria (ESEnf ) em Escola Superior de Saúde, uma notícias recebida com grande satisfação por parte dos responsáveis do Politécnico de Leiria e da própria Escola de Enfermagem, pois corresponde a uma pretensão antiga que vai permitir à Escola alargar o seu âmbito de formação e ministrar outros cursos além de Enfermagem.

O anúncio foi feito na sexta-feira, dia 14 de Janeiro, durante a visita que efectuou à Escola Superior de Artes e Design (ESAD), em Caldas da Rainha, onde acompanhou as obras de construção da nova cantina e inaugurou a residência de estudantes “Rafael Bordalo Pinheiro”, com capacidade para 110 alunos e com a particularidade de incluir cinco quartos para deficientes.

A Ministra esteve ainda na Nazaré para inaugurar o edifício do Centro de Formação para Cursos de Especialização Tecnológica (FOR.CET), onde o IPL tem em funcionamento, desde o dia 10 de Janeiro, os cursos de “Gestão de Animação Turística” e “Aplicações Informáticas de Gestão”.

 

 

DOCENTES ESTUDAM PERFIL DE ALUNOS

As ofertas devem repensar-se

As ofertas formativas ao nível do ensino superior devem ser repensadas. Essa é uma das conclusões do estudo realizado por quatro docentes do Instituto Politécnico da Guarda, Carlos Reis, Miguel Salgado, António Lourenço e João Leitão, junto de mais de 832 alunos das escolas dos distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu. O levantamento prospectivo do perfil formativo dos alunos do ensino secundário na transição para o ensino superior politécnico foi apoiado pela Associação dos Institutos Politécnicos do Centro. 

De acordo com João Leitão, o estudo realizado foi inovador e envolveu o conjunto de Politécnicos da Guarda, Castelo Branco e Viseu. “Aquilo que se verifica é que cada vez mais diminui o número de alunos nas instituições de ensino. Ou seja, se é verdade que há uma diminuição no número de pessoas, também é verdade que há uma elevada taxa de abandono precoce da escola, ao nível dos 10º, 11º e 12º anos, superior à da média europeia”. 

Um dos objectivos do estudo passou por verificar onde seria possível estancar esse fenómeno. “Há duas situações distintas. No caso das mulheres, elas afirmam que têm mais dificuldades em prosseguir os estudos que os homens. Isto porque na maioria dos casos fazem as tarefas domésticas, ou quando há filhos ou irmãos mais novos tratam deles. Já os elementos do sexo masculino abandonam a escola porque têm mais facilidade em encontrar trabalho”, começa por explicar João Leitão. 

Ainda assim, há mais mulheres no ensino superior. “Essa é outra das conclusões do nosso estudo. As mulheres são um dos factores que sustentam uma elevada taxa de estudantes no ensino superior. Trata-se de uma área onde deveríamos investir mais, não só direccionando os cursos para as mulheres, mas também criando condições para ultrapassar as dificuldades citadas anteriormente”. No entender da equipa que efectuou o estudo, algumas dessas condições “poderiam passar por horários um pouco mais flexibilizados”. 

Mas a questão cultural das populações também tem influência. “Quando estamos perante populações com escolaridade baixa, verifica-se que em famílias onde essa escolaridade é baixa os filhos tenderão a ter um grau habilitacional baixo. Mas também se verifica, nalgumas zonas, que o desejo de querer mais habilitações é elevado”.
O Estudo revela também que é necessário racionalizar o ensino superior. “Isso era algo que já deveria ter sido feito. As perspectivas políticas que se têm sobreposto a uma lógica de racionalidade não têm facilitado este processo. Em espaços geográficos relativamente próximos e com os mesmos problemas, não se compreende a sobreposição de cursos. Mas este é um problema nacional”.

ESCOLHA. Outras das vertentes sobre as quais incidiu o estudo diz respeito às escolhas das instituições. “O que se verifica é que sempre que possível os alunos preferem estudar perto do local onde vivem. Mas há uma grande diferença em termos de prestígio, pois consideram que a Universidade lhes dará mais esse factor que os Politécnicos. Em função disso, depois pesam as questões geográficas e económicas”.

João Leitão refere também que deveria haver um reforço da qualificação das pessoas. “Isso passa por mantê-las mais tempo no sistema de ensino, com valências que sejam necessárias às empresas e aos serviços. Outro aspecto importante diz respeito à estrutura escolar que pode suportar essa aposta. Ou seja, enquanto os professores, em particular os que estão no secundário, não perceberem que isto é um desiderato nacional, muito dificilmente conseguirá dar volta à situação. Por exemplo, nós fazemos em Setúbal vários monovolumes mas não os concebemos, e esse é o trabalho mais bem pago. Logo o retorno de investimento não acontece nem para o país - pois os descontos, por exemplo, para a Segurança Social são menores, nem para a empresa”.

Já no caso da formação ao longo da vida, João leitão, refere que tem havido falta de coragem política, pois “enquanto não se derem autonomia aos politécnicos para poderem criar cursos, a qualificação ao longo da vida é mais difícil. Essa formação ao longo da vida é importante para os Institutos, em termos do número de alunos, mas também para as pessoas. Hoje não temos cá mais nenhuma Autoeuropa porque não temos pessoas qualificadas para a ter”.

Depois deste estudo exaustivo, aqueles docentes estão a pensar realizar outro trabalho sobre Comportamentos de Risco nos alunos, esperando poder vir a contar com o apoio da Politécnica ou de outros organismos.

 

 

 

EM FEVEREIRO

Literatura em Beja

No Branco do Sul as Cores dos Livros é o tema da sétima edição do Encontro sobre Literatura para Crianças e Jovens, que decorre nos dias 24 e 25 de Fevereiro, no Instituto Politécnico de Beja.

No primeiro dia da iniciativa estarão em debate temas como as “Relações entre paradigmas didáctico-pedagógicos e teórico-literários no ensino da literatura - Parte II” (Cristina Mello, Universidade de Coimbra), “O conto infantil no século XXI (novas tecnologias, best-sellers e valores emergentes” (Glória Garcia Rivera, Universidad de Extremadura).

Ainda de manhã, Maria da Natividade Pires, da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, aborda o tem “Ana Saldanha e a recriação da tradição”, enquanto de tarde Sara Reis da Silva, da Universidade do Minho, aborda “Tendências da narrativa juvenil contemporânea: o caso de Ana Saldanha”. Já às 17h30 fala a escritora Ana Saldanha, seguindo-se uma Evocação de Sophia, a cargo de Gisela Cañamero.

Já no dia 25, António Torrado aborda o tema “Evocação de Natércia Rocha”, enquanto Gisela Cañamero (Arte Pública - Artes Performativas de Beja), fará uma intervenção sobre “Literatura para a literacia: Camões é fixe, meus!”. Finalmente, Ana Margarida Ramos, da Universidade de Aveiro, fala sobre “A representação da universalidade nas ilustrações de Alain Corbel”, enquanto Alain Corbel fará a “(Auto)cartografia”. Seguem-se duas actividades de promoção da leitura.

Paralelamente, o encontro conta com venda e lançamento de livros, uma exposição de Originais de Ilustração de Alain Corbel, workshops de Alain Corbel, Adelaide Espírito Santo (Escola Superior de Educação de Beja), Benita Prieto (Brasil), além de encontros com escritores: João Pedro Mésseder.

Os interessados devem contactar Maria do Sameiro (sameiro@eseb.ipbeja.pt) ou Ana Claúdio (aclaudio@eseb. ipbeja.pt), através do telefone 284 315 001 (Escola Superior de Educação de Beja). Para mais informações é ainda possível consultar o site http://www.eseb.ipbeja.pt/encontrobrancosul/encontroprog 2005.htm.

 

 

 

BEJA

Politécnico no infoforum

Divulgar os cursos da instiituição e as condições de excelência para estudar em Beja foi o principal objectivo da participação do Instituto Politécnico de Beja na Infoforum Estudante Juventude 2004, o maior certame de informação e divulgação da oferta dos recursos pedagógicos portugueses, uma iniciativa que decorreu entre 14 e 18 de Dezembro.

O evento, fundamentalmente direccionado a jovens a partir do 9º ano de escolaridade, a pais e encarregados de educação e a professores e orientadores escolares e profissionais, dedica um importante espaço ao Ensino Superior, pelo que o Politécnico esteve presente com um dos maiores stands presentes nessa área, ocupando uma área total de 54 metros quadrados.

O Instituto dedicou um dia do certame a cada uma das suas escolas, que durante o período que lhes esteve reservado assumiram a dinamização do stand, apresentado um vasto conjunto de actividades. Deste modo, a configuração inicial do espaço foi sendo renovada dia-a-dia, apresentado novos materiais e equipamentos e destacando diferentes áreas de estudo, permitindo, assim, transmitir aos visitantes informações de cariz mais específico, de acordo com a realidade de cada escola. 

Nesta participação foi fundamental a colaboração da equipa entre o Gabinete de Relações Externas, Unidades Orgânicas, docentes e alunos, e equipa de montagem. Salientamos igualmente a cordialidade do Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio (COTR), que cedeu algumas estruturas do seu stand.

 

 

 

ESTG E ESE

Estudantes contra o cancro

Os alunos do 3º ano do curso de Estratégia e Gestão Turísticas da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja, estiveram presentes na Feira da Praça da República, uma iniciativa realizada em Novembro, como o objectivo de sortear os produtos entretanto recolhidos entre várias empresas e instituições, Nesta actividade foi angariado um total de 311 euros, posteriormente doado à Liga Portuguesa Contra o Cancro.

A iniciativa, surgiu no âmbito da disciplina de Gestão de Marketing Regional e Local, módulo de marketing social, sendo “uma forma de nos solidarizarmos a esta causa tão nobre”, além de “estimular nos jovens o desenvolvimento de comportamentos relacionados com questões de cidadania e envolvimento social”, segundo a opinião da professora responsável, Ana Paula Figueira.

ESE. Também os alunos do 3º ano do curso de Animação Sócio-Cultural da Escola Superior de Educação de Beja realizaram a actividade Vive Sem, nos dias 14, 15 e 16 de Dezembro. Uma iniciativa que teve como objectivo promover o crescimento pessoal, social e afectivo dos estudantes através da aquisição de novos conhecimentos sobre a problemática das dependências.

 


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