UBI
Saúde com
instalações

As novas instalações da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI) estarão prontas no Verão. De acordo com António Casais, administrador da área de produção da Empreiteiros Casais, que lidera o consórcio que constrói a Faculdade, juntamente com a empresa Gabriel Couto, os edifícios deverão começar a ser entregues em Junho.
“Até ao fim de Fevereiro a estrutura de cada um dos cinco edifícios vai ficar concluída e a partir de Junho vamos começar a entregá-los para serem equipados”, revelou aquele responsável, para quem “entre trabalhadores do consórcio e equipas de sub-empreiteiros, as obras envolvem actualmente cerca de 150 pessoas, com picos em que se deve chegar até às 200”.
O novo “campus” de Saúde da UBI ocupa uma área de 19 mil metros quadrados e representa um investimento superior a 15 milhões e meio de euros, um dos maiores investimentos estatais realizados no Interior do País. A construção está a ser feita em terrenos adjacentes ao Hospital Pêro da Covilhã, ao qual a faculdade terá várias ligações na superfície, além de um corredor de serviço subterrâneo.
Além das actividades lectivas, o projecto da nova Faculdade prevê a criação de um centro de investigação em Medicina, cuja licenciatura está actualmente no quarto ano de funcionamento e funciona em instalações adaptadas do Pólo I da UBI. Segundo o reitor da UBI, Manuel Santos Silva, a transição do curso de Medicina para as novas instalações vai decorrer progressivamente ao longo do próximo ano lectivo. “Não podemos fazer uma mudança imediata em Outubro, dada a envergadura do projecto”, afirmou, explicando que “há equipamentos muito sofisticados que levam tempo a instalar e calibrar”.
CIÊNCIAS BIOMÉDICAS
Novo curso na UBI
A Universidade da Beira Interior (UBI) pretende arrancar no próximo ano lectivo com um curso de Ciências Biomédicas inédito no país para formar profissionais de equipamentos de tratamentos e diagnóstico. A garantia é do reitor da Universidade, Manuel Santos Silva, segundo o qual “o senado já aprovou a criação do curso, que será único no País”.
A Faculdade de Ciências da Saúde da UBI acolhe apenas o curso de Medicina, que está no seu quarto ano de actividade, mas a resolução 140/98 que cria a Faculdade prevê a abertura de outros cursos. O curso de Ciências Biomédicas vai formar profissionais na área de equipamentos terapêuticos e de diagnóstico e “vai recorrer às capacidades instaladas na UBI, nomeadamente, no âmbito das Ciências Exactas e Engenharias”, sublinha Santos Silva.
“Os licenciados vão ter colocação garantida no sistema de Saúde”, acrescenta o Reitor, que garante estarem reunidas as condições para a abertura do curso. “Temos as instalações e os recursos humanos necessários para avançar com a licenciatura no próximo ano lectivo”, refere. O registo da licenciatura em Ciências Biomédicas já foi esta semana requerido à Direcção-Geral de Ensino Superior.
O número de vagas será ainda negociado com o Ministério da Saúde, sendo que está dependente “da desactivação de alguns cursos”, que não deverão abrir no próximo ano lectivo, dada a fraca procura no último concurso de acesso ao Ensino Superior, explica Santos Silva. Segundo o reitor, é o caso, “por exemplo, de Engenharia da Produção e Gestão Industrial
(EPGI)”.
Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira S. A. (CHCB) já disse que espera poder vir a receber da nova licenciatura “profissionais para as funções de suporte e manutenção, desenvolvimento e investigação, e ainda gestão de risco em equipamentos terapêuticos e de diagnóstico”. “Estes equipamentos da área de Saúde estão em constante evolução tecnológica, o que requer um acompanhamento permanente”, acrescentou.
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Teatro e comunidade

“Teatro e Comunidade na Construção de uma Cidadania Inclusiva” foi o tema escolhido para as IV Jornadas de Teatro que se realizaram, entre os dias 16 e 18 de Fevereiro, na Universidade de Évora.
Organizadas pelo Centro Paulo Freire e pelo Departamento de Artes da Universidade de Évora, as referidas jornadas tiveram como principal objectivo a reflexão sobre a função social do teatro e o seu papel na mobilização e na intervenção concreta na sociedade.
Segundo a Comissão Organizadora tinham também como objectivo ser um espaço de formação para a convocação da expansão e alargamento do repertório de competências dos alunos. “Ao envolvê-los activamente na apresentação pública dos seus trabalhos, queremos favorecer a criação de momentos formadores que possibilitem o desenvolvimento da capacidade de expor e defender publicamente ideias, valorizando a iniciativa e sentido crítico, numa linha construtiva e emancipadora que nutre a autonomia dos alunos”. Na área da investigação, um dos objectivos consistiu em identificar estratégias e abordagens sobre a comunidade para promover o “encontro” e a “comunicação”.
Nas Jornadas foi apresentado um conjunto de iniciativas que resultaram de actividades e aprendizagens, que envolveram alunos e estagiários do ramo ensino do Curso de Estudos Teatrais do Departamento de Artes e dos Departamentos de Pedagogia e Psicologia da Universidade de Évora. Os trabalhos divulgados consistiram, sobretudo, em experiências de intervenção artística com um “cunho didáctico e psicopedagógico, propiciadoras de uma cultura de abertura, envolvimento e desenvolvimento para, com e na comunidade”.
De acordo com a comissão organizadora, a discussão das temáticas de “teatro” a “comunidade” e “cidadania inclusiva” abriu um espaço de encontro entre vários parceiros de forma a sensibilizar a própria universidade para a importância daquelas áreas de intervenção como novas possibilidades de formação e investigação. “Este debate, que se quer fruto de uma reflexão conjunta entre os elementos intervenientes nestas diferentes acções, visou ligar a actividade educativa, teatral e cultural”.
Assim, a discussão daquelas questões basearam-se em três eixos: Formação, Intervenção e Investigação. Os responsáveis pela organização da iniciativa, consideraram que as referidas temáticas são relevantes, sobretudo, numa época em que “testemunhamos a alteração dos paradigmas em que temos vivido”. Por isso, argumentam que é necessário “criar novos alicerces para a manifestação de comportamentos e atitudes individuais e da vida em sociedade”. Neste âmbito, foram discutidas questões como: O teatro na comunidade; o teatro social; as articulações necessárias para incentivar o encontro da comunidade e qual o papel das artes.
Noémi Marujo
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