Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VIII    Nº84    Fevereiro 2005

Politécnico

IPP

Ministra garante Saúde

A ministra da Ciência e do Ensino Superior garantiu, no passado dia 14 de Fevereiro, a transformação da Escola Superior de Enfermagem em Superior de Saúde. Uma garantia que dada à margem do encontro de reflexão sobre o sistema de avaliação do desempenho dos trabalhadores da função pública. Nuno Oliveira, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, sublinhou ao Ensino Magazine que além daquela promessa, Maria da Graça Carvalho anunciou a “aprovação da candidatura que o Instituto fez para construção da cantina central, num total de 500 mil euros, assumindo também que a candidatura para a requalificação do Quartel do Trem, em Elvas, será analisada a curto prazo”.

O debate, organizado pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (Ccisp), decorreu no auditório dos serviços centrais do Instituto Politécnico de Portalegre.

O encontro teve como objectivos promover o conhecimento sobre a aplicação do novo sistema de avaliação do desempenho, fomentar a troca de experiências sobre o trabalho já realizado nos institutos politécnicos e escolas não integradas e definir metodologias concertadas da aplicação do sistema de avaliação do desempenho.

A iniciativa contou com a presença de representantes dos institutos politécnicos de Beja, Lisboa, Portalegre e Viseu, tendo como público alvo os dirigentes e avaliadores dos politécnicos e das escolas não integradas
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ELEIÇÕES NO POLITÉCNICO DE PORTALEGRE

Oliveira recandidata-se

O actual presidente do Instituto Politécnico de Portalegre vai ser o único candidato à presidência daquele organismo. As eleições estão agendadas para o dia 11 de Março e ao acto eleitoral não apareceu mais nenhuma lista concorrente.

“Face às actuais circunstâncias, os próximos anos são decisivos e difíceis, mas também estimulantes. E se motivação possuo, não acredito que seja capaz, sozinho, de ultrapassar as dificuldades e atingir objectivos ainda mais ambiciosos. Acredito, sim, que a unidade se manterá, que continuarei a dispor de colaborações importantes e que o conjunto do IPP demonstrará capacidade suficiente para consolidar a Instituição”, começa por referir Nuno Oliveira, o qual faz um balanço positivo do último mandato. “Os planos de actividade de 2002, 2003 e 2004, comparados com os respectivos relatórios de execução, demonstram isso”.

Os objectivos de Nuno Oliveira são vastos e pretendem “manter a afirmação do IPP enquanto entidade incontornável do Norte Alentejo”. De acordo com as linhas progamáticas, Nuno Oliveira pretende “continuar a respeitar o funcionamento e as competências dos diferentes órgãos democraticamente eleitos, bem como as especificidades e características dos elementos da comunidade académica”. O actual presidente do Politécnico de Portalegre salienta a importância das novas tecnologias e diz ser necessário “estimular a utilização de projectos e iniciativas implementadas, tais como Campus Virtuais, Vídeo-Conferência, Biblioteca Científica Digital, Biblioteca Nacional Digital, Sistema Digitalis, Círculos de Progresso, Auditoria Interna, Gestão Documental, POC Educação consolidado, Ponto de Acesso do INE, Matrículas na Internet, Pagamentos por Multibanco, Certificação de qualidade, Avaliação do património”.

A manutenção do desenvolvimento de actividades informativas, lúdicas, culturais, desportivas e de formação para todos os elementos da comunidade académica e envolvente é outro dos pontos citados por Nuno Oliveira. Por isso, garante “continuar os esforços tendentes à obtenção do quadro de pessoal não docente e abertura ou alargamento dos quadros de pessoal docente, bem como manter o apoio às actividades dos alunos, à Associação de Antigos Alunos e ao funcionamento da Associação Académica, estimulando-os para o trabalho académico face à continuidade de atribuição de bolsas de mérito e prémios”.

Nuno Oliveira promete ainda o reforço da cooperação com Politécnicos e Universidades portuguesas e estrangeiras, visando o desenvolvimento de projectos conjuntos que contribuam para a valorização do corpo docente e discente. O Processo de Bolonha não passa ao lado daquele responsável, que espera “reequacionar planos curriculares, considerando propostas das Escolas, face às novas realidades derivadas do Processo de Bolonha, e apostar no funcionamento de outras ofertas formativas (por exemplo, CET’s), aproveitando para ampliar a influência geográfica do IPP”.

A um outro nível, diz Nuno Oliveira,. é importante “assegurar a continuidade da participação em órgãos locais, regionais e nacionais, ao mesmo tempo que se garantem parcerias e cooperações e se divulga o Instituto e as suas actividades”. Depois do Instituto Politécnico de Portalegre ter sido prejudicado no Piddac dos últimos anos, Nuno Oliveira insiste em “candidatar projectos do IPP e das Escolas aos programas existentes, no sentido de se obterem apoios financeiros até agora quase inexistentes em PIDDAC ou PRODEP”. Ao mesmo tempo garante “insistir no apoio à ADR/IPP, enquanto elemento gerador de sinergias, contactos e projectos de enorme interesse para o Instituto e a Região”.

O aproveitamento dos espaços existentes nos serviços centrais, a instalação de uma cantina central e uma biblioteca no edifício sede do Instituto, libertando também espaços na Escola Superior de Educação são outros objectivos de Nuno Oliveira, que pretende também melhorar as condições da Escola Superior de Enfermagem e da ESTG. Aproveitar os espaços “ganhos” no sótão dos Serviços Centrais para instalar.

 

 

 

EM BEJA

Despertar para a Ciência

A Ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, esteve este mês no lançamento do Programa Ciclo de Colóquios “Despertar para a Ciência”, em Beja, organizado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pelo Governo Civil de Beja.

A primeira conferência subordinada ao tema “Comunicações móveis: passado, presente e futuro” da autoria do Professor Carlos Salema, decorreu a 2 de Fevereiro, pelas 11H, no Auditório do Instituto Politécnico de Beja. Durante os meses de Fevereiro e Março outras conferências deste ciclo terão lugar em Moura, Almodôvar e Odemira.

Recorde-se que em 2003 que a Fundação para a Ciência e Tecnologia lançou o desafio de despertar o interesse dos jovens pela ciência numa iniciativa conjunta com a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG). Todos os meses, um proeminente investigador português partilhou um tema com o grande público, desde a astronomia, a biologia, a engenharia, a história ou a física, numa partilha de conhecimento científicos que pretendia estimular o espírito de curiosidade e promover a vontade da descoberta.

 Inicialmente projectada para Lisboa, esta experiência demonstrou que valia a pena e o interesse começou a contagiar jovens e também não jovens na idade com espírito muito jovem. Por isso, a resposta não se fez rogada e, além do ciclo em Lisboa, outras iniciativas idênticas começaram em Coimbra, em Faro, no Funchal, em Ponta Delgada, na Horta, em Angra do Heroísmo, no Porto e, agora, em Beja.

 

 

 

DOCENTES DO IPL FAZEM ESTUDO

Mais valias da região

O Instituto Politécnico de Leiria e as suas Escolas têm hoje uma forte interacção com a sua área envolvente. Esta é uma das principais conclusões do estudo sobre “Estratégias e Iniciativas de Consolidação e Dinamização das Relações de Cooperação entre o IPL e o Tecido Empresarial/Institucional da Região”. Um documento elaborado, a pedido da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C), por uma equipa composta por vários docentes do IPL, a saber: Nuno Mangas (Coordenador Institucional), Susana Rodrigues (Apoio Metodológico), Licinia Gonçalves (ESEL), Irene Ferreira (ESTG), Nuno Almeida (ESAD) e Roberto Gamboa (ESTM).

O estudo realça ainda a forte dinâmica de interacção com o exterior existente no seio do IPL, o que permite afirmar que este relacionamento se reforçará nos próximos anos. Os autores do documento acreditam que ele permitirá reforçar a inovação, o empreendedorismo e a competitividade na região de Leiria, sendo por isso proposto um conjunto de actividades a realizar num futuro próximo.

De acordo com os autores do estudo, “o tecido empresarial da região de Leiria caracteriza-se por uma grande quantidade de pequenas e médias empresas dispersas por diversos sectores de actividade. Face à sua dimensão muitas destas empresas não tem capacidade para ter gabinetes de design e desenvolvimento de novos produtos”. Por isso lembram que “uma infra-estrutura centrada no Design, na Inovação e na aplicação de novas tecnologias ou adaptação de tecnologias já existentes a novos domínios, orientada para os sectores da região mais relevantes (num horizonte de 10 anos), adaptada às necessidades da região e do país, e direccionada para áreas novas e ainda não desenvolvidas constituiria um factor diferenciador para a região e para o seu tecido empresarial”.

Outra das sugestões do grupo de trabalho passa pela criação de unidades de I+D+i e de laboratórios associados a este tipo de infra-estrutura que teriam como missão desenvolver novas áreas de conhecimento, novos materiais, novas tecnologias ou novas aplicações para tecnologias já existentes, transferindo as para as empresas e outros sectores de actividade. Esta infra-estrutura permitiria ainda potenciar as competências existentes no IPL, nomeadamente na Escola Superior de Artes e Design (ESAD) e na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, e dar resposta a um conjunto de necessidades do tecido empresarial. Para desenvolver esta ideia, propõe-se a realização de um estudo que permitisse determinar a sua pertinência, principais valências, localização, sustentabilidade económica, modelo de gestão, entre outros”.

O estudo lembra ainda “o grande número de empresas envolvidas no domínio da pesca, processamento e tratamento do pescado que se encontram na região e a crescente aposta no aquacultura, podem ser beneficiadas pelo conhecimento detido pelo IPL na Escola Superior de Tecnologia do Mar e pela investigação proporcionada por uma unidade de investigação em Biologia Marinha e Aquacultura. Não deve, no entanto, ser esquecido o carácter demonstrativo, educacional e até turístico que uma unidade dedicada à Biologia Marinha pode ter, pois esta região litoral é muito visitada e poderia beneficiar com o aumento de motivos de interesse, nomeadamente no âmbito do turismo cultural e científico. A unidade referida pretende pois reunir as competências das indústrias da região litoral em articulação com as da Escola Superior de Tecnologia do Mar e potenciar a inovação e o desenvolvimento do domínio das pescas e aquacultura.

A concretização das acções propostas pelo IPL depende, em grande parte, da mobilização de meios, sobretudo financeiros, e de vontades. Apesar de estar consciente desta realidade, o IPL está fortemente empenhado em dar um forte contributo para que a região de Leiria seja cada vez mais Inovadora, Empreendedora e Competitiva, e fará o que estiver ao seu alcance para que este desígnio se concretize.

 


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