MESTRADO EM DIDÁCTICA
Os regionalismos de
Aquilino

Graça Castelo-Branco, responsável do Gabinete de Relações Públicas da Universidade da Beira Interior, acaba de defender a sua tese de mestrado, na qual abordou os regionalismos a partir da obra de Aquilino Ribeiro.
A nova mestre começou por estudar “O Caso da Aldeia” mas depressa alargou o estudo a todo o território português, produzindo assim uma tese subordinada ao tema “Linguagem Regionalista e Linguagem Popular em Aquilino Ribeiro”. Este estudo na área da língua portuguesa teve como objectivo principal “averiguar se esta área da linguagem é assim tão importante, se tem uma dimensão grande nos trabalhos do escritor em apreço”.
Durante este trabalho académico, a autora utilizou algumas ferramentas essenciais a um estudo desta natureza, como dicionários e correctores ortográficos. Uma forma de dar maior rigor a todo o processo. Isto porque, as conclusões retiradas do estudo revelam que “não existem tantos termos e expressões populares na obra de Aquilino Ribeiro, como se poderia pensar”.
Graça Castelo-Branco aponta para a existência de algumas expressões de índole popular e regional, mas “analisando vocábulo a vocábulo, não existem assim tantos”.Ainda assim, sublinha que nesta área “existiram bons trabalhos que não foram concluídos, como o Inquérito Linguístico Boléo. Segundo a autora desta tese, tal facto “poderá levar ao desaparecimento de todo um património linguístico nacional”.
O trabalho obteve classificação máxima conferida por um júri composto por João Malaca Casteleiro, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Maria Antonieta, professora auxiliar da Universidade da Beira Interior e Margarida Correia Ferreira, professora auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
PROTOCOLO DE SOFTWARE
LIVRE EM ÉVORA
Na rota da
informação

A Universidade de Évora (UE) e Junta da Extremadura acabam de assinar,, em Évora, um Protocolo de Cooperação no âmbito das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação. O acordo tem a duração de três anos e prevê a disponibilização de uma versão em português do software livre Linex por parte da Junta da
Extremadura.
O Linex consiste num software de acesso livre desenvolvido pela Junta da Extremadura a partir do Linux, como forma de reduzir os custos em licenças de software decorrentes da introdução de computadores em todas as unidades do sistema educativo
extremenho.
Na sessão de assinatura, o reitor da Universidade de Évora, Manuel Ferreira Patrício recordou que esta cooperação teve antecedentes em 2004, quando a UE convidou a Junta da Extremadura a participar num Encontro para Produtores e Utilizadores de Software Livre. Actualmente, está em estudo a apresentação de um projecto conjunto entre a Extremadura e o Alentejo no âmbito do INTERREG para a Sociedade de Informação.
“Este protocolo permite-nos pôr em ligação com um centro que está mais avançado do que o nosso, embora o nosso Departamento de Informática e o Serviço de Computação tenham já uma grande capacidade e uma dinâmica, podendo assim beneficiarmos da nossa integração nesta rede”, afirmou o reitor.
Subjacente a este acordo “existe de um projecto a desenvolver, através do sistema de fibra óptica, para pôr em trabalho conjunto e em parceria o Hospital Infanta Cristina de Badajoz e o Hospital de Elvas”, salientou o consejero de Infra-estruturas e Desenvolvimento Tecnológico da Junta da
Extremadura.
O acordo foi assinado pelo consejero de Infra-estruturas e Desenvolvimento Tecnológico da Junta da Extremadura, Luís Millán Vazquez de Miguel, e pelo Reitor da UE, Manuel Ferreira Patrício, na presença de membros da comunidade universitária e de representantes do Governo regional da
Extremadura.
Todas estas valias serão igualmente alargadas à Universidade da Extremadura e à Universidade de Évora, “de forma podermos partilhar de uma rede europeia que tem todas as possibilidades de se relacionar com o mundo Ibero-Americano”, sustentou Manuel Ferreira Patrício que se mostrou expectante quanto ao futuro, nomeadamente sobre as vantagens que este protocolo irá trazer para todos. “Sabemos que só uma consequência é possível – um grande salto em frente”, concluiu.
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Mestrado em sociologia

O Departamento de Sociologia da Universidade de Évora tem já abertas as inscrições para o XI curso de Mestrado em Sociologia. Aquela Pós-Graduação tem três áreas de especialização, a saber: Recursos Humanos e Desenvolvimento Sustentável; Família e População; e Poder e Sistemas Políticos.
De acordo com aquele departamento, as candidaturas devem ser apresentadas até ao próximo dia 30 de Setembro, prevendo-se que o mestrado se inicie em Outubro.
As sessões lectivas serão feitas nas sextas-feiras à tarde e aos sábados. Ainda de acordo com aquele departamento, os candidatos devem ter licenciatura na área das ciências humanas e sociais, com a classificação mínima de 14 valores.
DOENÇAS GENÉTICAS
Aveiro organiza
informação
A Universidade de Aveiro acaba de coordenar uma equipa de investigação que desenvolveu um conjunto de ferramentas de unificação de informação biomédica, tendo apontado como uma das soluções o portal diseasecard.org, que permite integrar num cartão virtual por cada doença rara, toda a informação existente sobre os sintomas, os genes associados e as causas que as podem originar.
É que, embora classificadas de «raras», estão já diagnosticadas mais de duas mil doenças genéticas deste tipo. Porque são invulgares, a informação sobre elas é escassa e encontra-se muitas vezes dispersa. Com o objectivo de uniformizar toda a informação genética e clínica existente até este momento sobre este tipo de doenças.
Não era a falta de informação a principal preocupação dos profissionais de saúde que normalmente lidam com as doenças genéticas raras. Uma das principais dificuldades era a ausência de um sistema que uniformizasse todo o conhecimento genético e médico até agora obtido, um problema que os mentores do projecto procuraram agora resolver.
Nesse sentido, a Universidade, através do Grupo de Bioinformática do Laboratório de Sistemas de Informação e Telemática do IEETA, e de uma parceria que envolveu o Instituto de Saúde Carlos III, de Madrid, a Universidade Politécnica de Madrid, a Universidade de Linkoping e o parceiro industrial Stab, desenvolveu um portal virtual que integra toda a informação genética e médica existente em múltiplas bases de dados públicas. Recorrendo a este ambiente integrado, os clínicos podem alcançar e relacionar os dados disponíveis na Internet sobre as quase duas mil doenças genéticas raras já existentes.
«A informação genética está disseminada por um conjunto de bases de dados de utilização gratuita e pesquisável na
Internet, com interesse sobretudo aos biólogos e aos bioinformáticos, mas muitas vezes eles não sabem como procurar esta informação, que é altamente dinâmica e está sempre em evolução», explica António Sousa Pereira, coordenador do projecto. «Com a descodificação do genoma humano, a informação genética do cidadão tem cada vez mais relevância no estudo do seu estado de saúde e predisposição para determinadas doenças. Neste contexto, propusemo-nos desenvolver uma ferramenta que permitisse integrar essa informação, com ênfase na área das doenças genéticas raras», acrescenta.
Para além de facilitar a identificação, o acesso, a integração e a recuperação da informação genética e médica dispersa na Internet através de fontes heterogéneas, este novo sistema facilita a troca e a unificação das terminologias médicas e genéticas no domínio de doenças genéticas raras, contribuindo para o progresso da medicina molecular e das outras disciplinas da saúde. «Em muito menos tempo a informação genética pode ser adicionada aos registos médicos, transformando-se em fontes mais fiáveis para estudos da população em termos genéticos, que auxiliarão os médicos na procura de tratamentos e prescrições mais personalizadas para os seus pacientes», realçou o investigador.
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