ESCOLAS DO 1º CICLO
Inglês em Castelo
Branco
A Câmara Municipal de Castelo Branco acaba de assinar um protocolo com todos os agrupamentos de escolas do concelho, o qual permitirá o ensino do inglês às crianças dos 3º e 4º ciclos de ensino básico.
Na mesma iniciativa foi assinado um acordo com a Escola Superior de Educação de
Castelo Branco, a qual garantirá a formação dos docentes e participará na elaboração dos conteúdos programáticos, colocando-os também on-line. Com esta iniciativa, Joaquim Morão, presidente da Câmara de Castelo Branco volta a reafirmar a sua aposta no sector educativo, sendo uma das primeiras autarquias do interior do país a apostar no ensino do inglês no 1º ciclo. Uma aposta que o sub-director da ESE, Ernesto Candeias Martins, gostaria de ver estendida aos alunos do 1º e 2º anos.
AMBIENTE E ORDENAMENTO
Aveiro previne cheias
O Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro acaba de apresentar estratégias fundamentais para combater o problema das cheias extremas, que são o tipo de catástrofe natural mais comum na Europa. Esta questão é ainda mais grave porque os cenários apontam para que as alterações climáticas, incluindo a crescente intensidade das chuvadas fortes, venham a tornar ainda mais frequente a ocorrência de cheias fluviais extremas em certas regiões.
A estudar o fenómeno há quase vinte anos, tendo desenvolvido estudos e vários projectos de investigação que analisaram os efeitos da mudança do clima e do uso do solo sobre a disponibilidade da água, a Universidade de Aveiro realizou estudos em várias áreas de Portugal, mais concretamente Mação e a Serra do Caramulo, da Espanha, de Marrocos e da Tunísia.
Esses estudos permitiram concluir que a frequência, a localização e a intensidade das cheias variam em função das diferenças sazonais e regionais da precipitação, bem como em função de outras condições atmosféricas e de alterações climáticas a longo prazo. No entanto, a acção humana também desempenha um papel importante. Os incêndios, a desflorestação das regiões serranas e as técnicas utilizadas na preparação dos terrenos para as novas plantações, fazem desaparecer a vegetação, tornam o solo árido, repelindo e evitando que a água se infiltre, acelerando assim o escorrimento superficial. O resultado é o aumento da probabilidade de ocorrência de uma cheia.
Para Celeste Coelho, investigadora e docente no Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade, esta situação só se resolve com uma gestão integrada dos recursos hídricos. «Em termos da gestão da água há duas coisas a ressalvar. Por um lado, as alterações climáticas, e por outro, as alterações no uso do solo. A gestão da água tem que ser uma gestão integrada. Deve integrar o ordenamento do território com a gestão dos recursos hídricos, envolvendo todas as entidades ligadas à Água e articulando os vários instrumentos e as várias medidas de política».
De caminho, refere que as estratégias não devem ficar por aí. As conclusões dos estudos levados a cabo apontam também para a necessidade de se continuar a recolher informação sobre esta temática, partilhá-la entre as várias entidades e transmiti-la a quem dela precisa. É urgente a criação de regulamentos e condicionantes ao uso do solo na bacia hidrográfica, em geral, e em particular na área urbana de forma a minimizar os impactos negativos.
«Durante as nossas investigações, analisámos os instrumentos de gestão dos recursos hídricos, nomeadamente o plano nacional da água, os planos de bacia hidrográfica e os planos directores municipais, para avaliar se havia alguma articulação entre os planos da bacia hidrográfica e o ordenamento do território. A conclusão a que chegámos foi a de que, embora a legislação vigente já o recomende, na prática não há articulação de espécie nenhuma. Isso é grave. Qualquer medida que venha a ser tomada para a resolução do problema das cheias pressupõe obrigatoriamente uma articulação entre as entidades competentes», ressalvou a investigadora.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA
Algarve no topo
A Universidade do Algarve acaba de conquistar o segundo lugar no “ranking” de produção científica das 16 Universidades representadas no Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), tendo em conta a dimensão e a produção por doutorado.
Estes resultados foram publicados num estudo recente do Madan Parque (Parque da Ciência e Tecnologia de Setúbal – Universidade Nova de Lisboa), com base na informação do ISI (Institute for Scientific Information) e na cooperação bibliométrica (ano de referência: 2004).
A produção científica mais elevada, em valor absoluto, é a da Universidade do Porto (1150 publicações), seguida da Universidade Técnica de Lisboa (960) e da Universidade de Coimbra (640). Neste cálculo a Universidade do Algarve situa-se no 8º lugar (193), entre a Universidade do Minho (7º lugar - 406) e a Universidade Católica (9º lugar – 167).
Porém, tendo em conta a dimensão e a produção por doutorado, obtêm-se
o grau de intensidade de investigação, que parece ser uma medida mais justa e objectiva. Neste caso, a Universidade do Algarve obteve o 2º lugar, seguindo-se à Universidade de Aveiro, que se situa no 1º lugar.
Para os responsáveis da Universidade, “estes resultados permitem reforçar a credibilidade da estratégia de crescimento da Universidade do Algarve na sua missão de investigação e desenvolvimento tecnológico, com uma capacidade competitiva crescente”.
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