GESTÃO E ECONOMIA NA UBI
Novas
pós-graduações

O Departamento de Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior vai ter, já no próximo ano lectivo, uma pós-graduação e um mestrado em “Empre-endorismo e Criação de Empresas” e uma pós-graduação em “Finanças e Contabilidade para Não-Financeiros”.
Aquele Departamento propôs ainda para registo as re-estruturações do Mestrado em Gestão (o MBA da UBI) com os ramos de Finanças, Marketing e Gestão das Operações / Qualidade e do Mestrado em Economia – com os ramos de Economia Aplicada, Economia Industrial e Economia Financeira.
O Departamento de Gestão e Economia colabora também com o Departamento de Engenharia Electromecânica no lançamento do novo Mestrado e Pós-graduação em Gestão Industrial, que pretende qualificar Engenheiros para a área da Gestão. Prevê-se ainda a abertura do nova Pós-Graduação e Mestrado em Economia (com 3 ramos) no ano lectivo de 2007/2008.
DOUTORAMENTO. Ao comemorar 25 anos de existência, O Departamento de Gestão e Economia lança o Programa de Doutoramento em Gestão, contemplando uma componente lectiva, com a frequência de 10 disciplinas avançadas na área da Gestão (1º Ano) – das quais 6 são disciplinas de opção, a aprovação de um projecto de tese e a elaboração de uma dissertação de doutoramento, ao fim de 5 anos lectivos. O DGE torna-se assim percursor de uma tendência que a médio prazo toda a Universidade deve seguir. A UBI torna-se a quarta instituição portuguesa a ter um Programa de Doutoramento em Gestão.
Recorde-se que o DGE e a UBI oferecem aos estudantes de pós-graduação uma Biblioteca especializada no Pólo IV, uma sala de informática com PC’s ligados em rede e com software especializado (SPSS e E-views), acesso à base de dados b-on (com acesso a mais de 1500 publicações periódicas) e à base de dados PROQUEST, considerada uma das melhores bases de dados com acesso a texto integral nas áreas de Gestão e Economia.
COVILHÃ
Parkurbis com centro

O Parkurbis - Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, vai dispor de um Centro de Apoio à Inovação e ao Empreendorismo (CAIE), anunciou a Câmara local. O projecto é apoiado pelo programa comunitário Equal e, numa primeira fase, “até ao mês de Maio, serão identificadas e analisadas as principais características do projecto e a forma como os diversos agentes da região vão interagir com o Centro”, refere a autarquia.
Segundo uma nota de apresentação do projecto a que a Agência Lusa teve acesso, a partir de Maio serão implementadas “estratégias de fomento do empreendorismo, identificação de oportunidades de investimento e criação de empresas de base tecnológica”.
Para tal, entre outras medidas, vão ser criadas redes de troca de informação entre o Parkurbis e os diversos estabelecimentos de ensino da região.
O CAIE garante o acompanhamento de ideias de negócio e investimento e até à fase de implementação e desenvolvimento das novas empresas.
Segundo a autarquia, está ainda prevista a criação de uma parceria transnacional com outros projectos idênticos: “Entre os diversos contactos estabelecidos contam-se projectos a decorrer em Espanha, Holanda e Alemanha”.
O CAIE é desenvolvido em parceria pelo Parkurbis, Câmara Municipal da Covilhã, Global Change, Universidade da Beira Interior, Associação Nacional de Industriais de Lanifícios, Associação Empresarial dos Concelhos da Covilhã, Belmonte e Penamacor, Câmara do Comércio Luso-Alemã e Associação Nacional de Jovens Empresários.
Na segunda fase do projecto, está previsto que câmaras de comércio estrangeiras passem a integrar a parceria.
O Parkurbis destina-se a incubar preferencialmente empresas relacionadas com as áreas de especialização da UBI, como sejam as indústrias do ambiente, telecomunicações e tecnologias de informação, tecnologia dos materiais, aeronáutica, automóvel e tecnologias da saúde.
Actualmente decorrem as obras de construção das instalações, no Parque Industrial do Tortosendo, orçadas em 4,3 milhões de euros, que têm conclusão prevista para Junho.
CONFERÊNCIA NA UBI
No limiar da
comunicação
A Comunicação Mediada por Computador (CMC) é um dos mais recentes campos de investigação dos media e refere-se a desafios que comportam a análise de novas potencialidades, novas fronteiras, mas também entraves e desconexões que não existiam antes do aparecimento destas tecnologias.
A pensar nas diversas tipologias de meios utilizados, Adriana Braga, doutoranda brasileira a desenvolver pesquisa no Laboratório de Comunicação On-Line da UBI (LABCOM), organizou umas jornadas em Ciências da Comunicação centradas na temática “CMC, Identidades e Género”.
Um dos intuitos deste evento prende-se com a “definição de identidades, assim como, a compreensão de algumas situações que advêm da explosão da Internet”, referiu logo na nota de abertura, a organizadora. Durante dois dias, a Sala dos Conselhos foi o palco de discussão entre investigadores vindos de vários pontos do globo. E foi exactamente com a contribuição dos mass media na união dos mundos que se abriram os trabalhos.
Numas jornadas divididas em quatro pontos fundamentais, abordou-se “A Internet e o Género”, as “Interacções digitais: teoria e método”, as “Identidades na Comunicação Mediada por Computador” e também as “Configurações Técnicas do Espaço Público”. A apresentação de vários estudos e pesquisa nestas áreas foi seguida por grupos de comentadores, também eles constituídos por estudiosos da área.
As mais recentes descobertas e evoluções que vêm ocorrendo na sociedade contemporânea apresentam “novos desafios para a comunicação”. Segundo Adriana Braga, “o avanço acelerado das tecnologias computacionais no período recente apresentou-nos termos próprios e topografia desconhecida”. Foi no sentido de descortinar essas mesmas inovações que o LABCOM e o Departamento de Comunicação e Artes promoveram esta acção.
Com intervenientes vindos de Portugal, Brasil, Estados Unidos da América e Inglaterra falou-se sobre “o tempo para além do deslumbramento com a Internet”. Os organizadores explicam que “as pessoas estão a utilizar concretamente esta tecnologia nas suas vidas quotidianas, a negociar e a partilhar sentidos, a definir identidades, a propor rearticulações”, tudo motivos para estudos na área da comunicação.
A entrada em cena do computador pessoal veio a alterar muitas coisas neste domínio. Desde a interacção com o público até à produção de conteúdos individuais, “a ligação à Internet alterou substancialmente a forma de interacção do público com um meio de comunicação”, sublinha Braga. Esta doutoranda explica também que “estas jornadas vêm colocar em questão os usos sociais do ambiente digital e os modos de os investigar academicamente evitando as especulações sobre o impacto provável da Internet na Humanidade.
Eduardo Alves
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
O chumbo da cortiça

A concentração de chumbo presente na cortiça sem processamento industrial é extremamente baixa, o que faz daquela matéria-prima, utilizada nomeadamente no fabrico de rolhas, um produto de grande qualidade, sem riscos ambientais.
A conclusão foi tirada pelo investigador João Ponte e Sousa, colaborador docente na Universidade de Évora, que fez deste tema a sua tese de mestrado em Química Analítica, apresentada há pouco mais de uma semana, naquele estabelecimento de ensino superior.
Em declarações à Agência Lusa, João Ponte e Sousa explicou que o seu estudo para detectar a presença de chumbo no tecido produtivo suberícola é “inédito”, visto que, ao invés de utilizar a luz de uma lâmpada - método espectral -, preferiu recorrer à corrente eléctrica.
“Existem cinco estudos sobre esta temática em Portugal, que começaram a ser realizados em 1986, com a análise da cortiça através da luz. Eu lembrei-me de fazer um estudo voltamétrico, ou seja, através da corrente eléctrica”, frisou.
Trata-se de uma técnica “mais barata e menos melindrosa”, garantiu, acrescentando que a investigação teve por base “uma parcela de cortiça, de um palmo por um palmo, que foi subdividida em pequenos troços”,
correspondendo cada camada a um ano.
“A casca do sobreiro cresce camada a camada e, esse facto, possibilita correlacionar a concentração de chumbo numa camada com o ano em que foi produzida”, esclareceu.
O investigador pretendeu provar que a cortiça, utilizada como matéria-prima para o fabrico de inúmeros produtos, não envolve riscos de contaminação através da presença do chumbo, “poluente muito disseminado e distribuído nos países mais civilizados do Mundo”.
“O chumbo, metal tóxico pesado, está muito espalhado em termos ambientais, dadas as suas inúmeras utilizações na indústria, nomeadamente como catalisador em motores”, disse.
Dados os riscos inerentes à exposição a este metal, que poderá ser danoso ao organismo quando ingerido através da comida, ar ou água, João Ponte e Sousa provou, através do estudo electroanalítico, que a cortiça “é, de facto, um material nobre”.
“Pode-se concluir que a qualidade da cortiça enquanto matéria-prima não é susceptível de ser posta em causa, porque a concentração de chumbo é extremamente reduzida”, realçou.
Este indicador permite ao investigador afirmar que “não há que recear qualquer contaminação”, resultante da presença do chumbo, por exemplo numa rolha de cortiça.
“As indústrias dos sucedâneos, dos plásticos e dos metais atacam, muitas vezes, a fileira da cortiça, especulando sobre a sua qualidade e os malefícios para a saúde pública. Ora, este estudo vem provar que, pelo menos o caso do chumbo, não pode ser utilizado como arma de arremesso”, sustentou.
A investigação foi iniciada em 2000, quando João Ponte e Sousa se inscreveu no mestrado de Química Analítica, envolvendo, a partir de 2002, trabalho de laboratório, até apresentar a tese final a 14 de Março último.
O colaborador docente da Universidade de Évora garante ainda que, através do método que desenvolveu, pode-se estudar a presença de outros metais na cortiça, ao longo das épocas, visto que “os sobreiros são árvores que podem viver até aos 200 ou 400 anos”.
“É também possível, tendo amostras mais abrangentes e alargadas, determinar a variação espacial e temporal da distribuição do chumbo em todos os sobreiros existentes no país e em toda a Bacia Mediterrânica, onde esta espécie está muito presente”, sublinhou.
A investigação de João Ponte e Sousa é considerada inédita porque foi a primeira vez que a cortiça foi analisada através de um estudo voltamétrico de redissolução anódica no modo de impulso diferencial.
Isto significa que, até agora, ninguém se tinha debruçado sobre a reflexão da parte inorgânica desta matéria-prima, em particular sobre o ião chumbo.
RRL/Lusa
MESTRADO EM ÉVORA
Conferências em Maio
“A Importância do equipamento artístico na recuperação arquitectónica” é o nome da conferência que José Meco, da Universidade Autónoma de Lisboa, vai proferir no próximo dia 6 de Maio, no Colégio Verney da Universidade de Évora. Esta iniciativa insere-se no Curso de Mestrado em Recuperação do Património Arquitectónico e Paisagístico da Universidade de Évora.
Este ciclo de conferências iniciou-se a 18 de Março e prolonga-se até 24 de Junho, sendo que em Maio ainda estão previstas mais três. Assim, no dia 13, José António de Sousa Macedo aborda o tema “Novas funções em edifícios antigos”, enquanto que no dia 20, Victor Mestre e Sofia Aleixo apresentam o tema “Intervenções Recentes em Património Arquitectónico”. Finalmente, a 27 de Maio, o tema “Intervenção na Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Vila Viçosa) será apresentado por José Filipe Ramalho.
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