Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VII    Nº81    Novembro 2004

Dossier

ANIVERSÁRIO DO IPCB

Ministra traz 16 milhões

O Ministério do Ensino Superior e o Politécnico de Castelo Branco acabam de assinar um contrato de desenvolvimento institucional, que dará ao Instituto albicastrense cerca de 16 milhões de euros para a construção do seu campus da Talagueira. 

No entender da Ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, “de extrema importância para consolidar a oferta formativa do Instituto, sem sobressaltos no futuro. Com este contrato é possível programar, já que prevê um investimento plurianual para as diversas construções. Por outro lado o IPCB será um pólo dinamizador do desenvolvimento, apostando em áreas da saúde e das artes, bem como no desenvolvimento de projectos à comunidade”.

Segundo o documento, a construção do Campus da Talagueira vai ser elaborado de forma faseada, até 2010. Assim, até ao final de 2005, será feita a construção e execução das infra-estruturas gerais do complexo (966 mil euros), e iniciar-se-á a construção do bloco pedagógico da Escola Superior de Saúde. O ano de 2006 ficará marcado pela conclusão do bloco pedagógico da Superior de Saúde (4 milhões 879 mil Euros) e pelo início da construção do edifício central/cantina (3 milhões 508 mil euros), cuja conclusão está prevista para 2007. É também nesse ano que arrancará a construção do bloco pedagógico da Escola Superior de Artes Aplicadas (4 milhões e 52 mil euros), que ficará pronto em 2008, iniciando-se então a construção do auditório da Esart (2 milhões e 71 mil euros). Até ao final de 2009 serão feitos os arranjos exteriores (um milhão de euros).

Em termos pedagógicos, o contrato permitirá ao Politécnico avançar em 2004/2005 com formações na radiologia e cardioneumologia, e em 2006/2007 criar pós graduações de especialização, já no novo bloco, em áreas como a gerontologia, cuidados paliativos e gestão em saúde. Também na área das artes, a partir de 2008/2009 está previsto o incremento de pós graduações em design e artes visuais, teatro, dança e música, bem como a criação de produções artísticas.

A este propósito, a ministra classificou “as áreas da saúde e das artes como prioritárias e fundamentais para o desenvolvimento científico e cultural do país, contribuindo para o bem estar das populações. A saúde, nas suas várias valências, e a formação no domínio das artes são hoje um traço importante do ensino superior em Castelo Branco”. 

De acordo com Maria Graça Carvalho, “este contrato vem consolidar, ainda mais, o papel do IPCB enquanto parceiro importante no desenvolvimento da região e na criação de competências e condições para alcançar objectivos estratégicos regionais no âmbito do ensino, investigação, formação, e de apoio ao tecido empresarial e a toda a sociedade”. 

Além das obras previstas ao abrigo do contrato de desenvolvimento, a ministra do Ensino Superior recordou o apoio prestado, no âmbito da Acção Social, às obras de recuperação de duas residências de estudantes e à conclusão da residência número 3, no valor de 1,9 milhões de euros. “Já este ano vão ser disponibilizadas verbas para a melhoria das condições de trabalho dos estudantes em residências, bem como para o apoio de actividades recreativas e culturais”, frisou.

LEMOS. “Este contrato já deveria ter tido lugar há dois ou três anos atrás”. Foi assim que Valter Lemos se começou por referir à assinatura do protocolo, para depois acrescentar: “mas, senhora ministra, somos realistas, mas não ingratos”. O presidente do Politécnico lembrou, no seu discurso, que “com a assinatura do contrato de construção da primeira fase do campus começamos a ver a luz ao fundo do túnel”. 

A contribuição que a autarquia de Castelo Branco deu em todo o processo com a cedência dos terrenos, onde o campus vai ser instalado, também foi sublinhado por Valter Lemos, que elogiou o papel do presidente da Câmara por este ter estado sempre de mãos dadas com o ensino superior na Região. “Sem o apoio da câmara seria impossível iniciarmos o funcionamento da Escola Superior de Artes Aplicadas”. De resto, o excelente relacionamento com outras autarquias casos de Idanha-a-Nova (a qual cedeu as instalações para a Escola Superior de Gestão e que tem respondido sempre aos desafios propostos pelo IPCB), Fundão, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão ou Penamacor também foi elogiado. “O Instituto Politécnico sempre mostrou a sua vocação e disponibilidade para apoio ao desenvolvimento regional. Recusamos qualquer visão localista do ensino superior, mas orgulhamo-nos da nossa missão no âmbito regional. E isso concretiza-se nas relações com as autarquias, as empresas e as instituições”.


Visualização 800x600 - Internet Explorer 5.0 ou superior

©2002 RVJ Editores, Lda.  -  webmaster@rvj.pt