Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VII    Nº76    Junho 2004

Politécnico

INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA

Ministra leva Ciência Viva

A ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, anunciou, no passado dia 4 deste mês, que vai ser criado em Beja um Centro de Ciência Viva, dedicado à divulgação científica de áreas relacionadas com a água ou a energia.

“Vai ser um centro aberto à sociedade, um museu de divulgação científica com o envolvimento de várias entidades regionais. Estamos a estudar a criação de um consórcio para dinamizar o projecto, cujos temas poderão incidir nas questões da água, agricultura ou energia”, afirmou.

A ministra falava aos jornalistas, em Beja, após uma reunião no Governo Civil para lançar o projecto de criação de um Centro de Ciência Viva naquela cidade, que, disse, irá dedicar-se “aos grandes temas de desenvolvimento para a região”.

Apesar do trabalho preparatório para avançar com este processo ainda estar no início, Maria da Graça Carvalho explicou que o centro poderá ficar situado no Parque de Feiras e Exposições local, gerido pela ExpoBeja (formada pela Câmara Municipal e Associação de Criadores de Ovinos do Sul).

“Estamos a estudar a possibilidade de instalação do centro nas estruturas já existentes ou projectadas para o Parque de Feiras, por forma a concentrar, depois, o financiamento nos conteúdos temáticos e na divulgação científica”, afirmou.

O consórcio responsável pelo projecto, que poderá ser formado pela ExpoBeja, Instituto Politécnico de Beja (IPB) e outros “parceiros ligados aos temas que fizerem parte do centro”, terão, agora, de avançar com a proposta formal, para ser financiada.

“Ainda não está definido o financiamento que será necessário mas há verbas disponíveis, a nível regional, na área da divulgação científica, nos próximos dois anos e meio”, adiantou, frisando que, caso a proposta seja entregue com brevidade, “poderá ser já este ano financiada”, para que a implementação do centro se estenda, depois, por “um período de 12 a 15 meses”.

CURSOS. Durante a tarde, a ministra deslocou-se ao Instituto Politécnico, onde anunciou quatro novos cursos e assinou um contrato-programa com aquela instituição, válido até 2007, que contempla um financiamento de 850 mil euros por parte do ministério da Ciência e do Ensino Superior.

“Ao nível dos politécnicos, no que respeita a este ano, este é o contrato-programa de valor mais elevado do País, com um financiamento de 550 mil euros (em 2005 é de 200 mil e em 2006 atinge os cem mil euros). O mérito é da proposta que foi apresentada pelo IPB”, argumentou Maria da Graça Carvalho.

A modernização, simplificação e certificação dos procedimentos, a correcção de assimetrias e o desenvolvimento de áreas estratégicas são as três grandes áreas para as quais o IPB candidatou projectos.

ARTES. O Instituto Politécnico de Beja vai também passar a leccionar, este ano, Artes Plásticas e Multimédia, Educação e Comunicação Multimédia e também Educação Social, além de um dos dois únicos cursos do País destinado a formar Técnico de Protecção Civil (que vai existir também em Leiria).

“A Protecção Civil é um tema de grande actualidade em todo o mundo. Este é um curso muito importante e com grandes saídas profissionais, porque faltam técnicos nas autarquias e no próprio sistema nacional de Protecção Civil”, realçou, explicando à Lusa que o número de vagas ainda não está definido.

 

 

 

ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO DO IPCB

A imagem e a publicidade

Liliana Rodrigues, executiva de contas – sénior na BBZ, uma das maiores empresas de publicidade e marketing do País, abriu da melhor maneira as jornadas de Publicidade & Imagem da Escola Superior de Gestão do IPCB, em Idanha-a-Nova. Segundo aquela responsável o mercado está cada vez mais exigente, e a publicidade deve ser vista como um prolongamento do programa de marketing das empresas.

Perante um auditório cheio, Liliana Rodrigues apresentou as estratégias que estão por detrás de uma acção de marketing. Assim e recorrendo às novas tecnologias, a executiva de contas da BBZ apresentou quatro clientes, cada um com o seu estilo de campanha. Com um mercado cada vez mais exigente nas áreas do marketing e da imagem, as empresas que operam nessa área terão que conhecer muito bem o meio em que se movimentam. Essa é pelo menos a opinião de Liliana Rodrigues. “Para respondermos de forma positiva às exigências dos nossos clientes temos que conhecer muito bem o mercado, temos que estudar, saber as perspectivas do mercado e as necessidades dos clientes e dos consumidores finais”, começa por lembrar.

Em declarações ao Ensino Magazine, momentos antes do início das jornadas, aquela responsável frisou a importância “das pessoas perceberem que uma agência de publicidade não se deve limitar a fazer campanhas de publicidade, deve isso sim, ser uma extensão do gabinete de marketing de uma empresa. E quando surge essa extensão, conseguem-se fazer campanhas que beneficiem a totalidade da empresa e não apenas a vertente da publicidade”.

Para Liliana Rodrigues, aquilo que se verifica é que as empresas, de “uma forma geral, estão preparadas para seguirem aquele caminho. O investimento em marketing, nos últimos anos, tem sido muito grande e a BBZ tem notado uma grande evolução nesta matéria. Ou seja, as empresas já têm departamentos de marketing compostos por profissionais preparados, que sabem as mais valias que podem receber de uma agência”.

E se as empresas se têm preparado nesta área, as suas exigências para com as agências também aumentaram. “Hoje há muito mais conhecimento e informação, pelo que as exigências têm aumentado todos os anos. Os clientes das agências são mais exigentes e o consumidor final também. Actualmente não há os segredos do negócio perfeitamente guardados. Todas as empresas têm concorrentes, pelo menos a sua maioria, e sabem que qualquer acção que coloquem no mercado pode ser imitada por um concorrente, pelo que o poder de reacção tem que ser mais rápida e os profissionais devem estar preparados para isso”, assegura Liliana Rodrigues.

DIFERENÇA. As primeiras Jornadas de Publicidade & Imagem da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco, realizadas nos passados dias 1 e 2 de Junho, pretenderam marcar a posição da ESG numa nova área de formação, como é o caso do Marketing, que a par da licenciatura de Recursos Humanos, é uma das recentes ofertas formativas daquele estabelecimento de ensino.

Para o director da instituição, João Ruivo, as jornadas demonstram que a escola está atenta à “formação dos seus alunos. Queremos que a nossa formação inicial não esteja distante do mercado de trabalho”. Nesse sentido, diz, “este encontro entre profissionais de empresas reconhecidas a nível nacional e os nossos alunos, docentes e empresários é fundamental”. 

Na sessão de abertura, João Ruivo recordou outras iniciativas promovidas pela escola ao longo do ano escolar que agora está a terminar. “Encerrámos a segunda edição da Simulação em Gestão, promovemos as jornadas de Gestão da Informação, lançámos mais um número da revista científica Gestin, criámos o novo regime de tutorias e está em desenvolvimento, com a Câmara de Idanha-a-Nova, o centro incubador de empresas”. Iniciativas, que segundo o director da ESG demonstram o dinamismo da escola e a sua ligação à comunidade envolvente.

Álvaro Rocha, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova mostrou-se satisfeito pela realização das jornadas, mas sublinhou o papel importante que a Escola Superior de Gestão tem tido no desenvolvimento do concelho. De resto, o forte intercâmbio entre a autarquia da Idanha-a-Nova e a Escola Superior de Gestão também foi sublinhada pelo director da ESG e pelo presidente do Instituto Politécnico. “A parceria entre a Câmara e a Escola tem sido exemplar”, justificou Valter Lemos.

Para o presidente do Politécnico a realização das jornadas demonstram a dinâmica da escola. “Uma escola que ainda está no caminho de atingir a sua plenitude de intervenção. Ou seja, vai continuar a crescer. E o facto de ser a escolha de muitos alunos demonstra que está no caminho certo”. Valter Lemos sublinhou ainda a possível aprovação do novo curso da escola, na área da Solicitadoria. Uma aprovação que deverá acontecer a curto prazo e que abrirá mais uma área formativa na escola.

 

 

 

VI FITUIN EM IDANHA-A-NOVA

Grande festival

A VI edição do Festival de Tunas de Idanha-a-Nova, realizado no Centro Cultural raiano, ultrapassou as expectativas. Essa é pelo menos a opinião da organização, a cargo da Associação de Estudantes da Escola Superior de Gestão. O dia do festival não podia ter corrido melhor principalmente para a tuna Semper Tesus de Beja já que conquistaram cinco prémios: a tuna mais bebedoura, o passe calles, melhor instrumental, melhor pandeireta e 1ª melhor tuna. Os restantes prémios foram para a tuna Camoniana de Lisboa como 2ª melhor tuna e tuna mais público. Melhor Porta-estandarte foi para a tuna do ISMAI da Maia e por último, melhor solista para a tuna espanhola Alfonxo X de Madrid.

De acordo com a organização, “todas as tunas mostraram o seu agrado em participarem neste festival e agradeceram a hospitalidade, que é marca de registo das nossas gentes”.

 

 

 

SIMPÓSIO DE MODA DA ESART

Um espectáculo de grande nível

“A realização de um simpósio é sempre importante, não só porque põe os alunos em contacto com a forma de fazer uma colecção, a montagem de um protótipo, ou seja, com o que se faz no mundo do trabalho, mas também facilita o contacto entre os alunos e quem já tem a experiência do mercado. O desfile foi importante para o público, que teve acesso a este tipo de espectáculos, o que não é frequente em Castelo Branco”.

A opinião é de Luis Buchinho, que faz assim o seu balanço pessoal do simpósio da Moda e do Têxtil, organizado pela Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, o qual se iniciou a 31 de Maio, incluiu várias palestras, exposições e workshops e culminou com um desfile de moda no Parque da Cidade, que terá sido o melhor espectáculo de moda alguma vez realizado em Castelo Branco.

O Parque da Cidade encheu para ver as criações das alunas de 3º e 4º Anos do Curso de Design Moda e Têxtil, mas também dos criadores Luis Buchinho e Alexandra Moura, e das empresas Dielmar, Malhacila (Concreto) e Lousafil (Kispo). “O local escolhido permitiu tirar o maior partido possível do espaço envolvente, além de se ter destacado também a realização plástica do espectáculo, o desenho do dispositivo cénico e a interacção entre os diferentes elementos multimédia”, explica Fernando Raposo, director da escola, e Alexandra Cruchinho, sub-directora da Esart e coordenadora do simpósio.

Aqueles responsáveis destacam ainda o empenho de todos os alunos da escola, quer na preparação e organização do evento, quer no decurso das diferentes actividades, adiantando que “esta é a forma de envolver os alunos, fornecendo-lhes ferramentas importantes em termos pedagógicos e da sua formação pessoal. É ainda importante porque fomenta o trabalho cooperativo, que é fundamental”.

A verdade é que os alunos se envolveram a fundo. Os de Design Moda e Têxtil conceberam os seus modelos desde a criação à confecção, a combinação de adereços e, por vezes, até chegam a produzir alguns adereços. Os alunos de Artes da Imagem trabalharam ao nível da multimédia e do audiovisual. Também os alunos de música e de Design de Interiores procuraram elevar o nível do espectáculo que mostrou à comunidade o que de melhor se faz na escola.

Os docentes também se mobilizaram “além do seu trabalho regular, o que resulta de serem jovens, flexíveis e terem uma perspectiva aberta da formação a qual assenta numa relação permanente entre a escola, as empresas e a comunidade”, adiantam. De caminho, destacam as colaborações de Cristina Almeida, Margarida Fernandes, Brígida Ribeiro, José Manuel Castanheira, Pedro Silva, Álvaro Luna, Carlos Reis, Isabel Marcos, Daniel Raposo, José Silva, João Vasco e Tiago Marques.

Além do trabalho de alunos e docentes, o simpósio contou com a colaboração de empresas da região, como a M. Carmona, que ofereceu os tecidos para os trabalhos dos alunos, ou as Galerias Preto, que cederam o calçado para todos os modelos do desfile. Os modelos chegaram de empresas nacionais, enquanto outros apoios locais tornaram o desfile realidade, casos das câmaras de Castelo Branco e Idanha, da Junta de Castelo Branco, Caixa Geral de Depósitos, Naturtejo e Polis.

 


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