MESTRADO EM SOCIOLOGIA
Recursos humanos e
desenvolvimento
O Departamento de Sociologia da Universidade de Évora vai lançar, este ano lectivo, a 10.ª Edição do Mestrado em Sociologia. Procurado por licenciados de todo o país, o Mestrado em Sociologia tem, ao longo dos anos, vindo a satisfazer as necessidades de todos aqueles que querem aprofundar os seus conhecimentos nesta área. No ano lectivo de 2004/2005 será oferecida a área de especialização de “Recursos Humanos e Desenvolvimento Sustentável”. O Curso contará com a presença de professores da Universidade de Évora e de outras universidades portuguesas e estrangeiras.
Os seus principais objectivos são: fomentar a actualização científica; aumentar a capacidade profissional; melhorar a qualidade do ensino; aprofundar o conhecimento das sociedades portuguesa e europeia e capacitar para o desenvolvimento.
As candidaturas estão abertas até ao dia 30 de Setembro e as aulas terão início no mês de Novembro com sessões lectivas à Sexta-feira (tarde) e Sábados.
Noémi Marujo
VEIGA SIMÃO NA UBI
Mapa discutido na
Covilhã
O estado actual do Ensino Superior, no que respeita à diminuição de alunos e aumento de vagas, foi o mote para a última reunião do Senado e do Conselho Científico da UBI. Veiga Simão, ex-ministro da Educação e da Indústria e membro destes dois órgãos trouxe à UBI as suas principais ideias sobre o estado do Superior em Portugal.
Numa atitude de recolher opiniões e propostas, o autor do livro “Ensino Superior: Uma visão para a próxima década” adianta que o objectivo deste estudo será o de “criar uma nova estratégia para a relação entre as diferentes instituições”.
Embora seja de opinião que o Ensino Superior está a viver “numa floresta de leis contraditórias”, e que nem sempre a convivência e a parceria entre as unidades de investigação “tem sido a mais salutar”, Veiga Simão espera encontrar soluções para o problema. A discussão e análise entre os diversos membros do Senado e do Conselho Científico, “vai servir para enriquecer este trabalho”, vaticina o professor.
Será já no próximo mês de Setembro que Veiga Simão espera ter publicado este estudo. A obra debruça-se essencialmente sobre a “rede de universidades que existe no nosso País”. Rede essa que pode ser vista como um mapa, no qual estão presentes os estabelecimentos que leccionam cursos superiores.
No caso português, os últimos anos têm vindo a apontar para um crescendo de escolas e diminuição de alunos. Outro dos pontos que pode estar na origem de um funcionamento menos correcto do Ensino Superior “é o facto de não existir uma política de aproveitamento de saberes”. Veiga Simão refere-se à “forma anárquica como são criadas instituições, sem que se tenha em conta uma verdadeira fundamentação para o surgimento das mesmas.
DIVERSIFICAÇÃO. Com a aproximação do Tratado de Bolonha, a optimização da rede de Ensino Superior “tem de ser uma realidade”. Daí que Veiga Simão esteja confiante no futuro. A implementação de novos e mais fortes contactos entre os diferentes estabelecimentos de ensino “tem de ser tornar uma realidade”. Contudo, esta ligação “em rede” das universidades tem de levar em conta a diversificação e diferenciação curricular. Os vários saberes, muitos deles instituídos em áreas de conhecimento específicas, “têm de ser partilhados”, sublinha.
Outro dos pontos que foram abordados pelos presentes e também discutido por Veiga Simão, prende-se com a criação de Universidades em quase todas as capitais de distrito. O caso de Viseu, mais recente, foi também abordado nesta reunião de trabalho. Para o autor de “Modernização do Ensino Superior, da ruptura à excelência”, a política de abertura destas unidades “não pode ser determinada pelo instantâneo do momento, tem de ser feito todo um levantamento de factores que apontem o desempenho, a qualidade das unidades e do corpo científico, bem como a comparação com estabelecimentos que possam já existir». Veiga Simão alerta também para o facto de se estar a passar para a sociedade civil o conceito de que o ensino politécnico tem menos valor que o universitário. Esta questão, “com contornos políticos”, tem gerado alguns dissabores no mapa universitário português.
Eduardo Alves
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