EST DE CASTELO BRANCO
Academia Cisco já
mexe

A Escola Superior de Tecnologia do Politécnico de Castelo Branco acaba de apresentar a Academia Regional Cisco, a primeira do género a criar no Interior do País, através da qual serão criadas várias academias locais onde alunos, ex-alunos da escola, o cidadão comum e profissionais de empresas poderão adquirir formação em várias áreas da informática, formação essa que é certificada mundialmente, não apenas em termos académicos, mas também profissionais.
O projecto já está em funcionamento na EST há algum tempo, mas foi formalmente apresentado a 30 de Junho numa cerimónia em que esteve o representante da Cisco, Paulo Malta, o presidente do Politécnico, Valter Lemos, o director da EST, Armando Ramalho, representantes das Câmaras de Castelo Branco e Idanha, Jorge Neves e Joaquim Soares, bem como os elementos da comissão fundadora, Carlos Alves, Osvaldo Santos e Hugo Marques.
De acordo com Carlos Alves, que é também sub-director da EST, este projecto poderia ter avançado há cerca de dois anos, com uma academia local, mas a direcção, o conselho científico e os departamentos da escola sempre fizeram força para que a academia a sediar na EST fosse de cariz regional, com mais autonomia, pois pode formar formadores para as academias locais, além de criar a rede dessas academias, a qual está a crescer.
Para já existem três academias locais na EST, designadamente nos departamentos de Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações, Engenharia Informática e no de Engenharia Informática e das Tecnologias de Informação. Depois surge uma academia externa na Escola Profissional da Raia, em Idanha-a-Nova, e estão mais duas em negociações, sendo uma na zona da Sertã e outra na zona de Lisboa.
ACADEMIAS. Os formadores destas academias estão agora a ser formados, sendo para oito, à razão de dois por academia local formalmente constituída. Depois ficarão aptos a dar formação, a qual tem uma componente teórica e uma componente prática (140 horas em quatro módulos), que para já incide na segurança de redes, na instalação e configuração de switchs e routers em redes multiprotocolo (WAN e LAN), o que deve ser feito com segurança, performance e capacidade de detecção e resolução de problemas.
Mais tarde poderá ser ministrada formação em áreas como CCNA, CCNP, voice and data cabling, unix, java e wireless. Para já os cursos também serão ministrados a preços mais acessíveis para quem esteja associado à escola ou ao Politécnico. Para os alunos, um curso custa 200 euros, os ex-alunos pagam 600, enquanto funcionários de empresas ou outros pagarão 1620 euros. Há ainda a possibilidade de frequentar apenas um ou mais módulos.
Os responsáveis da EST estão ainda a negociar a possibilidade do exame final do curso, que em Portugal apenas só pode ser feito em Lisboa, possa vir a ser realizado em Castelo Branco, o que ainda não é certo. Porém, já está garantida a possibilidade de realizar aqui uma formação à semelhança do que acontece em 10 mil academias em 152 países de todo o mundo, nas quais já estudaram 440 mil alunos. Em Portugal existem nove academias regionais e 26 locais.
Esta formação reveste-se ainda de uma importância acrescida, pois, de acordo com o director e sub-director da EST, respectivamente Armando Ramalho e Carlos Alves, “tendo acesso à formação da Academia e concluindo-a com êxito, os formandos podem encontrar emprego em qualquer parte do mundo. E, só em termos europeus, estima-se que sejam necessários cerca de 65 mil técnicos de redes de computadores”.
SUPERIOR DE SAÚDE DE
CASTELO BRANCO
Aulas alargam à EST

A Escola Superior de Saúde do Politécnico de Castelo Branco vai iniciar próximo ano lectivo com duas novas licenciaturas juntando às três já existentes (Análises Clínicas e de Saúde Pública, Enfermagem e Fisioterapia), os novos cursos de Radiologia e de Cardiopneumologia, cursos anteriormente propostos, mas só agora aprovados, uma vez que antes não estavam reunidas as condições necessárias ao seu funcionamento, como explica o director da instituição, Carlos
Maia.
“Quando falo em falta de condições refiro-me obviamente a um problema sobejamente conhecido de todos, que é a falta de instalações. No próximo ano existe a possibilidade de, caso seja necessário, podermos vir a ocupar uma ou duas salas da Escola Superior de Tecnologia. Após termos obtido essa garantia, avançámos com as propostas dos cursos, uma vez que consideramos existirem condições para o normal funcionamento de todos os cursos da
ESALD”.
Apesar de falar assim, aquele responsável entende que esta “não será a situação desejável”, uma vez que a escola ficará a funcionar em três espaços diferentes, o que levanta dificuldades pedagógicas e de gestão. No entanto, o director admite que o crescimento das instituições “obriga, por vezes, a fases de menor estabilidade”, embora deixe claro que “na eventualidade de alguma turma ter de sair das instalações actuais, não serão os cursos novos a fazê-lo, por motivos óbvios”.
Todas essas hipóteses estão neste momento a ser equacionadas e preparadas, pelo que Carlos Maia espera que o ano decorra dentro da normalidade. “A deslocação dos docentes do curso de enfermagem não constituirá uma novidade, é uma prática antiga. Acompanham diariamente os alunos dos anos iniciais em estágio, independentemente das localidades onde os estágios se realizam. Portanto, nesse aspecto, não haverá seguramente qualquer tipo de problema”.
ESPECIALIZAÇÃO. No próximo ano lectivo vai ainda funcionar na Superior de Saúde o curso de pós-licenciatura de especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia, uma área de especialização em enfermagem. “É uma área em que existe uma elevadíssima carência de profissionais especializados não só a nível regional como a nível nacional, e em que a ESALD já possui alguma experiência, uma vez que já leccionou esta especialização no ano lectivo 1996/97”, adianta aquele responsável.
O curso, destinado a licenciados em enfermagem com pelo menos dois anos de exercício profissional, abrirá em Outubro de 2004, com o objectivo de contribuir para suprir a enorme carência de profissionais especializados na área.
Finalmente, no próximo ano lectivo, a escola inicia uma pós-graduação em Gestão em Saúde, em parceria com a Escola Superior de Gestão do Politécnico de Castelo Branco. O curso, que terá início também em Outubro de 2004, destina-se a licenciados nas áreas da saúde, economia, gestão e outros licenciados que desempenhem funções no sector da saúde e tem como principal objectivo dotar os formandos de competências que lhes permitam responder de forma adequada aos novos desafios decorrentes da aplicação das novas leis de gestão das instituições de saúde.
BALANÇO. Em jeito de balanço, o director da Superior de Saúde refere que “no ano lectivo que agora finda (2003/2004) a ESALD, que completou este ano 56 anos de existência, coloca no mercado de trabalho 100 novos diplomados, designadamente 55 enfermeiros, 23 fisioterapeutas e 22 técnicos de análises clínicas e de saúde pública.
Algo que justifica, em sua opinião, as anunciadas novas instalações, cujo processo está a decorrer dentro do previsto. “As instalações que ocupamos actualmente são alugadas, provisórias e claramente insuficientes, levantando problemas a vários níveis”, adianta, embora considere que os problemas têm sido ultrapassados, dada “a compreensão dos funcionários docentes e não docentes e dos estudantes da ESALD, que mesmo em condições de conforto e bem-estar deficientes têm sido inexcedíveis na prossecução dos objectivos pretendidos”.
Algo que pode mudar em breve, uma vez que algumas etapas inerentes ao processo de construção das novas instalações já foram cumpridas, como a publicação da abertura de concurso para as infra-estruturas assim como a cedência dos terrenos por parte da Câmara Municipal, pelo que “todos esperamos ver a obra concluída o mais rapidamente possível, de modo a que nos possamos instalar definitivamente e aspirar a outros desafios”.
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