ASSOCIAÇÃO DE MARIA
JOÃO PIRES EM CASTELO BRANCO
Belgais faz
programação cultural

A Câmara de Castelo Branco e a Associação Belgais vão assinar um protocolo de cooperação, onde o Centro Artístico de Maria João Pires assume um papel chave no que respeita à gestão, divulgação e programação das actividades culturais a realizar no concelho. De acordo com o presidente da Câmara, o protocolo vai permitir prolongar algumas das actividades realizadas em Belgais para outros palcos da cidade. O acordo permitirá ainda que se obtenham fundos comunitários, através de um projecto que aquela associação se candidatou e no qual a autarquia é parceira.
“A ideia é que os concertos não se façam só em Belgais mas também na cidade e em Alcains”, começa por referir Joaquim Morão. De qualquer modo, o presidente da Câmara esclarece que o Cine Teatro e os espaços culturais da autarquia ficarão sob a gestão da Câmara. “Iremos ter nesses espaços todos os espectáculos programados por Belgais, e todos os outros que a cidade também promove. Por exemplo se a programação de Belgais ocupar os espaços dois ou quatro dias por mês, nós teremos todos os outros para desenvolver as restantes actividades”.
Joaquim Morão esclarece que, deste modo, “se aproveitam recursos, o prestígio de uma das maiores pianistas do mundo e a experiência que Belgais tem nesta área. Ao mesmo tempo conseguimos financiamento de fundos comunitários para essas actividades culturais, ao abrigo do Interreg”. O acordo entre as duas partes está agora a ser discutido e dentro em breve vai ser assinado.
SATISFAÇÃO. De acordo com Joana Pires, da Associação Belgais, “esta é uma ideia que já vinha sendo discutida há algum tempo, e que agora o presidente da Câmara quis implementar”. Aquela responsável lembra também que “este tipo de actividades já está a ser feito em Idanha-a-Nova”.
No entender de Joana Pires, Castelo Branco vai ganhar uma outra notoriedade na área cultural. “O Centro de Belgais já é conhecido internacionalmente, e através deste protocolo Castelo Branco ganha uma nova possibilidade de se afirmar nesta área. Nós temos muitos projectos e acções que agora poderemos desenvolver”. O acordo deverá ser assinado brevemente, e durante esta semana foram feitas reuniões para ultimar os pormenores.
Segundo apurámos, o Cine Teatro Avenida, com uma sala com capacidade para 700 espectadores, é um dos locais onde a intervenção daquela Associação será mais notória. É que desde o fim do programa de difusão de artes do espectáculo, da responsabilidade do IPAE, que a programação cultural do Cine-Teatro Avenida tem sido feita de forma descontínua. Outra sala que poderá ser utilizada pela Associação de Maria João Pires é a Casa da Cultura, a inaugurar em Alcains, o mesmo sucederá com o Centro de Cultura Contemporânea, que está a ser construído no centro cívico de Castelo Branco. “Connosco as pessoas podem esperar mais acção cultural”, diz Joana Pires, para quem “é importante existir uma estratégia clara. Além disso, todas as áreas da cultura serão abrangidas, pois não é nossa intenção promover uma cultura elitista na Região”.
Para Joana Pires, outra das mais valias deste protocolo, passa pela “coordenação que existirá na programação das agendas culturais. Não tem sentido realizarem-se acções no mesmo dia e à mesma hora”. Joana Pires salienta ainda o facto de Centro “pretender trabalhar com todos os agentes culturais”. Internamente, aquela responsável sublinha que a realização deste protocolo não vai interferir com o funcionamento do próprio Centro.
CONCURSO LANÇADO EM
CASTELO BRANCO
Desafio à iniciativa
O Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de lançar um desafio a todos os seus estudantes, propondo-lhes a participação num concurso de projectos de vocação empresarial. O primeiro prémio vale cinco mil euros.
De acordo com Valter Lemos, presidente do IPCB, o concurso “visa potenciar as iniciativas empreendedoras e empresariais dos estudantes do Politécnico e, ao mesmo tempo, estimular os jovens a ousar empreender e a assumir uma cultura assente na valorização da iniciativa, do controlo do risco e da concretização de projectos próprios, promovendo o desenvolvimento regional”.
Na prática o concurso pretende premiar o empreendorismo dos estudantes do Politécnico, do qual poderá resultar a criação de empresas. “Os estudantes podem agrupar-se em equipas e poderão ter a colaboração de docentes na elaboração dos projectos” justifica Valter Lemos, que tem como parceiros na iniciativa a Câmara de Castelo Branco, o Nercab e o
Iapmei.
Segundo o regulamento do concurso, a que tivemos acesso, os projectos obedecem a determinados requisitos. Assim, devem ser originais, sólidos e bem argumentados, devendo ser tão viáveis como para darem origem a uma realidade empresarial promovida pelos participantes. Cada equipa só poderá apresentar um único projecto empresarial, e este terá um limite máximo de 20 folhas escritas (incluindo anexos, planos ou gráficos).
As inscrições apresentadas podem ser feitas individualmente ou em grupo e deverão ter um aluno responsável. O prazo de candidatura inicia-se a 19 de Abril e terminará a 30 de Abril, e os projectos podem ser entregues no Instituto Politécnico até 31 de Maio.
Os participantes no concurso habilitam-se a conquistar um dos três prémios monetários, a saber. “A Câmara de Castelo Branco atribuirá cinco mil euros para o grupo ou aluno primeiro classificado, enquanto que o Instituto Politécnico disponibilizou três mil euros para o segundo lugar. Já o Nercab entregará dois mil euros ao terceiro classificado. Estamos a falar de quantias com algum significado, que são uma ajuda para que os projectos escolhidos não se fiquem no papel”, diz Valter Lemos. 
BEJA
Cavaco Silva convidado

Promover a reflexão e o debate sobre os desafios e oportunidades para Portugal decorrentes do Alargamento da União Europeia, constituem os objectivos do 2º Ciclo de Debates subordinado ao tema Oportunidades e Desafios numa Europa Alargada, que o Centro de Documentação Europeia do Instituto Politécnico de Beja se propõe a organizar, e que conta com o apoio financeiro da Comissão Europeia. Um dos nomes sonantes que poderão estar presentes na iniciativa é Cavaco Silva, o antigo Primeiro Ministro, cuja confirmação está a ser aguardada.
A iniciativa teve início a 22 de Janeiro de 2004. O 1º Debate moderado pelo presidente do NERBE - AEBAL, Luís Serrano, abordou o tema Competitividade, Concorrência e Inovação, tendo como Oradores Jorge Rocha de Matos, Presidente da Associação Industrial Portuguesa e Fernando Gonçalves, Economista e Docente do Instituto Superior de Economia e Gestão. Estiveram presentes várias dezenas de pessoas que puderam contactar com um ambiente de reflexão global sobre o futuro da Europa e sobre os desafios e oportunidades para Portugal decorrentes do Alargamento da União Europeia. O ciclo irá continuar, estando já agendados novos debates para os dias 26 de Fevereiro e 4 de Março. 
LEIRIA
Ferro visita
Politécnico
O secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, considera que “o país está parado”, após verificar que os projectos da pousada na Fortaleza de Peniche e das novas instalações da Escola Superior do Mar não estão assegurados pelo Governo.
“Nesta zona, o turismo e o ensino de alta qualidade são alternativas fundamentais e, infelizmente, o que se verifica é que Peniche e o país estão parados. O que o PS está a fazer é a chamar a atenção do país para a gravidade do que se está a passar”, afirmou Ferro Rodrigues, após uma visita à Fortaleza e à escola do Mar.
Referindo-se à Escola Superior de Tecnologia do Mar, Ferro Rodrigues considerou que, neste caso, “parar significa andar para trás, porque o que o Governo fez foi não tomar nenhuma decisão”.
“Nos Governos anteriores (PS) houve investimentos na melhoria das condições e com verbas cabimentadas e que agora foram retiradas”, disse. Ferro Rodrigues aludia à deslocação, esta semana, do secretário de Estado adjunto do Ministro da Ciência e do Ensino Superior, Jorge Moreira da Silva, à escola do Mar, onde aquele membro do Governo afirmou que a construção de instalações definitivas para aquele estabelecimento “pressupõe uma abordagem mais vasta e que tem a ver com a rede nacional do ensino superior”.
Os 700 alunos da escola do Mar - que frequentam os cursos de Biologia Marinha e Biotecnologia, Gestão Turística e Hoteleira, Turismo e Mar e Engenharia Biológica e Alimentar - têm aulas em pavilhões pré-fabricados e em instalações que não foram construídas para o ensino.
Se não forem iniciadas obras para a construção de instalações definitivas, a escola poderá ter que encerrar dentro de dois anos lectivos, por não se poderem abrir novas inscrições.
Durante a visita, o presidente do Instituto Politécnico de Leiria (IPL, ao qual pertence a escola do Mar), Luciano Almeida, disse que “existem quatro estudos que apontam para a necessidade da escola na região, mas as instalações acabam por não cativar os alunos e cerca de um terço desistem e optam por outras alternativas”.
A direcção do IPL mostrou ainda a Ferro Rodrigues o projecto das novas instalações a construir num terreno já cedido pela autarquia local, mas a que ainda falta garantir a verba necessária para a sua execução. 
ELEIÇÕES NO
POLITÉCNICO DA GUARDA
Processo arranca
O presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Jorge Mendes, acaba de reabrir o processo eleitoral para aquele cargo, dois meses após o ter suspendido alegando a existência de um processo no Tribunal Administrativo de Coimbra
(TAC).
Esse processo é referente às eleições para a representação dos alunos na Assembleia de Representantes (AR) da Escola Superior de Educação (ESE). Recorde-se que às eleições, realizadas em 11 de Dezembro, apresentaram-se duas listas, uma das quais acabou por não ser aceite pela Mesa Eleitoral por alegada entrega tardia.
A lista ganhadora acabou por renunciar, “ao ter-se apercebido que o presidente do IPG não iria homologar o acto, dado o recurso para o TAC da lista excluída”, disse à agência Lusa fonte do Politécnico, instituição de ensino superior frequentada por cerca de 4.000 alunos.
Sentindo-se prejudicados, os componentes da lista recusada solicitaram junto do TAC a “suspensão da eficácia” da rejeição da candidatura, tendo então Jorge Mendes decidido suspender o acto eleitoral para presidente do IPG previsto para 19 de Janeiro, até que houvesse “condições para constituir a Assembleia Geral do IPG, assim que esteja constituída a AR da Escola Superior de Educação (ESE) e fixar novo calendário eleitoral”.
Por sentença de 3 de Fevereiro, o TAC considerou que “atenta a renúncia da única lista admitida, o Director da Escola Superior de Educação da Guarda decidiu desencadear novo acto eleitoral”, pelo que “deste modo, inexiste razão para o prosseguimento” dos autos.
A decisão do presidente do IPG (que terminou o mandato em 22 de Janeiro, mantendo-se em funções) em suspender o primeiro processo eleitoral, foi contestada pelo Director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), Constantino Rei, que entendeu que Jorge Mendes “cometeu um erro ao suspender o processo eleitoral, na medida em que não tendo sido homologado o processo eleitoral na ESE, se mantinham em funções os alunos do mandato anterior”.
Constantino Rei chegou mesmo a requerer ao presidente do IPG e com conhecimento à ministra da Ciência e Ensino Superior, a “reabertura imediata do processo eleitoral” para aquele cargo, além de contestar a decisão de Jorge Mendes em suspender as eleições previstas para 19 de Janeiro, considerando que “a Assembleia de Representantes da ESE estava constituída, estando apenas a decorrer uma eleição parcial para substituição dos representantes dos alunos”.
Também o director da ESE, Joaquim Brigas, em fins de Janeiro, pediu parecer à ministra da Ciência e Ensino Superior e ao director-geral do Ensino Superior sobre “a legalidade de procedimentos” que estavam a ser seguidos no processo de eleição para Presidente do IPG, sendo de opinião que “teria sido mais correcto incluir na Assembleia os alunos empossados, por forma a salvaguardar o interesse público da escola “ enquanto não ocorresse a sua substituição.
Em 19 de Janeiro, a ESE remeteu ao presidente do IPG o processo eleitoral dos representantes dos alunos, realizado em 14 de Janeiro, para homologação, o que ocorreu recentemente. Assim, as eleições para o cargo de presidente do IPG realizam-se em 19 de Março. 
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