Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VII    Nº72    Fevereiro 2004

Geral

MINISTRA DÁ LUZ VERDE

Faculdade adjudicada

A ministra da Ciência e Ensino Superior anunciou, no passado dia 21 deste mês, que autorizou a adjudicação das novas instalações da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade da Beira Interior (UBI), um investimento superior a 15 milhões de euros.

Actualmente, a Faculdade de Ciências da Saúde da Covilhã, que acolhe o curso de Medicina, está sedeada nos edifícios do Pólo I da UBI, no centro da cidade, mas o seu crescimento está dependente das novas instalações.

O anúncio de Maria da Graça Carvalho foi feito na Covilhã, durante a cerimónia de tomada de posse do reitor da UBI, Manuel Santos Silva. Segundo a ministra, um dos grandes desafios desta universidade para os próximos anos “é a concretização da FCS através de um ensino e uma investigação de excelência, a par de um aumento de vagas em medicina”.

“É para que esse sonho se torne rapidamente em realidade, que posso anunciar a autorização de adjudicação das obras das novas instalações da FCS, num investimento superior a 15 milhões e meio de euros”, afirmou.

“Tal como prevíamos até ao princípio de Abril devemos começar a obra, para que em Outubro de 2005 possamos dispor dos novos edifícios e caminhar no sentido das 100 vagas em Medicina”, disse, por seu lado, o reitor da UBI.

A construção do novo “campus” da UBI, designado de Pólo III, vai ocupar uma área de 16 mil metros quadrados.

A faculdade ficará localizada junto ao Hospital Pêro da Covilhã e o projecto de construção prevê ligações ao edifício desta unidade de saúde.

REITOR. A presença de Graça Carvalho na Universidade da Beira Interior serviu para empossar o reitor daquela instituição em mais um mandato. Quando foi eleito, Santos Silva deu como prioridade a construção do edifício da Faculdade de Ciências da Saúde, pelo que a notícia vinda de Lisboa não poderia ter sido melhor. Na entrevista dada ao nosso jornal, na edição de Dezembro, recordava que apesar da prioridade ir sempre para os meios humanos, sejam professores, alunos ou funcionários”, as infra-estruturas são fundamentais. Santos Silva falou ainda na qualidade da biblioteca, no edifício das engenharias e nas instalações provisórias da Medicina. E embora compreenda a situação económica do país, não esquece as necessidades da instituição.

Em breve estará pronta a residência Pedro Álvares Cabral, com capacidade para 335 camas, entre quartos simples e duplos. Se a solução passar por quartos triplos, a capacidade cresce para mais de 400 camas, mas os quartos duplos são a aposta, pelo menos nos primeiros tempos, garante Santos Silva.

Junto à nova residência funciona o edifício das ciências humanas, “o qual, embora seja qualitativamente bom, está sobrelotado, existindo uma média de 0,8 metros quadrados por aluno”, pelo que continua a ser necessário o edifício imediatamente em frente ao actual, já adquirido pela UBI, com projecto final elaborado e candidatado ao Prodep.

Enquanto não avança, a primeira necessidade será a da construção de uma unidade alimentar nas imediações. “Este ano restruturámos o snack-bar, mas estão ali cerca de dois mil alunos, podendo crescer até 2005, pelo que esperamos conseguir o apoio para construir a unidade alimentar, já candidatada ao Prodep”. Algo que poderia servir de rampa para desenvolver um sistema de catering na universidade, centralizando as cozinhas, melhorando a qualidade e reduzindo custos.

PANASQUEIRA. O reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), Manuel Santos Silva, anunciou ainda a disponibilidade da instituição para investigar novas aplicações do metal (tungsténio) proveniente das Minas da Panasqueira.

 

 

CASTELO BRANCO

Alunos da ESE na Europa

A Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação de Castelo Branco decidiu apoiar, com uma bolsa simbólica de 100 euros, os 13 alunos da instituição que acabam de viajar para instituições de ensino superior da Bélgica, França e Espanha, onde vão realizar o segundo semestre do presente ano lectivo.

“O dinheiro da Associação destina-se a apoiar actividades desportivas, recreativas e culturais, o que vai acontecer. É certo que as pessoas que nos alertaram para a hipótese de ajudar, não nos fizeram chegar qualquer verba nesse sentido. Mas decidimos ajudar todos da mesma forma”, afirma o presidente da Associação, Márcio Ferreira.

Também a coordenadora dos programas de mobilidade estudantil na ESE, Natividade Pires, está satisfeita com o facto “da Associação ter considerado que este apoio era um investimento”, enquanto adianta que este ano a escola alargou as possibilidades de intercâmbio de alunos, nomeadamente com universidades francesas e espanholas, bem como com uma italiana”.

Natividade Pires solicitou à direcção da ESE um apoio para os alunos que agora partiram, o que foi garantido e, de acordo com o director, José Pires, deverá concretizar-se nos próximos meses. Continua assim uma experiência que aquele responsável valoriza numa dupla vertente, a dos contactos que possibilita em termos de escola e os efeitos que tem ao nível da formação que ocorre interna e externamente.

O director considera ainda que “a formação ministrada na escola tem-se revelado tão boa se não melhor do que a das escolas com que temos protocolos, pelo que os resultados têm sido gratificantes”. Mais gratificante terá sido o gesto da Associação: “Este apoio não é caridade, mas sim solidariedade, compreensão, uma lição de cidadania. Nem que fosse um apoio de um euro a cada aluno já era um gesto extraordinário”.

Os alunos que partem são Maria Madalena Liberato e Carina Nunes (Universidade de Barcelona), Lara Machado e Sónia Morais (Universidade de Sud Lorient - França), Sara Silva, Sara Freire, Helena Rosalino e Stephanye Serra (Universidade de Mons - Bélgica), Hervé Silva (Universidade de Nantes - França), José Alves e Fernando Portela (Universidade Autónoma de Barcelona), Maria da Conceição Ferreira e Susana Alves (Escola de Palência da Universidade de Valladolid)
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BIBLIOTECA DE CASTELO BRANCO

Sessão de Leitura

Uma sessão de Leitura de Contos de autores espanhóis decorreu na Biblioteca Municipal Dr. Jaime Lopes Dias, em Castelo Branco. José Maria Martins organizou e Carla Bento, Elsa Ligeiro, Joana Pires, Joaquim Martins e Ilda Lopes leram contos dos escritores, Manuel Rivas, Rosa Monteiro, Camilo José Cela e Espido Freire.

A sessão de leitura integrou o INTERREG III - Espaços de Excelência Transfronteiriços - que surge ao abrigo do Programa Europeu de Desenvolvimento e engloba Portugal e Espanha em projectos culturais. No lado espanhol está envolvida a Fundação German Sanches Ruiperez e do lado português a Associação Belgais e a Câmara Municipal de Castelo Branco, através da Biblioteca Municipal Dr. Jaime Lopes Dias.

 

 

 

ENGENHARIA ELECTRÓNICA DA ESTCB EM GRANDE

O povo precisa, a Est cria

Os pivots usados para regar grandes superfícies agrícolas, como as que existem na Campina da Idanha, são um bom meio, mas por vezes entopem, pelo que quem está responsável pela regas tem de se deslocar ao terreno com alguma frequência para resolver eventuais problemas. Um trabalho que poderá ser evitado depois de um grupo de alunos do Curso de Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações estar a desenvolver um trabalho que permite a monitorização à distância, ou seja, o produtor agrícola consegue saber em casa se o pivot está a funcionar bem ou se há algum problema.

Este é apenas um caso entre muitos em que alunos e professores da Escola Superior de Tecnologia têm prestado um apoio importante à comunidade. Algo que Aline Baião, presidente do Departamento de Engenharia Electrotécnica da EST, considera fundamental, e que deve continuar a acontecer. Uma opinião partilhada pelo anterior presidente do Departamento, Paulo Marques, pois “é importante que empresários, alunos e professores se sentem à mesma mesa para que os primeiros saibam o que podemos fazer, sugerindo possíveis projectos”.

É que a maioria dos professores da Escola e muitos dos alunos não são da região, pelo que o contacto tem de ser potenciado, em lugar de ser esporádico. Nesse sentido, este ano o Departamento organizou um seminário no passado mês de Novembro, onde alunos e professores apresentaram projectos em curso, um deles relativo ao UMTS, ou seja, os telemóveis de terceira geração, uma iniciativa aberta à comunidade e que decorreu em parceria com a Optimus, cujos responsáveis explicaram como estão a preparar a entrada em funcionamento da nova tecnologia.

Já no dia 18 de Fevereiro decorreu um workshop em que actuais e ex-alunos apresentaram projectos de investigação a par de alguns professores, que estão neste momento a desenvolver projectos no âmbito de cursos de mestrado e de doutoramento. Já nos dias 30 e 31 de Março decorre a quinta edição das Jornadas de Engenharia Electrotécnica, no decorrer da qual as empresas se deslocam à escola para ficarem a conhecer o trabalho desenvolvido e as potencialidades daquele Departamento.

NERCAB. Em estudo está ainda uma parceria com o Nercab, para que se realize uma iniciativa que junte empresários, alunos e professores, com o objectivo de divulgar trabalhos feitos e de recolher ideias para outros. Ganha assim dimensão um trabalho desenvolvido pela EST desde 1996, ano de abertura do Curso e das actuais instalações da escola, o qual tem conseguido um sucesso considerável. “Quando se avalia um curso, é importante ter em conta o número de entradas, mas também as saídas. Os formados em Engenharia Electrotécnica da EST têm um nível de empregabilidade da ordem dos 95 por cento”, garantem.

Algo que os professores justificam com “o grande e próximo acompanhamento feito pelos professores aos alunos, sobretudo aos finalistas”. Os projectos serão outra das vantagens, os quais irão crescer, uma vez que 20 por cento dos docentes estão em doutoramento e poderão depois liderar investigações. Já os restantes docentes têm o grau de mestre, o que possibilitou que as licenciaturas fossem uma realidade, o que deu resultados.

De acordo com aqueles dos responsáveis, há ex-alunos da EST e do Curso a trabalharem em empresas como a TMN, Siemens, Alcatel, Cabovisão, Visabeira, nas OGMA, na Marinha Portuguesa, além dos que ficaram a exercer funções na EST.

O objectivo passa agora por continuar a divulgar esses resultados junto dos alunos do Secundário, de modo a aumentar o número de alunos no curso, o qual não está mal. São cerca de 200 e este ano, em 45 vagas, entraram 35, muitos deles alunos da região e que entraram na primeira ou segunda opção.

 


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