TURISMO E DESENVOLVIMENTO
Aprender com a
prática

No âmbito da disciplina de Planeamento de Eventos e Animação Turística, os alunos do Curso de Turismo e Desenvolvimento participaram numa animação turística promovida pela RUSTITUR, empresa de Planos Turísticos e Recreativos.
Fazer uma ligação das aulas teóricas com a prática foi o principal objectivo desta iniciativa. Os alunos, para além de terem beneficiado de um conjunto de actividades, tiveram a oportunidade de analisar qual deve ser o papel do animador turístico no terreno. Ou seja, através da iniciativa, os alunos puderam verificar que o animador turístico não deve, apenas, programar e executar as actividades de forma a satisfazer as necessidades dos consumidores em lazer. Pois, para além das tarefas técnicas, a animação também exige uma especial atenção às relações humanas, à dinâmica de grupos e à convivência. Implica acima de tudo o desenvolvimento de uma acção coerente e uma motivação contínua capaz de suscitar um autêntico interesse no turista e que estimule a sua participação.
Refira-se que a animação turística não só gera desenvolvimento numa região ou localidade como, também, dá a conhecer através de actividades práticas a identidade cultural dessa mesma região ou localidade em que ela se desenvolve.
Futuramente, o Departamento de Sociologia pretende criar uma proposta com a RUSTITUR para possibilitar aos alunos do curso de Turismo e Desenvolvimento: Um contacto directo e privilegiado com a realidade da animação turística; uma formação prática complementar ao nível da dinâmica de grupos e do papel do animador no turismo activo; formação prática de trabalho em equipa.
Noémi Marujo
ENGENHEIROS REÚNEM NA
COVILHÃ
UBI tem delegação da
Ordem
A Universidade da Beira Interior é a primeira instituição de ensino superior portuguesa a ter um pólo de uma delegação da Ordem dos Engenheiros, o qual foi inaugurado a 27 de Novembro, data em que foi assinalado o Dia Nacional do Engenheiro, este ano comemorado, pela primeira vez, no Distrito de Castelo Branco.
Esta extensão da delegação de Castelo Branco “é a primeira, com estas características, a funcionar em Portugal”, explica Ferreira Santo, bastonário da Ordem. Já Francisco Lucas (na foto), responsável máximo pela delegação de Castelo Branco explica que aquele pólo “representa um importante passo para a descentralização da Ordem”. Segundo este engenheiro, “o projecto é inovador e Ordem pretende implementar esta abertura de pólos em outras Universidades”.
Uma equipa de três profissionais vai ficar responsável pela manutenção deste espaço onde os alunos “podem tomar contacto com a OE, podem fazer-se mesmo membros-estudantes e tratar de vários documentos que no passado só se conseguiam em Coimbra ou Castelo Branco”. Estas vantagens resultaram das parcerias mantidas entre a Ordem dos Engenheiros e a
UBI.
Além da abertura do pólo, o Dia do Engenheiro incluiu uma conferência sobre A Declaração de Bolonha e a Reforma do Ensino Superior, na qual orador Feyo de Azevedo, presidente da Comissão de Avaliação e Qualificação (CAQ) para cursos e membros que se submetem à Ordem”. De acordo com aquele responsável, o ensino em Portugal “tem dado mais atenção à matéria-prima, que ao produto final”, além de se falar muito do tipo de formação, do número de cursos, mas “não se presta a devida atenção à qualidade dos engenheiros recém-formados”.
A solução para esta obra “que apresenta erros de estrutura” passa por “reavaliar os critérios para a apreciação dos cursos, olhar para as referência europeias e implementar novas formas de ensino”, remata. O responsável pelo CAQ da Ordem dos Engenheiros garantiu na UBI que “dos 310 cursos de engenharia existentes em Portugal, 190 estão agora avaliados”. Segundo este responsável, neste mês de Dezembro, “os restantes cursos vão ficar também com a comissão de avaliação nomeada”.
As atenções prestadas à qualificação “prendem-se com o Processo de Bolonha”, o qual não deverá ter a mesma aplicação em todas as áreas. Para Feyo de Azevedo “Bolonha deve optar, para as engenharias, um sistema de ensino binário” que funcione de forma a que “nos primeiros três anos os alunos tenham uma base teórica mais profunda”. Na fase seguinte, de dois anos, teria lugar “uma vertente mais aplicada e uma prática pensada mais para o nível de preparação dos futuros engenheiros”.
Já Fernando Ferreira Santo, bastonário da Ordem, sublinha a necessidade da reforma escolar ser alargada também ao Ensino Secundário. Para Ferreira Santo “muitas das dificuldades sentidas pelos alunos no Superior, relativamente às matemáticas e às físicas devem-se à fraca qualidade de ensino no Secundário”. Confrontado com o facto dos alunos do campo das engenharias ingressarem nas Universidades com notas próximas dos dez valores, o bastonário da Ordem dos Engenheiros refere que “a situação é grave, mas tem de ser passageira”.
Ferreira Santo defende uma maior filtragem dos estudantes, até porque “mal está o país que não consegue ter alunos nas áreas científicas com notas acima do mínimo pedido”. Para o responsável máximo pelos engenheiros, “melhores sistemas de ensino, maior aposta na profissionalização e uma reforma eficaz no Superior”, são as medidas a implementar com Bolonha.
DOCENTE DA UBI GARANTE
Carro e avião gastam
igual
O consumo de combustível deve ser analisado tendo em conta a distância percorrida e o número de passageiros que o veículo pode transportar, pelo que, entre um carro com cinco passageiros, e um avião comercial, com 350 passageiros, a variação de consumo por pessoa é mínima.
As contas são de Ivan Camelier, professor e presidente do Departamento de Ciências Aeroespaciais, que foi orador na conferência de engenharia mecânica organizada no passado dia 24 de Novembro, na qual abordou a forma como as forças actuam, quer no caso dos aviões quer no dos carros, e qual o seu significado no que respeita à optimização da utilização.
Na conferência, organizada pelo Departamento de Electromecânica e destinada aos alunos de Engenharia, em especial aos de Mecânica – ramo Automóvel, ficou claro que a performance dos carros e dos aviões tem três parâmetros essenciais: a força, a potência e o consumo de combustível.
O primeiro será a força que ambos têm que fazer para subsistirem à resistência do ar). O segundo diz respeito à quantidade de trabalho por unidade de tempo, tendo em conta que o tempo é a força multiplicada pelo espaço que o “corpo” percorreu. Finalmente, o combustível mede-se em gasto por quilómetro, sendo um dos padrões a ter em conta, sobretudo quando se verifica “a subida muito acentuada dos preços”.
Camelier diferenciou depois cada um destes parâmetros no veículo terrestre e no aéreo. Segundo diz, as diferenças mais relevantes relativamente à força residem no facto do avião utilizar apenas duas forças enquanto o automóvel recorre a três, porque circula no solo.
Tendo em conta a potência, é de salientar que a potência do motor das aeronaves é constante, já a do carro varia devido às condicionante de “marcha” (caixa de velocidades). Já em relação ao consumo de combustível, num avião é quase paralelo à velocidade, tem uma tracção constante, enquanto no veículo tem que se ter em conta o andamento deste, isto porque pode circular a 80 quilómetros por hora com a quarta velocidade engrenada e gastar cinco litros de combustível, ou viajar à mesma velocidade mas em quinta velocidade e já gastar cinco litros e meio. No caso dos motores a jacto quanto maior for a altitude maior pode ser a velocidade e menor é o consumo.
Em jeito de conclusão, Ivan Camelier mencionou que “para um melhor desempenho é necessário um projecto técnico eficiente, para baixar os custos de operação e uma utilização optimizada para diminuir os custos de capital”.
Ana Rute Ferreira
ESCOLA SUPERIOR DE
ENFERMAGEM
A caminho da
Universidade de Évora
A integração da Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus na Universidade de Évora está mais perto do que longe. Após alguns anos de luta, Manuel Ferreira Patrício considera que “esse objectivo, pela consecução do qual se bateram as duas instituições ao longo de vários anos, foi alcançado”.
Mas, sublinhou que é necessário dar o passo certo. Um passo que, segundo o reitor, tem de ser dado com “inteligência e elevado sentido institucional. Ou seja, que nos transporte do papel da lei à substância da realidade”.
O reitor espera que até ao fim do ano o “processo de integração estatutária se encontre concluído”. Neste âmbito, acrescentou que “havemos de encontrar em conjunto o bom caminho para construirmos de ora em diante uma universidade maior, mais rica e plural, prosseguindo no esforço colectivo de edificar com gradualidade e persistência uma área da Saúde que corresponda às necessidades e anseios do Alentejo, em harmoniosa articulação com a lógica natural de desenvolvimento, de nascimento contínuo, desta universidade, cujas raízes vitais mergulham, precisamente, no Renascimento”, frisou Manuel Ferreira Patrício.
|