CONGRESSO NA COVILHÃ
Espanhol em debate
A Universidade da Beira Interior vai receber o 2º Congresso de Ensino da Língua Espanhola em Novembro deste ano. A garantia é de Antonieta Garcia, docente do Departamento de Letras da instituição e uma das organizadoras do evento.
De acordo com aquela docente, a realização do congresso “é a prova de que o trabalho realizado na UBI está a ser recompensado”, numa alusão ao facto da Universidade ter em funcionamento a mais recente licenciatura em Português-Espanhol a funcionar em Portugal.
As investigações que têm sido desenvolvidas na universidade e a licenciatura em Português/Espanhol “em muito têm contribuído para a abertura da instituição”. Um curso que ganhou identidade singular pelo seu plano curricular. “Veja-se o facto de grande parte dos docentes desta licenciatura serem espanhóis”, acrescenta a responsável pelo evento. Uma forma diferente de transmitir conhecimentos aos alunos, que também se fizeram representar em grande número durante todo o evento.
O anúncio foi feito durante o II Encontro Ibérico, realizado na Covilhã e no Fundão no final de Março, no qual foram analisadas as ligações entre os dois países, que vão desde a natureza, a outras semelhanças culturais, no qual estiveram muitos especialistas, conselheiros, pensadores, escritores e embaixadores.
E se as línguas dos dois países são diferentes, a verdade é que os dois povos se conseguem compreender, algo que deixou para trás as questões dos fundadores destas pátrias mediterrâneas, quando mãe e filho travavam guerrilhas. Agora, nos tempos que correm, o contrabando de afectos, de mercadorias culturais ganhou condição legal e as relações entre os dois povos “estão cada vez mais fortes e de melhor saúde”, remata Manuel Funtán del Junco, director do Instituto Cervantes.
O esforço que tem sido realizado pela Universidade da Beira Interior, “merece todo o apreço e reconhecimento da parte do povo espanhol”, salientou José Ferreras Estrada, assessor linguístico da embaixada de Espanha. Neste papel de anfitriã, a pátria de Camões não foi esquecida. Trazer os mais actuais e completos estudos sobre as trocas culturais feitas entre os dois países deve-se em grande medida, ao facto de estar implantada na Covilhã a mais recente licenciatura em Português-Espanhol a funcionar em Portugal.
Inserido nesta iniciativa decorreu também o encontro de novos escritores, uma acção realizada na Câmara do Fundão e que tem como principal desígnio a partilha de conhecimentos entre os que começam agora a percorrer os trilhos das letras.
Eduardo Alves
VII JORNADAS DE
AVALIAÇÃO DA UBI
Repensar a
aprendizagem
A Universidade de Aveiro acaba de obter o ECTS Label – um certificado de qualidade atribuído às
instim qualquer país europeu seja legível e reconhecida em todo o espaço europeu, apontando-se o ano de 2010 para a plena concretização deste desafio.
UNIVERSIDADE DO ALGARVE
Gestão do Stress
A grande problemática das universidades dos dias de hoje é a forma como se aprende na sociedade de informação e conhecimento, o que obriga a repensar os processos de aprendizagem e aquisição de competências.
Este foi o tema que juntou os cursos de Física Aplicada, Engenharia Civil, Ciências do Desporto, Sociologia, Economia e Medicina numa discussão realizada durante as VII Jornadas de Avaliação da Universidade da Beira Interior
(UBI).
Professores e alunos apresentaram os pontos fortes e fracos de cada curso, resultado da análise da Comissão de Avaliação Externa (CAE). Anunciaram também os objectivos que pretendem atingir e propostas para uma evolução cada vez mais positiva.
Os oradores de Física Aplicada e Engenharia Civil centraram como maior dificuldade o excessivo número de alunos nos dois primeiros anos da licenciatura. Contrabalançaram isto com aspectos positivos como o estágio integrado no plano curricular, no primeiro caso, e a boa integração no mercado de trabalho, no caso de Civil. O curso de Economia também apresentou como ponto forte a boa aceitação dos licenciados pelo mercado de trabalho.
A licenciatura de Medicina, que tem apenas três anos, não foi ainda avaliada pela CAE. Ainda assim, Isabel Neto apresentou os pontos resultantes da auto-avaliação levada a cabo pelos responsáveis do curso. Manuel Franco, aluno de Desporto, propôs que se analise o sucesso ou insucesso dos alunos licenciados no mercado de trabalho de forma a perceber se os esforços ao longo do curso são ou não suficientes. Isso é já o que faz o curso de Sociologia, num projecto em curso desde 1995. O projecto permitiu centrar algumas ideias acerca das saídas profissionais e facilitar a consideração da
CAE.
Manuel Franco sugeriu também uma alteração de comportamentos e expectativas, com participação mais activa dos alunos, e em que o professor seja mais do que mero transmissor de conhecimentos.
Manuel Santos Silva, reitor da UBI, concorda que a metodologia de trabalho tem que ser mudada. “A UBI tem as ferramentas fundamentais para a mudança. Quem tem que mudar são os professores”, refere. Para além da avaliação de alguns cursos, as jornadas contaram com palestras acerca da sociedade de informação e conhecimento, e com uma mesa redonda em que se debateram temas importantes para o ensino.
Andreia Ferreira
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